Ayres Brito, o que garantiu sua imagem à custa da imagem das vítimas

O ex-Ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ayres Britto é o principal responsável pela Lei de Direito de Resposta que ele critica na Folha de hoje (clique aqui).

A entrevista ocultou a questão de que, hoje em dia, Ayres trabalha para grupos e associações de mídia. No STF sempre defendeu os interesses desses grupos.

Pior: assumiu essa posição depois de denúncias sobre uma suposta articulação entre ele e seu genro oferecendo proteção a políticos encrencados com a Lei da Ficha Limpa. O genro procurava o político e oferecia o estratagema: como Ayres tinha sido a favor da Lei, bastaria contratar o genro para ele se declarar impedido e o acusado ter um voto a menos contra.

O golpe foi denunciado pelo ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz. Saiu na mídia. Nos dias seguintes, Ayres tornou-se o principal defensor dos grupos de mídia no STF a ponto de liquidar com o Direito de Resposta. E nunca mais se tocou no caso do genro.

Para liquidar com a Lei de Imprensa, valeu-se de um estratagema malicioso: tratou a lei como fruto do regime militar e, portanto, draconiana. Deixou de lado o fato de que o Direito de Resposta, previsto em lei, nada tinha de draconiano e se constituía na única defesa, ainda que bastante frágil, dos atingidos pela mídia.

Quando questionado sobre o direito de resposta, limitava-se a um sofisma: era um direito constitucional, portanto continuava valendo. De nada valeram os alertas de Marco Aurélio de Mello que, se fossem suprimidas as formas de se buscar o direito, ele se tornaria de difícil aplicabilidade.

No mesmo período, Ayres montou um grupo no CNJ (Conselho Nacional de Justiça) composto por representantes da ABERT (Associação Brasileira de Empresas de Rádio e Televisão) e da ANJ (Associação Nacional dos Jornais) visando exclusivamente coibir ações consideradas severas demais contra grupos de mídia.

Em nenhum momento, esse grupo atuou a favor do jornalismo dos blogs – alvos de ações de indenização por parte dos mesmos grupos de mídia.

Concedeu diversas entrevistas no período, em todas elas tratando a liberdade de imprensa como valor absoluto, em nenhuma delas tratando das responsabilidades da mídia ou se referindo às vítimas dos abusos de imprensa.

Na época, escrevi uma carta aberta a ele. 

Ministro Ayres Brito,

Em que mundo o senhor vive? O senhor tem feito o jogo do jornalismo mais vergonhoso que já se praticou no país, usurpado os direitos de centenas de pessoas que buscavam na Justiça reparação contra os crimes de imprensa de que foram vítimas. E não para, não se informa, não aprende, não consegue pisar no mundo real, dos fatos.

No poder judiciário, o senhor tornou-se o principal responsável pelo aprofundamento inédito dos vícios jornalísticos. Sua falta de informação, sua atração pelo aplauso fácil, fez com que olhasse hipnotizado para os holofotes da mídia e, ao acabar com a Lei de Imprensa sem resolver a questão do Direito de Resposta, deixasse de cumprir seu dever constitucional de zelar pelos direitos individuais de centenas de vítimas de abusos da imprensa.

Centenas de pessoas sendo massacradas pelo jornalismo difamatório e o senhor ainda vem com essa história de defender a mídia das decisões de juízes de primeira instância.

Ele me convidou para um almoço em Brasília. Cobrei dele as entrevistas e sua resposta foi cândida: sempre falo dos direitos da imprensa e dos deveres; mas a imprensa só publica a primeira parte.

O que me obrigou, com todo respeito, a lembrar a piada da moça atacada pelo tarado. Quando foi?, indaga a mãe. Antes de ontem, ontem e hoje.

O segundo encontro foi em um Congresso da OAB nacional no Rio de Janeiro, para um público de mais de 500 pessoas. Participamos de uma mesa com mais palestrantes.

Na palestra de Ayres Britto, loas à liberdade de imprensa como valor maior. Não teve a grandeza sequer de apontar os vícios da mídia, a busca do sensacionalismo, o desrespeito generalizado à reputação, as jogadas políticas.

Apresentei meu trabalho com um Power Point. Em um dos trechos falei dos estratagemas da mídia, um dos quais era o Mito dos Homens Bons, as figuras tornadas poços de virtude por fazer o jogo da mídia. Enquanto falava, iam entrando as fotos dos varões de Plutarco: Joaquim Barbosa, Gilmar Mendes, José Serra, ACM, Carlinhos Cachoeira, Demóstenes Torres e, por último, Ayres Britto.

Não pronunciei seu nome. Apenas o relacionei na lista dos heróis de mídia.

Pois Ayres pediu a palavra e ficou por 8 minutos discorrendo sobre os votos progressistas que deu no STF e para explicar que um Ministro precisa ser julgado por seus votos, não por suas palavras.

O empenho dele em responder a uma tela que meramente o apontava como um dos Homens Bons da mídia dá um pequeno exemplo de como os dados à imagem afetam as pessoas. Ali no evento, tomou a palavra por 8 minutos para se explicar.

Sabe a que ele recorreu? Ao Direito de Resposta. E recorreu, mesmo sem ter sido mencionado expressamente, porque considerou que a imagem que construiu tinha sido afetada pela mera inclusão dele na lista dos heróis da mídia.

Uma pessoa com tal suscetibilidade com sua própria imagem não é capaz de emular os direitos e os problemas das vítimas da mídia? Não, porque, no seu caso, a construção da imagem pública foi feita à custa do comprometimento da imagem de terceiros, vítimas atrozes da mídia, e que foram rifadas por Ayres em troca da sua blindagem.

Terminei a apresentação com uma análise de caso: como a mídia, orquestrada por Serra, tinha procedido ao assassinato de reputação de Gabriel Chalita.

Ao final, fui ovacionado de pé pelo público, não pelas virtudes da palestra, mas pela urgência do tema, a impotência generalizada ante os abusos recorrentes da mídia.

No final, o presidente da mesa fez uma breve enquete sobre a necessidade de regulação da mídia. Apenas um advogado do público se declarou contrário.

Conto isso para mostrar como se dá esse jogo.

Os jornais esmeram-se em apresentar os defeitos da Lei. Não permitem o contraponto. Ayres foi transformado em figura pública graças ao seu comportamento pró-mídia. Agora, se vale do capital de imagem angariado, construído pela mídia, para se apresentar como um ex-Ministro supostamente neutro falando sobre o assunto. Nenhum contraponto, nenhum argumento dos que são a favor da Lei, nenhuma menção aos crimes da mídia, nenhuma proposta alternativa.

Foi graças à total insensibilidade de Ayres que abriu-se espaço para o pior jornalismo já praticado no Brasil e, como reação, uma lei de direito de resposta mais severa. No fundo, Ayres Brito é o pai da nova Lei de Direito de Resposta.

 

 

Luis Nassif

80 Comentários

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  1. Operam como uma máfia

    Tá dominado / tá tudo dominado!!! A máfia demotucana possui tentáculos em vários órgãos públicos. Por isso, esses corruptos picaretas nunca são pegos!

  2. Nassif no seu melhor

    Mas o povo não é bobo e Abril e Globo nunca estiveram numa situação pior, a primeira falida e a segunda desesperada com a perda de audiência.

    O resto da mídia mainstrean não tem mais força para barrar os avanços democráticos, cairão sem fazer barulho.

  3. O que a vaidade faz com um ser humano!

    A mídia sabe jogar muito bem com o ego das pessoas. Se não for possível convencer com dinheiro, então convence-se com um pouco de afago dos interlocutores da Casa Grande. Basta conferir mais 15 minutos de fama para conquistar a simpatia de quem caiu no ostracismo. Vale tudo nesse mundo para continuar em evidência. 

  4. Denunciar as maracutais judiciárias

    Hoje, indubitavelmente, a parte não apodrecida do 4o poder tem por dever maior denunciar as maracutaias do 3o poder [o Judiciário] feitas geralmente em conluio com a parte podre do 4o poder.

  5. Escrúpulo, é um item que não

    Escrúpulo, é um item que não consta dos concursos públicos nem é critério para concessões públicas. Se atentarmos bem para a imagem, nem o voto popular seleciona apenas os que tem…

    1. Isso mesmo Ivan. Bastaria um

      Isso mesmo Ivan. Bastaria um ítem de peso eliminatório, onde constasse: É de uso obrigatório pelo pleiteante ao corgo do presente concurso público. Ter Vergonha na Cara.

      Orlando

  6. Canalhice e hipocrisia

    É a canalhice e a hipocrisia andando de mãos dadas. Dá gosto de ver o Nassif jogando luz nessas trevas.

    São como baratas alvoroçadas quando se levanta a tampa do esgoto, mas logo se encondem novamente, nas trevas.

