Para entender a escassez de água, uma discussão

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Jornal GGN – A Fapesp trouxe, em sua edição de dezembro, uma reportagem especial sobre a escassez de água, ou o que é necessário para se entender esta escassez. Na edição digital, a Fundação disponibilizou dois vídeos com reportagens explicativas que ajudam a entender a importância da Floresta Amazônia e sua influência na falta de chuvas do sudeste, bem como a gestão por trás do crise hídrica. Mas não é definitivo, é somente uma ajuda para entender parte de um problema complexo. Veja a seguir.

da Revista Pesquisa Fapesp

Para entender a escassez de água

De onde vem a água que chega às torneiras das cidades no Sudeste brasileiro? O que explica a escassez que causou alarme nos últimos meses? Sem a possibilidade de chegar a uma resposta simples, o assunto foi tratado na reportagem de capa da edição de dezembro de Pesquisa FAPESP. E não cabe num único vídeo, nem se esgota nos dois realizados por nossa equipe audiovisual.

Perguntamos ao pesquisador Antonio Donato Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), sobre a importância da Amazônia na formação de rios voadores que levam água para regiões distantes do Brasil e nos países vizinhos. O que ele contou, na conversa no Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP), é essencial para as reflexões da engenheira Monica Porto, da Escola Politécnica da USP, sobre a importância da chuva para abastecer os mananciais paulistas. Uma seleção dessas conversas está no vídeo acima.

No subsolo está também uma riqueza hídrica que precisa ser bem cuidada e cujo uso pode ser ampliado, explicou o geólogo Reginaldo Bertolo, do Instituto de Geociências da USP. No vídeo abaixo sua fala dialoga com a de Monica Porto, deixando claro que as diferenças entre engenheiros e geólogos são indícios de conhecimentos complementares que precisam ser somados para a boa gestão de recursos hídricos.

Todas as entrevistas foram realizadas em novembro de 2014.

https://www.youtube.com/watch?v=lyp83uYdtbk height:395]

[video:https://www.youtube.com/watch?v=s6ecEoBhCRQ height:395

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

7 Comentários

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  1. Me permitindo um pitaco.

    Não sabemos como a natureza irá se comportar ante esta ou aquela mudança. Não há função conhecida. De repente em algum local em algum momento ouve uma alteração equivalente a um ponto de inflexão e a derivada mudou. Pode voltar? Claro. Mas o tempo físico não é o tempo dos homens. Torço par aque o que vem ocorreno seja temporário ou cíclicom caso contrário iremos comer o pão que o diabo amassou.

    A propósito, já que toucou-se na Amazônia; conhecido meu, pescador recentemente comentou que há algum tempo, ao ir pescar em Alta Floresta, no máximo dois minutos de vôo de área desmaada. Ano passado o tempo não se contava mais.

  2. Comentário.

    Segundo me consta, a Amazônia passou do limite da autossustentação, ou seja, a natureza não repõe mais aquilo que foi retirado e explorado (é esta a palavra).

    Essa história de que a Natureza é imprevisível serve como desculpa pra tudo. Falar de homeostase na Natureza chega a ser segredo no fundo da gaveta.

    Hybris, já diziam os gregos sobre alguns homens, hybris.

  3. Incompetencia pura!

    SP capital vive uma crise porque a política sobrepujou a razão, a lógica e a administração responsável. Simples assim. Desde que o mundo é mundo existem periodos de estiagem. A cidade de SP não vai deixar de crescer e as engenharia e hidrogeologia brasileiras dão conta do recado. Somem 1 + 1 para saber onde está o problema.

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