Os economistas e a nova realidade política do país

Promovido pelo EESP (Escola da Economia de São Paulo) e pelo IBRE (Instituto Brasileiro de Economia) da Fundação Getúlio Vargas, o Seminário Indústria e Desenvolvimento Produtivo no Brasil juntou especialistas de diversas áreas econômicas para analisar o problema da desindustrialização.

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Nos anos 80 até 1994  a superinflação permitia aos economistas brandir o discurso do “fim do mundo”. De 1994 em diante, a arma letal era lembrar a superinflação e vender a ideia de que, se se desse toda prioridade ao capital, a recompensa seria a bonança eterna.

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Hoje em dia, não há mais fantasmas a serem exorcizados nem utopias a serem vendidas. Tem-se um país com uma sociedade civil robusta, com objetivos claros de melhoria dos serviços públicos e de manutenção de políticas sociais.

Tudo isso obriga a uma nova maneira de se analisar a economia. Qualquer análise que não leve em conta as restrições de ordem política e social perde-se no vazio.

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Ex-Secretário Executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa apresentou o quadro mais realista.

Para melhorar o ambiente econômico, duas grandes reformas seriam no PIS-Cofins e no ICMS. Mas a transição exigiria uma compensação da União da ordem de 0,5% do PIB. Daí a necessidade do próximo governo – seja quem for – produzir superávits recorrentes.

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Barbosa defendeu a política de incentivos produtivos adotados a partir de 2011 – da qual foi um dos artífices.

Houve desonerações como estímulo à demanda, caso do IPI para automóveis e linha branca; para suavização de ajustes de preços, como a CIDE (Contribuições de Intervenção do Domínio Econômico), que incide sobre combustíveis.

Par aquelas voltadas para o investimento – como o BNDES-PSI e o mode automotivo – funcionaram.

Barbosa discorda dos dados que indicam redução do ritmo de investimentos na economia. Os indicadores apresentados são da relação investimentos/PIB em preços correntes: de 18,2% em 2014. Se houver uma redução no custo do investimento, o indicador a preços correntes cai. A preços constantes, houve um aumento de 16% em 2003 para 20,7% do PIB  em 2014.

Mesmo com a desaceleração  do PIB a taxa de investimentos manteve-se a mesma de 2010.

Uma das contraindicações da medida de desoneração da folha eram os impactos sobre a arrecadação do INSS. Em 2013, a receita própria do INSS cresceu apenas 8%. Mas esta ano voltou para a casa de 10,1%

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Um dos desafios dos próximos anos será o de resistir à tentação de utilizar o câmbio para outros propósitos.

Hoje em dia, as reservas cambiais do Banco Central estão em US$ 366,7 bilhões. Se descontar as operações de swap cambial (operações do BC no mercado futuro, que substituem a venda de dólares) o nível de reservas cairia para US$ 277,9 bilhões. Ou seja, bastou a ameaça do final dos estímulos monetários do FED para derrubar as reservas cambiais brasileiras em 25%.

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Para Barbosa, as seguintes metas seriam factíveis para os próximos anos:

  • Superávit fiscal para garantir a redução da dívida interna bruta. Seria algo em torno de 2 a 2,5% do PIB.

  • Apostar na inflação no centro da meta apenas em 2016, para dar tempo para ajustar preços represados.

Luis Nassif

25 Comentários

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  1. Queda da industrialização???

    O Brasil não possui nenhuma industria totalmente produzida aqui!

    Vejo como próximo passo para bombar a indústria automobilistica um programa de renovação da frota de veículos. O Brasil está virando um grande depósito de veículos usados semi-novos.

    1. de onde vc tirou esse disparate?

      A indústria de transformação brasileira ainda é entre a oitava e a nona maior do mundo. E digo ainda de forma retórica, porque as que estão no nosso entorno ou estão diminuindo ou estão ainda muito longe do tamanho da nossa (caso da Indonésia, por exemplo).

      É verdade que ela é em boa parte de controle estrangeiro, mas não exagere: algo como 30% do faturamento. Na indústria como um todo, ou seja, englobando Patrobrás e Vale, esse percentuial cai bastante.

       

  2. Enfim parece que os

    Enfim parece que os economistas estão se desgrudando do mainstream atual e começando a pensar que economia não pode ser conjugada separadamente da política e do social.

  3. Ribeirianas

    O FUTURO CHEGOU

    Domenico De Masi apresenta a sociedade brasileira como modelo para o mundo

    Cauê Marques | Brasil Post | 24/05/2014

    E se alguém te dissesse que o Brasil é, sim, um modelo a ser seguido por todo o mundo? Pois esta é a leitura que o sociólogo italiano Domenico De Masi faz do nosso país em seu novo livro, O Futuro Chegou.

