As discussões sobre a taxa Selic

No post “Como  o Mercado enredou o Banco Central”, o leitor Henrique Reis fez uma provocação, me desafiando a demonstrar as críticas que faço ao uso da Selic como ferramenta anti-inflação. E me brindou com um carteiraço acadêmico, sugerindo que eu lesse mais. Solicitei-lhe que não se restringisse ao que estava exposto em 3.200 toques do artigo, mas ao conjunto das críticas que faço ao sistema e que poderiam ser pesquisadas no próprio blog.

Como é tema complexo, disse que iria responder com mais tempo. Para minha surpresa, vejo em seu comentário que ele acabou lendo as críticas e sintetizando de forma didática os pontos centrais.

Vamos a uma explicação didática das críticas que faço ao uso da Selic.

Objetivos da política econômica

A política econômica visa obter o máximo crescimento, com bem estar social, mantendo o equilíbrio na economia. Isto é, o desafio de administrar objetivos muitas vezes conflitante, sem que um objetivo comprometa o outro.

Uma política econômica equilibrada pressupõe manter sob controle as seguintes variáveis:

  • Contas Externas
  • Quadro fiscal
  • Inflação

Tudo isso comprometendo o mínimo possível o crescimento.

Causas da inflação

A inflação – isto é, o aumento permanente de preços – pode ser provocada por um conjunto de fatores:

Choques de demanda – em um quadro de economia aquecida, as empresas aproveitam para puxar os preços. Momentos de mudança estrutural, como a entrada de novos contingentes da população no mercado de consumo, também aquecem a demanda, especialmente em setores de baixa elasticidade, como o de serviços. O excesso de gastos públicos também pressiona a demanda.

Choques de oferta – entram nessa categoria quebras de safra, por exemplo, uma grande seca, uma enchente.

Choques externos – elevação de preços de produtos comercializáveis (aqueles cotados internacionalmente em bolsas e em dólares). Esses aumentos acabam repercutindo internamente.

Choques de custos, especialmente devido ao aumento dos salários.

Indexação – contratos amarrados à inflação passada.

O  papel da política monetária

Nos últimos anos, os fatores de pressão sobre a inflação foram os choques de oferta (aumento internacional das commodities, secas internas), alguma indexação, pressão dos novos consumidores sobre os serviços e as expectativas dos agentes econômicos. Poucos analistas ousariam falar em inflação de demanda com a economia patinando.

Mas suponhamos que seja de demanda.

A política monetária – isto é, o uso dos juros – atua especificamente sobre a inflação de demanda. Imagina-se que aumentando a Selic, haverá um aumento no custo do dinheiro para o consumidor final e para as empresas, reduzindo sua propensão ao consumo. Haveria também uma propensão maior do consumidor a investir, reduzindo as suas compras.

Ou então, haveria o efeito-pobreza. Nos Estados Unidos, cada vez que os juros aumentam há uma redução automática do valor das carteiras de renda fixa e um impacto sobre o mercado de ações. O investidor se sente mais pobre e trata de moderar os gastos.

No artigo “A ficção da política Monetária” (http://bit.ly/IEWeqR), de 3 de fevereiro de 2012, demonstro que não há a menor correlação entre o aumento da Selic e o custo do financiamento, o custo do capital de giro ou sobre o preço final de um produto.

Pelas simulações que fiz, o impacto de uma alta de 6 pontos da Selic representaria um peso de apenas 0,6% no custo final do produto. Havendo demanda, é evidente que a empresa ou absorverá esse aumento, ou repassará para os preços, sem mudar um centímetro o rumo da sua estratégia.

Vamos a outra conta.

Suponha um financiamento de R$ 1.000, 00 por 18 meses a uma taxa de juros de 3% ao mês. O valor da prestação seria de R$ 72,71.

Agora suponha uma alta de 1,5 ponto ano na Selic – elevação significativa. Significaria 0,12% ao mês.

Suponhamos que a financeira repasse integralmente o aumento da Selic para o financiamento. O valor da prestação subiria para R$ 73,47 – uma elevação de R$ 0,77.

Alguém irá supor que, por R$ 0,75 a mais na prestação, alguém deixará de comprar.

É evidente que não.

Agora, suponha que o Banco Central definisse que o prazo máximo cairá para 12 meses. O valor da prestação saltará para R$ 100,46, alta de 38% ou de R$ 27,75.

É flagrante o aumento da eficácia com as chamadas medidas prudenciais.

As sequelas do aumento da Selic

Voltemos para o aumento da Selic.

No seu comentário inicial, nosso amigo Henrique acusa o artigo de ser insuficiente, por não avaliar todas as implicações da Selic sobre a economia. Ora, as críticas mais graves contra o uso da Selic são  justamente por suas outras implicações.

Efeito indireto 1 – apreciação do real. Mais juros internos atraem mais dólares, que provocam apreciação do real. Com isso, os importados ficam mais baratos. Entrando mais importados, haverá menos demanda para os produtos internos, provocando a redução de preços.

Efeitos colaterais – desequilíbrio nas contas externas, pelo aumento das importações e das despesas de viagens, entre outros. Desmonte do parque industrial, pelo fato dos produtos internos ficarem mais caros do que os importados. É efeito similar ao do médico que enche o paciente de antibiótico, para debelar uma infecção, e causa sequelas nos rins, no fígado e no baço. Se não souber dosar os efeitos colaterais, não pode ser um bom médico.

Efeito indireto 2 – impacto sobre as contas públicas, ameaçando o equilíbrio fiscal. Para reduzir o risco, o governo corta despesas, investimentos e aumenta o superávit primário. Por vias tortas – e bota tortas nisso – reduz os gastos com educação, saúde, políticas sociais, e, com o pobre comendo menos, há menos demanda.

No gráfico você tem uma representação simplificada desses efeitos da Selic.

Para o que ela se propõe – redução da demanda via aumento do custo do crédito – o efeito é nulo. Mas ela aprecia o câmbio, afetando as contas externas; e aumenta o custo da dívida pública, pressionando as contas fiscais.

Mesmo se afetasse a demanda, haveria distorções.

A alta de preços se dá em mercados aquecidos. A alta de juros bate em todos os mercados. E vai afetar muito mais os mercados que não estão aquecidos e que, portanto, os preços não estão pressionando a inflação.

A não explicação para as correlações econômicas

E aí se entra em um dos grandes equívocos dos chamados cabeças de planilha: o uso incorreto das correlações econômicas.

As correlações servem para os economistas definirem relações de causalidade entre duas séries. Eles colocam na planilha a série A e a série B e, por meio de cálculos variados, determinam a correlação – isto é, o efeito de uma variável sobre a outra.

Nos anos 90, quando as planilhas tornaram-se ferramentas usuais, o grande economista Dionísio Dias Carneiro criticou, certa vez, os jovens colegas que jogavam duas séries na planilha e montavam correlações sem pé nem cabeça.

Entre no primeiro links sugerido pelo Henrique. É um trabalho de economistas do Banco Central. Lá, há um gráfico estabelecendo correlações entre a taxa Selic e o IPCA. Conclui que o aumento da Selic começa a fazer efeito sobre o IPCA cinco trimestres depois – ou seja, 18 meses.

O gráfico analisa o período de 2006 a 2011. Nesse período houve choques agrícolas, aumento de demanda, a maior crise financeira desde 1929, medidas prudenciais do Banco Central (atuando diretamente sobre o crédito, sem elevar a Selic), seca no nordeste, mudança nas metas de superávit etc.

Mas a correlação está lá, firme e forte, como se a complexidade da economia se resumisse aos preços e à taxa Selic.

A seguir, a bela explanação do Henrique sobre a inflação e seu entendimento (no segundo comentário) sobre a natureza das críticas à Selic.

Por Henrique O M Reis Jr

Primeiro lugar Nassif você não demonstrou nada. No máximo você demonstrou que o canal do crédito é imperfeito no Brasil. Porém a política monetária é muito mas complexa do que o simples canal do crédito.  Leia um pouco:

http://www.bcb.gov.br/htms/relinf/port/2012/03/ri201203b6p.pdf

http://www.bcb.gov.br/htms/relinf/port/1999/06/ri199906b4p.pdf

Falo isso sem querer ofendê-lo. Minha tese de doutorado é exatamente sobre a interação entre mercado bancário e política monetária.

Mas economia não deveria ser feita apenas com base em argumentos bem construídos. É necessário testá-los empiricamente.

E, para demonstrar que o canal de crédito não funciona, é bem mais complexo do que achar altamente provável que ele não funcione no Brasil.

Segundo isso não elimina a relação entre a taxa de juros e a inflação. Simplesmente mostra que um dos canais de transmissão estão entupidos.

Mas o canal câmbio, por exemplo ainda funciona e tem duas vertentes: o canal câmbio via custos e o canal câmbio via demanda. Ou seja, dizer que o controle da inflação se dá predominantemente via câmbio não significa que a taxa de juros seja incapaz de controlar a demanda, e que, portanto, existe uma relação forte e estável entre juros, demanda e inflação.

