Reforma ministerial e EUA ajudam bolsa a subir 3,80%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

Jornal GGN – Depois de começar as operações em baixa, a bolsa inverteu a tendência e encerrou a sexta-feira com ganhos consistentes: o Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) fechou em alta de 3,80%, aos 47.033 pontos e com um volume negociado de R$ 6,517 bilhões. Este foi o maior avanço percentual desde 21 de novembro de 2014, e a quarta alta consecutiva apresentada pela bolsa. Com isso, a bolsa termina a semana com valorização acumulada de 4,91%, embora a desvalorização ao longo de 2015 chegue a 5,95% e a -12,12% nos últimos 12 meses.

O mercado brasileiro mostrou-se tenso diante dos atritos existentes entre o Planalto e o Congresso, o que dificultava qualquer definição acerca do cenário político e econômico. A moeda passou a perder força depois que a presidente Dilma Rousseff anunciou o corte dos ministérios, além da redução de 10% nos salários da própria presidente, do vice, Michel Temer, e dos ministros do governo, além de um corte de 20% nas despesas de custeio e contratação de serviços de terceiros. Os agentes também acompanhavam a publicação dos dados de mercado de trabalho nos Estados Unidos – de acordo com dados oficiais, a criação de vagas fora do setor agrícola foi de 142 mil no mês passado e os dados de agosto foram revisados para baixo para mostrar aumento de 136 mil, atingindo assim seu menor resultado em dois meses e colocando algumas dúvidas quanto aos próximos passos a serem adotados pelo Federal Reserve (o banco central dos Estados Unidos).

“O Ibovespa principiou oscilante, em baixa. Contudo, pouco depois das 11h30 entrou definitivamente em campo positivo, mantendo trajetória ascendente durante o restante do pregão, bem como terminou na máxima do dia “, explicam os analistas do BB Investimentos, em relatório. “O índice emplacou o quarto pregão consecutivo de ganhos, tendo sido preponderante o melhor humor externo. As ações da Petrobras se sobressaíram novamente na alta generalizada do dia e o volume financeiro geral esteve condizente – a movimentação de hoje denotou recomposição de carteiras e ingresso de capital externo”.

Na avaliação por ações, os papéis preferenciais da Petrobras (PETR4) registraram a maior alta do dia: 10,68%, a R$ 7,77, enquanto os papeis ordinários da estatal (PETR3) avançaram 9,32%, a R$ 9,15.  A mineradora Vale e o bancos também fecharam em alta. As ações preferenciais da Vale (VALE5) ganharam 3,88%, a R$ 14,46, enquanto as ordinárias (VALE3) encerraram em alta de 3,48%, a R$ 17,82.

Os papeis do Banco do Brasil (BBAS3) avançaram 6,77%, a R$ 15,92; os do Itaú Unibanco (ITUB4) tiveram valorização de 4,06%, a R$ 27,97; e os do Bradesco (BBDC4) tiveram ganhos de 3,78%, a R$ 22,51.

Os eventos que afetaram as operações no mercado doméstico também afetaram as negociações no mercado de câmbio: a cotação do dólar começou as operações em alta, mas a tendência foi revertida e a moeda fechou em queda de 1,42%, a R$ 3,946 na venda – o menor valor de fechamento desde 17 de setembro, quando valia R$ 3,882. Desta forma, a cotação fecha a semana com baixa de 0,75%, após seis semanas seguidas de alta. A valorização no ano chega a 48,41%.

Ao mesmo tempo, o Banco Central manteve o processo de rolagem dos swaps cambiais (que equivalem a venda futura de dólares) com vencimento em novembro, vendendo a oferta total de até 10.275 mil contratos. Até o momento, já foi rolado o equivalente a US$ 1,021 bilhão, ou cerca de 10% do lote total.

A agenda de indicadores conta com poucos dados na segunda-feira, como o relatório Focus e os dados semanais da balança comercial no Brasil.

 

 

(Com Reuters)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Ser Bidu

    Livro analisa a antiga arte da adivinhação

     

     

     

    A vidência não é a profissão mais antiga do mundo, mas com certeza é uma delas

     3 out, 2015 Livro analisa a antiga arte da adivinhaçãoOs seres humanos não conseguem resistir à vontade de prever o futuro (Foto: Pixabay) 

    Armas de destruição em massa serão encontradas no Iraque. Irá chover amanhã. Jeremy Corbyn não será eleito líder do Partido Trabalhista. A equipe japonesa de rugby nunca irá derrotar a equipe da África do Sul. Os seres humanos não conseguem resistir à vontade de prever o futuro. A vidência não é a profissão mais antiga do mundo, mas com certeza é uma delas.

    Os chineses tinham o I-Ching; os romanos examinavam as vísceras dos animais sacrificados. Hoje, qualquer pessoa que queira prever o futuro pode consultar desde sessões telefônicas com médiuns, agências de inteligência, bookmakers, mercados futuros e especialistas da mídia. Suas previsões estão longe de serem perfeitas. Mas é difícil avaliar a margem de erro, porque quando se trata do futuro, quem se importa com a precisão?

    Philip Tetlock é uma rara exceção. Seu livro mais recente, Superforecasting: The Art and Science of Prediction, escrito com Dan Gardner, um jornalista canadense interessado em política e psicologia humana, é uma análise científica da antiga arte da adivinhação. Tetlock, um professor da Wharton School of Business que ficou famoso ao concluir, com base em dados de uma competição de profecias realizada de 1984 a 2004, que a média de exatidão de um vidente é “tão precisa como um dardo lançado por um chimpanzé”.

    Suas descobertas foram mais sutis do que essa simples observação e seu novo livro é uma tentativa de aprofundar o tema. Ele mostra que o futuro pode ser previsto, pelo menos em curto prazo. Ainda mais interessante, na opinião dos autores algumas pessoas são mais bem dotadas do que outras e a profecia não é um dom divino, e sim uma habilidade que pode ser praticada e aperfeiçoada.

     

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador