A ilusão da volta do crescimento após uma recessão curta

A confiança que a presidente Dilma Rousseff deposita no plano Joaquim Levy segue a seguinte lógica:

1.    Implementa-se um ajuste fiscal rigorosa, recuperando a confiança do mercado.

2.    Há uma queda na atividade econômica. Segundo o peixe que venderam para Dilma, “o pior já passou”.

3.    Convive-se por um tempo com um desaquecimento da economia, sem afetar o mercado de trabalho, “porque a maioria dos trabalhadores está no setor terciário”.

4.    Depois, voltam os investimentos privados, especialmente na área de infraestrutura, com as concessões, trazendo de volta o crescimento.

***

Assim como a distribuição ampla e irrestrita de subsídios não trouxe o crescimento, não se pense que bastará o ajuste das contas públicas para se obter a redenção.

Desde o ano passado, a economia vivia um pré-ensaio de ajuste fiscal, com o contingenciamento de praticamente todas as liberações orçamentárias. Não escapou nenhum setor, do mercado de livros didáticos à cadeia do petróleo e gás.

O aprofundamento dos cortes, no entanto, traz uma realidade nova para a economia.

Mário Henrique Simonsen, o pai de todos os ortodoxos – por se tratar de um ortodoxo que sabia analisar os sinais da economia – dizia que provocar uma recessão é como puxar um saco com uma corda; sair da recessão é como tentar empurrar o saco com a corda.

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O jogo mal começou. A ideia de que o pior já passou é falsa.

Nos últimos meses, o mercado de crédito desabou. Há uma defasagem até a redução do crédito bater nas empresas, devido a alguma gordura acumulada. O custo da rescisão trabalhista, o desmonte de forças de trabalho, fazem as empresas resistir um tempo ao desmonte. Reduzem o número de turnos, providenciam férias.

Depois, começa a pauleira. Quem está acostumado a enxergar os sinais da economia, antes da explicitação dos índices, sabe que a atividade econômica está desabando em um ritmo assustador.

***

O mercado de trabalho começa a desabar, cai o nível de consumo e aumenta-se a capacidade ociosa das máquinas instaladas. Em determinado momento, a economia bate no fundo do poço e começa a reagir. Só que em um patamar muito abaixo do patamar pré-crise.

Mais que isso: como existe uma meta para a relação dívida/PIB, a queda do PIB obrigará a um aumento do superávit fiscal, para manter a mate fixada.

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Lá na frente, a economia tentará se ancorar nas concessões e nas exportações. Mas seria necessário um nível de câmbio muito mais depreciado para compensar a queda na atividade interna. E o setor de infraestrutura não tem um peso relativo tão acentuado para acreditar que sua recuperação se refletirá imediatamente sobre os demais setores.

***

Amarrada a essa fé cega na faca amolada de Levy, restará à presidente montar planos de ação minimamente eficazes para as exportações e as concessões. Fosse um governo mais articulado, a esta altura estaria planejando as concessões futuras conjuntamente com a demanda por máquinas e equipamentos e insumos em geral – da mesma maneira que foi feito no bem sucedido plano de aparelhamento dos estaleiros.

Uma matriz de insumos permitiria montar uma verdadeira política industrial em torno das concessões.

Mas falta ao governo confiança no seu taco; e nos observadores, confiança no governo.

Luis Nassif

43 Comentários

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  1. Um estadista antevê ; um

    Um estadista antevê ; um político razoável vê; um mau político mal vê; Dilma é o nível cantareira desa escala  = Mr Magoo – vê sempre algo que não tem nada a ver com a realidade e fica nervosa se não concordam com ela. 

    Meu pai tem uma pequeníssima merceária, numa periferia de SP. Segundo ele, a queda das vendas já bate uns 20 por cento. Estamos falando de produtos básicos do básico. 

    Graças aos deuses que Dilma, como Figueiredo, sairá do poder sem a menor vontade de participar da política depois. Lula é um gênio político do Brasil moderno. Fez grandes acertos. Mas os grandes cometem erros, e esses costumam ser grandes também. Seu erro cavalar foi criar Dilma Rousseff – um asno político. Achou que teria sempre controle sobre ela – mas faltou alguém pra lhe dizer que existe o efeito Frankstein – a criatura se rebela contra o criador. 

  2. Redução da Selic e venda de parte das Reservas Cambiais

    Com o dólar no atual patamar já é possível haver uma substituição de parte das importações, bem como aumentar as exportações em caso de aumento da demanda externa.

    Boa parte do repasse aos preços em função da correção da taxa de câmbio já foi realizado, com o  atual ritmo da atividade econômica não haverá pressão inflacionário por parte da demanda interna, e com uma redução gradual  dos juros da Selic não haverá risco de nova queda de dólar no Brasil, além de sinalizar aos agentes econômicos o novo patamar de câmbio.

    Para controlar eventuais movimentos especulativos para aumentar rapidamente a taxa de câmbio, o BACEN precisará vender parte das Reservas Cambiais, o que também sinalizará aos agentes econômicos o novo patamar da taxa de câmbio.

    Com o atual patamar da taxa de câmbio, basta uma correção  ao redor de 6% ao ano, para manter a competitividade das empresas instaladas no Brasil, o que não colocará em risco a meta de inflação estabelecida pelo CMN.

    Ha um enorme espaço para a substituição das importações, e um aumento das exportações de manufaturados que vão permitir o aumento da demanda agregada nos próximos trimestres.

     

     

     

  3. Para piorar, logo teremos

    Para piorar, logo teremos novas eleições e como sabemos o cenário econômico é pintado da pior forma possível. Em 2014 – iniciado antes – quase funcionou. E o desânimo produzido a partir de 2012 poderá ser recompensado, eleitoralmetne, no ano que vem.

    Pena a CPMF ser extinta pelos maiores bandidos em operação no País. Em contraposição os gastos para descobrir e repatriar o fruto de ilícitos quadruplicou. São uns “jenios” como diria PHA. Tomara não inventem de criar um outro órgão que será criado nos EUA para combater os desmandos dos aqui, já são conhecidos como procuradores e delegados tucanistas e fanfarrões. Outro CNJ não. A não ser que queiramos liberar outras rinhas e criar, também, um outro MP para delas cuidarem. 

  4. colocou
    Dilma nao tem condicoes com esta turma do Bco Central e do Ministerio da Fazenda.
    O Palocci eu sabia q nao era do mercado. Assim acreditei. Mesmo sabendo q trabalhava com ele. O Bco central Meireles. Caracas.
    Agora! E figado da Dilma no Bco Central, bilis no Ministerio da fazenda e seu intestino aos trabalhadores, emprego, as ruas e inflacao.
    Outro dia postaram das variaveis, Carlos postou do Bco Central, num outro bloco de economia fizeram um apanhados do BNDES, Cx Economica, Bco Brasil e suas atuacoes para sair deste poco sem fim da economia hoje. Tudo andando ao reverso ou seja estao seguindo uma velha politica economica generalizando. Sabes onde vamos parar?
    Nem eles.
    Pq eles sao as partes fisica das entranhas da Dilma, aquela mesmo q com Dirceu batia o martelo Contra a politica do Lula-palocci e Meireles. A gerente. So sabe pensar linear. Ponto por ponto.
    Quando me lembro dos seus pacotes.
    que tristeza sem sem no minimo uma politica ou planejamento.
    que haja e tenha uma saida economica.
    uma luz!

  5. De ilusão em ilusão, cria-se estagflação

    A capacidade ociosa do “mundo industrial”, desde a marolinha de 2008 é volumosa e digna de apreço por qualquer industrial que queira competir lá fora; não é “sucata” (como a nossa) que está em “stand by” nos Estados Unidos, na China e na Europa; Para competir com eles, e ganhar mercado, precisamos, antes que “preço”, produzir com qualidade, e qualidade não se obtém sem investir em tecnologia e atualização dos bens de capital.