  7. Estatura menor também intelectualmente falando.
    Caso desonestidade intelectual fosse passível de sanção penal Ayres Brito certamente estaria respondendo a inúmeros processos. Nunca vi uma ação desse sujeito em direção à cidadania. Seu esforço sempre se dá pelos interesses de grandes grupos empresariais.

  8. MÁFIA TOGADA e MAFIA DE BRANCO

    Como os médicos, muitos tendem a ver os juízes, como SEMIDEUSES.

    Foi com a proibição do DIREITO DE RESPOSTAS, que em mim esse encantamento se quebrou.

    Muitos como eu, entendem agora o real motivo da VENDA na JUSTIÇA.

    Muitos agora, enxergam o quê se esconde por baixo  das TOGAS dessa MÁFIA.

    Assim como, na implantação do PROGRAMA MAIS MÉDICOS, os médicos hostilizaram seus colegas cubanos, num VEXAME INIGUALÁVEL!!!

    Ali, só não enxergou a MÁFIA DE BRANCO, quem não quis.

    Mesmo assim, com a BLOGOSFERA expondo essas entranhas podres.

    Ainda tem muita gente que ENDEUSAM essas classes.

    Obrigado NASSIF por expor mais essa.

     

    1. Que comparação sem sentido

      Que comparação desconectada do texto.         São coisas absolutamente diferentes

      Mafia de Branco seria se o holerite dos medicos fossem grudos( deve ser a única Mafia do mundo que se junta só pra fazer o mal e se esquece da grana)

      Aqui o texto trata da postura de um dos Ex-Supremos Mandatarios de um poder da Republica

      Acho que o Sr. sonha com medicos sumbis todas as noites lhe atacando

       

      1. O MEU TEXTO TEM A VER SIM!!!!

        O meu texto fala do quanto essas classes são endeusadas e o do quanto certas atitudes quebram esse encantamento.

        transformando-as em máfia não no sentido pecuniário, que também acontece. Mas no sentido pernicioso da palavra.

        Obviamente há exceções.

        Mas uma classe que manda fazer dedinhos de silicones pra fraudar o ponto.

        Que assina o ponto no seu posto não cumpre o plantão e se manda pro consultório.

        Que não aceita atender a população mais carentes em lugares longínquos e nem deixa outros irem.

        E não são poucos os que fazem isso.

        Classificar como???

        Quanto aos salários, não é justificativa para burlar a lei e nem para a má conduta.

         

         

      2. Não senhor, a primeira máfia

        Não senhor, a primeira máfia que se junta para fazer o mal (disseminar o comunismo) e esquece da grana é o PT. Todo mundo tinha dinheiro na Suíça, menos o PT e Zé Dirceu. Dirceu levou trinta e nove milhões de reais e o subordinado dele (segundo a força-tarefa) levou míseros 97 milhões de dólares. Um assombro de máfia!

  9. Direito de resposta de Ayres Brito

    Nassif,

    O direito de resposta é interessante…

    Gostaria de ver a resposta de Ayres Brito escrita em sua coluna. Seria muito divertido!

     

    Esse pensamento me faz imaginar que haverá muitas situações polémicas com a nova lei.

    Mais pessoas se interessarão pelos assuntos, mais valorizados ficaram os espaços na mídia.

    È Nassif… você vai faturar alto…

     

  10. Podres poderes

    Infelizmente nossos quatro poderes sempre esteve e esta dominados por um grupo que enriquece vendendo seus serviços nefastos de entreguistas por migalhas que lhes enche o bucho e de seus familiares em detrimento de nossa soberania nossas riquezas e nosso trabalho.  Estão todos e seus entes de buchinho cheio e bem instalados e servidos com lama até o pescoço e as mão imundas.  Parece mais uma trajedia Darwiniana.

  11. A JUSTIÇA TARDA,MAS NÃO

    A JUSTIÇA TARDA,MAS NÃO FALHA,KKKKKKK !!!!!!!!

    GRAÇAS A ESSE EX-MINISTRO A CONTA VEIO COM JUROS(LEI DIREITO DE RESPOSTA)

    PALADINOS DA MORALIDADE DE TOGA PRETA É MATO AQUI NO BRASIL,E O POVO SOFRE C ISSO!

