A superuniversidade mineira

Do Último Segundo

Superuniversidade mineira terá 99 opções de graduação

Entre os cursos oferecidos pelas sete universidades mineiras, alguns ocupam colocações de destaque no Enade

Marina Morena Costa e Carolina Rocha, iG São Paulo | 03/08/2010 20:33

A megauniversidade federal que está se desenhando em Minas Gerais oferecerá pelo menos 99 cursos diferentes em 17 cidades – entre cursos que se sobrepõem, as universidades terão 260 opções. O protocolo de intenções de um consórcio entre sete universidades federais mineiras – de Alfenas (Unifal), Itajubá (Unifei), Juiz de Fora (UFJF), Lavras (UFLA), São João del-Rei (UFSJ), Ouro Preto (UFOP) e Viçosa (UFV) – foi definido nesta terça-feira, em Viçosa. As instituições pretendem formar uma parceria que coloque todos os campus e cursos a disposição de seus alunos e pesquisadores.

Luis Claudio Costa, reitor Universidade de Viçosa, explica que será possível para os estudantes de graduação e pós-graduação realizar matérias optativas em instituições diferentes. “Isso dará uma qualidade maior aos cursos e aos nossos estudantes. Juntos nós podemos mais”, afirma.

EntEntre as 99 graduações oferecidas há algumas entre as melhores do Brasil, segundo o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) de 2008, como Arquitetura e Urbanismo na UFV (1º lugar) e Biologia na UFLA (2º lugar). Porém, há cursos mal avaliados, como Ciências da Computação na UFLA (666º lugar).

“A região tem uma característica única no Brasil. São sete universidades federais de excelência próximas, que foram nascendo de forma muito complementar, com cursos que se completam. Queremos atender às demandas estratégicas da região e do País”, diz o reitor.

Segundo Costa, a autonomia das universidades será preservada e um conselho de reitores será formado para administrar o consórcio. “A partir do dia 15 de outubro teremos tudo formatado”. Na próxima terça-feira, 10, o ministro da Educação, Fernando Haddad, irá se reunir com os reitores das universidades que compõem o consórcio em Divinópolis para assinar o protocolo.

No conjunto, as universidades federais têm campi em 17 cidades do sul e sudeste de Minas Gerais e polos de educação a distância em 55 municípios. O consórcio terá 3.500 professores, 4 mil técnicos administrativos, 41 mil alunos de graduação e 5,3 mil de pós-graduação.

Veja as diretrizes do protocolo assinado pelos reitores:

I- Promover a integração acadêmica nas áreas de ensino, pesquisa, extensão, gestão universitária e inovação;

II- Implementar políticas visando a integração e complementaridade de ações das Universidades Federais consorciadas;

III- Buscar práticas inovadoras e sinérgicas visando à otimização de recursos para o desenvolvimento e troca de tecnologias e conhecimento;

IV- Atuar em áreas estratégicas;

V- Promover técnicas inovadoras de ensino, pesquisa e extensão visando à formação e aperfeiçoamento de profissionais na busca de políticas de inclusão e de impacto para o desenvolvimento;

VI- Desenvolver pesquisas científicas de impacto social;

VII- Promover extensão de qualidade e inclusiva;

VIII- Participar do processo de desenvolvimento social, econômico e territorial em sua região de atuação. 

Luis Nassif

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