Eu não gosto disso, mas infelizmente economia e política monetária são um pouco mais complicados.

Comentário 2

Você esta abordando um quantidade enorme de assuntos ao mesmo tempo. Assim fica difícil separar os efeitos do que critica. Aliás, alguns efeitos aos quais você se refere não fecham em um único modelo teórico (ou seja, são incompatíveis)

Basicamente você concorda com a visão tradicional de que a inflação é provocada pelo excesso de demanda, e que é necessário um aperto fiscal para que possamos reduzir a taxa de juros e desvalorizar o câmbio.

Eu, pessoalmente, não concordo com essa visão. Mas é uma opinião válida (e repetida pela mídia à exaustão).

Mas você assim como o Nassif acredita que dada as idiossincrasias da economia brasileira, o Banco Central não tem controle sobre demanda doméstica, o que atrapalha seu controle sobre a inflação.

Mas acho que algumas pessoas devem ter em mente que é possível que essa visão esteja errada.

Em modelos de crescimento mais heterodoxos o produto potencial é função do produto corrente e e o investimento é função da espectativa dos agentes sobre a demanda futura.

Nesse caso, cortar gasto público e o crédito é matar duas das três fontes de demanda autônoma. Ficamos então dependentes da demanda externa.

Esse é o caminho adotado pela China, ou seja, crescer puxado pelas exportações. Na minha opinião existe um limite para esse caminho.

Explicando:

Qualquer série de dados temporais pode ser decomposta em dois componentes: tendência e flutuação. Em geral o estudo de séries temporais de dados busca verificar os fatores que determinam a tendência e os diversos tipos de flutuação. Além disso, estuda-se a existência de histerese. A histerese é a tendência de um material ou sistema de conservar suas propriedades na ausência de um estímulo que as gerou. No caso de uma série de dados temporais a histerese ocorre se os fatores que determinam a flutuação também influenciam tendência.

A inflação é uma série de dados temporais, pois podemos ordenar os dados sequencialmente ao longo do tempo. Em geral a inflação é influenciada por três fatores: (i) um fator de realimentação, também conhecido como inércia, expectativa ou conflito distributivo (nas teorias mais marxistas), que correlaciona à inflação presente com uma expectativa inflacionária baseada na inflação passada e/ou futura; (ii) um fator ligado a demanda, que relaciona a inflação ao hiato do produto, ou seja, a demanda acima da capacidade produtiva; e (iii) um fator de custos, que relaciona a inflação à variação de preços relativos como custos agrícolas, petróleo ou cambio.

A inércia pode ser completa, quando o repasse da inflação passada mais esperada é igual à inflação passada, incompleta quando apenas parte da inflação passada e da esperada são repassadas e portanto o repasse é menor do que a inflação passada, ou “explosiva” quando o repasse da inflação passada e da esperada é maior que a inflação passada.  Esta inércia tem origem nos mecanismos de indexação podendo ser eles formais ou informais. Entre os mecanismos formais podemos citar leis que atrelam os reajustes do salário mínimo aos índices de inflação ou contratos de reajuste dos preços dos aluguéis. Mecanismos informais são baseados na formação de expectativas dos agentes o que condiciona a taxa de inflação corrente e, por extensão, a taxa de inflação futura.

Em geral, a teoria ortodoxa considera que há inércia completa ou praticamente completa (e o trade-off entre inflação e desemprego, portanto entre inflação e crescimento, inexiste no longo prazo, no qual o crescimento é dado por fatores ligados a oferta), que o componente de custos que são choques aleatórios de média zero, e que a tendência da inflação é determinada pelo hiato do produto.

Logo, cabe a ao Banco Central usar a taxa de juros para controlar a demanda e, portanto a tendência de inflação.

Autores heterodoxos criticam esta visão sobre a teoria da inflação devido a três fatos. (i) A inércia pode não ser completa, pois os agentes não são capazes de unilateralmente determinarem seus preços. Ajustes salariais devem ser negociados, ajustes nos preços dos produtos devem levar em conta a reação dos concorrentes, ou seja, todo ajuste de preço pressupõe a necessidade de alguma forma de negociação ou conflito. Assim a inflação inercial tem como causa fundamental o conflito distributivo, mais especificamente a incompatibilidade distributiva estrutural existente entre trabalhadores e empresários, apesar disso não se descarta a possibilidade de se incorporar outros elementos que também funcionam de forma a indexar a economia, como a indexação formal. (ii) Os custos que não são choques aleatórios de média zero, na verdade exibindo uma tendência positiva. (iii) E os choques de demanda tendem a ser amortizados pela economia, pois o produto potencial se ajusta ao produto corrente (ou seja, existe histerese do produto -http://www.ie.ufrj.br/images/pesquisa/publicacoes/teses/2006/raiz_unitaria_histerese_e_inercia_a_controversia_sobre_a_nairu_na_economia_norte_americana_nos_anos_1990.pdf).

Assim, as críticas a política de metas de inflação no Brasil segue duas vertentes. Uma que afirma que o existe uma baixa eficiência da política monetária para conter a inflação por dois motivos: a taxa de juros não é eficiente para conter a demanda e existem preços administrados que não estão correlacionados com a demanda. Para essa vertente é necessário aperfeiçoar o regime de metas e complementá-lo de forma a levar em conta as peculiaridades brasileiras. Outra vertente diz que a tendência da inflação não esta correlacionada com a demanda e que, portanto, o próprio regime de metas deveria ser abandonado.

Sua crítica esta na primeira vertente, ou seja, você acha que existem imperfeições nos canais de transmissão da política monetária.

A teoria ortodoxa elenca cinco canais de transmissão da política monetária: i) a estrutura a termo da taxa de juros; ii) o crédito; iii) as expectativas; iv) o preço dos ativos; e v) a taxa de câmbio.

i) A estrutura a termo da taxa de juros: as decisões de investimento e de consumo de bens duráveis são pautadas pela estrutura a termo da taxa de juros. Um aumento da taxa Selic aumenta as taxas de juros de médio e longo prazo, o que provoca uma redução do investimento e do consumo – principalmente de bens duráveis – o que induz uma redução da demanda agregada, reduzindo a inflação.

ii) O crédito: um aumento da taxa Selic reduz a quantidade de recursos disponíveis para empréstimos. Com isso ocorrerá uma redução da oferta de crédito. Além disso, o aumento das taxas de juros provocado pelo aumento da Selic (com descrito acima) afeta negativamente o custo de capital e as estimativas de fluxo de caixa dos agentes econômicos reduzindo assim sua disposição a demandar crédito. Assim, haverá uma queda do investimento e do consumo de bens duráveis, o que induz uma redução da demanda agregada, reduzindo a inflação.

iii) As expectativas: um aumento na taxa Selic influencia negativamente as expectativas quanto ao comportamento futuro da economia que, por sua vez, afetam as decisões correntes dos agentes econômicos quanto aos níveis de investimento e consumo.

iv) O preço dos ativos: um aumento na taxa Selic reduz o preço das ações, pois reduz as expectativas de crescimento da economia e de lucro das empresas, além de reduzir o valor dos títulos públicos pré-fixados. A redução da riqueza financeira desestimula o consumo e o investimento, o que induz uma redução da demanda agregada, reduzindo a inflação.

v) A taxa de câmbio: um aumento da taxa Selic ocasiona a valorização da moeda doméstica. Por sua vez, a valorização da taxa de câmbio transmite os efeitos da política monetária diretamente, através da redução do preço doméstico dos bens comercializáveis importados, e indiretamente, ao reduzir os preços dos produtos domésticos devido a redução do custo de produção – pela redução do preço dos insumos importados – e devido a competição com produtos importados mais baratos.

Para críticos como você:

i) a estrutura termo da taxa de juros é de curtíssimo prazo no Brasil pois praticamente inexiste crédito longo prazo privado pois o crédito é muito caro e o investimento é financiado pela TJLP via BNDES entre outros fatores. Assim a Selic possui pouca influência no investimento e no consumo de bens duráveis.

ii) O crédito não é influenciado pela Selic pois as taxas de juros do crédito livre são muito altas e logo são pouco afetadas pela variação na Selic.

iii) Em relação aos ativos existe um efeito riqueza às avessas pois a existência das LFTs faz com que um aumento das taxas de juros aumente a riqueza financeira dos agentes.

Dessa forma, devido ao entupimento dos demais canais, os únicos canais que sobram são o das expectativas e do cambio.

E o sobre uso do cambio tem efeito deletério sobre a economia.

 

Luis Nassif

59 Comentários

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  1. visão de um expectador

    Caro Luis Nassif,

     

    acompanho sua coluna quase que diariamente; e suas explicações e críticas sobre a taxa SELIC sempre foram muito claras para mim, e olha que não sou economista, apenas um ‘curioso” sobre o tema. Na verdade, nunca me convenci que as justificativas e as finalidades para o uso da SELIC fossem suficientemente adequadas. Fazer efeito 12 ou 18 meses depois que foi alterada está parecendo futurologia sem amparo na ciência econômica.