    A modernização do nosso parque produtivo, exceto no que diga respeito a produção de jabuticabas, demanda investimentos cotados em dólar e não será depreciando o real frente ao dólar que se estimulará o acesso aos bens que a nossa indústria necessita, para que possa avançar.

    Em 2013, detínhamos 1,3% do comércio internacional. Hoje vamos por 1,2% e caindo, então, não será pela via das exportações que a situação vai melhorar.

    Por sua vez, o realinhamento de preços internos, em função da correção imposta pela depreciação do real frente ao dólar, impacta diretamente o poder aquisitivo da nossa população e contrai o volume relativo do nosso mercado interno, reduzindo as chances de absorção dos excedentes que a indústria de bens de consumo não consegue exportar.

    O resultado? Vamos de bunda e ladeira abaixo e não será em 2016, nem tampouco em 2017 que vamos nos recuperar. O que conseguimos, ao invés de “combater a inflação”, com essa política monetária troncha apoiada apenas na taxa SELIC, foi entrar pelo labirinto da estagflação a toda velocidade e vai ser difícil achar a saída.

  6. O bolo que dá bolo

    Olá debatedores, bom dia r. jornalista e equipe.

    É claro que eu não poderia deixar de comentar. Vou estabelecer como premissa a seguinte frase do texto:

    A ideia de que o pior já passou é falsa.

    Vamos lá.

    Para os que ainda acreditam na fajuta ciência econômica eis um bom momento no Brasil  para defendê-la.

    Vamos lá pessoal, quem dá mais? Quem aposta mais numa “saída” para a tal “crise”?

    O que deve ser feito?

    Venham todos com os seus gráficos e calculadoras. Montem suas planilhas. Projetem!  Usem e abusem dos cenários do tipo pessimista, mais provável e otimista, no curto, médio e longo prazos.

    Falem de demanda e de oferta. Não se esqueçam de tratarem também das FAJUTAS! políticas fiscais, monetárias, cambiais,e  dentre elas, a política fraudulenta de pagamento absurdo de juros.

    Convençam-nos! Eis o desafio! Indiquem o que a CIÊNCIA econômica pode contribuir nessas horas.

    O que ? Digam!

    Resposta: NADA. Ou melhor, enganar os otários de sempre. E os otários de sempre , vocês sabem, são os otários de sempre.

    No fundo é o seguinte:

    Todo mundo quer morder sua parte do bolo. Uns mordem mais da metade dele. Outras só rapam o tacho. E agora ficou melhor: Uma parte do bolo, segundo os economistas de escol de meia tigela com suas tigelas de fazer bolo, queimou-se.

    Os confeiteiros – economistas de meia tigela! – disseram-nos que tiraram o bolo do forno, razão pela qual, ” o pior já passou”.

    Só que de acordo com o r. jornalista  cuja opinião  respeito, ” a ideia de que o pior já passou é falsa”. Portanto, o bolo ainda está no forno. Aliás,  sempre esteve. A propósito,  “quede”  o confeiteiro-mor, Sr.  Delfin? Delfin KDVC hoje?

    Minha análise é a seguinte:

    No fundo, o bolo sempre dá bolo. E pior. Tem hora que te devora. Você olha  e ele te pergunta: decifra-me.

    Você não decifra ou não tem peito para decifrá-lo.  Ou tem medo de decifrá-lo compreende? Ou melhor, não tem “vontade política” para decifrá-lo. ( regra do jogo, distribuição, educaçao etc) … Ai então ele te devora e dane-se o resto.

    Você sabe  que o bolo  tem queimaduras de primeiro grau  mas não toca nelas. Só que para decifrá-lo, necessariamente, requer um toque nessas pequenas queimaduras. E você não faz isso. Mas não faz mesmo! Nem de jeito nenhum nem pelamor de deus!  Ao contrário, coloca aqui e ali, um pitadinha de açucar. Evidentemente, essas pitadinhas de açucar seguem orientações dos “confeiterios” de meia tigela!

    Como você não tem boca e  estômago para comer e digerir  esse bolo, ele, o bolo, volta pro forno sob ameças de que vai se queimar!

    Obs: Esse bolo é formado com muito trabalho, excesso de trabalho barato( muita oferta) e algum capital, normalmente, especulativo  e seus “amigos” juros, tecnologia, terra( e quanta terra hein!). Enfim, esses “amigos” que não trabalham!

    Ocorre que esses “amigos”  sempre comem boas fatias. As maiores fatias. Também pudera. Sabe como é né… Uns tem mais meritocracia. Outros tem mais “merdoritocracia” , isto é, uns são inteligentes atemporais e racionais, outros, emotivos, românticos e vivem na merda, vivem no esgoto da falta de saneamento básico, agora enriquecido com falta d´água e dengue! 

    Mas voltemos ao desafio.

    Extra! Extra! Venham todos os economistas.

    Queremos saber como “comer esse bolo” que se rebelou e voltou para o forno sob ameças de autoflagelo!

    Por fim, diante desse “cenário” e para manter o padrão de nossa “adorável” mídia, desejo-lhes um péssimo dia.

    Tenham  todos um péssimo dia  e ainda com essa “cambada” de  menores “ameaçadores” que ainda não foram para a cadeia!

     

     

     

    1. A ideia de que o pior já passou é falsa.

      Mogisênio, na minha humilde opinião, seu comentário é o mais instigante à discussão, o meu foi meio didático, mas o seu foi no busílis da perlenga.

      Vou palpitar de forma sintética nesta, a idéia é falsa porque o pior não passou, continua ai, firme, forte e atuante e é a banca que não tá nem ai para o dinheiro, só se preocupa com o poder, poder de escravizar indivíduos, povos e nações pela dívida.

      Nem Levy, nem Dilma, nem ninguém do governo esta preocupado com isto, assim, estamos entregues para os leões.

      Mas fica minha observação, a banca não sustenta este jogo por muito tempo, não sem fazer uma extrepolia danada logo logo.

      1. Fracional X Transacional

        Fractional v Transactional Banking

        Posted on May 5, 2015 by  

        shell-game

        A lot of people are jumping on board, claiming the problem is fractional banking and the private creation of money, which is somehow wrong, should be handed to government. Money has ALWAYS been private, for it is an agreement between two people to exchange whatever for some common item everyone else agrees to accept. That has been everything from seashells to gold. It has always been the people who decide. Even paper currency cannot circulate without the consent of the people.

        Fractional banking has been around for hundreds of years. So why is it only now that this is the great evil? The answer is simply – it is a diversion and not the problem. Fractional banking is taking $1 in deposits and lending it out many times. The new rage is to tout this as the creation of money by banks. Yet banks cannot create this type of money to pay their bills or taxes, because it is not really creating money out of thin air – it is merely leverage.

        Being dispassionate always leads to the answer. If fractional banking was the problem, then why do banks have well over $2 trillion parked at the Fed in EXCESS RESERVES? That means, they could lend that money out multiple times and leverage it into even $10 trillion. So why are they not lending?

        Glass-Steagall Signing-Repeal

        Welcome to the dawn of TRANSACTIONAL BANKING. If I were to be assassinated for something, it would be for trying to refocus the public’s attention to this new development that is post-1991. Robert Rubin of Goldman Sachs sold the idea of TRANSACTIONAL BANKING, claiming it would make the banks stronger, for they would generate the loans, but then package them and sell them to someone else – i.e. 2007. This was the pitch to repeal Glass Steagall in 1999. If the banks didn’t have these loans on their books, then they would not have the risk when the business cycle turned down. That meant the END OF FRACTIONAL BANKING.

        The banks would rather trade with your money (repeal of the Volcker Rule) than lend money out to create jobs (Fractional Banking). So while they have no problem if the people, as  is the case in Iceland, demand that the credit decisions be handed to government because from their perspective, they do not give a shit. This is now about trading, not lending.

