Cunha tinha contas secretas no exterior desde que entrou na política, diz MPF

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – O Ministério Público Federal afirma que o ex-deputado Eduardo Cunha, acusado de receber 1 milhão de dólares em propinas em função de um contrato da Petrobras na África, sempre manteve conta secreta em outros países enquanto teve mandato parlamentar, com saldo superior a 100 mil dólares. A partir de 2007, esse saldo alcançou o patamar mínimo de 1 milhão.

Segundo o jornal O Globo, o MPF alegou que “Durante todo esse período [2003 a 2016], Eduardo Cunha praticou crimes e manteve contas não declaradas no exterior, em total dissonância com as funções públicas que exercia, razão pela qual era exigida especial conduta diversa mormente pelos cargos de relevância que exercia.”

Cunha já passou pela Cedae, companhia de saneamento básico do Rio de Janeiro, e Telerj, estatal de telefonia. Foi deputado estadual entre 2001 e 2002 e eleito deputado federal em 2003, tendo permanecido no cargo até 2016, quando foi cassado pela Comissão de Ética da Câmara justamente por ter dito à CPI da Petrobras que não possuia contas no exterior.

De acordo com os procuradores, Cunha fez uso de trustes falsos porque, na verdade, ele sempre manteve total controle sobre as contas. Elas foram usadas como uma espécie de poupança para armazenar os valores que eram gastos em viagens internacionais pela família do ex-deputado.  

“Para os procuradores, ao usar o mecanismo do trust, não disponível no Brasil, Cunha chegou a ‘um nível extremo’ de sofisticação na ocultação e dissimulação do patrimônio”, diz o jornal.

O MPF pede à Justiça a perda, a favor da União, dos valores mantidos por Cunha no exterior sem conhecimento da Receita Federal e Banco Central. 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

5 Comentários

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  1. Eduardo Cunha praticou crimes

    Eduardo Cunha praticou crimes e manteve contas não declaradas no exterior, em total dissonância com as funções públicas que exercia

    Eu acho que se eles quiserem meter no xilindro todo politico brasileiro que “manteve ou mantem contas não declaradas no exterior, em total dissonância com as funções públicas que exercia ou exerce” vai dar uma esvaziada “animal” no congresso nacional……….sobra uma meia duzia…….e o povo do judiciario?….esses não vem ao caso…..

    Falando serio, para quem no “imaginario popular”,  é o demonio da corrupção, contas com saldo superior a 100 mil dólares é uma merrequinha……mesmo 1 milhão não é uma fortuna mirabolante…é so isso que o gajo botou no bolso de 2003 a 2016? Desse jeito a lavajato vai querer que ele  devolva uns 50 contos no maximo…..

  2. Essa turma, quadrilha, não resiste ao Wikipedia

    …….Seu primeiro contato com a política ocorreu trabalhando para as campanhas de Eliseu Resende, candidato ao governo deMinas Gerais pelo Partido Democrático Social (PDS) na eleição de 1982, e Moreira Franco, candidato ao governofluminense pelo PMDB no pleito de 1986.[3]

    Adesão a Collor e presidência da Telerj

    Em 1989, o economista e empresário Paulo César Farias convidou Eduardo Cunha a se filiar ao Partido da Reconstrução Nacional (PRN) e a integrar o núcleo da campanha presidencial do candidato Fernando Collor de Mello.[14][16][17] Com pouco menos de trinta anos na época, atuou como tesoureiro do comitê eleitoral de Collor no Rio de Janeiro.[18] SegundoDaniel Tourinho, então presidente do PRN, Cunha foi o responsável por descobrir uma falha no registro do Partido Municipalista Brasileiro (PMB) que impediu a candidatura de Silvio Santos ao pleito.[13]

    Depois de eleito, Collor convidou Eduardo Cunha para integrar a nova equipe econômica do governo, chefiada por Zélia Cardoso de Mello, mas ele declinou.[13] Em 1991, atendendo à sugestão de PC Farias, Collor nomeou Cunha para o comando da Telerj, a então empresa fluminense de telecomunicações.[16][19][20] Como presidente da companhia, reduziu os investimentos da empresa, conforme o projeto de privatizar as estatais do governo Collor, e criou uma comissão de licitação vinculada diretamente a seu gabinete.[3] O Tribunal de Contas da União constatou irregularidades na contratação de servidores sem concurso, tratamento privilegiado a determinados fornecedores e falhas na licitação para a edição de catálogos telefônicos.[20] Responsável pela implementação da telefonia celular no Rio de Janeiro, Cunha envolveu-se em um escândalo de superfaturamento, quando foi descoberto que ele havia assinado um aditivo de US$ 92 milhões a um contrato da Telerj com a fornecedora de equipamentos telefônicos NEC do Brasil (então controlada pelo empresárioRoberto Marinho), em vez de abrir nova licitação.[16][21]

    Com a descoberta do Esquema PC em 1992, que culminaria no impeachment de Fernando Collor naquele mesmo ano, foi exonerado da presidência da Telerj em 1993, já no Governo Itamar Franco, tendo sido substituído por José de Castro Ferreira.[18] Investigado no Esquema PC, Cunha negou ter participado das atividades ilegais descobertas neste esquema de corrupção.[18]………….

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