     

    Agora, convenhamos, se o nosso acadêmico é ou vai se tornar doutor, só posso dizer que você é pós-doutorado!!!!!!

     

    Parabéns pela sua aula de macroeconomia e vida longa à coluna!!!!!!!!!!!

     

    Bruno Dutra.

  2. Para provocar

    Longe do debate acadêmico digo que a maior causa de inflação no Brasil é o terrorismo midiático e a especulação.

    Nassif cita como causas da inflação:

    Choques de demanda – “em um quadro de economia aquecida, as empresas aproveitam para puxar os preços.” Digo que não estamos com a economia aquecida.

    Choques de oferta – “entram nessa categoria quebras de safra, por exemplo, uma grande seca, uma enchente.” Os EUA têm problemas bem maiores de quebra de safra do que o Brasil e lá a inflação é baixa.

    Choques externos – “elevação de preços de produtos comercializáveis (aqueles cotados internacionalmente em bolsas e em dólares). Esses aumentos acabam repercutindo internamente.” Esse é um problema capilar.

    Choques de custos, “especialmente devido ao aumento dos salários.” O salário médio no Brasil é baixo.

    Indexação – “contratos amarrados à inflação passada”. Tivemos inflação moderada e dentro do previsto nos últimos anos.

    Então concluo dizendo que a nossa inflação é provocada pelo terrorismo midiático e pela especulação, e é fonte de altos lucros de determinado grupo que encontra apoio total da mídia.

    Por isso a taxa selic não tem maiores influências na nossa inflação e serve apenas para os especuladores financeiros.

     

    1. Concordo com vc Assis

      Concordo com vc Assis Ribeiro… Na minha humilde opinião, a inflação no Brasil deve-se à especulação, margens de lucro altíssimos e principalmente à ingenuidade nacional.

      A especulação fica clara quando observamos que mesmo com a economia desaquecida os preços continuam subindo.

      As margens de lucro elevadíssimas se comparadas a outros países já foram demonstradas em cálculos elaborados no setor de automóveis, mesmo descontando os impostos, os veículos ainda custam até R$ 10.000,00 a mais que em outros países.

      Quanto à ingenuidade, boa parte da população olha apenas a parcela do valor do bem que pretendem consumir, e não o total do valor, isso, na minha opinião, deve-se à vontade de ter o bem, ao desejo, ao estatus relacionado, que são valores superficiais relacionados ao produto, quando deveriam ver a necessidade de se ter o bem. Por exemplo, pra que alguem precisa de um smartphone top de linha, se o uso será para msn, facebook e e-mail? A resposta: o estatus de possuir um smartphone de ultima geração.

      Se olharmos mais para o uso que iremos ter do bem e não gastarmos nosso dinheiro em produtos supervalorizados e superfaturados, a inflação cederia um pouco. Ou vcs acham que não há margem para diminuição no preço de bens de consumo? 

    2. “a maior causa de inflação no

      “a maior causa de inflação no Brasil é o terrorismo midiático e a especulação” – Assis Ribeiro

      Concordo plenamente.

  3. Apesar de concordar com o Nassif, fico feliz de ver

    a participação do Henrique com suas críticas obrigando o Nassif a se explicar mais detalhadamente.

    É por isso que o blog é o que é: um meio de informação muito mais rico que toda a mídia tradicional junta (o.k. na parte econômica cada membro da mídia faz um CTR-C/CTR-V do colega…).

    Alias vou abusar e dar meu pitaco:

    – acho que perdemos 2 anos, com os juros SELIC voltando a crescer e já com 2 dígitos, e a dívida bruta crescendo – de novo – apesar de pouco mais enfim na contra-mão do que precisaria, MAS

    – O CAMBIO é basicamente a boa notícia: passamos dos R$ 1,65 / US$ 1,00 (mid 2011) para os atuais R$ 2,35 / US$ 1,00, nos aproximando da faixa onde a produção brasileira retoma a sua competitividade, Do que estou ouvindo de gente da indústria, essa faixa seria hoje entre R$ 2,65 e 3,10/ US$ 1,00 (há um limite superior que os industriais esquecem, i.e. a partir de certo nível teria inibição do consumo por perda de poder de compra). Portanto falta pouco, talvez mais 10 – 20 % de desvalorização para recriar uma dinâmica industrial. Isso tem efeito sobre a inflação, falarei depois.

    – O DESEMPREGO continua caindo, obviamente com menos velocidade e com oscilações positivas e negativas, já que estamos no aproximando do pleno emprego (será 3,0 % o limite inferior?): isso é progresso social, civilizatório. Hoje a França anunciou o maior desemprego desde 1997, 10,5 % da população ativa, com o mesmo critério que o Brasil, o IBGE tendo finalmente implementado o critério da OIT no último ano do fhc (por isso os jornalões escrevem “menor nível desde 2002” já que a série histórica começa em 2002).

    Sobre a inflação tenho uma opinião muito controversa: o CAMBIO hoje pressiona a inflação, mas o maior componente para explicar que estamos na faixa dos 6% ao ano, e as grandes economias na faixa de 2%, é o processo inercial (todos os contratos que conheço são automaticamente reajustados anualmente com a inflação passada). Teremos que fazer o que fez a Itália nos anos ’90, i.e. sair da “scala mobile”, quando ela conseguiu passar de maior inflação da União Europeia para membro na média.

    Mas para isso, precisamos ter um cambio competitivo e razoavelmente estável, e ter uma melhor gestão fiscal para começar a desindexação pela… gestão da dívida pública. RESUMINDO; COMPRAR UMA BRIGA DE FOICE COM A TURMA DA $$$$$$$.

    ALGUÉM SE HABILITA?

  4. Muito Bom.

    Gostei muito do comentário  do Henrique Reis a altura do Nassif. Já concordando com o Assis Ribeiro, seria interessante a academia fazer algum trabalho sobre o terrorismo midiático. Penso que o problema de comunicação de Mantega ajude em muito o terrorismo mediático. Sem boa informação fica fácil a especulação.

  5. Concordo com o Nassif

    Eu também não sou economista, mas também me sinto revoltado com os aumentos constantes da Selic, que para mim, parecem como ficar receitando aspirina para alguém com a perna quebrada.

    Eu já postei aqui antes, a respeito do meu mecanismo preferido para conter uma eventual “inflação de demanda”, que seria o aumento do IOF. O Nassif, inclusive, fez a gentileza de transformar meu post em um tópico no blog.

    Não acredito em um único mecanismo. O IOF seria um deles, com pelo menos duas vantagens em relação à Selic: poder ser aumentado de forma seletiva e gera receita em vez de despesa.

    Mas acho que podem ser usados vários mecanismos em conjunto, como o depósito compulsório e redução do IR e outros custos nas aplicações financeiras, aumentando a poupança interna.

    Acho que o grande problema mesmo é a inércia (da inflação e também do governo/BC). Parece que o governo está preso naquela história do “sempre foi assim”, ou seja, aumentou a inflação, aumentam-se os juros. A tão propalada “independência” do BC pode ser a causa. Deixando o BC como “guardião da inflação”, mas com um conjunto limitado de ferramentas, então eles usam o que tem à disposição.

    1. Mais um não economista

      Por enquanto, os não economistas têm sido mais sensatos. (Ho Joon Chang… chuta ele mesmo o pedestal dos economistas).

      Só a metáfora que penso ser outra. A aspirina para alguém com perna quebrada dá a ideia de remedio errado e ineficaz. A Selic tem lá seus efeitos e mecanismos. Mas o principal (foco das críticas) são os efeitos colaterais. Alterar a Selic altera tanta coisa que a discussão deveria englobar essas “outras coisas” também.

      Deixamos a imaginação rolar para a metáfora… Tomar antibiótico para tratar corte no dedo. Anestesia geral para dor de dente. Trocar de sexo para problema de impotência…

       

  6. Minha observação de

    Minha observação de comerciante que lida diariamente com as “expectativas” dos consumidores fazem-me crer não existir nenhuma relação variação de consumo e variação da taxa Selic.

    Creio que o aumento da Selic apenas é feito em função de mater a renda real dos titulos atrelados a ela em relação a inflação.

    1. Selic e sua razão de existir.

      Quase isto.

      Nas entrelinhas, percebe-se que a Selic avança ou retrocede, na medida em que o Tesouro nacional, precisa captar recursos, para fechar a conta, e tem que remunerar adequadamente aos compradores dos títulos do governo, de maneira que não haja um desequilíbrio preocupante, nas contas do Estado, pois sem fazer esta operação, o Tesouro tem que emitir moeda sem lastro, o que é inconstitucional e desaconselhado. Claro que numa ponta, uma taxa extremamente baixa, poderia provocar uma inflação pela alta demanda, porem esta é preferível, a uma situação recessiva.  

      1. ” o Tesouro tem que emitir

        ” o Tesouro tem que emitir moeda sem lastro” ele emite quando o tesouro compra e vende titulos ele cria e destroi moeda.

        Vamos ver o total da divida publica bruta sem contabilidade criativa do governo(out 2013).

        DPMFi EM PODER DO BANCO CENTRAL = 938,27 bilhões de r$.

        DPF EM PODER DO PÚBLICO                     = 2.022,52 bilhões de r$

        divida publica brasileira  bruta                      = 2.960,79 bilhões de r$

        https://www.tesouro.fazenda.gov.br/pt/divida-publica-federal/relatorio-mensal-da-divida

        Baixa a tabela e vai na 2.1.Sorte do PT que a oposição não sabe disso.

         

         

         

         

  7. Como sempre enfatizo, o País

    Como sempre enfatizo, o País virou refém do sistema financeiro. E isso acontece em escala criminal no Brasil. A nossa bandeira não deveria ter mais estrelas representando os estados da federação, deviam ser colocadas as logomarcas dos BANCOS, do sistema financeiro, e aquela que representa Brasília deveria ser colocado a logomarca da GLOBO, que afinal é quem preside o país, preside a Câmara, preside o senado e o STF. A maior vergonha disso tudo que a oposição política não entende que ao  juntar a oposição midiática destroem o que herdariam se voltassem ao poder, e porque fazem isso? Simplesmente porque lucram com isso, são o dedo e a unha do pragmatismo mais imbecil que se possa pensar. Ao baixar o lucro absurdo que beira ao roubo dos bancos, o governo se fragilizou, não é coincidência que se manifestaram contra tudo e contra todos, mas os bancos ficaram de fora, será por que? Será que são os santos dos últimos dias? Não, quem fomentou aquela coxinhada? O governo sabe quem foi, e não pode fazer nada, a não ser voltar a eles LUCROS QUE SAQUEIAM OS BOLSOS NACIONAIS pára satisfazer a sanha marginal de especuladores financeiros. Se o Brasil fosse um país sério BANCO NÃO PODERIAM SEREM PARTIDOS POLÍTICOS, não poderia nem financiar campanhas de candidatos, porque a conta é cara para o povo e para o país. Onde tem banqueiro é sinônimo de corrupção, de bandidagem, de lobismo predador e de muita sujeira. O Rastro do dinheiro do sistema financeiro tem tráfico de drogas, tráfico de pessoas, tráfico de armas e muitas máfias entrelaçadas nos sistemas políticos. O simples não é olhar o que deveria ser feito tecnicamente, pois é obvio, assim como é obvio o SISTEMA FINANCEIRO MUDAR AS REGRAS e tornar o obvio uma incógnita e sempre lucrar, pois independente da regra vão saquear as nações, pois vivem do capital marginal e nunca será pouco. Como o país e suas empresas que produzem podem crescer pouco e o sistema financeiro crescer sempre a mais de 10%, como podem pagar para captar o dinheiro 0,5% e cobrar por este mesmo capital mais de 13% em média para fomentar a produção. A conta nunca vai fechar, vão ser sempre explicações técnicas como profetas do acontecido. E é assim, aconteceu isso porque não fez isso, é uma tremenda mentira pois se fizessem isso o sistema financeiro faria aquilo e daria tudo errado novamente. O SIMPLES E HONESTO É ADMITIR QUE O SISTEMA FINANCEIRO É EXTREMAENTE CORRUPTO, BANDIDO E MARGINAL, assim como o drogado tem que admitir que é um doente, precisamos admitir que estamos lidando com a máfia do dinheiro, ladrões que somem com dinheiro de aplicadores e depois os governos assumem suas dívidas distribuindo para a população que é roubada por bancos diuturnamente, exemplo como o PROER é a prova que haviam bandidos no governo e o sistema financeiro que simulava crises sugou todo o dinheiro do país e depois exigiu e obrigou o governo privatista a entregar todas as reservas  dos cofres do BRASIL e o pior, estão fazendo isso agora com ajuda da mesma mídia e não há lei para puni-los porque não temos governo e nunca teremos senão os escravizadores do sistema financeiro. ENTRA GOVERNO E SAI GOVERNO E OS BANCOS SURFANDO NA ROBALHEIRA SEM PUNIÇÃO.

  8. Desde os tempos bíblicos

    Desde os tempos bíblicos que o Nassif demonstra que elevação da SELIC como inibição do consumo e, portanto, redução/controle da inflação, é uma piada, uma rematada bobagem. Em todas as vezes ele demonstra (desenha) isso da mesma forma para provar que não funciona. O que é jogar a SELIC de 8 para 10% AO ANO , repetindo AO ANO, num país que cobra módicos 9% AO MÊS no cheque especial, ou de 50% ao ano ao infinito no em qualquer crediário? Efeito zero sobre o consumo. 

  9. A Selic e a vida dos simples mortais

    Nassif, permite uma “palhinha”?

    Exceto no plano macro-economico, estas últimas elevações da taxa Selic, em nada afetaram, o cotidiano, dos “simples mortais, embora a grande mídia, tenha tentado assustar aos menos esclarecidos, com a promessa do apocalípse, para a próxima “esquina” da vida cotidiana.

    Depois de ter caído sistematicamente, dos altos índices do tempo do governo neo-liberal FHC, este governo popular, conseguiu baixa-la, sem artificialismos nem milagres, para taxas aceitáveis pelos organismos nacionais e internacionais, e somente agora, nos últimos meses, é que foi preciso adequa-la aos sobresaltos que a economia brasileira sofreu, embora 10%, não seja uma taxa excepcional, nem que estes sucessivos(e necessários) aumentos, tenha afetado o cotidiano da grande maioria dos brasileiros, que nem perderam seu poder de compra, nem deixaram de adquirir os bens que povoam seus sonhos de consumo, nem perderam a esperança, nem a confiança no futuro.

    As suas análises embora claríssimas, e as réplicas do comentarista Henrique Reis, têm muito “economês” e pouco ou nada explicam a quase nenhuma interferencia da Selic, na micro-economia, elas são teóricas e pouco entendíveis, para a maioria dos brasileiros, que estão passando talvez, pelo melhor momento economico da nossa história, com o pleno emprego, com o poder real de compra, dos salários, e com a perspectiva, de que assim continuando, o Brasil entrará definitiva e sustentadamente, no rol das nações desenvolvidas e com menos desigualdade social. 

  10. Nassif
    Hoje, a política

    Nassif

    Hoje, a política econômica Dilma/Mantega está sob fortes críticas, não somente pelos Tucanos & Associados, mas também por boa parte dos Grupos ligados ao Governo, além dos já conhecidos “Economist” “El Pais” etc.

    Considerando o momento atual e somente o que é bom para o Brasil – afastando os aspectos puramente politico/eleitoreiro – quais seriam, em sua opinião, as mudanças necessárias para termos um bom desempenho econômico, um crescimento mais condizente como nossas possibilidades?

    A Selic é somente um dos aspectos; o câmbio também faz parte dessa massaroca; a inflação, desde 1994 ainda se encontra umbilicalmente ligada a transferência automática de índices custos aos preços de produtos e serviços;

    É possível elencar hipoteticamente estas ações de forma sintética para melhor entendimento?

    Carlos

     

       

     

  11. Quem gosta de pagar juros

    Quem gosta de pagar juros altos para que os bancos rentistas, que nada produzem, possam ter grandes e maravilhosos lucros?

     

    Sou apenas m advogado, mas tenho a percepção de que, em nossa sociedade, devemos dar mais valor àqueles que trabalham, sejam empresários ou trabalhadores, pois aí está a produção da riqueza.

    Não posso concordar que aqueles que nada produzem e tem o direito de ter em seu poder o dinheiro do povo, possam emprestá-lo a juros demonizados, sempre com a desculpa da SELIC, mantendo lucros muito acima, imensamente acima das empresas que produzem a nossa riqueza.

    Todos os argumentos favoráveis ao aumento da taxa SELIC não tem fundamentos em relação ao combate à infração. Os juros aumentados, na verdade, favorecem tão somente aos aplicadores do dinheiro, gerando-lhes recursos sem nada produzirem.

    É a produção que pode levar à establidade de preços, ao preço mais favorável à população, pois aumenta a oferta dos produtos. Ah, o tomate da Ana Maria tá aí para quem quer lembrar.

    Penso que, por vezes, a SELIC deve ser aumentada quando a diferença entre a inflação e o rendimento dos juros são muito pequenos. Já aconteceu isto, quando a inflação estava beirando 6% ao ano e a taxa estava a 7,5%. A diferença era pequena e havia a necessidade aumentar a taxa, principalmente para não deixar de atrair investidores estrangeiros. Se lá no Tio Sam a taxa de juros aumentar, também é importante aumentá-la por aqui, mas objetivando, é claro, evitar a saída de recursos em nosso País, jamais,  é claro, o combate à inflação.

    Então, é importante, penso, na humildade de um advogado idoso, que a SELIC deve ser fixada com bom senso, evitando o desvio de recursos da produção, para o rentismo fazer a sua festa. Temos que procurar, sempre e sempre, valorizar a produção.

    Temos que fazer os trabalhadores e empresários se unirem, valorizando o trabalho e empreeendedorismo, objetivando produzir. Só assim podemos ter um país mais rico, maior PIB, mais distribuição ds riquezas.  O setor financeiro é importante, mas não deve levar vantagens tão expressivas, como agora está acontecendo em relação aos setores produtores.

    Os setores produtores, inclusive o consumo, não merecem ter cargas tributárias tão elevadas, estas deveriam recair nos lucros, no IR, máxime daqueles que lucram emprestando dinheiro.

    Não é necessário ser um economista para perceber que “pagar juros elevados” nunca será bom negócio para o crescimento do PIB e para o progresso de nosso País.

     

    1. Advogados

      Os melhores economistas… não são economistas! A economia do Japão foi guiada por advogados.

      O bom senso é esse mesmo. Juros nada produz. Uma visão possível da política econômica é de fazer com que o dinheiro circule da esfera financeira para a produtiva. Uma boa política é aquela que logra esse fluxo moentário.

      Mas não esqueçamos do mantra “lucro, lucro, lucro”. Nessa visão, a produção é um mal necessário e não um fim. Se conseguir tirar dinheiro de dinheiro, melhor. Não precisa de mais nada. O rentismo tem até nome… financeirização.

      Permita-me apenas uma correção. A ideia de manter um diferencial entre inflação e juros para atrair capital estrangeiro não está correta. A inflação é um fenômeno “nacional” e não afeta o investidor estrangeiro (afinal ele vai comprar o pão dele na padaria mais próxima da casa dele). Para o investidor de fora, o que importa é a taxa de juros e a variação cambial entre a entrada e saída do Brasil. Mesmo com juros zero, se um capital entrou com o real barato (1 US$ = 3 R$) e  saiu com o real caro (1 US$ = 1 R$), ocorre um lucro tremendo. A inflação pode afetar o câmbio sim. Mas não necessariamente.

       

       

       

  12. analfabeto

    na minha visão caolha de analfabeto a “coisa  é simples:

    Dilma governava e mandou a taxa diminuir.

    ela diminuiu . Dilma foi aplaudida.

    Dilma entregou o governo para os “homens do dinheiro”.

    a taxa sobe e o céu é o limite.

    será Dilma um fegacê de saias?

  13. Dando mais uns pitacos no

    Dando mais uns pitacos no assunto.

    Eu prefiro que meu comentário seja totalmente errôneo, fora da realidade, mas alguém que já se encontra calejado com os absurdos que ocorrem na política, digo: em ano eleitoral os partidos precisam de financiamento pra campanha, sendo os bancos um dos financiadores, não seria esta uma manobra para os bancos arrecadarem mais e assim repassarem mais dinheiro para as campanhas dos partidos?

  14. Para que cumplicar. Quando se

    Para que cumplicar. Quando se gasta mais do que se ganha, não tem nada certo. Quando o governo gastar menos do que arrecada tudo isso que vocês falaram pode estar certo, mas, ai, quem sabe não seja necessário. É fácil!!! 

  15. Consumo e Investimento versus Especulação

    Caro Nassif,

     

    No seu texto, apenas trocaria, no trecho “Haveria também uma propensão maior do consumidor a investir, reduzindo as suas compras”, o verbo investir por especular (ou, para usar uma expressão mais suave, aplicar no mercado financeiro).

    Tal análise também é feita pelas empresas. Com o aumento da taxa referencial, elas revisam a taxa de retorno para ver se a melhor estratégia é investir ou especular.

    Em resumo, com a Selic mais alta, muita gente (pessoas físicas e jurídicas) opta por “viver de rendas”.

     

    Abraços.

  16. Erros grotescos de língua portuguesa.

    A matéria é interessante, porém há erros de língua portuguesa que me fizeram perder a concentração. 

    “… o canal cambio via custos e o canal cambio via demanda. Ou seja diser que o controle da inflação… “

    DIZER com S.

     

    “… Em modelos de crescimento mais heterodoxos o produto potencial é função do produto corrente e e o investimento é função da espectativa dos agentes sobre a demanda futura. …” 

     

    Expectativa com S.

     

    Sem falar em pontuação. 

    1. Sai daí Dr. Pascoali! Isso

      Sai daí Dr. Pascoali! Isso aqui não é concurso de Português. Você entendeu a mensagem? Se sim, é o que importa, se não…xiiiiiiiiiiiiiiiiii

      1. Textos interessantes e comentários pífios.

        Vc tem razão. O conjunto do blog neste assuntom está interessantíssimo, ótimo para aprendizados e complementação cultural por todos ( e aí incluo o Aliança Liberal que está ótimo), para alguem que apresentou nenhuma idéia complementar criticar o portugues. DEPLORÁVEL COMENTÁRIO.

        1. Sim e não

          Quem digita erra. Dói os olhos sim. Mas pouco importa. 

          Temos dois culpados: o erro de português e a falta de concentração.

          Culpo os dois.

           

           

  17. Alguns conceitos foram

    Alguns conceitos foram distorcidos com o tempo, inflação e juros.

    Inflação, por definição é o aumento da quantidade de dinheiro na economia.

    Inflação não é o aumento generalizado de preços, desde o império romano quando imperador Diocleciano diluiu a quantidade de ouro na moeda, mas mantendo o valor de face, ou seja, o valor nominal da moeda, para ficar com a diferença em ouro, inflação é a perda do valor unitário da moeda, a consequencia e o aumento dos preços nominais.

    A moeda não é neutra, os efeitos da diluição do valor da moeda não atinge toda a economia ao mesmo tempo, alguns setores vão se beneficiar com a expansão monetária e outros perderão, setores mais próximos do governo se beneficiam em detrimento dos setores mais “distantes” do estado.

    O aumento da inflação é geradora de desigualdade social, o efeito mais nefasto da inflação é a transferência de renda do mais pobre para o mais rico. 

    Juros representam a preferência temporal do consumo.

    O ser humano valoriza mais um bem no presente que no futuro, esta diferença na preferência temporal no consumo determina o nivel de poupança e os juros.

    Por isso Nassif esta correto, a SELIC é um dos instrumentos que o governo tem para controlar a quantidade de moeda(compulsório é outra forma), mas como a moeda não é neutra seus efeitos não atinge todos ao mesmo tempo e da mesma forma.

    Como a preferência temporal do consumo não mudou a SELIC não tem tanta influência nos juros para o consumo. 

    E  não adianta restringir o crédito não terá efeito desejado, pq a preferência temporal do consumo não se alterou, apenas vai criar mais dificuldades e confusão na formação de preços de mercado.

    Juros e poupança estão intimamente ligados, um não “existe” sem o outro.

    Não existe inflação “boa”, ela sempre será nefasta para a população, especialmente para os mais pobres.

    O governo não tem controle direto sobre a preferência temporal do consumo da população, antes de tudo é uma cultura consumista sem preocupação com o futuro. Mas ele pode dar o exemplo já que é o maior consumidor do país, se empenhar para gerar uma poupança para que tenha capital para investimento.

    Sem poupança não há capital para financiar o investimento, sem isso não há alteração da produtividade, sem aumento da produtividade não há aumento da riqueza do país.

    O país tem que poupar para ficar rico, em todos os países foi este o caminho, qualquer outra solução foi temporária.

    A questão é como mudar o viéis consumista da população, uma mudança cultural, a começar  pelo próprio estado. Incentivar a poupança e não restringir o crédito como se faz hoje.

    1. Confissão….

      No capitalismo, sua essência sempre foi a geração de bens e serviços para consumo…Portanto, se o nobilíssimo Aliança chega a conclusão de que o consumo é o problema, então, o capitalismo é o problema…

      Ao estagnar os níveis de consumo para obter poupança interna para investimentos, o Estado-finança, na verdade em nome dos interesses do capital, aumenta a liquidez, e este excesso vai a cata de remuneração a taxas compostas para substituir o que as margens sobre o consumo lhe proporcionava, inaugurando mais um círculo vicioso…

      E aí temos excesso de moeda e retração da atividade: estagflação…

      O capitalismo nunca supera esta contradição, porque ela é, ao mesmo tempo sua razão de existir, e sua razãod e morrer (como já disse aqui outro dia):

      Concentração de riqueza para gerar bens por trabalhadores que tem que ganhar o mínimo possível para manter as taxas compostas de remuneração, e o máximo necessário para consumir e girar a roda…

      Claro, a cada giro da roleta, aumenta-se a desigualdade e diminui a capacidade dos governos (Estado-finança) de lidar com os problemas sociais decorrentes (desequilíbrio fiscal), e assim, instala-se outro ciclo:

      É preciso mais dinheiro tomado a juros escorchantes para financiar as políticas compensatórias e exigências do capital para sua força de trabalho ((estradas, portos, aeroportos, hospitais, saneamentos, casas, transporte, etc), e também para amortizar os juros de outros dinheiros tomados antes para o mesmo motivo…

      Nossa inflação resiliente atual é o capital se realimentando em um país periférico…como um pedágio adicional além dos juros…

       

      1. “Aliança chega a conclusão de

        “Aliança chega a conclusão de que o consumo é o problema”

        Vc esta fazendo uma dedução de má fé.