        Of course, the small regional banks will be wiped out in this manner. The big banks that profit from proprietary trading are the ones behind this disinformation. End fractional banking and you will not solve any problems, instead you’re more likely to make matters worse. If we do not deal with the real issue, the wrongful repeal of Glass-Steagall, then we are only going to make the future darker, not more secure.

        JPMorgan Chase wants to charge fees to keep money in your account. They have become traders, first and foremost. Open your eyes and pick up the rug. That is where the dirt hides.

         

  7. elo fraco

    Essa história de concessão me parece similar a um casal penhorar as alianças do casamento. “Arruma-se” um pouquinho de dinheiro para comprar a subsistência por alguns dias. É o princípio do fim.

    Se as medidas de Levy/Dilma não forem revertidas a tempo, para mirar no pleno emprego, é a derrota do PT em 2016 e 2018.

    A corrente vai quebrar no elo mais fraco, como é lógico. No lombo dos trabalhadores e dos pobres.

     

  8. O Plano Levy é uma plano

    O Plano Levy é uma plano corta-custos sem nenhuma vinculação com uma politica economica, que não existe na tela do rdar. O Brasil de hoje não tem politica economica, jogar o Pais numa super recessão com elevação de juros numa economia

    já desaceleradaé algo de uma estupidez impressionante. A inadimplencia no crédito disparou, milhões de familias deixaram de pagar suas dividas e nesse quadro continua a escalada de alta de juros. É inacreditavel.

    A alta de juros não vai baixar a inflação, que tem causas independentes do excesso de demanda,  na teoria classica esse é o alvo da subida dos juros. Se a demanda está cadente a que visa a alta dos juros? Dirão que é para atrair capital especulativo mas isso serve para que? E a mesma coisa de achar que tomar emprestimo de agiota é uma coisa boa.

    O Plano Levy não tem qualquer nota de rodapé para ao lado da reoganização das contas publicas segurar o emprego.

    O eixo central de uma politica economica é a estabilidade monetaria e o pleno emprego, é o que escrito nos Estatutos do Federal Reserve, no seu artigo 3º. Não é só a moeda estavel, o que é simples congelando a economia. É isso MAIS o pleno emprego, o que exige muito mais inteligencia e competencia.

     

    1. para que ?

      Pergunta: Dirão que é para atrair capital especulativo mas isso serve para que?

      Resposta: serve para deixar o real sobrevalorizado perante ao dólar e com isso, creem os especialistas, pressionar a inflação para baixo. Penso que o plano todo se funda nos resultados de nossas contas externas. Estavam absurdamente negativas até então, logo, toca-se uma recessão para estancar o crescimento econômico e com ele as importações, ao mesmo tempo em que entra capital especulativo, forçando a valorização da moeda e segurando a inflação. Bucas-se com isso um equilíbrio viciado nas contas externas onde ficamos dependentes dos capitais internacionais para fechar a nossa cotna. Tem sido assim desde pouco antes do real e não mudou muita coisa de lá para cá.

  9. BC contra os interesses nacionais

    BANCO CENTRAL BLOQUEIA PARTICIPAÇÃO DO BRASIL NO BANCO DOS BRICS

     JOSE CARLOS DE ASSIS4 DE MAIO DE 2015 ÀS 14:42Em mais uma ação de cabal subordinação à finança anglo-americana, o Banco Central do Brasil está dificultando, com evidente intenção de sabotar a capitalização da parte brasileira no Banco dos BRICS sob o pretexto imbecil de proteger as reservas internacionais.

     

     

     

    Em mais uma ação de cabal subordinação à finança anglo-americana, o Banco Central do Brasil está dificultando, com evidente intenção de sabotar a capitalização da parte brasileira no Banco dos BRICS sob o pretexto imbecil de proteger as reservas internacionais. O Banco dos BRICS é, de longe, o principal legado do primeiro mandato de Dilma no plano internacional. Deverá ser o grande instrumento de financiamento da infraestrutura no bloco, independente da interferência, das taxas de juros e das condicionalidades norte-americanas e europeias.

    O argumento da vertente entreguista do Banco Central é grotesco, já que a transferência de recursos das reservas para a capitalização do banco não altera a posição fiscal brasileira. Afinal, é muito mais interessante ter dinheiro rendendo juros no banco do que rendendo os pífios juros dos títulos públicos dos Estados Unidos, nos quais as reservas são aplicadas. No Banco dos BRICS o dinheiro vai gerar investimentos reais, e não apenas um fluxograma de recursos totalmente desvinculado da economia real.

    Já é tempo de nacionalizarmos o Banco Central do Brasil. É curioso que ele tenha sido criado pelos militares, num primeiro momento sem oposição americana, como um banco desenvolvimentista, grande financiador da agricultura brasileira. Foi nossa titubeante democracia, no Governo Sarney, e pelas mãos de economistas ditos progressistas, que o Banco Central virou-se para o lado da ortodoxia anglo-americana, tornando-se, pela política monetária, um dos principais obstáculos ao nosso desenvolvimento econômico.

    Outra curiosidade é que não foram os americanos, mas os ingleses e franceses, que espalharam pelo mundo a concepção de bancos centrais ortodoxos. Descrevi isso na minha tese de doutorado na Coppe, convertida em livro, “Moeda, Soberania e Trabalho”, ed. Europa. O que então se entendia como ortodoxia monetária era uma extensão direta do colonialismo, via os chamados currency boards (total vinculação da moeda local à moeda da matriz, com toda a receita de senhoriagem apropriada por ela). A total conversão à ortodoxia se deu via influência posterior dos Estados Unidos no FMI, revelando outra tremenda contradição: os americanos exigem que todo mundo tenha banco central ortodoxo, mas eles próprios tem um banco desenvolvimentista, organizado de forma tão cínica que é capaz de despejar trilhões de dólares em moeda fiduciária no mundo sem qualquer tipo de controle.

    O Banco dos BRICS, que o Banco Central tenta boicotar, será a primeira fissura na arquitetura financeira internacional erigida pelos anglo-americanos no pós-guerra. Será um banco ligado à produção, à economia real. Não essa fábrica de papel sórdida operada nos EUA e agora também no BCE, oferecendo a seus nacionais dinheiro de graça para que adquiram patrimônios reais mundo afora, praticamente sem custos. Com a próxima vinda ao Brasil do Primeiro Ministro chinês, a Presidenta Dilma poderia aproveitar a oportunidade para dar uma ordem seca ao Banco Central para deixar de criar obstáculos para o Banco dos BRICS e disponibilizar imediatamente as reservas a fim de que isso seja feito.

    Será que, nesse contexto, podemos ter um banco central desenvolvimentista? A condição para isso é imitar a China e outros países asiáticos: construir um grande colchão de reservas internacionais para evitar ou derrotar eventuais corridas contra o real em situação de déficit em conta corrente. O Banco dos BRICS poderá ajudar decisivamente nesse programa junto com alguma articulação produtiva com a China. É dessa articulação que poderemos tirar grandes saldos comerciais também no campo dos manufaturados, além das commodities. Com uma posição forte em reservas, teremos política cambial e política monetária soberanas, tal como acontece na órbita chinesa.

     

     

    1. Power: The Essence of Corrupt Banking and Politics Is to Grow an
       

      Power: The Essence of Corrupt Banking and Politics Is to Grow and Control the Debt

        
      “Events have satisfied my mind, and I think the minds of the American people, that the mischiefs and dangers which flow from a national [central] bank far over-balance all its advantages. The bold effort the present bank has made to control the Government, the distresses it has wantonly produced, the violence of which it has been the occasion in one of our cities famed for its observance of law and order, are but premonitions of the fate which awaits the American people should they be deluded into a perpetuation of this institution or the establishment of another like it.”

      Andrew Jackson, Sixth Annual Message, December 1, 1834

      “Another cause of today’s instability is that we now have a society in America, Europe and much of the world which is totally dominated by the two elements of sovereignty that are not included in the state structure: control of credit and banking, and the corporation. 