    Domenico, que é o sociólogo e professor da Universidade La Sapienza, em Roma, esteve por aqui durante esta semana para a divulgação de sua nova obra (que sai pela Editora Casa da Palavra/Quitanda Cultural e tem 768 páginas). Diferente do best-seller que o deixou mundialmente famoso – O Ócio Criativo – no novo livro ele faz um ensaio em que defende que, mesmo com o progressivo aumento de países democráticos e a difusão de informação e educação, o mundo se sente preso entre a desorientação e o medo. Para esta análise, estuda 15 modelos diferentes de sociedade.

    Entre esses “tipos” de sociedade, no entanto, a brasileira ganha destaque na leitura de De Masi porque, para o autor, nosso modelo é o futuro, algo que deveria ser divulgado e estudado por outros países, inclusive os chamados “de Primeiro Mundo”. Não faltam motivos para o autor defender a ideia.

     

    “O Brasil democrático de hoje demonstra que o seu futuro chegou, e não só pelo fato de ter um alto percentual de população jovem, mas também porque é uma das poucas democracias do planeta cujo PIB cresce há trinta anos, cujas distâncias sociais diminuem, a qualidade de vida melhora e a alternância no poder é assegurada por eleições democráticas regulares. É o único grande país que não trava guerras com nenhum outro nem quer dominar nenhuma nação. É a única economia na qual, por oito anos, um presidente sociólogo incrementou a riqueza nacional e por outros oito anos um presidente sindicalista tratou de redistribuí-la.”

     

    Domenico, costurando leituras de alguns autores clássicos de nossa produção literária – Darcy Ribeiro, Caio Prado Jr., Sérgio Buarque e Gilberto Freyre são nomes comuns no livro – entende que o modelo brasileiro de sociedade que deve ser proposto para o resto do mundo é baseado na nossa miscigenação cultural, sincretismo religioso e a maneira pacífica – porém consistente – com que costumamos resolver os nossos problemas.

     

    “A minha tese é que as contínuas experiências de rebeliões espontâneas, a histórica ausência de guerras civis ou de revoluções internas propriamente ditas ou de guerras externas tenham determinado no povo brasileiro uma disposição para modificar a história, para desafogar a tensão e a raiva, para contestar o poder não por meio da luta armada, mas sim dos movimentos de massa.”

     

    Conversando com o Brasil Post o italiano fala que a ideia do livro apareceu em 2012: “Tive a ideia durante um seminário aqui no Brasil e me aprofundei nas leituras e no trabalho do livro até dezembro do último ano”.

    Para De Masi, a palavra “crise”, que aparece em alguns momentos do livro, é algo que “diz respeito a um mal breve e curável”. Entretanto é enfático a respeito do atual momento social em que vivemos: “não é uma crise passageira, mas uma redistribuição mundial da riqueza que não permite mais que os países ricos roubem os pobres.”

    O italiano explica que o Brasil tem um lugar especial no livro porque “oferece um modelo que não é perfeito – considerando a corrupção, a distância entre ricos e pobres, o analfabetismo – mas que, todavia, apresenta aspectos de grande vitalidade e humanidade”.

    Em entrevista, De Masi deixa claro seu ponto de vista sobre o tal “modelo brasileiro”: entre (os muitos) erros e (alguns importantes) acertos, nós conseguimos sintetizar um modelo de sociedade que, diferente do que pensa o senso comum, é dotado de muita fibra.

    Brasil Post: O senhor cita que um dos aspectos mais admiráveis do povo brasileiro é o fato de que somos um povo pacífico. Isso incomoda muitos brasileiros e foi contestado em 2013, quando tivemos manifestações por todo o país. Para o senhor, um país civilizado e pacífico é necessariamente um país que caminha para a felicidade?

    Domenico De Masi: Veja: o povo brasileiro contém dezenas de etnias. Não está livre do racismo, mas o racismo brasileiro é certamente mais brando do que o americano ou o muçulmano. Os países eslavos sofreram por séculos uma guerra fratricida entre suas quatro ou cinco etnias. Cada país da Europa fez guerras de dez, 30, 100 anos contra seus países vizinhos. Itália, Áustria e Alemanha provocaram duas guerras mundiais. O Brasil tem fronteira com dez países e só fez uma guerra, contra o Paraguai. Ser pacífico não significa estar disponível à escravatura e à violência do poder. Os movimentos sociais do último ano não são contrários à vocação pacífica do povo brasileiro: são apenas uma rebelião justa contra a corrupção e contra a violência do poder. Em tantos meses de luta urbana do proletariado e da pequena burguesia brasileira contra a alta burguesia não deixou um morto sequer. Por outro lado, ao fim do século 17, a burguesia estava no poder na França, e lá guilhotinaram 23 mil aristocratas e opositores.

    Brasil Post: O senhor cita que o nosso modelo precisa ser mais conceitualizado e explicitado, além de oferecido para fora do país. O que nos falta para isto? Esta é uma falha da nossa classe intelectual?