        Poupar não siguinifica não consumir, significa consumir no futuro, erro comum confundir poupar com entesourar.Quem descobrir o que será consumido no futuro tem o sucesso como prêmio.

        O consumidor poupa para adquirir um bem no futuro.

        Temos que entender a poupança não apenas como o ato de guardar dinheiro, mas também de abrir mão do consumo de recursos, poupar libera recursos para onde a demanda os requer com mais urgência.

        Da mesma forma acumular capital também é acumular conhecimento, o capital humano é tão importante quanto o capital financiiro, estudar é uma “poupança”.

        A sua visão é marxista, não fique só no marxismo,que hoje é apenas um vicio de pensamento.  

        1. Passo…

          Titia ia até te replicar, e leu até o fim…putz…Chamar o pensamento marxista de “vício de pensamento”, sendo você quem é, ou pior, quem não é…eu parei por aqui…

          Aliás, qual é sua contribuição para o pensamento moderno mesmo? Está escrito onde? Em blogs?

    2. “A questão é como mudar o

      “A questão é como mudar o viéis consumista da população, uma mudança cultural, a começar  pelo próprio estado. Incentivar a poupança e não restringir o crédito como se faz hoje.”

      Você concordaria em mudar o “consumismo” à partir dos estratos superiores da “girafa” social que logram manter os rendimentos de juros e aluguéis para sustentar o consumo que o cinema e a publicidade ensinam?

      1. O estado tem que diminuir a

        O estado tem que diminuir a sua necessidade de financiamento, fora dos impostos.

        O estado só deve ser fianciado por impostos(transparentes) e nada mais.

        1. Al,
          você sabe que a

          Al,

          você sabe que a tributação é regressiva; que os mais pobres pagam mais impostos; que qualquer tentativa de fazer com que os que têm mais paguem mais é um treme terra danado.

          O principal, no entanto, é que do bolo arrecadado quase a metade, sim, metade vai pra juros da divida, pro “cartão de crédito”. E foram os políííticos, sim, os políticos que nos legaram essa dívida. Por que ela é mais sagrada do que a dívida social? Por que ela é mais legítima?

  18. EM BOM PORTUGUÊS, UMA

    EM BOM PORTUGUÊS, UMA SÍNTESE: 

    O AUMENTO DA SELIC FAZ UM GRUPO GANHAR BASTANTE DINHEIRO EM PREJUÍZO DO PAÍS E DE TODO O RESTO

  19. Em suma

    Um esta dizendo que o aumento não interefere em nada no crédito, e portanto nessa via , não interefere no consumo e contenção da inflação. No que esta correto.

     

    O outro esta dizendo que o que funciona, quando se aumenta a selic, é o cambio e as ditas e lendárias “expectativas”. No que tb esta correto, ainda mais com dolar a R$ 2.35.

     

    Nem por isso podemos ignorar todos os efeitos nefastos do aumento de juros , ainda mais a vista da taxa média mundial, muito inferior ao praticado aqui, e a vista dos efeitos na divida do governo.

     

    Por essa óptica, ignorada pelo critico do Nassif, medidas macroprudenciais tem menos efeitos colaterais e portanto são melhores, apesar de poderem não ter os mesmos efeitos do cambio…

    1. Corretissimo. PC
      Pelo que

      Corretissimo. PC

      Pelo que entendi a mesma coisa dita de forma diferente. Mas lendo os textos acima desconfio que quando o banco central está aumentando os juros está mirando alem da inflação a entrada de dólares no país.

  20. Meta de inflação

    O que justifica o aumento da Selic, independentemente do produto que serve de exemplo, é que a inflação futura estará fora de controle.

    Só que a inflação futura só pode ser estimada com um mínimo de critério num horizonte máximo de trinta dias.

    Matrizes Vetoriais Aleatórias.

    Logo, qualquer medida no campo do combate a inflação que proponha medidas a serem confirmadas num prazo superior a trinta dias são fajutas. Tapeação para enganar trouxas.

    Mas não tomem o que escrevo por certo, pesquisem, façam a lição de casa e depois, para não enxer o saco, coloquem o link aqui me provando errado que vou verificar.

    Fui.

      1. No assunto nada

        Não é birra, mas a resposta têm de ser no assunto.

        Aqui são as Matrizes Vetoriais Aleatórias, que colocam um horizonte máximo de previsão de inflação de um mês, emitindo dinheiro ou não.

        Na verdade, não existe justificativa para aumentar os juros.

        Aumentam por que cobram um imposto de captação sobre o povo e a nação brasileira.

        O Brasil paga porque quer.

        Servidão voluntária.

        Mesmo assim, fico esperando uma resposta que me desminta.

        1. “inflação futura estará fora

          “inflação futura estará fora de controle.” o aumento de preços e a consequência de uma inflação anteriormente produzida.

          “Na verdade, não existe justificativa para aumentar os juros.”

          O aumento da SELIC é para queimar dinheiro em excesso, ou como os economistas gostam de falar enxugar a economia.

          “Aumentam por que cobram um imposto de captação sobre o povo e a nação brasileira. O Brasil paga porque quer. Servidão voluntária.” não sei se é pq quer e sim pq deseja tirar leite de pedra.

          “Mesmo assim, fico esperando uma resposta que me desminta.”

          Não era para te desmentir, não esta errado na conclusão, esta errado na identificação das causas, lógico do meu humilde ponto de vista.

           

           

           

      2. Metalismo e Teoria Quantitativa da Moeda

        Os artigos são um bom resumo da visão de Locke sobre a moeda. Locke e Barbon tinham ideias diferentes em relação à moeda no séc XVII. Época do metalismo, mas a discussão ainda vale, pois marcou os antecedentes da Teoria Quantitavia da Moeda (TQM que diz que inflação é causada por aumento da quantidade de moeda). 

        Contexto: a discussão era sobre o debasement que o governo fazia, alterando o valor da moeda para um mesmo peso. Na época do metalismo, o peso da moeda e o valor da moeda (taxa de troca ou mint rate) eram separados. Alterar o valor da moeda era uma maneira de reduzir as dívidas em metal (peso do metal) e também se adequar ao clipping (raspagem da moeda) que causava uma distorção entre o peso e o valor da moeda.

        Para Locke, a moeda é mercadoria com o valor dado pelo conteúdo metálico. Locke considera que a moeda serve para lubrificar a economia (dentre os 3 funções da moeda, deu-se ênfase no meio de troca, deixando de lado a reserva de valor e unidade de conta). Vamos ver de onde veio as ideias dos artigos.

        Ajuste do preço… Sendo uma mercadoria, o seu valor também seria regulado por oferta e demanda. Uma alteração “articifical” teria um efeito neutro, causando o aumento do preço dos outros produtos frente à mercadoria moeda. Locke considerou (em discussão honesta) dois efeitos não neutros: (i) em uma economia aberta poderia haver um desequilíbrio das contas externas (no caso, quantidade de metal no país), (ii) haveria um efeito transitório até que todos os preços se ajustem, causando uma prosperidade nessa defasagem e beneficiando os pioneiros do ajuste de preço.

        Quantidade ideal… Haveria uma quantidade ideal de moeda para a economia para manter as transações (lembre-se, moeda é vista apenas como meio de troca) entre campo e cidade (foco era manter as transações entre fazendeiro, proprietário da terra, trabalhadores e comerciantes sem concentrar a moeda apenas na cidade). Poderia-se aproveitar sabiamente os aumentos de moeda para aquecer gradualmente a economia pelo efeito de defasagem de transmissão dos preços. A preocupação da quantidade ideal não era a inflação, mas a falta de moeda para as transações (evitar falta de lubrificante). Um excesso de moeda era entendido como “neutro” pois ocasionaria a correção dos preços.

        Desnecessário indicar que a visão de Locke é precursora da Teoria Quantitativa da Moeda (TQM) e segue quase na íntegra a explicação dos artigos indicados (na verdade os artigos seguem Locke) embora o contexto e o foco sejam diferente. A ideia de “inflação = quantidade moeda” tem sua genese aqui. Hume avança no assunto, mostrando que haveria um mecanismo de ajuste automático das contas externas. Se subir o preço do metal no país, entra mais metal, aumenta a oferta e reduz o preço do metal. Todas essas análises são consistentes no sistema metálico, no qual a moeda era um metal. Nessa época, já havia papel moeda em circulação (defasagem de discussão acadêmica?) e a moeda criada pelo crédito, tornando a consistência das análises duvidosas. 