      These are free of political controls and social responsibility and have largely monopolized power in Western Civilization and in American society. They are ruthlessly going forward to eliminate land, labor, entrepreneurial-managerial skills, and everything else the economists once told us were the chief elements of production. 

      The only element of production they are concerned with is the one they can control: capital.” 

      Professor Carroll Quigley, Oscar Iden Lecture Series 3, 1976

      Money is power.  And those who control the money, if they have the will for it, can use it as a means to incredible power, to create debt, and to control it, thereby controlling the debtors, both as individuals, as communities, as regions, and whole nations.

      This is the story of global trade deals, the Dollar, and the foul marriage between politics, money, and central banking.   The more discretion and secrecy that is granted to those who create money and debt, the more vulnerable is the freedom of the people.

      This is the story of Cyprus, of Greece, and of the Ukraine.

      And there will be more.

      This will to power is as old as Babylon, and as evil as hell.

      [video:https://www.youtube.com/watch?v=UiN1xHaNDJ0%5D

       

      “The powers of financial capitalism had another far-reaching aim, nothing less than to create a world system of financial control in private hands able to dominate the political system of each country and the economy of the world as a whole. This system was to be controlled in a feudalist fashion by the central banks of the world acting in concert, by secret agreements arrived at in frequent private meetings and conferences. The apex of the system was to be the Bank for International Settlements in Basle, Switzerland, a private bank owned and controlled by the world’s central banks which were themselves private corporations. 

      Each central bank, in the hands of men like Montagu Norman of the Bank of England, Benjamin Strong of the New York Federal Reserve Bank, Charles Rist of the Bank of France, and Hjalmar Schacht of the Reichsbank, sought to dominate its government by its ability to control Treasury loans, to manipulate foreign exchanges, to influence the level of economic activity in the country, and to influence cooperative politicians by subsequent economic rewards in the business world.”

      Professor Carroll Quigley, Tragedy and Hope, 1966

      “He promises you illumination, he offers you knowledge, science, philosophy, enlargement of mind. He scoffs at times gone by; he scoffs at every institution which reveres them. 

      He prompts you what to say, and then listens to you, and praises you, and encourages you. He bids you mount aloft. He shows you how to become as gods. 

      Then he laughs and jokes with you, and gets intimate with you; he takes your hand, and gets his fingers between yours, and grasps them, and then you are his.”

      John Henry NewmanPS. Guerra é paz!http://www.globalresearch.ca/war-is-peace-it-makes-us-rich-and-safe-or-so-says-the-mainstream-media/5379762

       

  10. Pular do Mantega para a do Levy

    sem nenhuma explicação já aponta, pelo menos para mim, que a presidente tem uma visão bastante peculiar  de economia. Eu não votei no pt para ter ajuste feito a partir do trabalhador e de politica econômica ortodoxa, se a Dilma não mudar de rumo, até o fim do governo sua base já não vai existir mais.

  11. 2015.75 + mínima do Sol

    Parece que a mídia internacional acordou para a Astrologia, esta semana já vi análises correlacionando os fortes terremotos e explosões vulcânicas, com uma queda da produção agrícola, tudo por causa de uma mínima de atividade solar, evento cíclico. Mais ainda, uma firma de análise de investimentos publicou um gráfico correlacionando o VIX com a lua cheia, dá samba.

    Mas o mais impressionante é o povo que não é bobo e têm comparecido em massa nas exibições do filme do Armstrong – The Forecaster – lotando salas e mobilizando a imprensa Alemã.

    2015.75 já está no imaginário coletivo.

    O Dollar foi rifado pela banca, não precisam mais dele.

    O desprezo por partidos políticos está numa máxima histórica pelo planeta, a ilusão da democracia representativa se extinguiu.

    O tempo é para se criar estratégias de contenção de riscos e minimização de prejuízos.

    A Dilma não têm nem equipe nem arranjo institucional para levar a cabo tal tarefa.

    Vivemos em tempos interessantes.

     

    1. As realidades Macro Econômicas Globais & Locais

      The Realities of Global & Local Macro Economics!

       

      In coming to conclusions, on our Global & Local Economic Future/s, we need to reflect on the Real, Absolute Global Macro Economic Factors, which are –
      1) Demographics – Growth or lack of it, Aging, Distribution & Cause/Effect!
      2) Energy – Demand, Supply & Pricing!
      3) Climate Change – Cause & Effect!
      4) Technology – Will it, Can it, come to our rescue & is it good Public policy to rely on it?

      In reflecting on the above, which really should have happened decades ago and been appropriately acted on, we also need to consider the effects of these & other factors, on the Global Currency’s & Debt.

      Finally, we need to consider the ramifications of the outcomes of all of the above, on the Global & Local Economy, for decades to come!Top

      Comentário:

       

      The four horses galloping steady towards the cliff are debt, demographics, resource depletion, ecological destruction. The Earth? Put a fork in it.

       

  12. Focus

    O Boletim Focus já aumentou sua expectativa para a Taxa SELIC do fim do ano. Afinal, a inflação não está cedendo e o combate à inflação é um samba de uma nota só, então dá-lhe aumento da SELIC. Isso que é política monetária inteligente…

    Os impactos na atividade econômica são inequívocos e desastrosos, e quem vai pagar por isso é a população mais desfavorecida, ironicamente quem votou no PT nas últimas eleições.

    Como bem disse Joel Lima no comentário abaixo, a escolha de Dilma como candidata tem que ser colocada na conta do Lula; foi um erro gigantesco, que está trazendo consequências catastróficas para o PT, mas sobretudo para o País. 

    A menos que a conjuntura melhore fantasticamente nos próximos anos, o que acho difícil dado a incompetência rara demonstrada pela Dilma desde o início do seu primeiro mandato e agravada a partir deste ano, nem o Lula consegue segurar a derrocada do PT em 2018.

    Quem pariu Mateus, que o embale…

  13. Custo de Oportunidade e Fator “Cagaço”: Combinação Fatal

    Certamente a Inflação cairá.

    Seja pela “Contração” Planejada, seja pela Base de Cálculo se tomarmos para tal o Último Trimestre de 14 e Primeiro Trimestre de 2015 (Realinhamento, vulgo Tarifaço…).

    Tem que fazer muita barbeiragem para conseguir fazer uma Estagflação.

    1. A Crise Externa não só não acabou, como parece que vai piorar (Grécia, China, Europa, etc.).

    O Crescimento dos USA continua oscilante.

    2. Selic Alta. Portanto, Custo de Oportunidade e TIR (Taxa Interna de Retorno) altas.

    3. Portanto, mais uma vez, é um Prato Cheio para os “Intrépidos” Empresários Brasileiros (aqueles da Terceira Geração, que querem mais é Vender as Empresas e serem Rentistas).

    Esqueça: Não temos Empresários Brasileiros (imagine agora, sem BNDES).

    Se, a Dilma não abrir o Gigantesco Mercado (Potencial) Brasileiro (a tal Nova Classe Média) às Multinacionais, pode esquecer as Eleições de 2018.

    Caso alie esta Abertura à uma Política de Desenvolvimento, como propõem o Nassif, corre até o “Risco” de deixar um verdadeiro Legado Desenvolvimentista.

  14. Novos Parabéns, Nassif

    tb artigos como esse é que valem (se minha opiniãovaler alguma coisa, pois sou muito crítico ao Posts do Dia e umas mesmices da qual Anna Dutra falou (não foi explícita, por isso alguns não a entenderam. Ela enviou pro meu email particular, que ela tem). Mas ainda cri-cri, gostaria de ver não só defesa a tudo o que um partido faz ou deixa de fazer. Gostaria que também vissem alguma coisa positiva noutros partidos (nem tudo é absolutamente “mau”). Voto quase sempre nesse partido, ou, no meu direito de cidadão, já votei nulo ou branco ou até noutro partido pequeno pela presença crítica a que se dão o luxo, mas válidos (Marcelo Freixó é uma amostra, mas há outros espalhados por outros partidos (que nunca aparecem na mídia porque não estão em negociatas e panelinhas , ou que se sentem menos patrulhados – um mal nos partidos de centro-esquerda ou de esquerda, infelizmente).