    MAS O TEMPO É O SENHOR DA RAZÃO,CERTO!!ARRIBAA BRAASILL!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    1. tarda e falha, a dilma aliviou.

      não devia ter vetado. o ofensor não vai corrigir o que foi dito de errado. vai se limitar a dizer que errou. e depois volta a repetir as mentiras. como já vi fazerem na rede lodo. leram a nota de resposta  e depois voltaram a repetir as mentiras. dando mais destaque a repetição das mentiras que a nota de resposta.

      o ofendido deve responder, e o juiz avaliar se é pertinente a resposta. se sim publique-se com o mesmo destaque da ofensa original.

  12. ayres britto

    Esse foi o maior enganador do STF, defendeu a midia sob o argumento que humoristas fizeram uma passiata em copacabana, muito louco e simplorio para um ministro de uma suprema corte.

  13. Nassif,
     
    Seu artigo está

    Nassif,

     

    Seu artigo está muito bom e nos serve como uma ótima demonstração do perigoso desequilíbrio entre os grandes grupos de mídia e os cidadãos brasileiros sem acesso ao contraditório quando sua imagem é atacada direta ou indiretamente.

    Embora boa, penso que a Lei de direito de resposta é ainda insuficiente para proteger nossa Democracia e torná-la mais ampla social, cultural, econômica e politicamente.

    Urge uma reforma legal que nos contemple com mais pulverização dos meios de comunicação e que iniba ou controle qualquer distorção no acesso à palavra pública por todo e qualquer cidadão.

    O sistema político atualmente se encontra desequilibrado e tomado pelo poder econômico em decorrência dessa lastimável concentração dos meios de comunicação. Isso tem trazido prejuízos incalculáveis para a dinamização de qualquer processo que promova maior justiça social, liberdade e respeito aos nossos direitos civis.

    Essa horrenda concentração midiática é que alimenta a desinformação e o consequente empobrecimento dos debates necessários para a melhoria de nossa Democracia e de seus mecanismos de participação. Por conta de tal concentração, indivíduos deploráveis como Jair Bolsonaro, Eduardo Cunha, Silas Malafaia e Marco Feliciano ganham projeção incompatível com sua real estatura ética e política, tornando-se algozes das vozes discordantes e espelho de uma sociedade que parece caminhar para um conservadorismo doentio e aniquilador da liberdade individual e do respeito aos direitos civis.

    Uma reforma legal dos meios de comunicação deve ter por prioridade a pluralização do debate de ideias, pontos de vista, visões de mundo e projetos de sociedade. Ela deve possibilitar aos diferentes grupos sociais o espaço de uma ágora aberta e responsável e que permita a todos esses grupos a produção e exibição de conteúdos culturais, artísticos, informativos e jornalísticos condizentes com nossa diversidade cultural, étnica, de gênero e social.

    Sem esse espaço plural e pluralizador, torna-se muito difícil a melhoria da qualidade geral de nosso parlamento e, consequentemente, dos mecanismos que democratizem o planejamento e as decisão nos aparelhos do Estado brasileiro. Democratizar nossos meios de comunicação é um dos passos fundamentais para a promoção de uma sociedade mais fraterna, mais justa e mais responsável ambiental, social, política e economicamente.

  14. TEXTO SEM COMPROMISSO COM A VERDADE E CRITICA PARA POLEMIZAR!!!!

    É muito fácil criticar aqueles que têm a difícil missão de posicionar-se sobre questões fundamentais, sem dobrar-se a interesses individuais e inidôneos.

    Carlos Ayres Britto é uma pessoa a quem admirar por seu compromisso com ideais de igualdade, democracia e justiça. Conheço-o pessoalmente e tive o prazer de ser seu aluno na Universidade Federal de Sergipe.

    Infelizmente essa crítica é baseada em apenas um lado da moeda. E não tem compromisso com a exposição do todo, apenas com a parte que favorece a polemização do assunto.

     

     

    1. E por ter sido aluno dele,

      E por ter sido aluno dele, você conhece o todo? Menos, por favor. Nassif interpelou o magistrado diretamente e não obteve resposta. Achou que não precisava se defender. Você não precisa fazer isso por ele. E se for fazê-lo, tente começar provando porque o direito de resposta ofende ideais de liberdade, democracia e justiça para justificar a opinião de Ayres Britto.

  15. É isso mesmo Nassif. É o mais

    É isso mesmo Nassif. É o mais vergonhoso dos poderes da república, o judiciário. O mais corrupto, o mais contaminado de gente sem caráter, é o poder que se vende às claras e ninguém fala nada; é só ver o caso do Daniel Dantas, do Abdel Massuh, do Cacciola e tantos outros que nos passaram a impressão de terem comprado a sua liberdade. Indecentes! Esse Gilmar Mendes não tem condição de ser juiz de futebol (e olhe que a arbitragem nos nossos jogos atualmente não valem nada). 

  16. Efeito quântico
    “Einstein, físico quântico que era, cunhou uma expressão célebre: ‘efeito do observador’. Ele percebeu que o observador desencadeava reações no objeto observado. (…) Claro que quando você joga teoria quântica para a teoria jurídica, se expõe a uma crítica mordaz. (Ayres Britto, em entrevista a um jornal em 2012 – https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/ayres-britto-o-espiritualismo-e-a-fisica-quantica#20)————— Tá aí a explicação do porquê o Big Ben aboliu o direito de resposta. É que ele acreditava piamente que o cidadão caluniado e ofendido por algum veículo de mídia, se olhasse fixamente para o jornal, a revista ou a tv com olhar de indignação e de reprovação, esse poder de observador, atestado pela física quântica, desencadearia reações de arrependimento nos seus detratores, e com isso, a própria mídia se auto-corrigiria. 

      1. Dimas, leia novamente e com

        Dimas, leia novamente e com mais atenção o comentário e você entenderá que a citação entre parênteses é a transcrição de trechos de uma entrevista, conforme está mencionada, de Ayres Britto, que considera Einstein um físico quântico.

  17. Nassif, quem não lê as suas

    Nassif, quem não lê as suas postagens, estará, inexoravelmente, fadado a ser um papagaio de mídia, para todo o sempre.

  18. Nassif. Você se superou. Foi

    Nassif. Você se superou. Foi brilhante. Aires Britto é aquele ministro, com m minúsculo, que quado da sua posse  transmitida “live” pela TV, fez sua exposição com aplausos subservientes dos  convidados que constituiam a plateia,  e também com sua família presentes, disse, dentre outras pérolas semânticas,  que: “…que tudo é neural.” e “…quem tem o rei na barriga um dia morre de parto”. Foi aplaudido entusiasticamente e acompanhado de risos generalizados. A que ponte a “cultura machista” se entranhou nas sociedades (“neuralmente”, plagiando o referido ministro) alcançando um dos membros da nossa Corte Suprema. Nassif! Parto é um fenômeno fisiológico divinamente abençoado pela nossa Mãe Natureza, agraciado  principalmente a todas as Mulheres, mas infelizmente “homens” que deveriam incorporar esta bênção divina, se utilizam do cargo público pra achincalhar e aviltar deste fenômino fisiológico. Tudo sobre os aplausos dóceis da imensa platéia convidada para a cerimônia de posse. Nelson Rodrigues sempre diz: “…se os fatos provam tudo isso, pior para os fatos”.

     

     

  19. Obrigada, Nassif, por jogar

    Obrigada, Nassif, por jogar luz nesse personagem nefasto. Cosnta, aqui no Planalto Central, que ou ele não colocava nada no lugar da antiga lei de imprensa ou iria conhecer o poder de fogo sobre o tal genro, naturalmente com o envolvimento do  excelso ministro.  (dossiês falsos ou não, reportagens e mais reportagens, etc… ). Ele está até hoje sob o jugo dessas artimanhas. 

  20. Ayres “Multimídia” Brito,

    Ayres “Multimídia” Brito, Joaquim “Multimídia” Barbosa, Gilmar “Multimídia” Mendes, Sérgio “Multimídia” Moro. Em homenagem, quero dar um sonoro “VIVA” aos papagaios de mídia do Brasil. Dignos de pena.

  21. Pueta

    Esse moço, como diriam os cariocas, ainda quer passar-se por Pueta, de voz doce e macia. Até prefiro os trogloditas como o gilmar mendes, que é sempre gilmar mendes e as vezes gilmar dantas.

    Muito bom Nassif

  22. MAS ONDE ESTÃO OS POLÍTICOS DEFENSORES DO POVO?

    Por que não vemos esses hipócritas defendendo a PEC 21/2015, nosso direito de cassar políticos convocando o RECALL com nossos ABAIXO ASSINADOS, para depois decidir seu futuro no voto? 

