Brasilianas discute os futuros setores produtores de inovação

Quais são os setores do futuro, que podem dirigir o Brasil para uma condição de desenvolvimento sustentável?

Especialistas e representantes do setor produtivo concordam que hoje o país dispõe de todos os instrumentos possíveis de apoio à inovação. Mas, para que o círculo virtuoso da ciência contribua com o desenvolvimento da sociedade, é preciso criar um ambiente de estabilidade para dar horizonte às empresas. Como superar esse desafio? Para tentar responder essa e outras perguntas voltadas ao tema, o apresentador Luis Nassif recebe hoje (27), a partir das 20h00, na TV Brasil, o diretor de Planejamento e Gestão da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII), José Luís Gordon, o presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) Luis Manuel Fernandes, e o coordenador-adjunto de pesquisa para Inovação FAPESP, Fábio Kon.

O programa ira discutir porque o Brasil perdeu a condição de alçar voo após um período recente de bom desempenho econômico, a partir de quais políticas o governo poderá reverter esse processo, bem como quais são os setores do futuro que podem dirigir o Brasil para uma condição de desenvolvimento sustentável. Não perca e participe mandando perguntas que poderão ser respondidas ao vivo. Clique aqui

Quando: Hoje, segunda-feira (27 de julho), ao vivo.
Horário: 20h00 às 21h00
Saiba como sintonizar a TV Brasil: Clique aqui.

Redação

5 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Planejamento e Inteligência! Temos?

    Nassif, está semana a Raizen inaugurou nova fábrica de Álcool É o chamado etanol de segunda geração.

    Vcs não precisam ir muito longe para descobrir porque o Brasil não consegue competir. Basta analisar o setor de álcool e açúcar para entender TUDO.

    Vamos aos fatos: 

    Um belo dia, um presidente carismático de um imenso país tropical foi ao mundo para dizer que tinha a solução para o aquecimento global, para a economia mundial em recessão, para o emprego no mundo, para o fim da miséria, enfim, foi dizer ao mundo que Ele era O Cara.

    Qual era a grande soluão? Plantar combustível! Simples! Colocar o miserável na produção de energia!

    E assim sonhou o Brasil com o domínio da África! Não vou nem entrar no méritoda falta de INTELIGÊNCIA do Brasil  propor isso ao descobrir grande quantidade de óleo.  A vontade de parecer bonito na foto falou mais alto!

    O tempo passou e dois(2(dois)) anos depois, seu país foi obrigado a CAIR NA REAL!

    Sabe porque? Porque dois anos depois do grande anúncio brasileiro os EUA suplantaram a PRODUÇÃO brasileira de alcool. E sem cana, tudo feito de milho ou de qualquer outro DEJETO orgãnico.

    Mas como em dois anos fizeram o que o Brasil levou 30 anos para construir?

    A resposta é a mais simples do mundo. ANTES de começar a produzir, foram à universidade. O Capital foi a universidade, não O Governo!

    Entendeu aí nosso problema? Nosso capital não acredita no conhecimento. O setor sucroalcoleiro ficou 30 anos investindo em POLÍTICA para impedir reforma agrária porque achava que seu negócio era este. Terra de graça, mão de obra escrava e tudo como sempre foi feito por estas bandas. Queriam levar isso para o mundo.

    Quando foram ao mundo, descobriram que nada sabiam. Que eram apenas coisa do passado, gente burra e ignorante com conceitos de negócios baseado na idade média.

    Descobriram ainda que poderiam dobrar sua produção com a mesma quantidade de terra investindo QUASE NADA em pesquisa. TUDO mudou! O setor ficou paralisado na expectativa.

    Aí…investiram num centro de pesquisas. Mas colocaram a Shell junto porque, sabe como é, eles é que sabem pesquisar. Bom, o centro de pesquisa mal iniciou e JÁ ACHOU solução comercial. Da vontade de rir! Descobriram a pólvora! Assim, abriu centro de pesquisa, descobriu na hora. Sabe porque? Porque estava lá para ser descoberto. Poderiam ter feito isso na década de 80! Ficaram 30 anos lutando contra reforma agrária a alto custo por nada!

    Enfim, o setor descobriu que para competir no mundo, precisa de conhecimento. Porque o mundo todo tem!

    Se vc examinar outros setores, vai descobrir a mesma coisa. No nuclear, com os militares, a mesma coisa. Nos atrasaram 30 anos no mínimo!

    Sabe aqueles milionários do setor de açucar e alcool com seus diversos aviões? Não são gente qualificada e é normal que quebrem.  

    A evolução do setor provou que quebraram porque não eram qualificados!  E continuam lá…no mesmo lugar e agora se acham inteligentíssimos. Agora…que perderam O Mercado!

     

    Vamos ver como a coisa contece em outros países?

    Nos EUA por exemplo. “Descobriram” a Internet e o que fizeram?

    Resolveram ARRECADAR menos(de teles, ATRAVÉS  da NEUTRALIDADE) para desenvolver O Mercado para DEPOIS, lucrar mais.

    Inteligência e planejamento em contraponto ao PODER FINANCEIRO das suas poderosíssimas telefônicas.

    Vc imagina no Brasil inteligência e planejamento se contrapondo ao poder financeiro? Por isso o setor sucroalcoleiro foi por este caminho. Pois é o único que existe no Brasil, terra sem inteligência e planejamento!