  15. Jornalismo “desmancha-prazeres”

    A ilusão da volta do crescimento após uma recessão curta

    a pior coisa do mundo das ilusões perdidas desta política econômica fraudada & aviltada é a figura suprema do chato jornalista cri-cri-crítico analítico-opinativo que priva o jogo político – o do poder de mando – da ilusão: refiro-me aqui ao malfadado jornalismo “desmancha-prazeres”…

    “O jogador que desrespeita ou ignora as regras é um “desmancha-prazeres”. Este, porém, difere do jogador desonesto, do batoteiro, já que o último finge jogar seriamente o jogo e aparenta reconhecer o círculo mágico. É curioso notar como os jogadores são muito mais indulgentes para com o batoteiro do que com o desmancha-prazeres; o que se deve ao fato de este último abalar o próprio mundo do jogo. Retirando-se do jogo, denuncia o caráter relativo e frágil desse mundo no qual, temporariamente, se havia encerrado com os outros. Priva o jogo da ilusão – palavra cheia de sentido que significa literalmente “em jogo” ( de inlusio, illudere ou inludere). Torna-se, portanto, necessário expulsá-lo, pois ele ameaça a existência da comunidade de jogadores. A figura do desmancha-prazeres desenha-se com mais nitidez nos jogos infantis. A pequena comunidade não procura averiguar se o desmancha-prazeres abandona o jogo por incapacidade ou por imposição alheia, ou melhor, não reconhece sua capacidade e acusa-o de falta de audácia. Para ela, o problema da obediência e da consciência é reduzido ao do medo ao castigo. O desmancha-prazeres destrói o mundo mágico, portanto, é um covarde e precisa ser expulso. Mesmo no universo da seriedade, os hipócritas e os batoteiros sempre tiveram mais sorte do que os desmancha-prazeres: os apóstatas, os hereges, os reformadores, os profetas e os objetores de consciência. 

    Todavia, frequentemente acontece que, por sua vez, os desmancha-prazeres fundam uma nova comunidade, dotada de regras próprias. Os fora da lei, os revolucionários, os membros das sociedades secretas, os hereges de todos os tipos têm tendências fortemente associativas, se não sociáveis, e todas as suas ações são marcadas por um certo elemento lúdico.”

    HOMO LUDENS – o jogo como elemento da cultura, Johan Huizinga. Trad. João Paulo Monteiro. Ed. Perspectiva, 2010.

     

     

  16. Fiquemos tranquilos,

    Fiquemos tranquilos, gente.

    De acordo com o çábio Levy, basta fazer superávit que a economia cresce (!).

    O sujeito ignora não só toda a história da economia, mas a própria história do governo Dilma, que fez superávits primários significativos em três anos e meio dos quatro anos de seu primeiro mandato – e o crescimento econômico foi pífio, especialmente depois que houve a siginificativa elevação da taxa de juros por parte de Tombini e sua trupe.

    Que lástima.

    1. Falácias, falácias e mais falácias. Sofisma puro e senso comum.

      Todo o primeiro mandato de Lula teve superávits fiscais homéricos do setor público consolidado, de 4,25% do PIB.

       

      Esse montante era muito superior aos superávits havidos no segundo mandato do FHC. O primeiro mandato de Dilma teve superávits fiscais DECRESCENTES, até chegar ao déficit de 2014. 

       

      Superávit fiscal não garante crescimento. Déficit, tampouco. O governo Lula teve um crescimento médio de mais de 4% ao ano e foi o governo que teve os maiores superávits primários da história, de 1985 para cá. 

       

      Hoje o Brasil tem taxa de desemprego de 6,2%. Ao final do governo Lula, em 2010, a taxa era de 6,7%. Ao final do governo de FHC, em 2002, era de 12,3%. Estamos mesmo num apocalipse tonitruante, como se apregoa aos quatro ventos?

       

      O superávit primário de 1,13% do PIB, que se pretende fazer em 2015, é o menor superávit do setor público consolidado existente nos 13 anos de governos do PT até aqui, com exceção do déficit de 2014. Será que é assim tão terrível ter essa meta de superávit primário de 1,13% do PIB? 

       

      Nos últimos 30 anos, desde a redemocratização em 1985, o Brasil registrou déficit primário em apenas 06 oportunidades. Foi nos anos de 1987, 1988, 1989, 1996, 1997 e 2014. É possível manter uma política de déficit primário, observando o histórico do Brasil na administração dessa contabilidade?

       

      O ajuste feito agora por Dilma é bem menor do que os ajustes feitos por FHC em 1999 e por Lula em 2003. Para se ter uma ideia, a taxa de juros da Selic estava em 32% ao ano em abril de 1999 e estava em 26,5% ao ano em abril de 2003 (exatamente o dobro do que é hoje). 

       

      O que está acontecendo com o crescimento econômico, que foi sustentado a duras penas pela política econômica anticíclica do primeiro mandato de Dilma, é que o mundo está com um crescimento econômico pífio. A China, por exemplo, vai crescer abaixo de 7% ao ano em 2015, algo que não se via há pelo menos 30 anos. 

       

      Os EUA, em que pese ter gasto mais de US$ 4,2 trilhões nas três fases do seu afrouxamento quantitativo (quantitative easing), que durou até outubro do ano passado, não conseguem retomar um crescimento consistente. E olhe que a taxa de juros nos EUA está ininterruptamente no menor patamar da história, de 0,25% ao ano, desde dezembro de 2008. 

       

      A Europa se vê às voltas com a estagnação e a deflação, em que pese estar hoje também com a menor taxa de juros de todos os tempos, de irrisórios 0,05% ao ano. Tiveram inclusive que começar em março último um programa próprio de afrouxamento quantitativo, de aproximadamente 1,2 trilhão de euros (R$ 4 trilhões), que durará até setembro de 2016. 

       

      Se o problema fosse o superávit primário, então toda a Europa e os EUA deveriam estar crescendo a taxas robustíssimas, pois apresentam DÉFICIT primário imenso desde o Crash de 15 de setembro de 2008. Por essa mesma linha de raciocínio o Brasil deveria ter crescido vigorosamente em 2014, pois mandou às favas o superávit primário! 

       

      Se o problema fosse exclusivamente o da taxa de juros, mais uma vez seria forçoso acreditar que os EUA e a Europa, com taxas de juros próximas de 0%, há muito e muito tempo, deveriam estar crescendo vigorosamente, algo que nem de longe se verifica. 

       

      O que mais está impactando os países da América do Sul é a queda abrupta no valor das commodities, em especial o valor do petróleo, do ferro e da soja. No caso brasileiro há um outro ponto que é o esgotamento das finanças públicas, tensionadas ao limite para sustentar a política econômica anticíclica levada a cabo entre 2009 e 2014.

       

      Só para os bancos públicos a União injetou mais de R$ 400 bilhões entre 2009 e 2014!

       

      O governo Dilma fez tudo o que era possível para preservar os empregos e a renda das classes laborais em seu primeiro mandato, com políticas fiscais, creditícias e monetárias que garantiram a estabilidade do Brasil no meio do furacão da crise internacional. 

       

      Um dos pontos mais positivos, inclusive, foi o de desvalorizar o real frente ao dólar.

       

      Em janeiro de 2011 o dólar era cotado a apenas R$ 1,65. Atualmente está em R$ 3,07, o que é amplamente positivo para a indústria e só não teve reflexos mais positivos porque há uma brutal desaceleração na demanda internacional. 

      1. Quando compara o crescimento

        Quando compara o crescimento econômico da Europa com o brasileiro, ignora (ou finge ignorar) que a base econômica, a base de desenvolvimento humano, econômico, social da Europa é muitíssimo maior do que o nosso. É evidente que crescerão menos, realmente achas que a Europa vai crescer a taxa chinesa mais alguma vez na história? Somente se algum desastre ocorrer (como uma guerra e o crescimento poderia advir no período de reconstrução).

