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Foto: Lula Marques
Jornal GGN – A vitória de Michel Temer contra a denúncia do caso JBS na Câmara, nesta quarta (2), é esperada. Mas também é esperada uma nova onda de instabilidade política para o governo após o encerramento dessa etapa. Isso porque as discussões sobre continuar ou não apoiando Temer dividiu e enfraqueceu o PSDB, ao passo em que os partidos menores reunidos no chamado centrão cresceram nas negociações com o Planalto e têm ainda mais fome por cargos.
“O PSDB, fiador da ascensão de Michel Temer, chegará ao fim do processo em frangalhos, profundamente dividido e com os cargos cobiçados pelo centrão. Este grupo, por sua vez, deixou claro ao Planalto que espera reconhecimento proporcional à fidelidade que apresentará no plenário”, apontou o Painel.
“A constatação de que o enfraquecimento do PSDB amplia a dependência do governo do centrão é apontada como principal fator de instabilidade de uma ‘nova era’ com Temer”, acrescentou.
As concessões feitas por Temer para comprar os votos necessários à sua manutenção no poder já despertaram críticas da grande mídia, que encaram a situação como uma ameaça ao ajuste econômico encampado por Henrique Meirelles.
Enquanto isso, o PSDB, indecido, ainda se reúne às 9h desta quarta para decidir como encaminhar o voto do partido no plenário, informou a coluna da Folha. “O encontro funcionará como um espelho do comportamento da bancada tucana na sessão.”
PRONUNCIAMENTO
A coluna ainda divulgou que Temer deve se pronunciar nas redes sociais, por meio de video, sobre a vitória na Câmara. Além disso, auxiliares teriam incentivado a convocação da rede nacional de rádio e TV para transmitir o pronunciamento.
Temer foi acusado de corrupção passiva no caso JBS. A Procuradoria Geral da República acredita que a mala com R$ 500 mil em propina recolhida por Rodrigo Rocha Loures tinha como destino, na verdade, o bolso do presidente.
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Não tem nenhum sentido
Não vejo nenhum sentido nesta matéria. Junto à maioria da população, que é o que conta na hora de avaliar a imagem de um governo, a influência de eventual desgaste do PSDB e consequente empoderamento de centrão não mudará quase nada na avaliação do governo.
Já está mais do que evidente que parte muito significativa da população brasileira é politicamente ignorante, e parte também significativa da população é oportunista, assim como os golpistas. Portanto, tendem a avaliar as notícias (manipuladas pela mídia oligopolizada, sempre bom lembrar…) com indiferença (os ignorantes políticos) ou concordando silenciosamente com o governo golpista (os oportunistas).
Temos que encarar os fatos como eles são: infelizmente, a maioria da população brasileira simplesmente ignora o que acontece no mundo político, muitos formam sua opinião através da mídia oligopolizada, e muitos são oportunistas como esse grupo golpista que está no governo. Claro que há muitos brasileiros e brasileiras bem informados e/ou corretos e de bom caráter. Mas hoje sinto que, para efeito prático de escolha de representantes, estes não são a maioria. Anos de um jornalismo de guerra contra o PT e suas principais lideranças fizeram um estrago importante no modo de pensar de muita gente, encontraram terra fértil na ignorância política de muita gente, confirmando a afirmação do grande Pulitzer.
Sendo assim, uma matéria que ressalta a possível instabilidade política causada pelo “enfraquecimento” do PSDB e consequente empoderamento dos deputados do centrão e sua sabida fome por cargos, me parece totalmente desimportante para esse governo, em termos práticos.
Esse governo já exercita práticas profundamente condenáveis, com ou sem maior empoderamento do centrão. Esse governo nõa está preocupado em desenvolver ações públicas que sejam importantes para desenvolver o país com justiça social. Esse governo sabe que tem folgada maioria no Congresso Nacional, sabe que as instituições da justiça não terão a gana de averiguá-lo como tiveram contra o PT, sabe que a mídia amiga está aí para suavizar qualquer marola que suas ações provoquem. Esse governo está aí para ganhar a guerra de poder. O resto não é importante.
Fora Temer x Fica Temer: uma análise
Constata-se, hoje, dia de decisão no Congresso Nacional sobre a permissão solicitada pela PGR para que o STF delibere sobre as acusações de que Michel Temer é objeto, que os principais representantes da grande mídia assumiram posições antagônicas.
As organizações Globo tomaram partido do “Fora Temer”. O Estadão, Gilmar Mendes e seu porta-voz, Reinaldo Azevedo, a posição contrária, o “Fica Temer”.
Já faz tempo temos acompanhado as posições estridentes e interessadas do porta-voz de Gilmar em relação à questão. Em sua argumentação, Reinaldo, para que sua parcialidade não fique tão escancarada, é obrigado a render-se à lógica de que as ações contra Lula perpetradas pelos procuradores de Curitiba, bem como pelo juiz Sérgio Moro, têm sido destrambelhadas, inconsistentes e, acima de tudo, pecam pela gritante ausência de provas.
Por sua vez, o Globo, hoje, em seu editorial também se mostra obrigado a se render à lógica para defender a sua tese. Com todas as letras, o Globo escreve:
“Ora, o que o Ministério Público Federal entende sobre o comportamento do ex-presidente Lula nas relações promíscuas com empreiteiras precisa valer para todos. Não pode existir uma metodologia de interpretação de fatos entre procuradores e juízes que só valham para o PT. Evidências e indícios são provas válidas para que se abram processos. Isso tem acontecido com vários políticos, Lula um deles. Inconcebível é fazer de conta que nada houve de pelo menos estranho no relacionamento entre Temer, JBS, Joesley, Loures e outros.”
O negrito na transcrição acima foi feito por mim.
Resumindo: no calor da discussão entre os grandes grupos de mídia, todos contrários a Lula e ao PT, ambos acabam reforçando as teses defendidas pelo PT de que:
1. As acusações contra Lula são frágeis, fruto de ação voluntariosa de procuradores e juizes que acreditam poder fazer valer suas teses no grito e no power point.
2. A valer a lógica das acusações contra Lula, a mesma regra deve valer para todos. Principalmente para aqueles cujas provas se apresentam com muito mais contundência.
A lógica é implacável.
Sem saída
O país não encontrará saída boa, nem fácil por muito tempo.
Muito tempo.
Passei pelo inferno dos anos 80 e 90, o desemprego, a miséria…será muito pior agora!
Quanto ao Temer: TRUCO!
fica agora, manda o Meirelles embora, e embola mais esta meleca.
Aperta o botão F, do Danem-se. O botão F.
E nós, brasileiros, ganhamos alguns meses da reforma da previdencia…que passará depois pela mão de outro.