    Numa segunda etapa, esse direito pode ser estendido para cassar juízes, promotores, e delegado, como se faz em países desenvolvidos, como os Estados unidos. Por isso não observamos aberrações como essa por lá. Vejam como funciona:

    https://www.facebook.com/democracia.direta.brasileira/photos/a.300951956707140.1073741826.300330306769305/649128891889443/?type=3&theater

  23. Ayres de Brito foi apenas

    Ayres de Brito foi apenas mais um que se rendeu aos apelos do ego e dos holofotes. Prestou vassalagem ao esquema midiático quando na presidência do STF por conta do processo apelidado de mensalão e detonar a Lei de Imprensa. 

    A foto abaixo representa  o ápice da degradação cívica e moral do mesmo. 

     

    1. Mas ele não foi fisgado

      Mas ele não foi fisgado apenas pelo ego mas também por interesses pessoais por causa das reportagens sobre o genro. Ele passou de quase infelicitado para o queridinho da mídia. Afundando o direito de resposta ele uniu o útil (pararam de falar no caso familiar) e passaram a lustrar seu ego pela imprensa, o agradável.

  24. mais um brilhante artigo,.

    mais um brilhante artigo,. nassif.

    ayres brito acabou entrando no clube dos infames que

    desonram o próprio nome e o do judiciário..

  25. Dispositivo midiático-judicial

    O engavetador do Mensalão tucano após o lanche (há um vídeo testemunhando o fato) prestou um grande desserviço à democracia quando extinguiu a Lei de Imprensa e levou de roldão o Direito de Resposta. Durante o julgamento da Ação Penal 470, o Mensalão,  fez o que estava ao alcance dele para permanecer colado com a opinião publicada da mídia. Teve, por exemplo,  uma atuação digna de um Grouxo Marx quando explicou o caráter “estatal” da VISANET dizendo que assim ocorria porque o nome da Empresa se iniciava com “Companhia Brasileira de Pagamento…” Agora, o maior problema é que a sintonia do Judiciário com a mídia não se resume a Joaquim Barbosa , Ayres Brito (ex-ministros), Gilmar Mendes e Sérgio Moro. Infelizmente, sem querer dizer que exista uma ligação orgânica, há uma  unidade de pensamento e ação do Judiciário brasileiro com a mídia hegemônica. Trocando em miúdos, a mídia hegemônica que produz assassinatos de reputação e propaga um discurso único conta, invariavelmente, com o beneplácito do poder Judiciário. Será interessante verificar como irá se virar o dispositivo midiático-judicial com a reposição do Direito de Resposta.  

  26. pelo menos temos mídia

    Nassif, para de defender governo natimorto, este aí já morreu!  Quanto ao direito de resposta, é cláusula pétrea da constituição!, só modifica com outra constituição, (e isso é bem difícíl de ocorrer, agora). Ademais, o restante é conversa de bêbado ou recalque de esquerdista…

  27. O Rei esta NU

    O Brasil a 500 Anos vem sendo expropriados, ora pelos Colonizadores, oportunistas , as Bandeiras que iam sertão adentro em busca de ouro e pedras preciosas, e hoje pelos coroneis de jatinho, que veem no estado uma Grande Fazenda, na amizade com o PODER, buscam o enriquecimento expurio e vergonhoso , fazendo dos que detem o poder um joguete, pois o poder e efemero , e hoje o que esta reluzindo amanha pode estar no esquecimento , e o PODER JUDICIARIO, que poderia muito bem passsar este pais a limpo , simplismente fazendo valer a letra da LEI , se presta a Vassalagem e arenuncia do seu direito perpetuo em busca do ouro de tolo, mas ha esperanças.Amém.  

  28. Parabéns

    Caro Nassif, 

    Acho seu blog de uma relevância sem par, pois dos comentaristas as quais leio e muito aprendo a sua atitude profissional que parabenizo. Continue na luta, você ama sua profissão.

  29. Exemplo de direito de

    Exemplo de direito de resposta no Blog do Juca Kfouri. Civilidade e respeito entre as partes envolvidas.

    1- Acusação de Erich Beting contra a Subprefeitura de Itaquera afirmando que a burocracia da Prefeitura inviabilizava um evento esportivo.

    http://blogdojuca.uol.com.br/2015/11/coisas-do-brasil/

    2- Resposta da Subprefeitura afirmando que o pedido do evento foi protocolado dias antes da data programada pelos organizadores.

    http://blogdojuca.uol.com.br/2015/11/resposta-da-subprefeitura-de-itaquera/

    3-  O jornalista reconhece o erro, admite que a falha foi da empresa e a prefeitura organiza os tramites legais para a realização do evento.

    http://blogdojuca.uol.com.br/2015/11/carta-ao-subprefeito-de-itaquera/

  30. Ayres

    Esse é o ministro que disse em seu voto no mensalão que VISANET era empresa pública por ter “brasileira” na razão social? Grande saber jurídico…

  31. Ayres Brito

    Esse é o ministro que em seu voto no mensalão disse que a CIELO era pública por ter “brasileira” na razão social? Grande saber jurídico…

  32. Brilhante texto (como

    Brilhante texto (como sempre!)