        Mas aí nós vemos a idoneidade do comentarista (que já gosta de republicar este comentário…).

        Quando quer comparar a taxa de crescimento, o comentarista compara com a taxa de outros países muito mais desenvolvidos que o Brasil. Mas quando quer comparar nossa taxa de juros, aí ele não compara com estes mesmos países, ele quer comparar com a nossa própria taxa (historicamente alta devido a promiscuidade entre BC e mercado financeiro).

        Que seletividade interessante!

        Aí afirmas: Superávit fiscal não garante crescimento. Déficit, tampouco. Mas quem diz que superávit traz crescimento é o çábio Levy, não eu.

        Hoje o Brasil tem taxa de desemprego de 6,2%. Ao final do governo Lula, em 2010, a taxa era de 6,7%. Ao final do governo de FHC, em 2002, era de 12,3%. Estamos mesmo num apocalipse tonitruante, como se apregoa aos quatro ventos?

        Eu não disse que estamos num apocalipse, mas é fato que estamos em recessão. Devemos comemorá-la também?

         

        Uma taxa de juros baixa como a europeia não é o único pré-requisito para o crescimento econômico. Mas ela alta é suficiente para causar uma recessão. Da mesma maneira que apenas o câmbio não é suficiente para trazer competitividade para a indústria, mas se ele estiver valorizado, apenas ele é capaz de permitir uma invasão de produtos importados por aqui e destruir nossa indústria.

         

        Pra não dizer que discordo de tudo, a desvalorização da moeda foi positiva.

        1. Evoluiu. Pelo menos tentou sair do campo das fáceis falácias.

          1) Não há nenhumas comparações entre o crescimento econômico do Brasil com a Europa, com os EUA ou com qualquer outro país. Se houvesse eu teria trazido números a respeito do crescimento destes países ou regiões, algo que não fiz porque não é esse o debate. Nem a Europa vai crescer a taxas chinesas, nem a China vai crescer a taxas europeias. Isso tem a ver com a renda per capita e o grau de urbanização, entre outras variáveis. 

           

          Metade da população chinesa ainda vive no campo e 2/3 dos indianos também, de modo que o exército industrial de reserva destes países é algo que ajuda no potencial de crescimento dos mesmos. Isso aconteceu com o Brasil em tempos passados, mas hoje é impossível pois quase 90 por cento da população vive em zonas urbanas. 

           

          2) Agora sim. Fiz uma comparação entre as taxas de juros atuais e pretéritas do Brasil, e também as comparei com as taxas de juros atuais dos EUA e da Europa. E o fiz para desmistificar algumas simplistas e grosseiras teses a respeito do crescimento econômico dos países.

           

          A tese que defendi é muito simples: a variável juros é apenas uma, entre outras tantas que determinam o potencial de crescimento de uma economia. Há outras várias variáveis que vossa senhoria, por desconhecimento absoluto ou por ignorância incomensurável, sequer quis analisar. Não há seletividade nenhuma. Há, isto sim, a demonstração cabal e inequívoca de que não é SOMENTE a taxa de juros que determina o crescimento de um ou de outro país. 

          1. Papo de surdo e mudo

            Às vezes eu penso que vc tem algum tipo de autismo, pois “desmente” coisas que eu não escrevi.

            Eu não disse que somente a taxa de juros que determina o crescimento da economia, até porquê isto não é lógico. A taxa de juros consegue sozinha frear a economia, mas tem efeito positivo, porém bem limitado para acelerá-la.

            P.S: outra coisa que sempre vejo nos seus comentários quando compara crescimento econômico entre países, e me incomoda bastante, é quando citas os dados de crescimento do PIB e ignoras o crescimento demográfico. É outra seletividade na apresentação dos dados intelectualmente desonesta.

          2. Ou não (pelo menos não da minha parte)

            Intelectualmente desonesto é alguém que “cacareja” teses absurdas, sensos comuns, tolices sem nexo e lugares também comuns a respeito de assuntos sobre os quais não entende absolutamente nada. 

             

            O teu primeiro comentário é absoluta e lamentavelmente imprestável. Nem no boteco da esquina se tem uma conversa tão sem noção e tão desprovida de qualquer caráter fático. 

             

            Vossa senhoria tem a mania de escrever sensos comuns como Mário Quintana escrevia poesias. Ambos são mestres. Aquele na poesia e vossa senhoria nos sensos comuns. 

             

            Debata com um mínimo de honestidade, não para comigo, que dispenso essa consideração, mas para cosigo mesmo. Se algo te incomoda, conteste, não fique choramingando nos cantos. 

             

            No mais, encerro por aqui, até porque vossa senhoria perdeu o debate de forma avassaladora e acachapante, e em função disso não há mais muita serventia na manutenção do mesmo. 

          3. Ah tá.
            Ao comentário que

            Ah tá.

            Ao comentário que efetivamente escrevi, a reiterada fala do ministro da economia, o nobre Joaquim Levy de que ao termos superávits o crescimento econômico ocorrerá, eu ainda aguardo resposta.

            Ademais, não agregarei sobre sua ignorância porque a doença infantil do governismo é incurável.

          4. Autismo
            O que o autismo tem a ver com isso? Existem mais de 1 milhão de pessoas no Brasil com diagnóstico de autismo. Por acaso são pessoas inferiores para que sua condição seja usada como xingamento ou termo pejorativo?

  17. Luz amarela

    Conclusão de um cenário nada animador, com graves consequencias para um futuro a médio prazo:

    “Mas falta ao governo confiança no seu taco; e nos observadores, confiança no governo”

  18. Diferenças entre o ajuste de 2010-2011

    O câmbio e o o nível da atividade econômica nos EUA na zona do euro e no Japão são principais diferenças entre o atual ajuste e o ajuste de 2010 e 2111.

    Será fundamental o BACEN atual para impedir uma nova queda do dólar no Brasil, mais do que isso precisa sinalizar de forma clara esta disposição.

  19. Estaleiros

     O reequipamento dos estaleiros, associados a parcerias feitas com empresas navais estrangeiras, somadas a: boa idéia e realização da formação de mão – de – obra média nacional, e a controversa medida de “conteudo nacional”, froam um bom parametro, MAS:

      Acabou, estamos sem crédito, devendo, pendurados em contratos externos leoninos e demitindo.

      Quem quiser reclamar: dirija-se a Curitiba.

    1. Em Curitiba estão as consequênciass e, sim, podemos reclamar…

      … mas as causas, que deram margem às consequências, estão em Brasília.

      É lá que temos que trabalhar!

  20. Lamentável guinada à direita petista

    O cenário atual é de milhares de desempregados novos toda semana. Algumas empresas menores demitindo turnos inteiros. quem mais demite de longe são as indústrias.

    Imagino o que Dilma e o PT vão ter a apresentar nas próximas eleições, já em 2016:

    Temos milhares de desempregados novos, mas o importante é que o governo é do PT, “partido dos trabalhadores”.

    “As contas do governo estão no vermelho, estamos fazendo cortes, inclusive nos direitos trabalhistas, mas o importante é que o PT é um “partido de esquerda.”

     

    Vou ressaltar que o PSDB começou sua guinada à direita de forma muito parecida com o PT atual. O PSDB foi criado por que queriam um partido mais de “esquerda” do que o PMDB. E depois o PSDB se tornou de estrema direita, defendeu ferrenhamente juros altos ( como Dilma), defendeu ajuste fiscal ( Dilma de novo), defendeu cortes nos direitos trabalhistas.

    A guinada à direita que o PT está dando também nos permite prever onde o desemprego irá parar dentro de quatro anos, e onde a popularidade petista se aproximará da popularidade de FHC.

    “No fundo só existem dois tipos de partido. Os que defendem aumento de juros, e os que defendem queda dos Juros Selic. Neste ponto, Dilma e FHC estão do mesmo lado.”

