Graça Foster diz que Petrobras investirá R$ 21 bi em Tecnologia da Informação até 2017

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Do Fatos e Dados da Petrobras

Investiremos R$ 4 bilhões em tecnologia e segurança da informação em 2013

A presidente Graça Foster destacou nesta quarta-feira (18/09), em audiência pública no Senado Federal, que investiremos R$ 4 bilhões em 2013 e R$ 21,2 bilhões no período de 2013 a 2017 em Tecnologia da Informação e Telecomunicações. Para Graça, os vultosos investimentos demonstram a importância que conferimos à proteção de nossas informações estratégicas. “Temos na Petrobras, desde o momento em que entramos na companhia, a cultura da segurança da informação”, ressaltou.

Durante audiência conjunta da Comissão Parlamentar de Inquérito da Espionagem e das comissões de Assuntos Econômicos e de Relações Exteriores do Senado, a presidente explicou que realizamos um trabalho constante de monitoramento e proteção de nossas informações. Como exemplo, citou a quantidade de e-mails que são preventivamente bloqueados. “Entre 9 de agosto e 9 de setembro recebemos 195,9 milhões de e-mails. Destes, 16,5 milhões chegaram aos destinatários”, destacou.

Graça ressaltou que possuímos um Centro Integrado de Processamento de Dados, ao qual o acesso é restrito, e que nossas informações estratégicas não transitam pela internet. “No Centro de Processamento de Dados está o conhecimento de nossa companhia. As informações críticas estão armazenadas em sistema fechado, com criptografia. O acesso ao centro é controlado com biometria, pesagem e monitoramento com câmeras”, afirmou. Ela acrescentou que, apesar de trabalharmos com empresas parceiras e fornecedores, somos os únicos a possuir o conjunto das informações, podendo interpretá-las. Além disso, possuímos contratos que prevêem confidencialidade.

Sobre as matérias na imprensa dando conta de que seríamos alvo de espionagem pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA), a presidente afirmou que não há registro de violações aos sistemas, mas que a presença do nosso nome nas reportagens gerou “desconforto”. E ressaltou: “Os sistemas utilizados pela Petrobras estão entre os mais avançados do mercado”, enfatizando que os investimentos em segurança da informação devem ser constantes para acompanhar a evolução tecnológica.

Libra

Questionada pelos senadores se o leilão de Libra, previsto para 21 de outubro, deveria ser adiado por conta das denúncias de espionagem, a presidente defendeu que não vê motivos para adiamento porque a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) fornece os dados a todas as empresas concorrentes.

Segundo Graça, somos a empresa mais preparada para o leilão. “Peço desculpas se parecer prepotência da minha parte, mas não conheço nenhuma empresa que esteja tão bem preparada para Libra. Porque foi a Petrobras quem definiu a locação, perfurou e descobriu, quem tem os dados, as informações e a infraestrutura”, concluiu.

Redação

1 Comentário

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  1. A questão é onde, e não só quanto

    Não vai adiantar nada investir em bilhões e bilhões se esse dinheiro for usado para comprar soluções de segurança de fornecedores norte-americanos (ou mesmo ocidentais), por conta do monte de backdoors que a NSA e outras organizações devem ter colocado nessas soluções. Seria bom que esse dinheiro fosse usado para homologar e implementar soluções de criptografia e proteção de dados baseadas ou em softwares livres e/ou providas por fornecedores brasileiros (sim, isso existe). E finalmente, encontrar uma porta de saída para os desktops Windows, já que a Microsoft compartilha a cama com a NSA.

    Além de direcionar o investimento para que não se compre soluções dos “suspeitos usuais”, é necessário usar uma boa parte desse dinheiro para treinar, informar e conscientizar todos os funcionários da Petrobrás sobre a importância da criptografia para os lucros da empresa, e estabelecer padrões de chaves longas (mínimo de 2048 bits, com 4096 recomendáveis) e senhas fortes.

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