No Conselho de Direitos Humanos da ONU, relatora afirma que Israel comete genocídio em Gaza

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Francesca Albanese apresentou o relatório “A Anatomia de um Genocídio” e pediu aos países que imponham imediatamente um embargo de armas contra Israel

Norte da Faixa de Gaza reduzida a escombros. | Foto: Flickr/ONU

A relatora especial da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre direitos humanos nos Territórios Ocupados, Francesca Albanese, declarou nesta terça-feira (26) que a ação militar de Israel na Faixa de Gaza é genocídio e pediu aos países que imponham imediatamente sanções e um embargo de armas ao governo do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu. 

A declaração de Francesca Albanese foi dada em reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU, na qual ela apresentou um relatório chamado “A Anatomia de um Genocídio”. Israel não compareceu à sessão, mas rejeitou as conclusões, informou a agência de notícias Reuters .

É meu dever solene relatar o pior que a humanidade é capaz de fazer e apresentar minhas conclusões”, disse Francesca. “Acho que há motivos razoáveis para acreditar que o limite que indica a prática do crime de genocídio contra os palestinos como um grupo em Gaza foi atingido”, acrescentou, citando mais de 30.000 palestinos mortosno conflito.

Imploro aos Estados-membros que cumpram suas obrigações, que começam com a imposição de um embargo de armas e sanções a Israel, e assim garantam que o futuro não continue a se repetir”, afirmou. 

O embargo de armas pode restringir de maneira integral ou parcial a exportação, importação ou transferência de armas ou de equipamentos militares específicos, com objetivo de impedir a violência armada em zonas de conflito.

Países do Golfo, como o Catar, assim como países africanos, incluindo a Argélia e a Mauritânia, expressaram seu apoio às conclusões de Francesca. Já os assentos do aliado de Israel, os Estados Unidos, ficaram vazios.

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