        A TQM moderna mudou de roupagem. Em vez de falta de moeda para as transações, agora a questão é da inflação. Tirando isso, achei incrível como as explicações são daquela época… Até usam o ouro como valor, o mecanismo de transmissão com defasagem, só que sempre com viés negativo para o governo! Locke foi mais honesto.

        PS: gostaria de partir para o lado oposto ao TQM… mas cansei de escrever. Admiro muito aqueles que longo discutem.

         

         

         

         

    1. Postagem de ontem sobre ciência econômica

      Até onde a ciência econômica é ciência?

      Economia, ou a teoria econômica que vale o nome é a que se assemelha a filosofia e não às ciências exatas, mais ainda, ela olha para o retrovisor e tenta interpretar os fatos monetários em face dos humanos e suas condições.

      Na minha humilde opinião, o Guido Mantega é excelente economista.

      Na mesma linha o Bill Bonner, com uma antiga anedota sobre economia::

      “” But there’s a tale there, too. The only kind of economics that is worth a damn is philosophical, not mathematical or scientific. Real economics is philosophical – like history or literature – in the sense that it merely tries to observe and understand, not to manipulate people as if they were pawns on a chessboard.

      The other kind of economics – modern, “scientific” economics – is a fraud. It pretends not only to understand an economy, but also to be able to improve it.

      Modern economists have been at it for nearly 100 years: planning, organizing, theorizing, controlling, adjusting, pontificating, forcing, setting prices, suppressing interest rates and committing other acts of wanton economic vandalism. During that time, there has not been a single confirmed sighting of anything close to success.””

      http://en.wikipedia.org/wiki/Philosophy_and_economics

      http://philosophicaleconomics.wordpress.com/about/

      http://www.jpe.ro/

      E por último, mas no assunto, como a corrupção existe:

      The ethics of economic systems is an area of overlap between business ethics and the philosophy of economics. People who write on the ethics of economic systems are more likely to call themselves political philosophers than business ethicists or economic philosophers. There is significant overlap between theoretical issues in economics and the philosophy of economics. As economics is generally accepted to have its origins in philosophy, the history of economics overlaps with the philosophy of economics.

       

  21. Por falar em números, índices

    Por falar em números, índices e estatísticas, no frigir do ovo o que resulta é isso aqui:

    O México, espécie de “Nirvana Econômico” de tucanos, da Veja, dos especIalistas da Gnews e similares, mostra toda a sua força neoliberal!!

     

    México, único país de AL donde creció la pobreza: Cepal

    Mario Alberto Verdusco| El Universal09:09Ciudad de México | Jueves 05 de diciembre de 2013 


     

    La Cepal estim� que para 2014 el pa�s puede tener mejores cifras, ya que consider� que la reforma ha

    La Cepal estimó que para 2014 el país puede tener mejores cifras, ya que consideró que la reforma hacendaria que recién se aprobó privilegiará a los sectores de la población mexicana más vulnerables. (Foto: Archivo/El Universal )

     

    La razón por la que México se rezagó es debido a las menores tasas de crecimiento económico que ha registrado

     

     

    Mientras en la mayoría de los países de América Latina los niveles de pobreza se redujeron durante 2012, México se convirtió en la única nación donde aumentó este flagelo social, reveló la Comisión Económica para América Latina (Cepal).

     

    Al presentar su informe sobre el Panorama social 2013, la secretaria ejecutiva del organismo, Alicia Barcena, dijo que la población en pobreza en México se elevó de 36.3% en 2011 a 37.1% en el año siguiente.

    Lo anterior contrasta con la disminución que presentaron países como Venezuela, Ecuador, Brasil, Perú, Argentina y Colombia. En tanto, en Costa Rica, El Salvador, Uruguay y la República Dominicana se mantuvieron en niveles similares.

    La representante de la Cepal mencionó que la razón por la que México se rezagó es debido a las menores tasas de crecimiento económico que ha registrado, y donde particularmente resiente el impacto que provocó la recesión de 2008-2009.

    Sin embargo, estimó que para 2014 el país puede tener mejores cifras, ya que consideró que la reforma hacendaria que recién se aprobó y entrará en vigor el 1 de enero próximo privilegiará a los sectores de la población mexicana más vulnerables.

    “La reforma hacendaria es bastante positiva en la redistribución; es una muy buena noticia que no se haya aprobado el impuesto al valor agregado (IVA) en alimentos y medicinas y que se haya orientado a que paguen más quienes ganan más”, dijo en videoconferencia desde Chile.

    Alicia Barcena destacó favorable para el desarrollo económico del país y el abatimiento de la pobreza que el gasto público que se ejercerá el año próximo estará orientado de manera importante a los segmentos de la población más vulnerables.

    Cifras preliminares

    De acuerdo con la Cepal, el número de latinoamericanos en situación de pobreza en 2013 ascendió a 164 millones de personas (27.9% de la población), de los cuales 68 millones se encuentran en situación extrema o indigencia (11.5% de los habitantes de la región).

    Aunque ha habido una disminución en los niveles de pobreza e indigencia, el organismo internacional informó que se ha frenado el ritmo con el que se ha reducido este problema.

  22. Esta semana saiu que o Brasil

    Esta semana saiu que o Brasil tirou em 58º lugar, um dos últimos, no ranking educacional do Pisa, fato que não mereceu destaque algum da blogosfera “progressista” (com aspas mesmo, porque nessas horas merece).

    O PT teve o mérito de colocar o combate da pobreza extrema como prioridade, mas se inferioriza ao não ter conseguido mudar a tendência histórica de descaso com a nossa educação pública, básica e gratuita.

    O indivíduo que passava fome hoje recebe Bolsa Família, o que é muito bom, é obrigado a matricular seu filho no colégio, o que também é bom, mas este não consegue completar o processo de ascensão, pois nossa escola pública não consegue preparar minimamente os seus alunos.

    O que isto tem a ver com a Selic? Quando a taxa passou de 7,25% para 10%, o Brasil perdeu lá alguns R$ 50, R$ 60 bilhõezinhos. Some-se a isto algumas desonerações, e chegamos a um valor equivalente ao orçamento federal da saúde e educação, somados.

     

     

  23. Nassif,
    Três pontos:
     
    1 – Eu

    Nassif,

    Três pontos:

     

    1 – Eu agradeço por ter divulgado minha opinião na integra. De certa forma minha provocação deu certo, mesmo que não tenha sido intencional. Assim, peço desculpa pelo carteiraço.

     

    2 – Eu pessoalmente não li os demais artigos aqui do blog. Meu comentário explicativo foi formado por trechos do meu projeto de doutorado. E esse é o problema que esta na minha primeira crítica . Eu concordo com você que é altamente provável que a maior parte dos canais de transmissão da política monetária estão entupidos. São argumentos bons para um projeto, para dizer que vale a pena estudar o tema. Mas provar isso é outra história. E infelizmente (ou felizmente) isso passa pela análise estatística que você critica. Seus artigos tem ótimos argumentos, que se forem empiricamente comprovados, venhamos a defender uma nova abordagem para o controle inflacionário. E é necessário comprová-los via análise estatística.

     

    3-  Por fim é preciso deixar claro que a política do governo Dilma não é a defendida por 90% dos economistas heterodoxos, ou, desenvolvimentistas que eu conheço. É necessário que se entenda que, em geral, economista heterodoxo não acredita que é no grito que se baixa juros e controla a inflação. Para nós é necessário que se adote uma política industrialista e desenvolvimentista de verdade e não esse arremedo que o Mantega fez aí, que ele resolveu chamar de novo-desenvolvimentismo. Gostaria de saber que desenvolvimentismo é esse que reduz investimento público, aumenta gasto corrente, não tem política estoques agrícolas e deixa o dolar apreciado. 

     

      1. Ainda bem!

        Catástrofe seria se ele se metesse a querer consertar a economia.

        Isto não quer dizer que não se pode melhorar, é claro, mas é coisa para profissional.

      2. Seo Nassif para a Fazenda?

        Bem, seo Nassif com certeza vai censurar este comentário, mas o principal objetivo é que ele leia:

        Eu pergunto, existe algo de bom na política econômica do atual ministro?

        Existe algo em política econômica que não seja improviso, dadas as condições munidiais atuais?

        O que você faria, seo Nassif, se a caneta fosse sua?

         

      3. O improviso vencendo a teoria ?

        Desculpe Nassif, mas é impossível administrar a política economica de uma nação, por quase duas gestões, apenas improvisando. Se a ortodoxía foi deixada de lado, uma vez ou outra, isso é irrelevante, o importante é que as coordenadas corretas, foram tomadas, e deram relativamente certo, ou estou errado ?