    Em nome da liberdade de imprensa (sem limites) a sua Excelência revogou a Lei de Imprensa, deixou um limbo que propiciou, ainda mais, as atravagâncias e abusos de alguns meios de comunicação.

     

  33. Cabo Anselmo versão dois

    Cabo Anselmo versão dois ponto zero.

    O PIG evoluiu. O Cabo Anselmo um ponto zero era “um reles” marinheiro, de Itaporanga d’Ajuda, na beira do Rio Vaza-Barris; o dois ponto zero, da Corte Suprema… de Propriá, à beira do Rio São Francisco.

    Que Manuel Bomfim e Tobias Barreto não ouçam certas notícias em seus respectivos túmulos!

  34. Estupefação

    Pus a mão na boca quando vi o anúncio de que Carlos Britto virara ministro do STF. Eu sabia que aquilo só teria sido possível graças a intervenções dos dois maiores vultos petistas sergipanos: José Eduardo Dutra, recém-falecido; e o então governador do Estado de Sergipe, Marcelo Deda Chagas. E eu sabia que não iria dar certo! Em que mundo está Deda? Pensei.

    Eu não acredito em quem não tem respeito pelo outro e as artimanhas do então advogado Carlos Brito, primeiro contra o PT sergipano, depois, numa de Hélio Bicudo, pra “tomar” conta do PT sergipano, acompanhei a todas, mesmo fora do partido desde 1986. Assombrava-me histórias de brigas de posseiros – e olha que minha pesquisa histórica era então zero – assim como de índios… um monte de historinhas meio mal-contadas. De repente, Marcelo Deda – à frente – depois da conveniente reaproximação, traz o inimigo pra camarinha. Eu sabia que não iria dar certo No mínimo trocaria a amizade e chance meteórica que teve por algum carguinho no alto coronelato nacional.

    O resto é história.

    1. Obrigada por esclarecer essa

      Obrigada por esclarecer essa parte da história, a qual também nunca entendi. Isso só reforça minha opinião: o PT não faz a menor ideia de como lidar com o campo jurídico. Todas as tentativas foram mal conduzidas, não importando quem fosse o articulador. Uma lástima. Podiam aproveitar que tem Flávio Dino no PCdoB; quem sabe ele ajuda nisso. 

      Aliás, não apenas o PT, mas toda a socidade precisa acordar para o fato de que a ala jurídica da República há muito tempo tornou-se parte da equação política, em vários sentidos. Não adianta pensar que o sistema judicial é um mundo à parte, que não é. Por exemplo, quem aqui sabe como funcionam as associações de magistrados? E esse é apenas um ponto da questão.

  35. Muito cuidado com os

    Muito cuidado com os ucranianos que estão acampados no Congresso Nacional! Eles estão determinados a produzir um cadáver, em circunstância que seja favorável a eles!

  36. Aécio pagou ex-ministros do STF com dinheiro de campanha

    Aécio pagou ex-ministros do
    STF com dinheiro de campanha

     

    Aeroporto do Titio foi construído antes da campanha presidencial.   Ayres e Veloso, do STF: ex-ministros receberam R$ 114 mil da campanha do PSDB  

    O Conversa Afiada
     

    Aécio pagou ex-ministros do STF com dinheiro de campanha

     

    Por Flávia Umpierre

    O Partido dos Trabalhadores encaminhou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedido de impugnação da prestação de contas de Aécio Neves (PSDB), candidato derrotado nas eleições à presidência da República de 2014. A justificativa está em uma série de inconsistências nos documentos apresentados pela campanha tucana. Entre elas, o pagamento irregular a dois ex-ministros Supremo Tribunal Federal (STF).

    Pagos com recurso de campanha, os escritórios de advocacia de Ayres Brito e Carlos Veloso foram responsáveis pela elaboração da defesa de Aécio quando foi denunciado pela construção do aeroporto de Cláudio (MG), com dinheiro público, na fazenda de familiares. O escândalo veio a público em julho deste ano, mas a obra é datada de 2009.

