Chacina no Salgueiro: ONU e Anistia pedem apuração rigorosa

As entidades pedem imparcialidade na investigação e que seja feita de maneira rigorosa.

Foto: Maré Online (Reprodução)

Jornal GGN – A Anistia Internacional Brasil e o Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos pedem uma apuração rigorosa sobre a chacina ocorrida no Complexo do Salgueiro, no final de semana passado. Foram nove corpos encontrados após a operação da Polícia Militar na cidade de São Gonçalo. Moradores garantem que existem mais corpos na mata perto do local da desova.

As entidades pedem imparcialidade na investigação e que seja feita de maneira rigorosa. A Anistia Internacional acionou o governo estadual do Rio de Janeiro, a Secretaria de Estado de Polícia Militar e o Ministério Público pedindo informações detalhadas sobre a operação policial.

A Anistia alerta para violência sistemática cometida pela polícia contra as comunidades periféricas e as graves violações de direitos humanos. Lembra ainda do assassinato de João Pedro Matos Pinto, de 14 anos, dentro de casa no Complexo do Salgueiro, sem solução até hoje. E, há seis meses, a chacina de Jacarezinho, onde 28 pessoas foram assassinadas e não houve responsabilizações até hoje.

Os mortos estavam em um manguezal, no bairro das Palmeiras. Segundo os relatos, durante a ação policial houve tiroteios entre a Polícia Militar e traficantes. Uma idosa foi atingida no braço por bala perdida e um sargento foi morto.

O Alto Comissariado da ONU pediu a identificação dos responsáveis e apontou a necessidade de um debate amplo e inclusivo sobre o modelo de policiamento nas favelas brasileiras.

A organização pede ao Ministério Público que conduza investigação independente, completa, imparcial e eficaz sobre as mortes.

Segundo relatos, os mortos foram vítimas de torturas e os corpos jogados no mangue. Os moradores apontam a possibilidade de 20 mortos, pois existem muitos desaparecidos na comunidade.

Com informações da RBA.

Redação

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