Morre Nelson Mandela, a alma de uma nação

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Jornal GGN – Nelson Mandela faleceu hoje, quinta-feira, aos 95 anos. A morte foi anunciada pelo presidente da África do Sul, Jacob Zuma, pela televisão. Mandela sofria de problemas respiratórios e estava recebendo cuidados médicos em casa. Zuma declarou que “esta nação perdeu um grande filho”, ao se referir ao responsável pelo fim do regime de segregação racial na África do Sul, o apartheid.

“Durante a minha vida, dediquei-me a essa luta do povo africano”, declarou Mandela, na ocasião de seu julgamento, em 1964, quando foi condenado à prisão perpétua, evidenciando a luta contra a dominação branca ou mesmo a dominação negra. Disse ainda que acalentou “o ideal de uma sociedade livre e democrática na qual as pessoas vivam juntas em harmonia e com oportunidades iguais”. E, por fim, disse ser este um ideal para o qual esperava viver e realizar. “Mas, se for preciso, é um ideal pelo qual estou disposto a morrer”, concluiu.

Em junho de 1964, Mandela foi enviado para a prisão da Ilha Robben, onde passou a ocupar a cela de número 466/64 e ali viveu por 27 anos. Tão longo período foi a demonstração de força do regime segregacionista do apartheid em sucessivos governos do Partido Nacional na África do Sul. Apesar da segregação racial de longa data, desde o período colonial, o apartheid foi introduzido como política oficial no final dos anos 1940.

Com esta política de segregação, os negros foram reunidos em bantustões, regiões de base tribal criadas pelo regime, mantendo-os fora dos bairros e terras brancas, mas não tão longe que não pudessem servir como mão-de-obra barata.

Prisão e um novo país

Mesmo na prisão, cumprindo perpétua, Mandela se tornou a figura de oposição ao apartheid, e o clamor “Libertem Nelson Mandela” se transformou no lema das campanhas antiapartheid em vários países.

Na década de 1970, ele recusou revisão da pena e, em 1985, não aceitou liberdade condicional caso se recusasse a incentivar a luta armada. Ficou na prisão até fevereiro de 1990, quando uma grande campanha e a pressão internacional fizeram com que fosse libertado, aos 72 anos, por ordem do presidente Frederik Willem de Klerk.

Aclamado por centenas de pessoas na saída da prisão, ergueu o punho fechado no ar, em sinal de vitória. Era o fim de longo período encarcerado e, a partir deste momento, nova história foi escrita na África do Sul. Na época, ele e de Klerk dividiram o Prêmio Nobel da Paz, em 1993.

Foi o primeiro presidente negro da África do sul, de maio de 1994 a junho de 1999. Comandou, então, a transição de um regime de minoria no comando para a democracia multirracial da nova África do Sul.

Simbolizando o início de novos tempos, adotou um novo hino nacional, que mescla o hino do CNA “Deus bendiga a África” com o africâner “Die Stein”. Nova bandeira também foi criada, unindo os símbolos das duas instituições anteriores: a bandeira oficial dos brancos, que vigorou desde 1928, passou a incorporar as cores da bandeira do CNA, unindo assim todos os povos da nova nação surgida, aprovados pela nova Constituição interina.

Em 1995, Mandela criou a Comissão da Verdade e Reconciliação, sem poderes judicantes, sob a presidência do arcebispo Tutu. Começa então um período duro, principalmente para os negros, depois de décadas de segregação e violência. Vinte anos depois, a dor ainda persiste, alimentadas pelas dificuldades de integração. Racismo e preconceito andavam de mãos dadas.

Em vida, Mandela não viu seu ideal concretizado, mas foi, sem dúvida, o principal responsável pelo despertar de todo um povo e pela construção de uma nação.

Com informações da Agência Brasil e do Opera Mundi

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

29 Comentários

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  1. Não gosto de hagiografias e

    Não gosto de hagiografias e Mandela é um sério candidato a muitas delas. Mas por qualquer ângulo que se olhe, foi sim um gigante da história recente.

    1. A esquerda mundial vai querer

      A esquerda mundial vai querer se apossar do legado de Mandela que não tem nada a ver com esquerda e sim com a construção de uma sociedade multirracial eficiente através de um acordo politico de longo alcance. A estrutura avançada do sofisticado capitalismo sul africano não foi tocada por Mandela e alguns magnatas do Pais, como os Opennheimer, o apoiou nessa tarefa.

  2. Vamos torcer que a morte de

    Vamos torcer que a morte de Mandela nao abra as portas da naçao sul africana a Julius Salema e com isso tenha ( guardada as devidas proporcoes ) o mesmo efeito que a morte de Paul Von Hindenburg teve na alemanha pré segunda guerra…

  3. A figura política do século 20

    Nelson Mandela superou Mahatma Ghandi como a maior figura política do século 20.

    Plagiando Albert Einstein, eu diria que as gerações futuras não acreditarão que no mesmo século viveram entre nós dois seres humanos como Ghandi e Mandela.

    1. Depende do angulo de visão,

      Depende do angulo de visão, Gandhi jamais foi uma unanimidade na INDIA, quanto mais no mundo. Não existe “”o MAIOR”, a Historia pela analise de grandes historiadores nunca elege o maior porque o mundo é muito complexo para esses tabelinhas simplificadas. Com infinitamente maiores consequencias e desdobramentos na Historia Napoleão, Hitler, Stalin e Mao produziram mudanças de mapas muito maiores a seus tempos. Quanto a Mandela foi importante para seu Pais, para o resto da Africa sua influencia foi nula.

    2. Ambos foram importantes pros

      Ambos foram importantes pros seus respectivos povos e pro mundo. Que o exemplo desses “avatares” permeie o coração de todos os homens e que seja cada vez mais forte a luta contra as injustiças!

      Salve Madiba! Salve Mahatma!

  4. Mandela

    o Presidente da Africa do Sul incorreu num pequeno equívoco. Não somente a Africa esta de luto e sim todo o mundo, todas as civilizações e pessoas que conheciam a ardorosa luta deste senhor em prol de seu povo. Mandela foi um exemplo em qualquer parte de sua biografia não se deixando impor ao regime do apartheid que só perdia em terror para o regime hiltlerista. Quem dera se a terra pudesse parir a cada cem anos um novo Nelson Mandela.

    Que Deus lhe dê o descando merecido!!

    1. Se os afrikabers eram tão

      Se os afrikabers eram tão ruins como os nazistas como se explica que Mandela fez um mega acordo com eles e manteve um condominio de poder onde eles fazem parte? Se não fosse os afrikaners a Africa do Sul seria uma imensa favela mais pobre que a miseravel Republica do Congo.

  5. Agora vamos ter que aguentar

    Agora vamos ter que aguentar a enxurrada de NOTAS de lideres de todo o mundo com elogios incontidos sobre o lider sul africano, ninguem lembrando da parte mais importante de sua obra, manter os brancos no Pais, que só é importante porque esses brancos criaram um Pais economicamente adiantado na Africa, ó UNICO do continente.

    1. Nao consegue ficar calado

      Nao consegue ficar calado hein !  

      Lembre_se que essa minoria branca poderia ter transformado este pais em algo muito melhor, sem necessidade de segregacao pra isso. 

    2. Não poupam nem o Madiba?

      Militão e Andy podiam muito bem nos poupar de sua miopia na noite da morte do Madiba… Essa de dizer que os brancos criaram sozinhos um país economicamente adiantado é de lascar. Tudo o que fizeram foi explorar as imensas riquezas naturais  da África do Sul, mantendo-as secularmente apenas para si mesmos, “esquecendo-se” de que as riquezas de qualquer país não valem nada se não forem postas a serviço de seu povo. Quanto aos brancos ficarem por lá, o maior motivo disso é o fato de não terem para onde ir? Que país os receberia aos milhões e lhes daria os privilégios de que gozam até hoje? Os EUA? A Inglaterra?  Não é melhor ficar calado antes de falar do que não se sabe?

    3. Adeus Madiba!!!!!!

      criaram isso usando mão-de-obra escrava e tomando terras a seu bel prazer!

      Mandela preferiu pensar no futuro do pais e seu povo e não resolver essas injustiças de seculos no presente.

      isso fez dele o maior lider da segunda metade do seculo 20!  e dificil acreditar que teremos mais lideres como ele um dia, espero que não mais precisemos!