  24. Caro Nassif e seu

    Caro Nassif e seu interlocutor, sempre importantes abstrações teóricas. Gostaria apenas de colocar modestas reflexões. Quando se fala em Politica Econômica, implícitamente, se diz que a Economia em sendo uma Politica, deve ser formulada, pelo governo, pela sociedade, com base em uma visão doutrinária. Portanto a Economia não pode ser descolada da Politica. A teoria e muito menos suas abstrações tampouco. Assim a Politica Econômica, depende da concepção doutrinária de cada governo e as condições objetivas que impulsionam as disputas no interior da sociedade, com suas limitações inerentes. Estamos tratando lógicamente de um confronto nos marcos de um sistema capitalista. Tivemos nos governos passados, principalmente nos tucanos, uma visão neoliberal, o oposto da visão liberal, que subordina a Politica à Economia. Faz da Economia um ente abstrato, isolado da Politica, à qual deve à ela se subordinar. Transforma o Mercado, que deve representar a sociedade, o capital produtivo reféns do capítal financeiro. Inverte a lógica do liberalismo, que é o capital financeiro, trabalhando para impulsionar o capital produtivo. O neoliberalismo, o capital produtivo, “trabalha”, para a acumulação financeira, se tornando não parceiro mas submisso ao rentismo. A resultante, concentração de renda, na mão de uma pequena parcela da população, consequente desemprego, não participação da sociedade. Modelo que fracassou.  O oposto é o que vimos nos  últimos governos petistas, democrático-popular, e o sucesso soberano, distribuição de renda, pleno emprego, participação popular. O pacto, proposto pelos governos petistas, em especial Dilma, entre o capital produtivo e o trabalho, está sendo claramente boicotado pelo sistema financeiro e o produtivo, que se acostumou com a submissão. Como o setor dominante não está diretamente dirigindo, se utiliza da mídia e do sistema jurídico, tradicionalmente conservador, para o exercicio do terrorismo econômico e a destruição da politica e dos politicos que ora dirigem o Estado.

    1. Meia verdade

      Como o “Seu Nassif” falou, corrupção é um problema delicado e complexo.

      Mas ninguém obriga a mídia e os políticos a serem corruptos, isto ninguém pode negar, bem como, o ditado: Todo homem têm seu preço, é verossímel.

      Mecanismos mais eficientes que inibam a corrupção, como o que os Chineses usam, proveniente de sua sabedoria milenar no trato das coisas públicas seria uma excelente plataforma de campanha para o próximo pleito.

  25. Obrigado Henrique pela sua

    Obrigado Henrique pela sua resposta a minha réplica, (esse “você” do seu 2do comentário se refere a meu comentário sobre o seu e não ao post do Nassif, para esclarecimento dos participantes do Blog).

    Quando você diz “Basicamente você concorda com a visão tradicional de que a inflação é provocada pelo excesso de demanda, e que é necessário um aperto fiscal para que possamos reduzir a taxa de juros e desvalorizar o câmbio.”

    não é o que eu disse, e sim a sua interpretação. Eu entendo os diferentes tipos de pressões que os preços ao consumidor sofrem além do aumento da demanda. E senão entendí errado, há uma contradição ao negar pressões de demanda mas insistir na utilização da SELIC para diminuir a inflação. Eu acredito que a redução do gasto público cria condições para a redução dos juros pela interpretação que os agentes fazem dessa concomitância (melhoria fiscal que garante o pagamento dos serviços da dívida) e não pelos efeitos da redução da demanda pública nos índices inflacionários. Acredito que a redução do spread entre o Fed Rate e a SELIC desestimula  as operações de arbitragem de juros, reduzindo o ingresso de dólares, depreciando assim a taxa de câmbio. Essa depreciação tem como efeito a melhoria da competitividade da indústria local, pela redução do custo em dólares dos produtos nacionais.

    “Nesse caso, cortar gasto público e o crédito é matar duas das três fontes de demanda autônoma” Se bem não coloquei nas minhas sugestões enumeradas o aumento do investimento, e sim no parágrafo seguinte, faço uma diferenciação entre gasto público e investimento, chegando a sugerir a utilização de parte das reservas para financiar o investimento público. Acredito que o carregamento das reservas pura e exclusivamente em títulos do tesouro americano apenas financia o consumo americano ao paso que “blinda” o país de solavancos externos, apreciando ainda mais o Real, e acarreta um custo elevado ao país pelo diferencial de juros recebidos e pagos. O aumento do investimento puxa a demanda pública na mesma proporção, senão maior ainda, que o gasto com a máquina pública, e aloca recursos até então empoçados (resevas) ou desperdiçados (gasto público) em infraestrutura, que deveríam ter a longo prazo um efeito positivo na economia local, pela melhoria das condições para a atividade econômica. “Ficamos então dependentes da demanda externa. Esse é o caminho adotado pela China, ou seja, crescer puxado pelas exportações. Na minha opinião existe um limite para esse caminho.” A minha proposta visa inicialmente recapturar o mercado interno entregue aos importados, mais do que a busca de mercados externos. Ao mesmo tempo, as taxas de crescimento obtidas pela China com câmbio depreciado, juros negativos e alto investimento são tão superiores as obtidas pelo Brasil no mesmo período, que até atingir o limite desse modelo, teríamos muito crescimento pela frente, crescimento que este modelo precisa urgentemente e que também não é capaz de entregar, por ter a priori alcançado seu limite. Por último, as análises e propostas que a ciência econômica descarta de plano por não encaixar em modelos teóricos podem sim ter resultados positivos, já que a ciência econômica no seu estado-da-arte atual foi incapaz de prever a gigantesca crise internacional que abala o mundo desde 2007, e as soluções apresentadas pelo atual comando dos principais BCs do mundo são tão heterodoxas (QE, Operation Twist, TARP, e até a cogitada OTDC -ou cunhar uma moeda de 1 Trilhão de dólares para fugir do teto da dívida) e arriscadas, que bem podem trazer efeitos desastrados num futuro não muito distante. Em um mundo fiduciário, entupido de derivativos, onde os indicadores (inflação, desemprego, o próprio PIB) excluem innúmeros fatores (preços dos ativos, imóveis, população econômicamente ativa, gastos públicos com juros) para continuar dentro da norma, acredito ser urgente a revisão dos conceitos ortodoxos da academia econômica para encontrar soluções para a redução da desigualdade e da pobreza adequadas as diferentes realidades de cada país.

  26. O mais caro do mundo

    VLADIMIR SAFATLE

    O mais caro do mundo

    Ao que parece, chegou a hora de saudar o Brasil como o novo país “do mais caro do mundo”. Foram necessárias décadas para alcançar tamanha conquista e, ao que parece, desta vez ela veio para ficar. Afinal, anos de trabalho árduo permitiram aos brasileiros ter o prazer de pagar o dobro no mesmo carro que outros mortais compram sem tanto sacrifício.

    Atualmente, ser brasileiro é ter a satisfação de levar para casa o console Xbox mais caro do mundo. É poder humilhar os estrangeiros ao dizer o preço que pagamos em passagens aéreas, escolas, aluguéis e imóveis arrebentados em lugares com fios elétricos na frente da janela.

    Para chegar a este estágio, foi necessário não apenas um conjunto substantivo de equívocos econômicos. Foi preciso muita cegueira ideológica para engolir a ladainha de que nosso troféu de “o mais caro do mundo” foi conquistado exclusivamente através dos impostos mais elevados e dos altos custos trabalhistas.

    Não, meus amigos. Só em um mundo (como esse em que alguns liberais vivem) sem países como França, Alemanha ou Suécia o Brasil teria os impostos mais altos. Se nos compararmos aos EUA, veremos que a contribuição fiscal per capita de um brasileiro (US$ 4.000) é bem menor do que a de um norte-americano (US$ 13.550).

    Na verdade, depois que se inventa o inimigo, é mais fácil esconder o verdadeiro responsável. Nosso troféu de “o mais caro do mundo” deve ser dedicado a esses batalhadores silenciosos do desastre econômico, a esses companheiros de todos os governos brasileiros: o oligopólio e a desigualdade.

    A desigualdade econômica, esta tudo mundo conhece. Ela fingiu por um momento que estava se deixando controlar, mas deu não mais que uma unha para permanecer com todos os gordos dedos. Sempre se combateu desigualdade com revolução fiscal que taxasse os ricos, punisse radicalmente a evasão fiscal e limitasse os grandes salários. Mas, no país “do mais caro do mundo”, o tema é tabu. Assim, uma classe de milionários pode empurrar alegremente os preços para cima porque não tem problema algum em pagar pelo mesmo o seu dobro, desde que as lojas ofereçam manobrista VIP e água com gás na saída do estacionamento.

    Já a nova onda de oligopólios é uma das grandes contribuições da engenharia econômica do lulismo: os únicos governos de esquerda da galáxia que contribuíram massivamente para a cartelização de todos os setores-chaves da economia. Com uma política de auxiliar a formação de oligopólios via empréstimos do BNDES, o governo conseguiu fazer uma economia para poucos empresários amigos. Nela, não há concorrência. Assim, os preços descobriram que, no Brasil, o céu é o limite.

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