  21. …acalmai irmãos, na glória tudo cessará…aleluia ???

    Assim falou Zé de Tustra:

    “o emocionalismo infantil e grosseiro, é o pior castigo que se abate sobre um indivíduo ou sobre uma sociedade”

    Nestas condições, transferir responsabilidades, é uma caracter[istica comum a todos os que nelas se encontram.

    Menos uma: Qual é a responsabilidade do mercado sobre esta crise? Isto ninguém discute.

    A obra mais fantástica deste governo, e que nunca havíamos vistos em nossa história, foi ter ampliado o número de agentes participativos em nossa economia, ao estender crédito, e outros recursos, à base da pirâmide. Sabemos que a riqueza é volátil, é um balão cheio de gás mais leve que o ar.Aonde está toda a riqueza, o dinheiro, concentrado por esta valotilidade ??? Nas mãos dos rentistas, esta praga que esta acabando com todas as economias, baseadas na relação produção-consumo, e estes só permitem o retorno deste dinheiro à base da pirâmide, se esta lhe entregar, um “dízimo”, a tal ponto de exaurir todos os dizimistas, que é o que estamos vendo agora.

    A grande revolução que se avizinha, em toda a terra, é transformar o rentismo em crime, penalizando-o com altíssímas cargas tributárias, e desmanchando todos os mecanismos com que que ele opere, acabando com as bolsas, e transformando os bancos, em apenas guardadores de valores.

    O Brasil poderia começar esta mega revolução, pois ela é inevitável.

    O rentismo se beneficia ao criar o problema para depois se beneficiar com a sua aparente solução, perpetuando num moto contínuo a sua ação nefasta. 

    Culpar este governo por esta “crise”, é típico de pessoas, de visão curta e emocionalmente desequilibradas.

     

     

  22. Bem diz Diogo Costa, não é só juro que determina o crescimento

     

    Luis Nassif,

    Primeiro há os comentários. Salvo um e outro, e parece que um e outro se resumem ao comentário enviado terça-feira, 05/05/2015 às 07:42, por Roberto São Paulo-SP 2015 e aos comentários de praxe do Diogo Costa, não há comentários em apoio à política econômica do segundo governo da presidenta Dilma Rousseff.

    Sua intenção de fazer um blog plural para manter um blog de abrangência maior do que aqueles blogs que, por maior que seja o número de frequentadores, todos tem o mesmo entendimento de tudo no blog e vira um nicho em que pessoas com opiniões idênticas possam se sentir em casa, finda indo por água abaixo.

    E com suporte nos argumentos seus, os comentaristas contrários ao governo se dirigem à presidenta Dilma Rousseff com expressões como “asno político” (Joel Lima em comentário de terça-feira, 05/05/2015 às 07:22), ou como uma pessoa de “incompetência rara” (Nicolas Crabbé em comentário de terça-feira, 05/05/2015 às 10:08).

    Que a presidenta Dilma Rousseff não tem nenhuma habilidade política era sabido desde que a lançaram candidata. A sua insistência em a chamar de centralizadora deu a aparência que ele seja incapaz de delegar. Nunca, entretanto, ele assumiu como presidenta da República a atividade de composição política. Ela sempre delegou a outrem o exercício da política. Se não soube delegar é afirmação que pode ser verdadeira, mas deve ficar sujeita à demonstração. Agora, alguém dar importância ao fato de não se ter habilidade política quando não se exerce a atividade de composição de interesses conflitantes, não me parece adequado para analisar a política econômica do governo.

    O mesmo se pode dizer da expressão “incompetência rara” que pode ser utilizado por qualquer criança que não sabe o significado da palavra nem para qual finalidade ela está sendo aplicada. Não se pode, entretanto, negar que lendo o seu post “A ilusão da volta do crescimento após uma recessão curta” de terça-feira, 05/05/2015 às 07:08, é fácil chegar as conclusões de Joel Lima e de Nicolas Crabbé, afinal será que o governo da presidenta Dilma Rousseff não tem um QI acima de 100 para perceber toda essa concatenação mostrada por você?

    Bem, embora aqui e ali haja frases e expressões consistentes, eu acho que essas críticas são muito retóricas. Alguém entre os comentaristas, incluindo entre eles você, tem a capacidade de demonstrar errada a crítica ao que você afirmou neste post “A ilusão da volta do crescimento após uma recessão curta”? Ou pergunto de outra forma: como negar validade a se questionar se não há ninguém entre os críticos à política econômica do governo da presidenta Dilma Rousseff com um QI acima de 100 para perceber que essa análise crítica da política econômica do segundo governo da presidenta Dilma Rousseff está equivocada?

    Hoje cedo quando vi o post “A ilusão da volta do crescimento após uma recessão curta” só havia o comentário de Roberto São Paulo-SP 2015 enviado terça-feira, 05/05/2015 às 07:42, e que começa assim:

    “Com o dólar no atual patamar já é possível haver uma substituição de parte das importações, bem como aumentar as exportações em caso de aumento da demanda externa”.

    Achei que aquela informação ia ser suficiente para outros questionarem também o seu post. Concordo com Roberto São Paulo-SP 2015. Não sou economista, mas vou concordar ainda mais se eu consertar a frase de Roberto São Paulo-SP 2015 na segunda parte dela. Assim diria:

    “Com o dólar no atual patamar já é possível haver uma substituição de parte das importações, bem como aumentar o valor em real exportações disponibilizando mais recursos para o exportador.”

    Esta é a essência da política econômica do governo. Colocou no Ministério da Fazenda não um grande economista, que em geral este pessoal de Chicago não é, mas alguém bom de cálculo porque será isso que ele vai fazer em abundância nesse primeiro ano do segundo governo da presidenta Dilma Rousseff. É só para calcular quanto da demanda interna deixará de ser direcionada para o mercado externo e quanto poderá sobrar da produção interna que possa ser exportado.

    E tornaria a política econômica do segundo governo da presidenta Dilma Rousseff mais compreensível e aceitável emendando com a frase final de Diogo Costa na réplica que ele enviou terça-feira, 05/05/2015 às 17:35, na sequência do comentário inicial de Doney enviado terça-feira, 05/05/2015 às 10:59. Diz lá Diogo Costa:

    “Há, isto sim, a demonstração cabal e inequívoca de que não é SOMENTE a taxa de juros que determina o crescimento de um ou de outro país”.

    Não tenho muito mais a dizer. Tenho criticado a sua postura contra determinadas políticas, decisões ou atos da presidenta Dilma Rousseff por ver muitas vezes nela uma análise precipitada e superficial e muitas vezes dando margem a outras interpretações. É o caso, por exemplo, do post “A teimosia (quase) insuperável de Dilma” de quinta-feira, 26/06/2014 às 06:00, aqui no seu blog e de sua autoria e do qual eu reproduzo a seguir duas frases iniciais:

    “O jogo eleitoral está na seguinte situação:

    1.      É correta a percepção de Gilberto Carvalho – Secretário Geral da Presidência da República – de que a resistência a Dilma Rousseff está transbordando das classes A e B para as demais.

    2.      Recentemente, esse movimento ganhou impulso devido a dois erros de Dilma: o de não montar uma política de informação sobre as ações na Copa e do governo; e a vendetta pessoal em relação ao ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli, gerando o falso escândalo de Pasadena (somando-se ao escândalo real de Paulo Roberto Costa)”.

    Não trouxe o trecho acima para lembrar que eu também considerava correta a percepção de Gilberto Carvalho. Nem trouxe para lembrar que há um post recente aqui no seu blog com o título “Comunicação do governo na Copa rendeu prêmio internacional” de sábado, 02/05/2015 às 10:17, que desmistifica um tanto a série de críticas que você fez sobre a comunicação do governo para a Copa do Mundo de Futebol. Trouxe o trecho acima para lembrar que não há a menor sensatez culpar a declaração da presidenta Dilma Rousseff ao jornal Estado se S. Paulo, sobre a compra de Pasadena, como desencadeadora do imbróglio da Petrobras, como se o trabalho do Ministério Público Federal tivesse se iniciado depois da declaração, nem dizer que a declaração seria decorrente de uma vendetta pessoal em relação ao ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli, e que tudo isso teria dado impulso à resistência à presidenta Dilma Rousseff.

    Declaração que diante da defesa que os advogados de Paulo Roberto Costa quer adotar agora parece ainda mais apropriada. Ver a este respeito a matéria “Costa diz que Dilma é responsável por Pasadena” de terça-feira, 05/05/2015, saída no Uol no seguinte endereço:

    http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2015/05/05/costa-diz-que-dilma-e-responsavel-por-pasadena.htm

    Recrimino você pelos resumos simplicistas que você faz como, por exemplo, na frase a seguir:

    “Assim como a distribuição ampla e irrestrita de subsídios não trouxe o crescimento, não se pense que bastará o ajuste das contas públicas para se obter a redenção”.

    Como dizer que a distribuição ampla e irrestrita de subsídios, e eu concedo que ela existiu, não trouxe o crescimento sem antes analisar a queda brusca dos investimentos que ocorrera no terceiro trimestre de 2013, e que reverteu uma bem engendrada recuperação econômica.

    É claro que a política econômica de Joaquim Levy daria melhor resultado se o Fed começasse a elevar o juro agora no mês de junho, pois fatalmente o juro elevado no Brasil não seria capaz de desvalorizar o dólar. A presidenta Dilma Rousseff, entretanto, não tem esse poder. Já fez muito conduzindo no Brasil uma política econômica para uma determinada época e antecipadamente mudado a política econômica para enfrentar uma época bem distinta da anterior.

    O post “A teimosia (quase) insuperável de Dilma” pode ser visto no seguinte endereço:

    https://jornalggn.com.br/noticia/a-teimosia-quase-insuperavel-de-dilma

    O post “Comunicação do governo na Copa rendeu prêmio internacional” pode ser visto no seguinte endereço:

    https://jornalggn.com.br/noticia/comunicacao-do-governo-na-copa-rendeu-premio-internacional

    Não é pelo comentário elogioso do Alexandre Weber – Santos –SP a minha pessoa e enviado terça-feira, 05/05/2015 às 00:59, para junto de um dos dois comentários que eu fiz junto ao comentário de BFCosta enviado sábado, 02/05/2015 às 11:50 lá no post “A desastrosa política monetária, por Motta Araujo” de sábado, 02/05/2015 às 11:16, saído aqui no seu blog e como o próprio título indica de autoria de Motta Araujo que eu faço aqui a indicação daquele post. Aliás nem faço a indicação como uma forma de agradecer também à maneira sempre gentil que o Motta Araujo se refere a mim, até mesmo quando o critico e que se manifesta mais uma vez em comentário que ele enviou sábado, 02/05/2015 às 14:13. E que se ressalte, a gentileza do comentário de Motta Araujo foi feita antes do meu segundo comentário um pouco mais elogioso ao que Motta Araujo dissera no texto. Faço a indicação porque a visão de Motta Araujo é semelhante a sua e se eu discordo da análise dele e também da sua não significa que vejo muitos pontos de concordância. Apenas considero que ambos estão usando uma viseira que não os permite enxerga em um ângulo mais aberto.

    O link para o post “A desastrosa política monetária, por Motta Araujo” é:

    https://jornalggn.com.br/noticia/a-desastrosa-politica-monetaria-por-motta-araujo

    Há ainda para indicar o post “Serra, o camaleão desenvolvimentista” de quarta-feira, 29/04/2015 às 19:08, aqui no seu blog e consistindo de um comentário seu fazendo referência a entrevista do senador José Serra ao jornal Valor Econômico publicada na terça-feira, 28/04/2015. No seu comentário em vez de fazer a crítica ou o elogio a José Serra você o chamou de camaleão desenvolvimentista para voltar-se de modo crítico ao passado recente de José Serra. Pelo que se subtende o passado recente dele é ruim, mas a entrevista é boa. De certo modo ele faz análise semelhante a sua e, portanto, há ai mais um dado implícito para se concluir que você elogia a entrevista do senador José Serra.

    Já fiz dois comentários junto ao comentário de Alfredo Machado enviado quarta-feira, 29/04/2015 às 12:40, e pretendo enviar um terceiro. O primeiro tencionava mostrar que serve para aplicar em José Serra a mesma crítica que Roberto Pompeu de Toledo em artigo saído na edição 2034 de quarta-feira, 14/11/2007, da revista Veja e intitulado “Autoridade é uma coisa, eficácia é outra” utiliza ao referir-se ao discurso do ex-ministro Nelson Jobim e que consiste em atribuir a fala de Nelson Jobim um caráter propedêutico que revela uma pretensa superioridade ou competência de autoridade.

    O segundo era para enfatizar trechos da entrevista em que se vê um caráter megalomaníaco fantasioso do senador José Serra como é próprio dos tucanos. E mesmo sendo leigo ainda pretendo fazer um terceiro comentário para enfatizar a baixa qualidade do conteúdo da entrevista. No caso de José Serra trata de mostrar como ele revela uma presunçosa sapiência fictícia que o coloca cada vez mais distante daquilo que ele um dia chegou a defender. E assim quem elogia, ainda que implicitamente, uma entrevista assim, precisa rever os conceitos antes que fique tão perdido como o senador tucano. O endereço do post “Serra, o camaleão desenvolvimentista” é:

    https://jornalggn.com.br/noticia/serra-o-camaleao-desenvolvimentista

    Enfim, penso que lhe taparam a visão deixando apenas uma réstia de luz e você está analisando olhando só pela pequena fissura. É preciso saber conhecer as circunstâncias ao entorno para que uma dimensão mais ampla possa ser compreendida. Não é só rever os conceitos, mas os expandir.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 05/05/2015

  23. Nassif, a gente fica com medo
    Nassif, a gente fica com medo de comentar porque vc já viu a turma do mimimi que acha que qualquer crítica que o pessoal de esquerda faça ao governo é “golpismo” e aquelas chantagens emocionais ridículas, dignas de crianças mimadas.

    Mas isso é fruto da falta de planejamento ou projeto. Qual o projeto de Dilma pro segundo mandato dela? Existe? Se não existe ela já deveria estar providenciando isso desde que ganhou.

    Aceitar a imposição desse Chicago Boy foi o primeiro erro político dela no segundo mandato, o erro político simbólico que se transforma em econômico porque esses Chicagos Boys só sabem fazer isso, depenar a economia e que os sucessores deles se virem pra desfazer o estrago.

    Como já disse antes, ela poderia fazer o ajuste com outro nome, foi ceder ao “mercado” (entidade metafísica que não tem nome de banqueiro, financista, empresário etc), agora tá a mercê da “boa vontade” dessa corja.

    Só que eu ainda acho que o maior problema desse governo se encontra em outra área, a da Justiça, na figura do Zé Cardozo da “Mensagem ao Partido”.

    É um grupo que só tem detonado o PT por dentro e o governo. É inexplicável a manutenção desse elemento à frente do Ministério da Justiça com o caos institucional que a vista grossa dele anda fazendo com a polícia federal aparelhada pelo PSDB causando uma crise econômica através da destruição das empresas na Lava Jato, a Petrobras incluída no pacote (é a cereja do bolo dessas aves de rapina).

    O problema institucional e político já contaminou a economia. Num cenário normal, o Brasil conseguiria se sair melhor até com um paquiderme neoliberal (na coleira) como o Levy.

  24. Meus queridos…..o diabo

    Meus queridos…..o diabo veio cobrar  .

    A maioria dos comentários  é   limitada.

    O  PT  imaginou  que poderia usar o discurso do marketing   indefinidamente.

    Alguma ação é  sempre   necessário .

    O PT  nunca  saiu  do seu  script. 

    Perdeu-se a confiança.

    No meu entender é  definitivo. 

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