    Segundo os advogados do PT, o serviço prestado no valor de R$ 114 mil – R$ 56 mil para Britto e R$ 58 mil para Velloso – configura ilegalidade por tratar de fato ocorrido fora do período eleitoral. Além disso, a defesa atuou em nome do próprio Aécio, em caso anterior a sua condição de candidato, não podendo assim ser paga com dinheiro de doação eleitoral.

    Outra irregularidade nas contas do PSDB estaria na emissão de três notas fiscais de gráficas, duplicadas e emitidas fora do prazo eleitoral. O valor total dos serviços ultrapassa R$ 2,5 milhões. Foi observada também a falta de numeração nas notas, o que dificulta a conferência das informações prestadas e levanta ainda mais suspeitas de nulidades.

    A defesa da campanha de Dilma Rousseff alerta também para o tratamento diferenciado dado aos candidatos. Enquanto a prestação de contas do PT seguiu à risca os prazos determinados, sendo disponibilizadas na íntegra na internet no dia 26 de novembro, somente no dia 2 de dezembro foi possível acessar os documentos digitalizados da campanha de Aécio.

    Com isso, o PT pede que seja estendido o prazo para analisar as contas do PSDB. Não existe data para pedir a impugnação das contas do Aécio, mas é ilegal dar tratamento diferenciado para as campanhas.

     

  37. Lei do Direito de Resposta e Assassinato de Reputações

    Hoje, fui olhar os jornais de extrema-direita, do eixo RJ-SP. Observei que, apesar de manterem o estilo crítico, não estão mais fazendo assassinatos de reputação. Deve ser o efeito pedagógico da nova Lei de Direito de resposta, que cumpre mandamento da Constituição Democrática de 1988. Creio que agora a relação entre empresas de comunicação e direitos fundamentais dos Cidadãos esteja mais equilibrada. Para mim, isso é um avanço civilizatório. Com certeza, os juízes, que forem independentes do Poder Midiático, aplicarão a Lei em defesa da Cidadania, cumprindo a Consituição e sua regulamentação, contra os excessos e irresponsabilidades dos meios de comunicação. Gostaria muito que todos os juízes fossem sempre independentes do Poder Midiático, como também do Poder Econômico e do Poder Político, sem nada dever a qualquer um deles, sejam favores, prestígio, indicações políticas, prêmios ou qualquer outro tipo de relação que pudesse de alguma maneira afetar ou influenciar o seu trabalho. As decisões judiciais sobre o direito de resposta poderão confirmar ou não essa esperança.

  38. Lei do Direito de Resposta e Assassinato de Reputações

    Hoje, fui olhar os jornais de extrema-direita, do eixo RJ-SP. Observei que, apesar de manterem o estilo crítico, não estão mais fazendo assassinatos de reputação. Deve ser o efeito pedagógico da nova Lei de Direito de resposta, que cumpre mandamento da Constituição Democrática de 1988. Creio que agora a relação entre empresas de comunicação e direitos fundamentais dos Cidadãos esteja mais equilibrada. Para mim, isso é um avanço civilizatório. Com certeza, os juízes, que forem independentes do Poder Midiático, aplicarão a Lei em defesa da Cidadania, cumprindo a Consituição e sua regulamentação, contra os excessos e irresponsabilidades dos meios de comunicação. Gostaria muito que todos os juízes fossem sempre independentes do Poder Midiático, como também do Poder Econômico e do Poder Político, sem nada dever a qualquer um deles, sejam favores, prestígio, indicações políticas, prêmios ou qualquer outro tipo de relação que pudesse de alguma maneira afetar ou influenciar o seu trabalho. As decisões judiciais sobre o direito de resposta poderão confirmar ou não essa esperança.

  39. É bem assim …

    Brito. Nós aqui de Sergipe conhecemos bem essa figura. Um oportunista manipulador, de fala mansa e quase nenhuma substancia ou decencia. Mais um erro descomunal do Lula. Foi alçado ao STF pela intervenção do finado Marcelo Deda, que queria afastá-lo da politica sergipana, dando-lhe o STF como “premio” para que ele  deixasse o PT. Estrategia  burra e infeliz do Partido dos Trabalhadores.  Aqui no meu estado, a história de trapaças  dos Britos são bem conhecidas … Falta alguem disposto a registrá-las para a posteridade.

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