Farsa consumada.
O golpe dado.
Pergunto: e agora?
Respondo: e agora?! Agora é com a gente!
Os canalhas bateram forte! Sem dó!
E digo uma coisa: doeu. E como doeu!
Dor igual só senti quando perdi minha mãe…
Mas no fundo, é como se fosse a morte de uma mãe.
De uma boa mãe.
Daquelas que dão carinho. Te escutam.
Te protegem. E não distingue um filho do outro.
De uma mãe chamada Democracia.
Então, fiquemos de luto! Vestidos de preto e tudo!
Com direito a ataúde, coroas de flores, castiçais e velas.
Vamos chorar!
Se puder, chore muito. Mas muito mesmo! Grite até!
É tempo de tempo de chorar.
É tempo de tristeza.
Vamos sentir raiva, espanto, desespero!
Indagar ao divino: por que Deus? Por que você deixou isto acontecer?
Ela era tão boa! Tão cheia de vida!
Olhe várias vezes o caixão. Veja a democracia nela deitada.
Acaricie seu rosto.
Delicadamente a beije!
Curta o luto o quanto quiser!
Um dia, uma hora, uma semana.
Não tem problema.
Cada um com seu tempo.
Expurgue todos os sentimentos que te travam.
Enxugue os olhos. E se anime!
Pois a vida precisa de você! De nós!
Inteiros, fortes, determinados.
Há ainda muito que lutar.
Muitos caminhos a percorrer.
Muitas selvas a desbravar.
Vamos dar o troco!
Bateram? Vamos bater!
Cuspiram? Vamos cuspir!
Perseguiram? Vamos perseguir!
Invadiram nossa casa? Vamos retomar!
Mataram nossa mãe? Vamos ressuscitá-la!
Não somos bastardos.
Muito menos covardes.
Roubaram o que é nosso.
Vamos lá no covil.
Golpistas! Quero a Dilma de volta!
E já!
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