    Domenico De Masi: Sim, é uma “falha da classe intelectual”. Mas não depende da incapacidade ou da preguiça. Depende da falta de autoestima. Os intelectuais brasileiros – que estão entre os melhores intelectuais do mundo – não se sentem suficientemente portadores de uma cultura extraordinária, que pode ser modelo para todo mundo.

    Brasil Post: O senhor cita que nós somos um dos países que mais aproximou classes econômicas diferentes. Estamos em ano de eleição e isto é contestado por muitos, inclusive candidatos que são contra o governo atual. No seu entendimento, nossa caminhada por uma equidade de classes tem maior vínculo com políticas governamentais ou isso está conectado, de alguma forma, à índole do brasileiro?

    Domenico De Masi: Em todos os países ricos, a distância entre a classe hegemônica e a classe subalterna tem aumentado. Em todos os países ricos, a classe média está sendo proletariada. No Brasil, ao invés disso, muitos subproletários estão virando proletários, muitos proletários estão virando classe C. Isso foi demonstrado em estatísticas e em movimentos sociais. Se tantos proletários e subproletários não virassem classe C, não teriam dado vida às grandes contestações que aconteceram no Brasil de um ano para cá.

    Brasil Post: O senhor utiliza exemplos de nossa literatura e música para explicar porque nosso modelo pode ser uma alternativa viável. Isto não pode ser interpretado como uma maneira infantil de compreender nossa realidade?

    Domenico De Masi: No capítulo sobre o Brasil do livro O Futuro Chegou utilizo muitos dados demográficos, econômicos e políticos. Mas o meu livro se ocupa dos “modelos sociais” e a cultura faz parte integrante desses modelos. O modelo de vida necessário para eliminar a desorientação e o medo que hoje afetam a sociedade pós-industrial não podem menosprezar a cultura, que não representa o lado infantil, mas o lado mais maduro de uma sociedade.

    Brasil Post: Pelo que o senhor leu e conhece de nosso país, nos falta conhecer a nossa própria literatura?

    Domenico De Masi: Acredito que os brasileiros conhecem pouco da história, da vida e da arte dos índios, a quem devem muito mais do que devem à Europa e aos EUA.

    Brasil Post: O senhor cita três dos principais intelectuais brasileiros que se propuseram a explicar a sociedade brasileira – Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Hollanda e Darcy Ribeiro. Falta uma literatura ou um intelectual que explique os tempos atuais? A sua proposta no último capítulo do livro segue nesta direção?

    Domenico De Masi: Eu escrevi meu livro não apenas para os leitores brasileiros, mas também para os leitores italianos e para o resto do mundo. Interessava-me contribuir para fora do Brasil o conhecimento dos maiores intelectuais brasileiros. Mas no meu livro, além de Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda e Darcy Ribeiro, cito outros nomes. Leio sempre com grande atenção e admiração o que escrevem os intelectuais de extraordinária inteligência, como Fernando Henrique Cardoso, Cristóvam Buarque e tantos outros. Uma particularidade dos grandes intelectuais brasileiros é que, à diferença dos intelectuais estrangeiros, quase todos fizeram uma militância política ativa.

    Brasil Post: Como escreveu Gilberto Freyre, a sociedade brasileira foi concebida através de construções sociais e familiares ligadas ao patriarcado. Nossos avanços sociais recentes tem alguma conexão com o (mínimo) papel que a mulher ganhou em nosso país? Qual o peso simbólico de termos uma presidente mulher?

    Domenico De Masi: No Brasil, como explico também no meu livro, a mulher sempre teve um papel muito mais importante que na Europa e nos Estados Unidos também porque, por muitos séculos, no Brasil as mulheres sempre foram percentualmente menos numerosas do que os homens. Além disso, contra as mulheres brasileiras não houve uma repressão social que na Europa condenou as mulheres a uma sociabilidade perene. Não pode se deixar de lado o significado, não apenas simbólico, do fato de que Dilma é uma presidenta enquanto na Itália, França, Alemanha e nos EUA, por exemplo, nunca houve uma mulher chefe de estado.

    Brasil Post: Se, como explica Sérgio Buarque, nossa evolução urbana não está ligada à ideia do “ladrilhador”, como o senhor entende que as cidades brasileiras podem ser modificadas agora? O Modelo Brasileiro, que o senhor cita guarda um espaço para que nossas cidades possam se planejar? Nosso passado rodoviarista e segregador pode dar espaço para cidades que deem mais atenção ao espaço público?

    Domenico De Masi: Sobre o perfil urbanístico de uma cidade como São Paulo, por exemplo, há os verdadeiros e próprios monstros urbanos onde a vida dos cidadãos é transformada em um inferno cotidiano. Hoje é dificílimo planificar uma estrutura imensa como esta, criada sem um plano racional. O único remédio para uma cidade como São Paulo seria uma cura intensiva do trabalho à distância, o que pode reduzir o deslocamento físico, inútil com as modernas tecnologias de informação. Não é mais necessário mudar os cidadãos de lugar mas basta mudar o trabalho intelectual – que representa 70% das tarefas – de onde estão os trabalhadores. Toda a vida urbana do Brasil é um grande manicômio. É absurdo que cidadãos de São Paulo e do Rio se desloquem entre essas duas metrópoles de avião, viajando de modo incômodo e poluindo, enquanto com um trem moderno e cômodo poderiam cobrir a distância em duas horas, poupando tempo, dinheiro e poluição.

    Domenico De Masi

    http://www.brasilpost.com.br/2014/05/19/entrevista-novo-livro-dom_n_5352194.html

    1. Conto do senhor para os escravos

      Dose de pessimismo, para manter a taxa de pessimismo individualista alta e a dominação da população garantida.

      O poder que nos domina é assim mesmo, profissional.

      Não dão ponto sem nó.

      Trouxa de quem acredita que será diferente sem uma revolução.

      É Lampeduza na veia. muda tudo para ficar tudo como está.

      Acorda, Dilma!

  4. O problema é que todo mundo

    O problema é que todo mundo quer fazer o omelete sem precisar quebrar ovos.

    O nosso caótico e disfuncional sistema tributário é o exemplo mais perfeito e acabado desta pantomina.

    O Código Tributário de 66 foi elaborado com o objetivo que todos conhecemos: concentrar renda, ou melhor, “fazer o bolo crescer”, igual Delfim Netto dizia, para posteriormente as migalhas acabarem sendo repartidas com o resto da população.

    Assim, impostos diretos, incidentes sobre a renda e patrimônio dos contribuintes, que podem ser manejados para implicar maior justiça tributária (vide o IPTU proposto pelo Haddad em SP), foram deixados de lado.

    O protagonismo mesmo veio com os indiretos, incidentes sobre o consumo e a produção, implicando nessa ampla miríade de tributos sobre o setor produtivo e encarecendo sobremaneira o custo de vida da população, principalmente a mais pobre.

    Quando Afif vem falar de “Impostômetro”, fala a verdade, mas uma verdade relativa. Os impostos sobre os produtos estão realmente em patamares insuportáveis, mas esquece de dizer que eles são necessários para compensar a ridícula taxação da fortuna e dos altos salários e rendimentos.

    Como podemos bem ver, o bolo cresceu, mas seus pedaços ainda não foram repartidos. Mesmo assim, governos, economistas do establishment (tal qual Nelson Barbosa, que faz suas formulações com base na “realpolitik”), entram nesse jogo esquizofrênico de meias verdades que no final não passarão de penduricalhos, vide desonerações fiscais dos últimos anos.

    Eu fico pensando se na Fundação Getúlio Vargas, think tank de matriz ortodoxa, leram o “Capital in the 21st Century”, de Thomas Piketty. Ele defende cobrar imposto de alíquota de 80% sobre o 1% mais rico dos EEUU (http://www.theguardian.com/commentisfree/2013/oct/24/1percent-pay-tax-rate-80percent). Imagina o que diria sobre o 0,00000001% dos brasileiros que todo ano frequentam as listas da Forbes?

    E não precisamos nem chegar muito longe. Temos nosso “Piketty” aqui, o professor da Unicamp Márcio Pochmann, que há muito tempo fala sobre a injustiça do nosso sistema tributário, até já fez um estudo sobre onde se localiza a turma da bufunfa (Atlas da exclusão social – os ricos no Brasil).

    Então, de novo, como fazer o omelete sem quebrar os ovos?

    1. Voce tem razão, mas, por

      Voce tem razão, mas, por outro lado, não é tão fácil taxar diretamente renda e patrimonio. A eficiência de arrecadação cairia muito. Além de que aprovar esta alteração em impostos não seria nada fácil. Considero a proposta do Barbosa melhor. Acrescentaria ainda um imposto sobre movimentação financeira, de altíssima eficiencia arrecadatória e baixíssimo custo.

  5. Bicicletas elétricas brasileiras

    O Brasil vai estar no caminho certo quando produzir bicicletas elétricas.

    Hoje é esta masturbação mental que não leva a nada de útil, produtivo, inovador, recompensante ou mesmo divertido.

    Acorda, Dilma!

  6. pois é, mas sem câmbio

    o problema é que a equação olhando o equilíbrio macroeconômico de curto prazo – e olha que superávit de 2,5% não é fácil! – é compatível apenas com a mediocridade a longo prazo. Vale dizer, serve para o país continuar crescendo entre 2 e 3% ao ano, mas não serve para que, em um futuro visível, possamos alcançar países com nível de renda compatível com os padrões civilizatórios ocidentais – algo como o que se tem em Portugal, Espanha e Polônia. 

    Para isso, é preciso não apenas manter, mas retornar o câmbio a um padrão competitivo – algo como R$ 3, atualmente. Sem isso, o investimento continuará a depender de elevado subsídio e a grande parte do aumento de salário e de oferta de bens públicos vai beneficiar o PIB da China, da Alemanha e dos EUA. 

     Um aumento da atratividade da produção industrial interna, em oposição, cria emprego de bom nível – não de garçonete, manicure e motoboy – acelera o progresso tecnológico (a propensão a inovar na indústria é várias vezes maior que nos serviçso e na agropecuária, aqui e alhures) e o investimento em máquinas e equioamentos.

    Valei dizer: sem uma agenda de reindustrialização firme, pode-se resolver o curto prazo, mas o dilema é como fazê-lo retomando uma perspectiva promissora para o longo prazo. 

    1. E A DÍVIDA EXTERNA PRIVADA?

      Embora não lide com economia, sou advogado e contador,

      Porém, devo observar que, segundo informações noticiadas pela G1 Economia, “Do total da dívida externa brasileira no fim de 2013, US$ 66,3 bilhões eram do governo, US$ 4,44 bilhões do BC, US$ 130 bilhões dos bancos e US$ 110 bilhões de outros atores do setor privado.”

      Qualquer aumento no câmbio, de forma a desvalorizar o real e aumentar o valor do dólar, para o governo, não teria qualquer problemas, pois tem lá, pelo menos, uma reserva líquida ( retirada as operações do swap cambial, jogando a amortização e juros para o futuro ) ainda tem lá 277 bilhões de dólares  e uma dívida de aproximadamente 70 bilhões ( segundo é claro as informações ao final de 2013). Para o governo que tem um saldo de 200 bilhões de dólares está tudo bem, pois se o dólar valorizar, estará ganhando pela valorização da moeda.

      Porém, os bancos e as empresas brasileiras devem, em dólares, o que é assustador, 240 bilhões, hoje  com o dólar a R$ 2,2 reais aproximadamente,  estariam devendo 528 bilhões de reais. Já é muito. 

      Se para o governo o clima é tranquilo, para os bancos e empresas é tenebroso. Um dólar a 3 reais, como você propõe equivale a dizer que as empresas que devem 240 bilhões em dólares, passaram a dever 729 bilhões em reais.

      Salve-se quem puder.

      Não é pelo combate da inflação que o BC busca segurar o valor do dólar. Se o dólar valoriza, não temos aí nenhuma diminuição da inflação pois é pífia sua consequência no crédito, que hoje está farto. A questão é mais profunda, portanto. Com a luta diária do BC em segurar o valor do dólar está protegendo, na verdade, os bancos e empresas brasileiras que devem em dólares, evitando-lhes um prejuízo medonho.

      Há muito que coloco estes aspectos na mesa, mas nunca vi nenhum economista ou comentarista no ramo discuti–las ou respondê-las.

      A questão ainda é mais assustadora quando se vê que todo o nosso crescimento vem sendo suportado por créditos de bancos brasileiros – dinheiro emprestado no exterior com juros baratos –  mas em dólar. E as empresas brasileiras que devem em dólar se começarem a terem uma valorização desta moeda terá grandes dificuldades para honrar seus pagamentos. Estou certo?

      Ainda, para deixar a gente sem sono, devemos lembrar que há empresas multinacionais, com filias por aqui, que devem às suas sedes no exterior, o equivalente,  segundo informação do BC,  basta acessá-lo,  mais de 100 bilhões de dólares.

      E elas possuem milhares de empregados por aqui.

      Temos que refletir muito sobre isto.

      É certo que a desvalorização do dólar pode nos levar a melhoria de nossa competitividade. Mas será que aguentaremos, por outro lado, jogar a dívida para o futuro? E se o valor dos juros do Tio Sam aumentarem muito?

      Estas indagações gostaria muito de vê-las discutidas e respondidas.

    2. dívida externa privada

      É aí que está a diferença entre política e a não-política.

      Se o déficit em conta corrente, e por conseguinte a taxa de câmbio, for deixada na situação atual, tende a se apreciar e a dívida externa privada aumenta até que o ajuste venha repentino e descontrolado, havendo até uma depreciação além do necessário (overshooting). Empresas vão à lona.

      Se a autoridade, por outro lado, passar a um ajuste administrado, a previsibilidade aumenta, e as empresas tem a possibilidade de reduzir sua dívida em dólar, se necessário até com apoio do BC. Pode trocá-la por dívida em reais ou ir reduzindo seu endividamento.

  7. ajuste fiscal

    gentilhomme foi na mosca.