    Sem inteligência, vc não concorre no mundo! Só no seu quintal, onde tem outras pessoas concorrendo com vc, que não usam inteligência.

    Um setor para ir ao mundo, precisa estar na crista da onda da tecnologia! Por isso O Capital TEM QUE acompanham sempre e estar lado a lado com o conhecimento sempre. Isso é uma garantia, um seguro para o seu negócio. Mas no Brasil é custo!

     

  2. interessante exemplo

    Mas me permita discordar. Primeiro por que, olhando o conjunto da obra, o programa brasileiro de álcool é melhor sucedido que o norte-americano. Sua produção maior, em corrija se estou errado, só é possível por forla de reserva de mercado. O Brasil perdeu vantagem, mas o álcool brasileiro ainda é o mais competitivo do mundo, pelo menos o paulista, que nos deu, por exemplo, a Copersúcar. Mesmo em plnatas industriais de álcool de segunda geração, o Brasil não está na frente dos EUA, mas mantém-se pau a pau e em um grupo bem restrito.

    Ao se olhar o sistema brasileiro de inovação como um todo, por outro lado, prima facie vc está certo. O elo fraco é o empresarial. Sempre foi assim, mesmo nas multis “abrasileiradas”, mesmo nos grandes grupos nacionais – exceto os estatais – a descrença na inovação e no investimento em capacidade tecnológica autóctone é crônica. Durante muito tempo, a universidade brasileira era muito ruim também, mas isso mudou, e muito, e mais recentemente, pode-se dizer que pelo menos a ênfase na pesquisa pura em detrimento da aplicada foi bastante amenizada, talvez só não tenha andado mais desde o advento dos fundos setoriais a da lei de inovação porque o gasto privado continua devagar, muito devagar, mesmo com uma porrada de incentivos. Grosso modo, o Brasil hoje produz pós-graduados em escala significativa – deve estar entre os top 10 neste critério -, alguns com muita qualidade, os de univerisdades públuicas constumam fazer bonito lá fora. Mas eles não conseguem emprego no setor privado, exceto ensino, e quando o faz em geral eus conhecimentos são muito subaproveitados.

    Contudo, em nenhum lugar isso é diferente por que os empresários são diferentes. O que é diferente lá fora – EUA, Japão, China, Alemanha, França, Israel – é que o Estado consegue realmente orquestrar um sistema de inovação, consegue atrair e compelir as empresas chave a integrá-lo, e a desempenhar papéis de acordo com uma estratágia nacional. Essa estratégia depende de uma integração maior com as políticas industrial e comercial desses países (apenas secundariamente a educacional), de forma que em seu conjunto o que se tem é essencailmente uma estratégia de domínio e de não dependência tecnológica em áreas cruciais (nos EUA, de manter liderança mesmo, mas mesmo acompanhar, caso dos outros, e ainda assim em algumas áreas, é muito dificil). Essa anatomia é tão decisiva e nítida nas potências líderes que uma grande autora anglo-saxã recentemente passou a defender que na verdade não se deve falar em sistema nacional de inovação, mas de um sistema nacional de segurança (no qual tecnologia é o elemento chave), ao menso na caso dos EUA.

    O Estado brasileiro é inefetivo pra dentro e claramente fraco em relação às pressões corporativas e setoriais (obviamente, mais fortes nos setores mais tradicionais, dado seu peso politico e social maior, mercê da própira situação de dependência e atrado em que nos matemos) para impor a agenda do desenvolvimento tecnológico à vera. Essa característica foi definida no quadro de um leviatã esquálido (ou algo parecido) por um dos poucos politólogos decentes de que dispomos, mas já nos anos 80 também apontado por uma grande pesquisadora norte-americana, falecida há poucos anos (especialista em política industrial, e não de inovação!), para a qual o Estado brasileiro não dispora de capacidade de “disciplinar o capital”. Imagine o que diria se pudesse ter observado o que meia dúzia de corporações encasteladas no judiciário articuladas com empresas de mídia e meia dúzia de paralmentares venais estão fazendo no que nos resta de capacidade empresarial verdadeira. 

     

    1. No caso específico, insisto,

      No caso específico, insisto, seria função da empresa a iniciativa. Por maior que fosse interesse do Governo o desenvolvimento do setor, os especialistas eram eles. O Governo não pode saber mais osbre produção de álcool do que os próprios produtores.

      Foi um mico lamentável!

       

      Mas concordo com vc em todo o resto. Que, de uma maneira geral, nosso problema vem de início da falta de uma política industrial.

      Acho que as Universidades é que melhoraram muito mesmo e estão chamando as empresas. Vamos ver…

  3.  
     
    Eu estava lendo esta

     

     

    Eu estava lendo esta entrevista e me deparei com opiniões semelhantes a sua. O tema é muito interessante. 

    Página 20, na pergunta sobre geofísica em diante até a página 26.

    Repare que não apenas o empresariado, como eu chamo O Capital, mas também estatais sempre tiveram preferência por soluções importadas e LONGE de nossas universidades.

     

    http://www.fgv.br/cpdoc/historal/arq/Entrevista421.pdf

     

    Só para constar,

     

    Abraço

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador