Skaf e Paulinho da Força no golpe da liquidação da CLT, por J. Carlos de Assis

Aliança pelo Brasil

Skaf e Paulinho da Força no golpe da liquidação da CLT

por J. Carlos de Assis

Paulo Skaf, presidente da Fiesp, queimou as caravelas. É um aventureiro que se derrotou. A extrema irresponsabilidade com que jogou o empresariado industrial paulista, com a força da persuasão do dinheiro do Sesi, na aventura do impeachment ficará como marca indelével de sua arrogância. Seu projeto individual de ser governador de São Paulo a qualquer custo esgotou-se nessa tentativa de golpe. Se o impeachment passar, Skaf terá mergulhado empresários e trabalhadores num clima de confrontação social sem paralelo, onde todos perderão. Se não passar, Skaf simplesmente desaparecerá do mapa como um trapo inútil.

A suprema imbecilidade de Skaf foi pensar que, fazendo um acordo pessoal com Paulinho da Força, tinha uma base de aliança com a classe trabalhadora. É um desinformado. Assim como a Fiesp tende a rachar depois da votação do impeachment, a Força Sindical escapará das mãos gananciosas de Paulinho para reencontrar-se com seus tempos gloriosos em que aceitou, numa situação de crise tão terrível como agora, negociar um pacto social com os empresários. Naquele tempo, a central organizada por Medeiros pensava em termos não só individuais mas também em termos de interesse público. Hoje está condenada a um racha.

Na verdade, no caso de Paulinho, como mostram as investigações da Lava Jato o interesse dele não é muito diferente do de Skaf, a saber, assaltar algum caixa disponível, público ou privado, para atender a ambições pessoais. Esse trânsfuga do movimento sindical cedo ou tarde pagará por sua traição aos trabalhadores na medida em que se retirou, como Skaf, de qualquer projeto de articulação de retomada da economia passando para o lado do golpismo político puro e simples, sem medir consequências, inclusive através de inserções na televisão cujo financiamento seria oportuno investigar.

Entretanto, o peixe grande da atual conspiração não é Paulinho, mas Skaf. Ele é um industrial sem indústria: tem um galpão onde vende produtos de fabricantes verdadeiros. Não tem nenhum compromisso com a economia nacional. É abertamente um vendilhão da pátria e um carrasco do trabalhador. No entendimento que fez com essa figura patética de Michel Temer, para comprar o impeachment, ignorou a economia, a ser internacionalizada pelo suposto futuro presidente, para concentrar-se num único ponto: obter de Temer o compromisso de liquidar com a legislação trabalhista da era Vargas pela mão de Moreira Franco no Ministério do Trabalho. Temer topou.

 

*Jornalista, economista, doutor pela Coppe/UFRJ.

Redação

18 Comentários

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    1. Um “representante” dos

      Um “representante” dos trabalhadores PAU LIS TAS.

      Eles que se virem.  E que nao encham o saco do resto do Brasil tambem.

      1. “Um “representante” dos

        “Um “representante” dos trabalhadores PAU LIS TAS.

        Eles que se virem.  E que nao encham o saco do resto do Brasil”

         

        SP deu mais de 8 milhões de votos a Dilma.   SEM os votos paulistas em Dilma,  Aécio seria o presidente.

  1. Depois do STF, agora a STI

    J.Carlos de Assis lançou a pedra fundamental da S.T.I – Suprema Turma dos Imbecis.

    Primeiro e eterno ministro, presidente vitalício é o SKAF.

    Paulinho da Forca vai ser auxiliar de nada, ele não faz nada mesmo.

    Mas acho que, ao fim e ao cabo eles vão SKAFEDERSE.

    E cheguei a ter pena dos industriais devido à ganância dos banqueiros. Agora vejo que o setor industrial tem um carma muito pesado em seu passado, talvez maior que a escravidão da zona rural.

    Mesmo assim, precisamos recuperar a indústria, não pelos seus donos, mas pelos seus trabalhadores.

     

     

  2. FIESP repudia “exageros” em prisões das operações da PF

    FIESP em nota repudia “exageros” em prisões das operações da Polícia Federal

    Leia a íntegra da nota

    Nota Oficial

    Fatos notórios recentes, vivenciados pela sociedade, revelam situação de anormalidade. A prisão antecipada de alguém, sem sentença, é extremamente grave, porque todos gozam de presunção de inocência, direito assegurado pela Constituição Federal.

    A prisão antecipada, sem sentença, seja qual for sua natureza, só pode ter lugar para os infratores perigosos que ameaçam a ordem pública, que causam prejuízos irreparáveis à sociedade e à própria segurança dos processos judiciais.

    O combate à criminalidade não pode prescindir do respeito ao Estado de Direito, sendo inadmissível que alguém possa ser preso, ou tenha sua residência, escritório ou empresa violados sem que a segurança de sua prévia culpa esteja evidenciada e que, pior ainda, seja essa prisão realizada de modo extravagante, com exibição de algemas, com publicidade afrontosa, como um espetáculo pirotécnico, expondo o cidadão à condenação pública, para todo o sempre.

    Mais preocupante, ainda, quando se constata que o próprio Ministro da Justiça está tendo suas ordens desrespeitadas, pois no dia 30 de junho último editou Portaria, publicada no Diário Oficial da União, determinando que nas diligências, do gênero, tudo fosse feito “de maneira discreta, apenas com o emprego dos meios proporcionais, adequados e necessários ao cumprimento da diligência” e ainda outras determinações, tudo certamente para preservar a dignidade da sociedade e do indivíduo.

    Fatos anormais têm, pois, se repetido, demonstrando a grave situação.

    Não há como se manter alheio ou indiferente a essa realidade.

    Todos os crimes devem ser apurados e seus responsáveis punidos. Mas, o cidadão deve ter seus direitos individuais, previstos na Constituição da República, plenamente respeitados.

    A FIESP manifesta, pois, sua posição, na certeza de que a Lei é soberana e seu respeito é dever de todos.

    **************************************

    Calma, a FIESP não recebeu ainda uma cópia daquela Constituição oferecida pelo senador Renan Calheiros. Essa nota se refere a sua indignação pela prisão da proprietária da Daslu, empregadora da filha e nora de Geraldo Alckmin.

    O trecho acima foi retirado da seguinte matéria:

    Poder contra poder
    Fiesp repudia prisão de empresários e operações da PF

       
    13 de julho de 2005, 20p8

    Em nota oficial emitida nesta quarta-feira (13/7), na qual repudia — sem citar nomes — a prisão da empresária Eliana Tranchesi, dona da butique de alto luxo Daslu
    A nota foi preparada em reunião da qual participou o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Sidney Sanches.

    *************************************

    MÔNICA BERGAMO Com Alckmin, passeando na Daslu

    “A Daslu é o traço de união entre o bom gosto e muitas oportunidades de trabalho”, diz. Só para a família de Alckmin são duas: trabalham lá a filha e a cunhada dele, Vera,
    Sophia era a diretora de novos negócios da butique.

    Leiam também:

    Funcionário da Camargo atuou com Skaf

    Guilherme Cunha Costa, citado pela PF na Operação Castelo de Areia, coordenou a campanha do presidente da Fiesp

    Costa também atuou para nomear Augusto Nardes para o TCU; tribunal julga obras que têm atuação da empreiteira, como Tucuruí
     

    1. esse fulaninho é uma

      esse fulaninho é uma unanimidade: desprezado por todos e usado por alguns que quando obtenham seu objetivo lhe dirão abertamente quão desprezível é.

  3. Como não me canso de dizer…

    A Farsa Sindical não é sindicato nem aqui nem na casa do chapéu. Sindicato criado pelo patronato é Pelegato. Só aqui no Tucanistão ele é levado a sério. Em qualquer lugar do mundo, seria ridicularizado diuturnamente. O Peleguinho da Farsa é só mais um calhorda, golpista, filho de chocadeira.

    1. Sindicato no Tucanistão do Sheik Graldinho Alquimia

      “Sindicato criado pelo patronato é Pelegato.”

       

      Concordo plenamente. Sem falar no dinheiro do FAT que esses crápulas da farça sindical roubaram.

      Paulinho está respondendo por esse crime há anos, mas a Justiça, em geral, anda a passos de tartaruga. Só se interessam em apressar decisões conspiratórias e golpistas contra o governo federal.

  4. O que os sindicatos ligados à F.S. esperam…

    … pra dizer um adeus à federação que criou justamente aquele que quer destruir os direitos trabalhistas, juntamente com aquele que deu golpe na própria federação de classe para se manter na cadeira?

  5. Assis

    Gostaria realmente de uma análise sobre a clt na economia de hoje. Estou para aposentar então para mim não vai alterar grande coisa. Cansei de ler, até mesmo aqui, que  o código civil estava ultrapassado – além de outras leis – devido à mudança de paradigmas devido às transformações tecológicas e culturais. Que tal uma análise, ainda mais para mim que sou um tanto leigo.

  6.  
    Qual a diferença que

     

    Qual a diferença que poderia haver entre estes senhores da Casa Grande e seus empoados serviçais empoleirados nos altos cargos do serviço público? 

    Orlando

     

  7. nesse ótimo artigo o que fica

    nesse ótimo artigo o que fica mais claro ainda é que o golpé

    é nitidamente paulista, contra o povo brasileiro…

  8. Até a minha samambaia morta

    Até a minha samambaia morta no xaxim sabe que o governo a seguir vai romper com todos os diques legais de salvaguardas aos trabalhadores, coisa que a Dilma está tentando e só não faz agora porque não consegue aprovar  nada. Vão destruir, o que é muito fácil, para daqui a vinte anos constatar que o governo devia ter mediado as forças sociais e não deixar o vale-tudo imperar. E assim vamos num passo de caranguejo que faz o país sempre voltar a estaca zero, e andar de lado.

    A força sindical teve momentos gloriosos? quais? Que eu saiba,  apesar de ser somente um incauto leitor de notícias, essa central de trabalhadores foi artificialmente criada para compor com os sindicatos patronais, numa época que a CUT possuía uma força tremenda. Ou seja, foi criada pelos patrões somente para enfraquecer a CUT. Depois desse nascimento essa aberração só teve glória se a atriz a foi visitar algum dia, o que acho difícil porque o nivel dos atores lá e muito fraco.

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