    Notem que, para se chegar ao superávit de 2,5% do PIB, o setor público, que hoje tem déficit de uns 3 ou 4%, teria de fazer um ajuste de uns 5,5% a 6,5%! Dado o nosso PIB em torno R$ 4 tri, isso equivale a algo como R$ 250 bi. (corrijam-me nos números se estiverem errados)

    Adicionalmente, não há porque se supor que a sociedade aceite um aumento da carga tributária, que hoje está em 35% do PIB (vide o último caso do IPTU em São Paulo, cuja destinação era sem dúvida justa). Portanto, candidatos para cortar gastos? Educação, Saúde, Transportes? Esses cortes eu também duvido que a sociedade aceite, dado as manifestações recentes. Pois é… acho que a redução da taxa de juros (Selic), hoje ainda pornográfica, vai estar cada dia mais na ordem do dia. Será ainda necessária uma dose generosa de rebolado por parte do governo que vier.

    1. Ajuste fiscal é…

      Demitir urgentemente em todos os níveis (federal, estadual e municipal), 1/5 dos servidores públicos que não fazem nada, são cabides de emprego e acabam com os novos servidores.

      Demitir é fácil, basta querer.

      1. ajuste fiscal

        Discordo.

        Você pode fazer ajuste cortando onde realmente interessa. A primeira conta em que sobra gasto no Brasil é JUROS. É prioritariamente daí que o dinheiro tem de sair para viabilizar um alívio da carga tributária e a depreciação da taxa de câmbio para um patarmar competitivo.

        Não significa que não haja espaço para melhorias nas outras áreas, mas nada desse radicalismo demissionário que é puramente ideológico.

    2. Tucano pode, petista, não. Tucano Phode, petista é phodido.

      Peraí, Shekarchi, você se esqueceu do fator “mídia” na influência da Política Econômica. Veja, Kassab aumentou o IPTU de SP com a aprovação da lei de revisão dos valores dos imóveis quadrienalmente. Parecia correto, aprovaram, mas não vi retorno no modo de governar a cidade. Haddad tentou seguir a lei aprovada por Kassab, de revisão dos valores do IPTU. Mas como ele era do PT, dançou. A FIESP foi contra, o TJ-SP reagiu, Barbosa, o Carcereiro-Mór da República, confirmou: não haverá aumento de IPTU em São Paulo. Tanto escândalo para um aumento de VINTE REAIS mensais no meu IPTU. Em Janeiro de 2005, quando tomou posse, Serra aumentou a tarifa de ônibus em 17%. Nenhuma reação. Nem saiu nos jornais. Muita gente foi pega de surpresa. No ano seguinte, Serra deu mais uma paulada, foi de 15% (arredondamentos para baixo). Nenhum coxinha suspirou. Haddad, o novo Cristo da cidade, tomou posse, esperou alguns meses a inflação se acalmar e mandou 7,5%. A reação foi tão violenta, que Dilma quase caiu. Mas nas manifestações, não havia ninguém que andasse de ônibus. Se não considerar o efeito político-midiático, não haverá análise que resista.

  8. A economia já foi política…

     e depois , a razão  , baseando-se nela mesma, julgando ser possível o cogito erga sum,  impulsiona o “pensamento” econômico  a fim de   mudar o objeto de estudo   para:  recursos escassos versus necessidades ilimitadas etc,

    Como resultante dessa  “iluminação” toda, chega-se  a um “pensamento” econômico” mais ou menos assim:

    Um  papo muitíssimo  furado de que algumas curvas muito indiferentes  em conjunto com  outras , sobretudo, uma que tem o dom de  transformar  e provar  a existência de “deus”, isto e, a existência do deus  “custo de oportunidade”, numa relação de condutas humanas quaisquer , indo por ai,  até o “longo prazo”.

    Ah! Antes que eu me esqueça, quanto à moeda, não se preocuopem,  essa é ouro. E não se preocupem também  pois o  ouro a gente consegue  nas “minas gerais”, por exemplo.  Afinal, natureza é natureza, recurso é recurso,  terra é terra, trabalho é trabalho, ouro é  ouro, índio é índio, negro é negro, escravo é escravo, chinês é chinês,  etc é etc.  O importante é sabermos combinar estes “fatores” , com  muita produtividade e mérito  para produzir e  produzir a fim de alcançarmos  o bem-estar “de todos” e consequentemente, a “felicidade” , isto é, a produção e o consumo  para  em seguida, alcançarmos mais produção e consumo,  e assim sucessivamente, vivendo  felizes para sempre( no longo prazo).

    Todavia, tudo nos leva a crer que não é bem assim.

    Vendo que não dá para adorar aquele “deus” do universo,  natural, atemporal , entre outras baboseiras, os “economistas”  de escol de então,  tratam de encontrar um outro nome forte para trarar do “social”,( consequência)  dando a entender que até então o social não fazia parte do “objeto de estudo”. 

    Daí,  o pensamento econômico, se evolui mas, paradoxalmente,  volta ao picles do passado em busca da terra “natural de robson cruzoé, numa espécia de  “psicologia” natural arrojada, tudo com base no princípio da subsidiariedade.  Mas…

    Daí, o pensamento econômico  encampa a  chatice da “irracionalidade” social , isto é, ter de   aturar um  estado intrometido, chato, burocrático, irracional,  que deveria , isso sim, era   botar  bandido na  cadeia, manter a ordem, autorizar o uso de armas de fogo para  garantir o positivo  progresso.   Mas…

    Logo em seguinda,  conclui  de forma brilhante que não há almoço gratis”. Portanto, deixem que o Deus dos Deuses, o senhor  do universo, resolva o “pobrema” econômico. Estamos falando dele, o máximo, o grande,  o gladiador dos gladiadores, o senhor Mercado! Clap, clap, clap, plec!

    Ressalta-se que não é aconselhável  tratá-lo de  “sua majestade” nem  de “sua santidade”, pois corre-se o temendo risco  de igualá-lo à reis e rainhas( nem morta! absolutismo de novo não) ou ao  papado( nem morta! preferimos, eticamente, “protestar”). Portanto, Senhor gladiador! Eis o melhor tratamento!

     

    Afora as brincadediras, pergunta-se aos economistas: há quantas  andam  o estudo de macroeconômia?

    Agora quanto a esse desafio para os próximos anos de não se utilizar do câmbio para outros propósitos, na verdade, é um desafio antigo. Coisa que um Gatt da vida e uma OMC da vida,  esta no uso daquele,  prega(m)  mas , no fundo, não consegue(m) resolver. Melhor assumir que não resolve mesmo. Trata-se de mais uma das falácias no  meio “econômico-pseudo jurídico e institucional do  “mundo” ,dito,  civilizado.

    Todavia, essa premissa fajuta serve para defender ao menos uma tese:  A de que o   Papai noel realmente  existe e não é “deus” , mas sim, um representante comercial.

    Quanto ao papo furado de “reservas cambiais do brasil” na ordem de $360 bi, data maxima venia,  mas tudo nos leva a crer que é mais um papo, furadíssimo à moda brasileira. E a furada já começa a ser demonstrada logo em seguida com as tais “metas” de superávit fiscal para reduzir a dívida interna e controle de inflação.

    Seria bom analisarmos com muita calma o que  realmente interessa: De um lado, a manutenção de “reservas” na ordem de 360 bi  a uma rentabilidade de zero vírgula qualquer coisa. Do outro lado,  a dívida interna, que não é interna coisa nenhuma, dada a “globalização”, – neo  mercantilismo – que adora falar de tomate,  inflação, política monetária e  aumento da selic.

     E de um outro  lado (terceiro excluído)  só hoje, isso mesmo, só hoje, dia 27/05/2014, presume-se que será gasta uma  pequena importância de 1,5 ou 2 bilhoes de “verdes” somente para o pagamento do tal  serviço da dívida.

    Serviço esse  herdado e nada público,  devidamente garantido pela LEI DE RESPONSABILIDADE DA GESTÃO FISCAL.

    Enfim, com o bom e devido respeito, creio que esse  papo furado de política econômica  já era. Basta.

    Por tudo isso e por mais coisas ainda não ditas,  viva a economia política. Abaixo a política econômica!   

    Saudações

     

  9. Há uns três anos entrevistei

    Há uns três anos entrevistei Domenico de Masi em Belo Horizonte para a revista do Sebrae-MG. Entre outras coisas, ele disse ter visitado Oscar Niemeyer e criticado o conjunto do novo Centro Administrativo do Governo de Minas Gerais, de autoria de Niemeyer. Lá o governo de Minas enterrou mais de R$ 1 bilhão a pretexto de acabar com as deseconomias por ter a administração espalhada por vários edifícios na cidade. O governo pensou que tê-la num só lugar  acabaria com os custos de locomoção, comunicação e outros entre as secretarias, autarquias e empresas. A economia assim proporcionada pagaria, em poucos anos, todo o investimento. “O que o governo deveria fazer é colocar todo mundo que possível trabalhando em casa ao invés de juntá-los todos em um único lugar. Esta é uma solução boa para antes do ano 2000 e não para 2010. Ou seja, o governo continua pensando como no século passado”, disse-me de Masi. 

    Oscar, amigo dele, acatou a crítica. Mas o mal já estava feito.

    1. Entendendo mesmo não concordando

      Em termos arquitetônicos a Cidade Administrativa ficou ‘show de bola’.

      Quase tudo conspira contra ela: custos, distância, trânsito, politicagem, etc, etc.

      Apesar de estar, provavelmente, equivocado, ouso perguntar: como fazer a mágica para colocar todo o quadro funcional trabalhando em casa, sem uma mudança radical na cultura/postura/responsabilidade/rendimento do trabalho/etc dos responsáveis para administrar e dos executantes das tarefas diárias?