  6. Nelson Mandela era um perigo

    Eis ai um prisioneiro que foi acusado de terrorismo e de subversivo pela elite mundial e para ele chefes de estado chegaram a pedir a execução rápida.

    Condenado pela justiça do seu país a prisão perpetua e por pouco não foi executado.  Sua resposta foi devastadora, o perdão, não o esquecimento. Ele é além de tudo um simbolo dos injustiçados pela direita.

    Acho que todos sabemos quem deveria ser impedido de de homenagea-lo. Eles todo sabem.

     

    1. Pronto! Conforme vc já

      Pronto! Conforme vc já definiu que ele foi injustiçado pela direita, então ele é da federação dos homens bons da esquerda… Daqui a pouco vc vai taxar o Stalin como sendo de direita também…

  7. NELSON MANDELA e a lição da pedagogia estatal por igualdade

        Com o falecimento de MANDELA que não quiz ser uma liderança racial mas um verdadeiro estadista, destaco as principais lições que aprendi com ele: a luta deve ser sempre pela dignidade humana de todos. Não se pode transigir com as convicções mesmo diante do poderio estatal. 

        Na condição de ativista contra o racismo, em 1991 tive a honra de compor o comitê de organização, patrocínio e recepção à visita do Dr. NELSON MANDELA, já com mais de 70 anos, recém liberto e que iniciava um giro internacional denunciando e exigindo o fim do regime de apartação racial na África do Sul.  Participamos do almoço que lhe foi oferecido no Palácio do governo do estado de São Paulo e depois o acompanhamos até a então prefeita de São Paulo, LUIZA ERUNDINA, hoje Deputada Federal pelo PSB/SP, onde, mesmo muito cansado pela viageme atividades, nos brindou com um discurso emocionante, pedindo apoio para restabelecer a dignidade humana na África do Sul, cuja síntese ele repetia e repetia: era a igualdade de todos em face do estado.

        Em 1994, MANDELA foi eleito Presidente e governou até 1999, não aceitando ser candidato à re-eleição embora tivesse mais de 80% dos votos. No exercício da presidencia, num de seus discursos pronunciou uma síntese da única pedagogia estatal contra o  racismo ao consagrar uma lógica que, atualmente, o governo brasileiro em 2013 teima em desconsiderar ao adotar a segregação de direitos em bases raciais.  A lição de MANDELA é a de que ninguém nasce racista. São ensinados pelo estado a serem racistas e merecem ser re-educados pela pedagogia  estatal da igualdade humana.

        Como ativista contra o racismo e contra a pedagogia de direitos raciais segregagos – cotas raciais – essa perversa pedagogia estatal que ensina as pessoas a se odiarem em razão da outorga de direitos segregados, sempre lembro e cito a lição de MANDELA dita no referido discurso: “Ninguém nasce odiando outra pessoa em razão da cor da pele. Eles foram ensinados a odiar. E, se aprenderam, são humanos. Se são humanos, nós podemos lhes ensinar a amar. Podemos lhes ensinar que todos os humanos nascem iguais”

        Em janeiro de 1988, meses antes da celebração do ´Centenário da Abolição´ de escravos no Brasil e ainda no meio dos trabalhos da constituinte que nos outorgou a Constituição Federal em 05/10/1988 em que pela primeira vez conseguimos tipificar o racismo como crime no Brasil, ao lado de outros membros do Conselho da Comunidade Negra do governo de São Paulo, participei de um ato exigindo o fim do sistema de apartação racial na África do Sul e pela libertação de MANDELA que estava preso desde 1963, portanto ia fazer 25 anos de condenado à prisão perpétua: num gesto simbólico de solidariedade exigimos o fechamento do STAND patrocinado pelo governo racista da África do Sul, na ´Feira da Bondade´, no Parque Anhembi em São Paulo. Fato noticiado e repercutido pela imprensa internacional.  http://advivo.com.br/documento/militao-1988-fechamento-do-stand-da-africa-do-sul 

         Com essa atividade política no Brasil, na fase de transição entre a ditadura militar e a democracia que conhecemos com a CF/1988, chocamos a classe média paulista e brasileira que desconhecia – ou não se importava – com o sistema político racista vigente na África do Sul. 

