Unicamp bate recorde de royalties por licenciamentos

Da Unicamp

Transferência de tecnologias leva Unicamp a número recorde de royalties

[14/2/2012] A Agência de Inovação Inova Unicamp divulgou nesta semana os resultados relacionados à atuação da Universidade em 2011 no âmbito da inovação. Os números apresentados – entre eles o recorde de 724 mil reais em royalties por licenciamentos de tecnologias desenvolvidas na Universidade – colocam a Unicamp em um novo patamar de inserção no ecossistema nacional de inovação e de empreendedorismo.<--break->

A Universidade, que tradicionalmente apresenta resultados muito fortes na proteção de sua propriedade intelectual – principalmente por meio de patentes – mantém o posicionamento de destaque no setor no ano de 2011 com 66 pedidos de patentes depositadas no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial), próximo ao recorde histórico da Universidade de 2005 de 67 pedidos de patentes no ano. O número corresponde a um aumento de 29,4% no total de pedidos em relação a 2010 e, de acordo com a diretora de propriedade intelectual e transferência de tecnologias da Agência, Patricia Magalhães de Toledo, representa a adoção de novas metas de depósitos para os próximos anos. “Saímos de uma meta de 50 depósitos ao ano para pelo menos 60 depósitos”, explica.

Para a diretora, os resultados positivos em proteção e transferência de tecnologia na Unicamp refletem o trabalho de planejamento que incluiu diversas mudanças para facilitar a interação com os pesquisadores da Universidade e empresas. Entre as melhorias que influenciaram os resultados positivos, a diretora menciona a disponibilização para os pesquisadores da Unicamp do novo Sistema de Comunicação de Invenção on line em abril de 2011. O sistema permite realizar toda a interação com o pesquisador em um sistema web, o que facilita o início do processo de pedido de patente na Universidade. “O sistema tem sido eficaz e prático aos docentes e pesquisadores. Prova disso é o recorde conquistado pela Agência em relação ao número de comunicação de invenções, que aumentou significativamente – de 61, em 2010, passou para 94, em 2011”, avalia Patricia.

Roberto de Alencar Lotufo, diretor executivo da Agência, considera o resultado em proteção muito importante. Por outro lado, o diretor reforça que a atuação da Universidade no ambiente de inovação é mais ampla e que o pedido de patente é apenas o início do processo para que a tecnologia se transforme em inovação. “O principal objetivo da proteção da pesquisa acadêmica por meio de patentes é o de aumentar as chances de que os resultados das pesquisas feitas na universidade gerem inovação, isto é, se convertam em produtos e serviços para o bem da sociedade”, ressalta. Neste sentido ele destaca dois indicadores como diferenciais: o de número de contratos de licenciamentos de tecnologia firmados com empresas e o de royalties recebidos em função destes licenciamentos.

O número de contratos de licenciamentos de tecnologias para empresas passou de sete, no ano anterior, para 10 em 2011. De acordo com Patricia, esse número ainda tem potencial de crescimento, mas já é relevante em termos nacionais, uma vez que significa que pelo menos 15% das tecnologias protegidas estão sendo transferidas para o mercado. “Este resultado demonstra que além do pedido da patente, conseguimos despertar o interesse de empresas e alavancar investimento para continuar o desenvolvimento da pesquisa e chegar a um novo produto ou serviço que seja competitivo e gere riqueza para o país”, completa. Evidência de que estes produtos, resultado da pesquisa na universidade, estão beneficiando a sociedade é o aumento dos valores arrecadados em royalties oriundos dos contratos de licenciamento. A Agência reportou o crescimento de 191 mil em 2010 para 724 mil reais em 2011.

Para o diretor, a participação da Unicamp no ambiente de empreendedorismo regional compõe este quadro de bons resultados. “Estamos posicionando a Unicamp como uma Universidade empreendedora. Neste sentido, criamos oportunidades para que nossos alunos se capacitem ainda mais e obtenham apoio para montarem suas empresas startup”, explica. Segundo o diretor, são iniciativas deste contexto a oferta de disciplinas de empreendedorismo, a oferta de mentoria para empresas de base tecnológica recém-criadas por alunos, além de eventos e competições de modelos de negócios, como o Desafio Unicamp, que terá nova edição em 2012.

Lotufo considera que estes resultados sinalizam que 2011 foi o melhor ano da Inova Unicamp desde sua criação em 2003. “Os indicadores de todas as áreas foram muito expressivos em 2011. Além do crescimento do número de depósitos de patentes da Unicamp e do recorde de comunicação de invenções e dos royalties, conseguimos o primeiro contrato para instalação de uma empresa no Parque Científico da Unicamp. Acredito que esses resultados são reflexos da melhoria da gestão na Inova e tenho fortes expectativas que, em 2012, os resultados sejam ainda melhores”, avalia.

Luis Nassif

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