Socialismo com características chinesas supera capitalismo, diz Jabbour

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Para professor da UERJ, democracia liberal é “incapaz de responder às demandas das massas populares do ocidente”; confira

Elias Jabbour, escritor e professor da UERJ. Foto: reprodução/vermelho.org

Jornal GGN – O professor e escritor Elias Jabbour foi o convidado da TV GGN 20 horas desta quarta-feira (08/12), onde conversou com os jornalistas Luis Nassif e Marcelo Auler entrevistam Elias Jabbour, sobre seu novo livro, “China: o socialismo do século XXI”.

A obra, escrita com a colaboração de Alberto Gabriele, analisa de forma crítica a complexidade da República Popular da China, e procuram descobrir no socialismo da China a construção de uma nova formação econômica e social.

No começo do programa, Luis Nassif faz uma análise da covid-19 no Brasil: nesta quarta-feira, foram 10.055 casos registrados. A média diária semanal ficou em 8.844 casos, queda de 1,4% ante os últimos sete dias e de 5,4% em relação a 14 dias.

Quanto aos óbitos, 466 pessoas faleceram de covid nesta quarta-feira. A média diária semanal está em 184 casos, queda de 20,8% ante sete dias e de 13,5% em relação a 14 dias.

China como novo padrão civilizatório

Na visão de Elias Jabbour, o mundo atual vive a decadência do homem ocidental, que coincide com a decadência de uma democracia que nasce, no caso da democracia americana, sendo comandada por senhores de escravos.

“Todos os presidentes americanos, dizem, que os americanos são uma democracia desde que nasceram. Só que foi uma democracia comandada por senhores de escravos desde o começo, vamos dizer assim”, afirma Jabbour.

Para o professor da UERJ, a democracia liberal é incapaz de responder às demandas das massas populares do ocidente, enquanto o socialismo com características chinesas “vai mostrando cabalmente a sua superioridade em relação ao capitalismo ocidental”.

“A pandemia prova que as hipóteses que lançamos no livro estão corretas e de que a história não acabou – ou seja, a história não acabou com o final da União Soviética. Então, o Ocidente é a decadência e a China está aí mostrando que o socialismo não morreu”.

Disseminação do modelo chinês

Questionado sobre a replicação do modelo chinês, Jabbour diz que cada país vai encontrar seu caminho próprio para fazer o seu processo.

“A China fez uma revolução em 1949 que abriu condições objetivas para que ela escolhesse, vamos dizer assim, crescer e se desenvolver, fazer o que bem entender da vida dela a partir de esquemas que ela mesma cria, vamos dizer assim”, pontua o escritor.

“Tem um processo por trás disso: tem a fundação do Partido Comunista, tem a Revolução Russa, tem 28 anos de guerra revolucionária… ou seja, existe um processo histórico que vem desde a fundação do partido que legitimou essa força política no poder”

Na visão de Jabbour, os chineses estão conseguindo construir uma democracia não liberal e muito bem sucedida – “ou seja, existem instituições democráticas que funcionam na China que eu acho muito interessantes”.

Quanto à possibilidade de replicar esse modelo no Brasil, o escritor afirma que primeiro é preciso formar maioria política para derrotar o presidente Jair Bolsonaro, e depois enfrentar a reconstrução do país – o que Jabbour considera “uma tarefa geracional”.

“O modelo que isso vai engendrar é uma outra coisa. Ou seja, não sei te dizer o que vai sair daí, mas o fundamental é enfrentar o bolsonarismo não somente nas urnas, mas fora dela (…)”, afirma Jabbour.

Veja a entrevista completa de Elias Jabbour sobre a China e seu papel no cenário global na íntegra da TV GGN 20 horas. Clique aqui e confira!

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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