          Com o falecimento de MANDELA saudemos sua vida e suas principais lições: a luta pela dignidade humana de todos. E que não devemos desistir. Nem transacionar com nossas convicções. Mesmo diante do poderio estatal.

               

  8. Cada vez mais as pessoas

    Cada vez mais as pessoas buscam o consenso racional. O dissenso irracional cada vez mais perde espaço. Isso tende a ser cada vez mais uma postura atrasada, de tempos intolerantes. Pessoas como Mandela representam a superação do dissenso irracional, da discórdia, da intolerância. Um pacifista, que representa o que de mais nobre existe na humanidade.

    Isso não significa que a condescendência com a injustiça, com os desmandos, com as arbitrariedades ganhe mais espaço para que o consenso possa racionalmente ser construído. Ao contrário, a luta pela liberdade, pela igualdade, pelos direitos humanos, implica lutar contra tudo que impede a realização do consenso que garante a paz e o bem comum. Luta-se pela paz e pela melhoria da qualidade de vida, isso para todos, sem distinção de sexo, raça ou etnia, classes sociais, valores culturais ou religiosos, posições político-ideológicas. O que se busca é um denominador comum onde os direitos humanos sejam cada mais respeitados e eficazes.

    Mandela acreditava nesse tipo de coisa, que a humanidade ainda não chegou a alcançar em sua plenitude. Mas um dia, com o exemplo que pessoas como ele deixaram, talvez isso se torne uma realidade.

    O fato, infelizmente, é que, como disse Art Spiegelman, autor e ao mesmo tempo personagem de “Maus”, famosa HQ adulta sobre o Holocausto, baseada nas experiências de seu pai em Auschwitz, talvez mais Holocaustos precisem acontecer para que a humanidade tome de vez consciência do ao que leva o discurso do ódio e da intolerância. “Maus”, que eu recentemente reli, é uma experiência bastante pedagógica sobre o que deve ser superado na história da humanidade. Somente tendo contato de fato com os extremos é que certos valores terminam sendo assimilados de forma definitiva. A não ser que a humanidade, que deve existir em cada um, esteja verdadeiramente em baixa. É como analisar o que acontece com uma função, no cálculo diferencial, em seus limites. A assimilação do que deve ser evitado é uma experiência matemática.

    Mandela é, sem dúvida alguma, um ser humano que resulta dessa experiência com os extremos, com as situações limites, existentes na época do Apartheid na África do Sul. Assim como o pai de Spiegelman, cada um a seu modo, com as particularidades, vícios ou virtudes inerentes a cada pessoa, Mandela soube assimilar o que deve realmente importar na trajetória da humanidade.

    Que o seu exemplo continue encorajando mais pessoais a evitarem o dissenso irracional e a procurarem o consenso racional.

  9. Mandela, um gigante, mas humano:

    O maior erro de Mandela foi não ter construído um Estado Bem-estar social na África do Sul. Redução das disparidades não se resolve colocando na lei.

    Hoje é a nação mais desigual do planeta (que há 20 anos disputava o pódio com o Brasil).

    Muito se fala que o 1º mundo apoiou o fim do Apartheid em troca de uma maior abertura comercial.

    Se Mandela tivesse feito um governo socialista, muito provavelmente Lula não seria tão reconhecido e respeitado no mundo, pois o Brasil estaria copiando a África do Sul.

     

    1. Lula tampouco construiu um

      Lula tampouco construiu um estado de Bem Estar Social no Brasil, apesar dos ganhos em termos de combate à desigualdade, muito feito a partir da lei, veja você. Bolsa Família é o maior exemplo disso, dentre outros.

      Mandela não poderia sozinho, por mais capaz que fosse, lidar  com ou resolver uma desigualdade social da magnitude da que foi herdada dos tempos do Apartheid.

      Sua comparação é desproporcional, irrazoável e envereda pela, talvez, mais constrangedora moda entre os lulistas e seus adversários: a surreal disputa entre Lula e Mandela como símbolo internacional da esquerda nos países emergentes. Isso vez ou outra é suscitado, como agora foi, nas entrelinhas do seu comentário.