      Pense, especificamente, em programadores e analistas de sistemas atuando sem a orientação e a ‘marcação em cima’ para não atrasarem a entrega do que é prometido.

      De Biasi está antenado, mas o que ele está reclamando não é novidade.

      Vamos chegar lá… um dia

      1. O custo da cidade administrativa é maior que os alugueis

        Informação me passada por um funcionário que trabalha na Cidade Administrativa: o custo de manutenção da cidade administrativa é superior ao valor pago anteriormente em todos os aluguéis de prédios para o governo de MInas.

        E porque foi feita então? Porque é uma obra de Niemeyer bem no caminho do aeroporto bem a vista de todos. É pura propaganda como tudo do Aécio Mauricinho Cheirador Filhinho de Papai.

      2. Como financiar campanha do Aécio.

        No máximo, juntar os diferentes setores da Adminstração por meio de vídeo conferência e os prédios, por fibra ótica. O desenho do novo centro administrativo é lindo, mas a execução, péssima. Já há rachaduras nas paredes, fica no fim do mundo, provocou um aumento descarado nos preços dos imóveis da Zona Norte de BH, mas o custo de um bilhão é uma bela poupança para futuras eleições, principalmente agora, que a “renda” do helicóptero foi furada pela intervenção da PF. Alguns serviços internos, é verdade, poderiam ser feitos em casa, com frequência do funcionário de uma vez por semana, senão, haja servidores fantasmas!

  10. Tudo isso obriga a uma nova maneira de analisar a economia.

    “Tudo isso obriga a uma nova maneira de se analisar a economia. Qualquer análise que não leve em conta as restrições de ordem política e social perde-se no vazio.”

    Os economistas, movidos por avareza,  precisam parar de seguir com suas práticas libertinas, trazendo dissimuladamente tenebrosas deformidades à soberania nacional.

    Eles somente se manisfestam como brutros, para presa e destruição. Até mesmo as reservas estrangeiras, que deveriam estar sendo preservadas para juízo de suas mistificações, estão sendo entregues aos especuladores pelos swaps que o BACEN faz diariamente sem a menor necessidade, enquanto o mercado financeiro banqueteia com o prémio da injustiça social.

    Filhos malditos da subtração do mundo, os vencidos por outro sistema de fim se tornam escravos, por meio dele.

    Até quando querem ficar traindo a pátria como homens insensatos?… Pois o país sem o próprio fim do sistema de valor da obra, como uma coisa só com a sociedade, é inoperante.

    Por que supor que o problema de modo do governo é tributário e não de fim?

    Não fosse as consequencias do fim-nanciamento (outro sistema que não o da sociedade), o país não precisaria cobrar impostos da sociedade para pagar o aluguel do sistema social emprestado.

    O que os economistas precisam discutir é se o Estado quer ou não o poder, a priori, de fundar o dinheiro, em si mesmo, para distribuição ao povo das riquezas do país.

    Se o governo quiser realmente acabar com a necessidade de impostos para população pagar o sistema fora; e resolver fazer o fundamento social, basta que a adição de dinheiro novo seja igual ao apurado no crescimento da produção. 

  11. “Hoje em dia, não há mais

    “Hoje em dia, não há mais fantasmas a serem exorcizados nem utopias a serem vendidas. Tem-se um país com uma sociedade civil robusta, com objetivos claros de melhoria dos serviços públicos e de manutenção de políticas sociais.”

    Mas os tais economistas de “mercado” continuam com essa de “fim do mundo” e de favor e mais favor pro estamento financeiro.

    Ou seja, economia é só um diploma pra esse pessoal. O que eles sabem é comprar barato e vender caro; e só. E ainda se metem a querer pautar a polítiica com teses adolescentes e acertos de contas com o DCE.

    O pior é que conseguem relações públicas pra falar a mesma ladainha o dia todo todo dia para milhões de pessoas…

  12. “Se houver uma redução no

    “Se houver uma redução no custo do investimento, o indicador a preços correntes cai.”

    Essa foi uma das maiores maluquices que já escutei nos últimos tempos, e mostra com clareza solar como esse país tem perdido o rumo econômico, obséquio destas mentes incrivelmente exóticas que lamentavelmente tem ou tiveram poder discricionário sobre os rumos econômicos do país. Coisa de país de 4o. mundo mesmo.

    Não basta mais que fazer um simples exercício de bom senso para verificar o absurdo de tal declaração.

    1. crítica ácida. mas qual a base econômica ou matemática?

      Edmilson, você foi muito direto na crítica, mas não apresentou nenhum argumento contra. Explique-se, meu velho, ou você tem razão ou está tucaneando. É óbvio, alguns cálculos matemáticos são requeridos. E lembre-se, Economia não é ciência exata. Se fosse, aumento x na taxa SELIC por y meses reduziria a inflação em z por cento.

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