      Lula pode ter a sua importância histórica, mas há que se ter um pingo de bom senso: Mandela está infinitamente na frente em termos de importância histórica. Isso até mesmo Lula reconhece.

      Mandela é um mito. Viveu uma realidade opressora que Lula jamais conheceu ou conhecerá. Mandela é a obstinação e a superação em pessoa.

      1. Política social no Brasil é só Bolsa-Família???

        Não construiu, tá…sou obrigado a encarnar o Diogo Costa, na verdade quem criou o Estado bem-estar social no Brasil foi a constituinte de 1988, Lula foi quem mais colocou em prática:

        – 10 novas universidades e centenas de campus universitários;

        – Maior número de escolas técnicas profissionalizantes da histórias;

        – Multiplicou os gastos com a educação básica e em tempo integral;

        – Gerou 10 milhões de emprego (índice de desemprego caiu de 12% para 5,8%)

        – Aumentou o salário mínimo de 84 para 300 dólares;

        – Organizou toda a estrutura de serviço ou assistência social (CRAS, CREAS);

        – Minha Casa Minha Vida;

        – Territórios da Cidadania;

        A Dilma deu continuidade ao:

        – Criar milhares de vagas para qualificação profissional atendendo a demanda do desenvolvimento econômico;

        – O Mais Médicos que já se discutia antes, mas ganhou força com as manifestações;

         

         

        1. Apesar de tudo isso, não há estado de bem-estar social

          Até porque não houve nem tempo para isso. O Brasil ainda é um país extremamente desigual e com muita gente pobre, vivendo em condições muito distantes de um cenário de bem-estar social. O IPEA fala em aumento de renda das classes mais baixas, na base da pirâmide. Mas a concentração de renda continua muito, muito alta. Isso depois de 11 anos de governo do PT. É que o gargalo é muito grande para resolver em uma década. E isso não se faz apenas com boa vontade política. É um longo caminho de desenvolvimento pela frente. Os supostos 40 milhões retirados da miséria continuam pobres. Além de que a forma como são analisados os dados ser mera questão de estipular um patamar, dentro de critérios, no mínimo, discutíveis, para não dizer totalmente inválidos. Os supostos 40 milhões fora da miséria não querem dizer, necessariamente, desenvolvimento social e econômico sustentável. E muito menos isso significa estado de bem-estar social.

          A propósito, não disse que era só Bolsa Família. Disse que o Bolsa Família era o maior exemplo de combate à desigualdade por meio da lei, dentre outros. Já vi que você é do tipo que ler o que quer e não o que realmente está escrito.

          De resto, fica muito difícil imaginar o combate à desigualdade, num Estado Democrático de Direito, que não seja implementado também e principalmente por meio da lei. Sua crítica a Mandela, neste ponto, é inválida, não faz qualquer sentido. A lei sempre será um instrumento imprescindível para combater a desigualdade social. Mas claro, será preciso criar as condições para efetivar o que está previsto em lei e isso, bem, isso não depende apenas de mera vontade política.

          Ah, e sua tentativa de fazer Lula maior do que Mandela falhou completamente. Mandela é maior e mais importante do que Lula. Aqui, na África do Sul, em qualquer lugar do planeta e em qualquer época.

  10. Um Herói

    MInhas homenagens a Nelson Mandela. Um dos heróis da humanidade.

    A morte chega inexoravelmente para todos, o que nos lembra

    – independentemente das crenças pessoais a respeito de continuação da existência, alma, espírito, ou o que quer que seja, o que traria uma compensação para os “justos” –

    que mais importante que o período vivido é a forma como foi preenchido esse tempo de vida no planeta.

    A luta justa, o sentido de dignidade, o legado para a posteridade.

    Obrigado Nelson, pelo aprendizado a nós concedido.

  11. Grande Nelson Mandela! deu a

    Grande Nelson Mandela! deu a vida pela liberdade da Africa do Sul. Um ícone combateu bravamente a ditadura racista apoiada pelo ocidente no chamado “Mundo Livre” expressão  que os EUA usavam durante a Guerra Fria.  Terrorista? para o mundo ocidental  e seu jornalismo da época com certeza! para a História um herói!  Aqueles foram anos duros de sangue lágrimas e desespero. Mas valeu o “Terrorista” venceu!

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