Voto de esquerda decidirá eleição presidencial

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Em artigo publicado nesta segunda (13) e seu blog no portal Opera Mundi, o diretor editorial Breno Altman sustenta que a eleição presidencial deste ano pode ser decidida por quem vota no projeto de governo situado mais à esquerda.

Altman lembra que Dilma Rousseff (PT) é quem reúne mais condições de arrematar os 2 milhões de votos que foram para os partidos da esquerda radical este ano. Ela precisa de mais 8 milhões de votos para abrir vantagem em relação a Aécio Neves (PSDB). Esse número equivale a um terço do eleitorado de Marina Silva (PSB). Será que os marinistas de esquerda vão endossar a reeleição de Dilma?

Voto de esquerda decidirá eleição presidencial

Por Breno Altman, no Opera Mundi

A adesão de Marina Silva ao candidato tucano, Aécio Neves, consolida o bloco de centro-direita no cenário eleitoral. Trata-se do capítulo final de um enredo que começou a ser escrito há dois anos, nos centros de comando da oposição ao governo petista.

Parte da burguesia e de seus braços midiáticos imaginou que o PT somente poderia ser derrotado por uma dissidência dentro de seu próprio campo, que trouxesse os principais partidos de direita a reboque em eventual segundo turno. A operação apresentava contornos parecidos com a estratégia desfechada em 1994, quando Fernando Henrique foi catapultado como nome capaz de liderar o reordenamento da coalizão neoliberal, provisoriamente destroçada com o impedimento de Fernando Collor.

A candidatura de Eduardo Campos nasceu com a marca dessa política, robustecida quando Marina Silva aceitou ser vice-presidente na fórmula do PSB, depois de inviabilizada a formação de seu partido. A ideia era que tal postulação impediria a vitória da presidente Dilma Rousseff logo no primeiro turno, ao roubar franjas de seus votos naturais.  Se Eduardo fosse à segunda volta, teria o apoio automático do PSDB e seus aliados. O drama, para o conservadorismo, era que a atração dos sufrágios socialistas, caso Aécio Neves estivesse na cédula final, era mais insegura.

A morte trágica do ex-governador de Pernambuco mudou a posição das peças no tabuleiro. Marina Silva, alçada à cabeça de chapa, rapidamente assumiu ampla dianteira nas pesquisas. Fez, a partir de então, movimentos cujos zigues-zagues determinaram seu apogeu e declínio.

Acenou para setores progressistas do eleitorado, especialmente dos grandes centros urbanos, que estavam cansados ou insatisfeitos com os governos petistas. Suas armas, para esses segmentos, eram de ordem biográfica e narrativa, adotando um discurso melífluo de conexão com os movimentos juvenis eclodidos em junho de 2013. Ao mesmo tempo, tratou de ocupar o máximo de espaço à direita, mesclando tanto a assimilação do programa econômico do neoliberalismo quanto a convocação subliminar do voto evangélico, entre outros trunfos.

Sua posição de vanguarda nas sondagens de opinião, por fim, também permitiu a sedução passageira do eleitorado tucano menos fiel, inclinado a apoiar qualquer nome capaz de derrotar o PT.

Primeiro turno: declínio de Marina Silva

Quando a campanha de Dilma começou a polemizar com as opções programáticas de Marina, vinculando a candidatura neossocialista à plataforma do capital financeiro e ao campo do conservadorismo, uma fração dos votantes marinistas, mais à esquerda, acabou retornando ao leito petista. Imediatamente se produziu declínio da ex-senadora nas enquetes, suficiente para o voto útil conservador regressar a Aécio.

O resultado do primeiro turno, apesar de tantos sobressaltos na campanha, acabou apresentando resultado político semelhante a 2010, mas com certo esvaziamento da atual presidente. Dilma caiu de 46,91% dos votos válidos para 41,59%. Aécio teve 33,55% dos sufrágios, contra 32,61% de José Serra há quatro anos. Marina Silva subiu de 19,33% para 21,32%. Os partidos menores foram de 1,15% para 3,54%, com forte crescimento do PSOL de Luciana Genro, que obteve 1,55% contra 0,87% do postulante Plínio de Arruda Sampaio em 2010.

O cenário apontaria para fácil vitória de Dilma no segundo turno se as condições econômicas e políticas fossem as mesmas de 2010, quando o PT atraiu metade dos votos de Marina e sua candidata venceu com 56% dos votos. Mas o fato novo das eleições correntes é a existência de uma potente onda conservadora, que se manifesta na maior facilidade de convencimento dos eleitores de centro pela direita, particularmente através da ação dos principais meios de comunicação.

Ao contrário do que se poderia apostar há alguns meses, o principal partido direitista, o PSDB, é capaz de liderar uma aliança que absorve o PSB de Marina e outras agremiações menos relevantes. Menos por suas virtudes, mais porque a fórmula de centro, dessa vez, não era uma terceira via como eventualmente o foi em 2010, mas hipótese orgânica de fatias burguesas agora reunificadas sob a chapa tucana.

Segundo turno: identidade de esquerda

São muitos os sinais que a candidata do PT somente vencerá as eleições se aprofundar sua identidade de esquerda e popular, prosseguindo e ampliando o movimento já realizado no primeiro turno. O candidato da direita, apoiado pelo centro, corre para mostrar que as principais conquistas sociais não estão em risco. A presidente precisa apontar claramente, através da história e do programa, porque a vitória do PSDB significa a derrocada das mudanças iniciadas em 2003. Aécio precisa diluir as diferenças com o campo progressista para vencer. Dilma somente será vitoriosa se demarcar radicalmente essas fronteiras.

A vitória petista pressupõe a manutenção dos 43 milhões de votantes do primeiro turno e a conquista de outros nove milhões de eleitores. Quase dois milhões podem vir da extrema-esquerda. Outros 7 ou 8 milhões terão que sair do marinismo, o que equivale a um terço dos que sufragaram a candidata do PSB na primeira volta.

Pode-se supor que esse contingente, em sua maioria, votou por Dilma na última rodada de 2010, não possui raízes conservadoras ou antipetistas, não está sob hegemonia dos paradigmas da direita. Suas fileiras estão constituídas por setores sociais, proletários e médios, que se desencantaram com o gradualismo petista e sua capacidade de oferecer respostas imediatas às más condições e perspectivas de vida nas grandes cidades. Suas expectativas não são de menos Estado e mais mercado, ao contrário: mobilizaram-se por mais serviços públicos e menos concessões aos interesses do capital.

Estratégia de confronto

Para dirigir os votos dessas camadas, o petismo depende de uma firme estratégia de confronto. A comparação dos doze anos dos governos de Lula e Dilma com os oito de gestão tucana é parte essencial dessa equação, mas insuficiente. O enfrentamento provavelmente só será bem-sucedido se incluir a disputa programática, que marque a candidatura tucana como a representação das elites e dos ricos contra os pobres, a justiça social, a soberania nacional, os direitos civis e a democracia, valores a serem coluna vertebral da plataforma petista.

A recuperação destes eleitores de Marina Silva para o campo progressista não se restringe a propostas que possam atender a demandas específicas, nas distintas áreas da gestão pública. A propaganda antipetista dificilmente será vencida por compromissos de serviço e eficácia, ainda que esses sejam fundamentais. A disputa do centro – entendido em seu perfil político e social – depende da polarização explícita e frontal entre dois projetos de país, que substitua a tentação da alternância pela negação do retrocesso.

A argamassa da direita, nesse momento, é o denuncismo anticorrupção, aproveitando-se de seu domínio sobre os meios de comunicação e sobre o poder judiciário. Manter-se nessa agenda, na qual a capacidade de fogo doconservadorismo é determinada por seu poderio midiático, seria condenar a campanha petista à defensiva.

As urnas poderão ser favoráveis ao PT se as ruas forem tomadas por um sentimento apaixonado de resistência contra o retrocesso neoliberal, fundado sobre novo pacto programático que faça avançar e aprofundar as reformas.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

29 Comentários

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  1. Anita Peixoto
    O que há de

    Anita Peixoto

    O que há de digno, novo e luminoso no Brasil contemporâneo são os governos Lula e Dilma.

    O resto, são as velhas políticas fascistas e nefastas que só criam mais desigualdades e espalham a miséria e a fome. Por justiça temos que honrar nosso voto.

    É treze por um País mais justo e fraterno. Vamos dizer não ao ódio e as mentiras. Vamos votar com amor no coração por quem governou ao lado da maioria.

  2. Tim Geithner e Armínio Fraga

    A campanha do PT esqueceu por enquanto que Tim Geithner, ex-secretário do Tesouro dos EUA, contou em sua biografia que sugeriu a Obama o nome de Armínio Fraga para presidir o FED.

    Quer maior prova dos interesses em disputa?

  3. Depois de ouvir o depoimento daquele detetive

    Depois de ouvir o depoimento daquele detetive da polícia civil de Minas, acusando o cidadão Aécio de uma série de crimes, todos eles impunes e abafados, me lembrei do caso da garota encontrada morta num flet em Belo Horizonte, onde vários políticos do PSDB estavam envolvidos e o caso foi arquivado.  Lembrei-me do caso do goleiro Bruno.  Onde o assassino, um serial Killer, até então era um intocável pela polícia mineira.  Vivia a serviço de quem este matador profissional, antes do caso Bruno?   Não estou acusando, mas ninguém, em sã consciência pode confiar num governo que se contenta em ver processos criminais sendo arquivados sem ir ao fundo das investigações, só para depois dizer em campanhas políticas que seus governos são aprovados pela população.  Se o próprio candidato esconde a sua vida privada, permite o faz de conta nos órgãos publicos, que moral tem de exigir um comportamento diferente do cidadão? A comparação não pode ser entre Aécio e o Costa ou Yousef, mesmo porque nem sabemos quem usufruiu mais do dinheiro público.  Mas entre o Aécio e a Dilma.  Aécio como acusador tem que mostrar e provar quanto Dilma roubou do Pais e não ficar caluniando e fazendo denúncias vazias.

  4. Texto no Facebook sobre desigualdade social

    Fiz o texto abaixo para o Facebook, em tentativa de explicar um pouco por que o PSDB no governo é retrocesso e porque ele ajuda na concentração de renda. Tentei destrinchar o economês na medida do possível, falei também um pouco sobre o papel da mídia nas eielções, e fundamentei o meu post com matérias e exemplos ilustrativos nos mais diversos veículos. Se acharem que é de utilidade, espalhem.

    O link para compartilhamento no Facebook é este: http://on.fb.me/1yvIKFN

     

    O retrocesso do PSDB e os avanços sociais de Lula/Dilma

    A campanha eleitoral deste ano está disputadíssima, com números muito próximos para os candidatos Dilma Rousseff e Aécio Neves. A decisão, muito provavelmente, será voto por voto, com pequenas e individuais medidas de cada um dos simpatizantes de cada um dos lados contando muito.

    Por isso, mesmo com críticas até mesmo duras ao governo atual, mas tendo em vista que o projeto do PSDB é muito pior (algumas justificativas mais abaixo, devidamente fundamentadas), posiciono-me abertamente e me empenho em tentar convencer amigos, parentes e conhecidos a votarem pela manutenção de Dilma Rousseff na Presidência da República.

    Pois creio que, conforme vou tentar demonstrar abaixo, seguimos numa linha de progresso (ainda que tímido), e o que Aécio e o PSDB propõem pode representar um retrocesso.

    Tem rolado pela internet (Facebook, blogs diversos e inúmeras redes sociais) vídeos e imagens tentando desconstruir a imagem de Aécio Neves, que, ao que parece, segue intocado pela mídia. Há relações conhecidas entre Aécio e a família de Zezé Perrella, que teve um helicóptero apreendido com mais de 400 kg de cocaína (link para matéria aqui http://bit.ly/1z562DC). O governo de Minas, na gestão do candidato tucano, teria construído um aeroporto com dinheiro público em terreno particular de sua família (link para matéria aqui http://abr.ai/1vHHo89).

    Nenhum dos itens acima tem ganhado destaque na mídia, ao contrário da delação premiada da Petrobrás que, com fatos ainda a serem apurados, são martelados o tempo todo nos noticiários e associados ao PT. Imagine você, que por acaso topa com este texto aí pelo Facebook, se Dilma ou qualquer pessoa do PT é compadre de alguém pego realizando tráfico de drogas… qual você acha que seria o destaque nos jornais? E no caso do aeroporto feito com recursos públicos?

    Para que não fique dúvidas, saiba você que até tapioca no valor de oito reais já foi investigado pelos maiores noticiários do nosso país (“crime” associado ao PT), e que José Serra tentou, em 2010, acusar o PT de tê-lo tentado matar com uma letal bolinha de papel atirada por um militante do partido (fez tomografia e ocupou diversos minutos do Jornal Nacional). Não resta dúvidas de que, portanto, nossa grande imprensa tem um lado, e omite denúncias de corrupção contra Aécio Neves, e centra todo o seu fogo apenas em denúncias contra o PT.

    Se você, que não gosta de ler os famosos “blogs sujos” para formar sua opinião sobre política (entendendo que eles são tendenciosos em favor do Partido dos Trabalhadores), também não deveria formá-la através da nossa chamada grande imprensa. Ela também escolheu um lado, ainda que diga que não. O que os blogs e redes sociais fazem é tentar mostrar um outro lado, numa luta desigual entre uma grande estrutura de mídia e iniciativas muitas vezes individuais, blogs pequenos e perfis de Facebook como este que vos fala.

    Mas a questão não é essa. Mesmo que Aécio Neves fosse a Madra Teresa de Calcutá (e ele não é), ainda assim me oporia de maneira veemente ao seu projeto de país, às suas ideias em relação à política e à economia. Vamos falar sobre desigualdade social.

    Tomo, por base, este artigo (link http://bit.ly/ZoAN5E) para que se compreenda um pouco melhor a questão. Gostaria de destacar o seguinte trecho:

    “Dentro das propostas discutidas no âmbito das eleições presidenciais, vemos de um lado uma ideia de continuidade do processo [de redução das desigualdades]. Por outro lado, pelas questões colocadas como prioritárias pela oposição ao atual governo, percebe-se grande ênfase na redução da inflação e em um ajuste fiscal. Quais seriam, então, os efeitos disso sobre a desigualdade de renda?”

    O artigo, muito mais elaboradamente do que eu, sustenta aquilo que é também a minha visão: a política econômica do PSDB é brutal contra a população mais pobre e aumenta as desigualdades sociais. A resposta, para a questão acima, é aumento de juros e contenção de gastos públicos. Vamos ver o que o economista autor do artigo diz sobre isso:

    “Um aumento dos juros, historicamente elevados, favorece os ganhos financeiros daqueles que possuem riqueza prévia acumulada, contribuindo para um aumento da concentração de renda. Com o aumento de juros e a consequente necessidade de se pagar mais sobre a dívida pública, o prometido ajuste fiscal deve se dar via corte de gastos da área social.”

    Não é difícil perceber, portanto, como essa política econômica é só mais um meio de as parcelas mais privilegiadas continuarem acumulando riqueza. É o processo que aconteceu historicamente no Brasil. Este processo foi interrompido parcialmente nas gestões Lula e Dilma, que colocaram o social como eixo estruturante do desenvolvimento. O que quer dizer: a política econômica tem que ser feita para que se melhore o bem-estar social da população e não o bem-estar social da população estar sujeito aos ajustes fiscais e econômicos! É uma lógica totalmente oposta.

    Para não ficar apenas no blablablá, vamos ver um exemplo prático de como isso acontece. Na Europa, as medidas para a contenção da crise foram as que pregam o PSDB, que são as medidas de corte acima mencionadas, as chamadas “medidas de austeridade fiscal”. Vejamos ainda o que diz o economista no artigo acima:

    “Temos nos dias de hoje o exemplo claro dos países da Zona do Euro, que recorreram à austeridade fiscal e encontram sérias dificuldades para retomada do crescimento e altíssimas taxas de desemprego.”

    Podemos ver hoje uma situação muito difícil na Europa por conta dessas medidas. O desemprego entre os jovens é altíssimo, para ficar apenas num dado. Olhe o que diz esta recente matéria, do dia 8 de outubro:

    “O número de desempregados na Europa alcança um patamar recorde, sobretudo entre os jovens, um fenômeno que afeta uma geração inteira que não estuda nem trabalha”. (link http://bit.ly/1w2t74a).

    Vemos que se trata de países desenvolvidos, como Espanha, França, Alemanha e Itália. Mesmo estes países foram à lona com a crise internacional e, por conta de suas medidas de austeridade, de cortes na economia, pioraram ainda mais a situação social da população. Os próprios países reconhecem isso, conforme a reunião da cúpula que trata o tema (relatado na matéria):

    “Se todo mundo se dedica a aplicar medidas de austeridade, o que não fazemos na França, será registrada uma queda maior do crescimento”, advertiu o presidente francês. Hollande quer reavivar o debate sobre a austeridade depois da divulgação dos últimos indicadores econômicos, com resultados desastrosos”.

    Em 2008, quando estourou a crise econômica internacional a partir dos Estados Unidos (dita uma das maiores crises da história do capitalismo), o Brasil tomou medidas que são contrárias à “filosofia” econômica pregada pelo PSDB e, como mostra o exemplo acima, pelos países da Zona do Euro. Este link (http://bit.ly/1w2t74a) mostra algumas dessas medidas. Gostaria de destacar dois pontos: política de juros e superávit primário.

    Sobre juros, algumas medidas do governo brasileiro em 2008 (retirado do link acima):

    “Para atenuar a crise, destacam-se ainda várias ações monetárias e creditícias que contribuíram para aumentar a liquidez na economia, resultando na diminuição da taxa de juros real em 2009, tais como a redução dos depósitos compulsórios do sistema bancário e o aumento da oferta de crédito”.

    Economês à parte, o que se quer dizer é: os juros baixaram e a oferta de crédito aumentou. O que isso significa? O dinheiro continuou circulando e a economia continuou a produzir, as empresas continuaram a empregar, as pessoas continuaram a consumir (empresas continuaram vendendo, portanto, mantendo os seus lucros e os empregos). Com menos juros, o impacto é menor na dívida pública e sobra mais dinheiro para o que o povo precisa (educação, saúde etc).

    Agora vamos às medidas relativas ao superávit primário. Mas o que é superávit primário? A palavra é horrível, mas quer dizer apenas o que o país economiza para pagar juros da dívida. Vejamos o que o governo Lula fez em 2008 e que está dentro da noção da administração atual, de desenvolvimento econômico com caráter social:

    “Quanto à política fiscal, as medidas anticrise decorrentes de redução de tributos e aumentos de despesas governamentais resultaram na redução do superávit primário da União, cuja proporção do PIB caiu de 2,45% para 1,29% de 2008 para 2009”.

    Traduzindo aproximadamente o que foi falado acima: o governo não economizou para pagar dívidas; continuou investindo na economia real, que gera empregos, e não fez cortes na área social, que diminui a pobreza. É o contrário do que o PSDB faz: ele aumenta o superávit primário e os juros, retirando recursos da economia real, da produção (que gera empregos), das políticas sociais, dando para os bancos e instituições financeiras.

    O resultado? O Brasil foi um dos menos afetados pela crise financeira de 2008, preservando emprego, salários e conquistas sociais. Alguns artigos que comprovam isso (links http://glo.bo/ZoFRao http://bbc.in/1rrahiF).

    Ainda que o debate econômico seja complicado, cheio de termos técnicos e de pontos levantados pelos dois lados em disputa, uma coisa é certa: a política econômica proposta pelo PSDB é um meio de concentrar mais riquezas e de privilegiar aqueles que já são privilegiados. É algo que está na contramão do que tem sido feito nos últimos anos, diminuindo desigualdades e aumentando oportunidades. É, portanto, um retrocesso.

    O importante é melhorar a vida das pessoas, tornar a nossa existência mais justa e mais humana. A economia, no sentido acima colocado, não pode estar acima do próprio ser humano. Quando se fala em “ajustes fiscais” para salvar a economia, na verdade está se falando em tirar dinheiro da educação, da saúde, da economia produtiva e do bolso do trabalhador, para dar para uma casta muito privilegiada, de gente que se beneficia do mercado financeiro. É isso que está por trás deste discurso.

    Por isso é que eu me oponho a ele e apoio a candidatura de Dilma Rousseff.

  5. Prezado Nassif,
    Acabei de

    Prezado Nassif,

    Acabei de chegar da Cidade do México (Distrito Federal), a cidade é muito bonita e o povo é muito amável, mas não pude me divertir durante a viagem porque estava comigo uma sensação de “déjà vu” que eu a princípio não percebi o que era, mas passados os dias e conversando com alguns mexicanos descobri o que era: a população da Cidade do México D.F., está vivendo a mesma situação que nós brasileiros vivemos durante os governos neoliberal de Fernando Henrique Cardoso (FHC). Explico: muita desigualdade social (bairros ricos, com lojas de grife onde pessoas elegantes e ricas e executivos circulam ao lado de pedintes (às vezes famílias inteiras) e bairros muito pobres abandonados, onde só circulam os pobres; segundo alguns informantes, a polícia é corrupta, os poderes judiciário, legislativo e executivo são corruptos, políticos que fugiram com milhões de dólares; as pessoas que têm trabalho vivem somente para pagar transporte e comprar alguma comida, há mais de oito anos que não têm aumento real no salário mínimo (ano passado o aumento foi de 2,50 pesos mexicanos), a educação e a saúde não é direito de todos, assim como a moradia, os idosos muito pobres recebem uma cesta básica no final do mês, muitos categorias de trabalhadores têm, legalmente, o direito à participação nos lucros das empresas, mas não recebem porque a maioria dos donos das empresas paga propina aos fiscais para que digam que não tiveram lucro o que não é difícil, pois a experiência que tive mostra que as empresas não querem dar nota fiscal de nada que você compra, inclusive, hotéis. Como na época do governo de FHC a mídia no México está aliada ao governo neoliberal de Peña Neto, nada é investigado e a mídia passa a idéia de que tudo está ótimo. Os sindicatos são fracos, não existe estímulo às pequenas empresas, as pessoas tentam imigrar para os Estados Unidos porque não há emprego no México para elas, e não porque amam esse país, ao contrário, algumas percebem esse país como uma nação imperialista que não deixam seu país crescer e ser soberano. Assim como FHC, não valoriza e não valorizou o fato de ser brasileiro, um ex-presidente mexicano disse que tinha vergonha de ser mexicano. Como os mexicanos me disseram, eles não têm sonhos, pois estão sem esperança porque seus políticos não se preocupam com o povo mexicano, se preocupam apenas em vender o patrimônio nacional, embolsar o dinheiro e irem viver no exterior. Soube através deles que o governo Mexicano vendeu a Petroleira Nacional deles, o povo mexicano não recebeu nenhum dinheiro dessa transação traduzida em benefícios para o povo, mas sim, ficou com o ônus de pagar a dívida– eles não sabem até quando – com quem a comprou, pois este alegou que a petroleira estava quebrada. A educação está falida, a igual que aqui na época de FHC, há professoras lá, que levam o giz para poder dar aulas. Percebi que muitos mexicanos, principalmente, os comerciantes, estão contaminados – assim como muitos brasileiros estiveram na era FHC – com a idéia de levar vantagem em tudo, quando a oportunidade aparece e muitas vezes criam essa oportunidade. Segundo os mexicanos com os quais conversei, são muitos anos de governos neoliberais. A expressão na face dos mexicanos trabalhadores e dos menos favorecidos que encontrei e com os quais conversei é a de um povo sofrido e sem esperança, e nada difere da nossa expressão facial da época do governo tucano de Fernando Henrique Cardoso. Em contraste com tudo isso que vi, encontrei inúmeros brasileiros na Cidade do México que hoje, depois de Lula e Dilma podem se dá ao luxo de fazer essa viagem, antes impensada nos governos tucano e neoliberal de FHC.  

    Assim nesse momento eleitoral em que dois projetos de governo estão postos, diga-se de passagem, um muito distinto do outro, é importante que os brasileiros que são desinformados (a grande mídia não informa) pela grande mídia do Brasil, os que viveram nos governos tucano de FHC e estão esquecidos de como era a vida naquela época e os jovens que não viveram, enquanto jovens a gestão tucano de FHC, mas que pensam em votar no tucano Aécio Neves sugiro, que se puderem, antes da eleição, visitem a Cidade do México para se informar, recordar e entender o que foram os governos neoliberal de FHC e o que será o governo neoliberal de Aécio Neves, caso eleito, ou que busquem outros meios para se informarem sobre a verdadeira situação em que vive os trabalhadores e a população menos favorecida do México, e como era a vida da grande maioria do povo brasileiro durante os dois governos de FHC.

    A todos que compreendem o momento pelo qual estamos passando onde a luta não é apenas para reeleger Dilma, mas também defender a soberania nacional de todos os poderes reacionários: a direita brasileira, a grande mídia, etc., conclamo a todos, principalmente, a nós os evangélicos, a arregaçar as mangas e ir à luta para reeleger Dilma Rousseff presidente!

     

     

    1. li atentamente o seu texto e

      li atentamente o seu texto e agradeço

      por me fazer lembrar deste tempo horroroso da era fhc

      pelo qual passei quando dava aula no ensino fundamental.

      na era fhc era o terror do salve-se quem puder,

      notei depois que o lula assumiu que o ambiente ficou mais ameno,

      as pessoas passaram a se relacionar de forma diferentre, bem melhor que antes.

      é uma curiosidade, mas é dessas experiencias que se faz a história.

      e é dessa lembrança histórica

      que temos mesmo que nos apegarr para podermos

      ter a mínima noção da importancia de preservar o atual

      modelo de inclusão social  conandado pela presidenta dilma.

  6. é lutar e esperar as

    é lutar e esperar as urnas.

    “se” é conjunção  – de fatores, introduz fatos dos quais depende algo.

     

    o problema é a adversativa do pig….

    mas….

    ou golpe..

    o que é muito mais substantivo!

    ou como diziam os deuses do mercado:

    o verbo é a verba!

  7. Carta às Marinas

    https://medium.com/medium-brasil/carta-as-marinas-e620972323f2

    Carta às Marinas

    “Prefiro ser criticada lutando por aquilo que acredito ser o melhor para o Brasil, do que me tornar prisioneira do labirinto da defesa do meu interesse próprio, onde todos os caminhos e portas que percorresse e passasse, só me levariam ao abismo de meus interesses pessoais.”

    Marina,

    O partido que você agora apoia pode achar que parte do povo é “mal informada” porque vive em “grotões”, mas, por favor, não insulte a inteligência desse povo com palavras vazias e desonestas, na tentativa de resgatar o pouco de dignidade que lhe restou. Ao longo dessa campanha, você mostrou que não tem integridade, e que representa, ironicamente, o que há de mais velho na política brasileira, pois foi movida por motivos puramente eleitorais, abrindo mão de quaisquer ideais que alegava ter.

    Sabemos agora que esses ideais não passam de retórica da pior categoria, pois você não pensou duas vezes na hora de abrir mão de cada um deles ao longo dessa vergonhosa campanha eleitoral que culminou com o apoio a um projeto retrógrado, neoliberal, elitista e demagógico. Ficou claro ao longo desses quase dois meses que não lhe importa construir um país mais justo, igualitário, tolerante e sustentável, pois seu desejo de se manter viva nesse jogo eleitoral sujo é bem maior do que sua preocupação com o que pode estar pela frente nesses próximos quatro anos.

    Você usa o argumento da alternância de poder e levanta a bandeira da mudança, mas sabe muito bem que não estamos diante da “renovação”, e sim da defesa dos interesses do mercado financeiro, da subserviência às grandes potências, da leniência com a corrupção, da ode a uma ilusória meritocracia e da interrupção de um processo de inclusão iniciado por Lula e levado adiante pela presidente Dilma, a despeito de todos os seus defeitos. Para defender seus interesses eleitorais e conseguir migalhas de um possível governo do PSDB, você abandonou até mesmo o discurso anti-polarização, e teve a coragem de dizer que Aécio “retoma o fio da meada virtuoso”. Não, Marina, foi você que perdeu o fio da meada, e isso não tem nada de virtuoso.

    Ao longo de sua contraditória campanha, você não hesitou em tentar arrecadar votos em todos os segmentos da população, entre opressores e oprimidos – religiosos, LGBT, empresários, trabalhadores, agronegócio, ambientalistas –, e mostrou que seu único objetivo foi tentar aproveitar o clima político favorável para se eleger presidente a custo de qualquer coerência, pois qualquer um, “mal informado” ou não, “oriundo de grotões” ou não, sabe que é impossível atender a todos esses interesses. Depois, derrotada, você se despiu das poucas bandeiras que lhe restavam – mas com o cuidado de elencar exigências decorativas que tornassem seu apoio à direita menos humilhante.

    Nesse discurso demagógico de declaração de apoio a Aécio Neves, você ousou compará-lo ao ex-presidente Lula. Não, Marina, Aécio não é Lula, e você sabe muito bem disso. Então, por favor, nos poupe dessa tentativa de mostrar-se acima da rivalidade existente entre os projetos políticos do PT e do PSDB, ao tratar a alternância de poder como um benefício irrestrito que prescinde de prioridades e orientação política.

    Eu gostaria de pensar que você arruinou sua carreira política ao mostrar não ter qualquer ideologia, mas, infelizmente, não é isso que define o sucesso nessa “profissão”, e acredito que você terá uma longa trajetória defendendo os interesses da elite. Parabéns, Marina: ao invés de criar “a nova política”, você se engajou na velha em sua mais pura essência, traindo todos os seus eleitores que realmente acreditavam em um projeto novo e progressista. É o triste fim de uma bela trajetória; e o início de uma nova Marina: a Marina da nova velha política.

    Publicado no blog A Espiral do Silêncio.

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    Written by Priscila Silva

     

  8. E os institutos de pesquisa, não?

    O Tempo: “Sensus privilegiou cidades aecistas”

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    O jornal mineiro O Tempo acaba de fazer uma denúncia grave que explica como o instituto Sensus fez para dar a Aécio Neves uma vantagem de DEZESSETE pontos sobre Dilma Rousseff. A denúncia de manipulação é gravíssima e, se confirmada, constitui crime eleitoral.

    Confira, abaixo, a matéria

    *

    O Tempo

    Belo Horizonte, 13 de outubro de 2014

    Sensus privilegiou cidades aecistas em pesquisa

    Embora Dilma tenha vencido em 2 de cada 3 cidades brasileiras no primeiro turno, amostra escolheu municípios praticamente meio a meio.

    Depois de Ibope e Datafolha apontarem empate técnico entre Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) na disputa pelo segundo turno, com vantagem numérica para o tucano, pesquisa Sensus publicada pela revista “Isto É” no último dia 11 apontou uma vantagem de 17 pontos do tucano sobre a petista, animando a militância tucana e deixando apavorados os apoiadores da presidente Dilma Rousseff.

    Para tentar entender tamanha discrepância, o Olho Neles tentou analisar a base da pesquisa, com os únicos dados disponíveis no registro feito no Tribunal Superior Eleitoral (TSE): os municípios pesquisados.

    De acordo com as informações prestadas pelo instituto ao TSE, as entrevistas foram feitas em 136 municípios e a escolha das cidades a serem pesquisadas pode ajudar a explicar a divergência com os índices do Ibope e do Datafolha. O Olho Neles cruzou a votação dos municípios no primeiro turno com as cidades escolhidas pelo Sensus para sua pesquisa de segundo turno e chegou à conclusão de que, proporcionalmente, a base utilizada beneficiou cidades “aecistas”.

    No primeiro turno, Dilma venceu em 3.648 municípios, enquanto Aécio ficou à frente em 1.821 cidades, e Marina obteve melhor votação em 99 municípios. Ou seja: Dilma venceu em 65,51% dos municípios, enquanto Aécio venceu em 32,70% e, Marina, em 1,77%.

    No levantamento da Sensus, no entanto, das 136 cidades escolhidas, 66 deram vitória à presidente no primeiro turno, enquanto 61 deram vitória ao PSDB e 9 ao PSB. Portanto, na amostra do instituto, 48,52% das cidades foram “dilmistas” no primeiro turno, 44,85% foram aecistas e 6,61% preferiram Marina.

    O caso fica nítido em Minas Gerais. No Estado, Dilma venceu em 640 cidades no primeiro turno, enquanto Aécio faturou em outras 213. Portanto, Dilma venceu em 75,02% das cidades, enquanto Aécio levou a melhor em 24,97%. O natural seria imaginar que a amostra, agora, contemplasse esse cenário. No entanto, entre as 15 cidades sorteadas pelo instituto para o levantamento do segundo turno, nove foram “aecistas” (60% do total) no primeiro turno, e apenas 6 foram “dilmistas” (40%).

    Embora Minas tenha 853 municípios e São Paulo possua 565, foram ouvidos moradores de 15 cidades mineiras, e 23 cidades paulistas. Por lá, a vitória de Aécio foi bem maior.

    Os dados disponíveis não permitem saber a distribuição dos eleitores ouvidos em cada cidade, não sendo possível saber quantas pessoas foram entrevistadas em São Paulo (maior eleitorado do país) e quantos foram ouvidos em Minas (segundo maior colégio eleitoral).

    Outro lado

    Questionado como é feita a escolha dos municípios a serem pesquisados, o diretor do instituto Sensus, Ricardo Guedes, afirmou que a escolha é feita através do método de Probabilidade Proporcional ao Tamanho (PPT). Ele disse que há uma boa distribuição pelo Brasil, de forma diversificada.

    Ricardo Guedes ainda negou que a pesquisa tenha sido vendida para a “Isto É” após ser realizada. No TSE consta que foi o próprio instituto Sensus que pagou pelo levantamento, depois divulgado pela revista semanal. Segundo Ricardo Guedes, trata-se de uma “parceria”.

     

  9. Nassif
    Desculpe mas acho que

    Nassif

    Desculpe mas acho que o Breno se esqueceu que em 2º lugar nas eleições ficaram os Brancos,  Nulos e Abstenções:

    Para relembrar:

    1º –  43 milhões para Dilma

    2º –  38 milhões para Brancos, Nulos e Abstenções

    3º –  33 milhões para o Aécio

    4º –  22 milhões para Marina

    Entendo que os candidatos do  2º turno estão é atras deste 2º. colocado.

    A pergunta é: como convence-los? 

     

    1. alguns virao

      quando se estiver claro o fator do que se vai ser os proximos anos alguns virao decidir, mais a maioria vai sair destes grupos que se apresentaram para votar.

      convencer nao creio, mais colocar o que podem perder e seu futuro com os seus. Podemos colocar os beneficios alcancados.

      A responsabilidade em funcao da credibilidade de que o voto pode fazer no direito democratico de indicar um presidente.

      melhor erra do que nao tentar.

  10. Eu começaria expondo na tv a

    Eu começaria expondo na tv a p esquisa Datafolha que diz que 77% das classes altas e 66% da classe média alta preferem Aécio. 

     

  11. O problema da esquerda, que é

    O problema da esquerda, que é a costela do PT, é o rancor que eles tem do partido.

    Mas não percebem se o PT perder todos perdem.

    Acho que essa direita raivosa tratará esses partidos na base da porrada.

     

    1. Mas não percebem se o PT perder todos perdem.

      este eh o argumento nao de impor, mais de mostrar e o PT/Dilma tem muito a dizer.

      O importante neste caso eh passar boca a boca as informacoes corretas, reais e verdadeiras

      informar e mais informar. Para ninguem perder.

      nao eh rancor e sim lutar por seus espacos.

       

  12. Folha demite jornalista

    Acabei de ler no Twitter que o jornalista Xico Sá foi demitido da Folha de São Paulo por ter declarado voto em Dilma. O jornal alega que “não permite proselitismo político em suas páginas”. Já Reinaldo Azevedo, o popular rola-bosta, continua firme e forte na defesa intransigente da candidatura de Aécio Neves em sua coluna no jornal.

  13. A esquerda vai com Dilma porque…

    … do outro lado está a pior “elite” do mundo.

    É dever de todo cidadão brasileiro lutar contra o retrocesso econômico,  social e político que representa aécio neve.

     

  14. Elas estão descontroladas….

    TSE suspende propaganda da revista Veja em rádio por apoiar candidatura de Aécio

    TSE suspende propaganda da revista Veja em rádio por apoiar candidatura de AécioFoto: Divulgação

    O ministro Admar Gonzaga do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concedeu liminar para a suspensão imediata de propaganda da revista Veja veiculada no rádio. A publicação da editora Abril teria publicitado um comercial em favor do candidato à Presidência da República Aécio Neves (PSDB). O relator entendeu que no trecho “Aécio Neves (…) promete tirar a Petrobrás das mãos de uma quadrilha” seria uma forma de divulgar um discurso empreendido pelo candidato Aécio Neves sobre o tema polêmico, cerne das discussões entre os dois candidatos na disputa pelo cargo de presidente da República. O ministro acredita que a propaganda “desbordou para o debate político-eleitoral, em período crítico e por veículo impróprio”. De acordo com representação apresentada pela coligação liderada por Dilma Rousseff (PT), a revista Veja já teria realizado uma conduta semelhante no período eleitoral de 2006, “comprada” pela coligação adversária. Na época, houve a publicação de uma capa da revista apoiando o candidato à Presidência da República Geraldo Alckmin, atualmente governador de São Paulo. A capa teria se propagado por meio de outdoors. O TSE, no momento, determinou a retirada da propaganda.

  15.  
    Nassif, isso vai ajudar em

     

    Nassif, isso vai ajudar em São Paulo, Tem peso.

     

    13 de outubro de 2014 – 19p1 

    Prefeitos do PMDB de SP reunidos com Temer anunciam apoio a Dilma

     

    Reunidos com o vice-presidente da República Michel Temer, nesta segunda-feira (13), em São Paulo, prefeitos peemedebistas do Estado anunciaram apoio à reeleição de Dilma Roussef.

     

    O encontro reuniu mais de 500 militantes numa churrascaria, na zona leste da capital, entre prefeitos, vices, deputados eleitos e suplentes, além de dirigentes regionais do PMDB.O encontro reuniu mais de 500 militantes numa churrascaria, na zona leste da capital, entre prefeitos, vices, deputados eleitos e suplentes, além de dirigentes regionais do PMDB.

    O encontro reuniu mais de 500 militantes numa churrascaria, na zona leste da capital, entre prefeitos, vices, deputados eleitos e suplentes, além de dirigentes regionais do PMDB. O candidato derrotado ao Senado por São Paulo, ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) fez discurso de apoio a Dilma.

    O evento contou ainda com a presença do presidente do partido em São Paulo e recém-eleito deputado federal, Baleia Rossi. Com uma vitória conquistada às custas de mais de 200 mil votos, Baleia foi o responsável por entregar à Michel Temer um documento que oficializa o apoio dos presentes à sua reeleição com Dilma. “São 12 anos de profundas mudanças econômicas e sociais. Não podemos retroceder agora. O PMDB de São Paulo tem o orgulho de levar o apoio e o voto para Michel Temer”, ressaltou. Também estavam presentes deputados estaduais, o deputado federal Edinho Araújo e os ministros Moreira Franco e Neri Geller.

    No perfil do Facebook de Michel Temer constava a seguinte postagem: “O vice-presidente afirmou que a unidade do partido demonstra que não apenas será reeleito com a presidenta Dilma Rousseff, como espera resultados ainda mais proveitosos para os próximos anos: “Com o entusiasmo que vejo aqui, eu me pergunto quem é capaz de segurar o PMDB?”

    “O governo vai depender muito do nosso entusiasmo, equilíbrio, nossa força eleitoral. Ninguém pode negar: o Brasil cresceu muito e foi com o apoio do PMDB”, concluiu.

    A presidenta Dilma Rousseff gravou um vídeo em que cita os investimentos do governo federal no Estado e pede apoio “para que as conquistas dos brasileiros de São Paulo não sejam interrompidas”. “O que está em jogo não é apenas a eleição de uma pessoa ou de uma coligação de partidos”, disse Dilma. “Temos um projeto político e um conjunto de realizações a serem defendidos. São Paulo, com sua tradição de coragem e pioneirismo, é um aliado indispensável nessa luta”, completou.

    Segue abaixo o vídeo com a íntegra do depoimento da presidenta:

     

    Com agências e Portal virtual de Michel Temer

  16. Nassif, hoje saiu a pesquisa

    Nassif, hoje saiu a pesquisa VoxPopuli que efetuou levantamento entre sabado e domingo, mostrando a virada de Dilma. Dilma com 45% e Aécio com 44%. Isso foi até ontem. Hoje a tarde foi divulgado tracking do PT mostrando Dilma com 47% e Aécio com 43%. Pelo que parece, está sendo demonstrado subida de Dilma e queda de Aécio. Com amostragem iniciada sábado, inclusive, até ontem a diferença de 1% a favor de Dilma, já subiu para 4% em levantamento feito somente hoje, pelo que entendi. Em São Paulo, com a movimentação maior da militância petista e com o apoio dos prefeitos e demais lideranças do PMDB, em apoio ao pedido do Michel Temer, isso está sinalizando uma diminuição na diferença de votos de Dilma para Aécio no estado. Crescimento de Dilma avante.

  17. O autor esqueceu dos nulos e

    O autor esqueceu dos nulos e brancos, que também podem ir em parte para os candidatos no segundo turno.

    Acho mais provável que Dilma ganha uma fatia dos nulos e brancos. Já Aécio, acho que ganha muito pouco.

  18. Se o PT perder todos perdem

    Acorda esquerda 360 graus. Sempre deram uma volta e favoreceram a direrta raivosa. Eu sou matemático e nunca esses “sociólogos” nunca entenderam o que eu disse.  

    É Dilma 13 Sues raivosos.

  19. Voto de esquerda decidirá a eleição presidencial

    Sobre o texto posto para discussão considero importantíssimo expor ao eleitorado a diferença entre os dois projetos que os candidatos estão propondo e quem serão os favorecidos, associar o Armínio Fraga com a gestão FHC e explicar didaticamente   quem é o candidato Aécio Neves, isto é, seu desempenho como parlamentar, governador e como cidadão.

    Gostaria muito que a esquerda decidisse a eleição,mas não sei se dá para contar com estes votos como sendo decisivos. A Luciana Genro poderia caso, tivesse maturidade política, ter dito claramente qual é o seu lado, mas lavou as mãos.  Acho uma tarefa mais fácil buscar os votos entre os eleitores que votaram na Marina Silva, não dá para esquecer da classe média que está sentindo-se como sem pai nem mãe atrás de quem sinalize com clareza que suas demandas serão atendidas ( reajuste da tabela do IR, os aposentados do INSS que ganham mais que 1 salário mínimo estão vendo seus benefícios corroídos e, além disso, lhes é cobrado IR).

    Vamos falar claro o Aécio Neves é muito vulnerável. Se não fez por Minas fará pelo Brasil? Vai governar do RJ? Nestas duas semanas é preciso que a campanha seja centrada na capacidade de convencer os indecisos, os que pretendem anular ou deixar o voto em branco o quanto custará a omissão. 

    Minha impressão é que a Dilma vai ganhar. Não dá para deixar mais a mídia de rédia solta.

     

  20. Há mais pessoas empregadas do que em 2010 e com uma renda maior

    O impacto política das denúncias da Petrobras é o mesmo ou até menor do que impacto do julgamento do mensalão em 2012, que foi também um ano de eleições,  limita o crescimento do PT, mas não o suficiente para impedir a vitória do PT.

    Do ponto de vista das economia, apesar do queda do PIB, hoje a produção de bens e serviços é maior do que em 2010, há mais pessoas trabalhando com carteira assinada, e o salário real é também maior do que era em 2010, a massa salarial está maior do que em 2010, assim como a renda da famílias.

    Esse aumento na renda em função dos aumentos reais de salário e do aumento no nível de emprego, provocou um aumento considerável no aumento do patrimônio e do consumo das famílias.

    A frota de veículos aumentou  de cerca de 37,1 milhões de automóveis e 13,9 milhões de motos em 2010, para cerca de  47,3 milhões de automóveis e de cerca de 19,1 milhões de motos em outubro de 2014,um aumento de mais de 15 milhões de veículos em 4 anos.(e não 5 anos).

    A maior parte dos eleitores praticam o voto pragmático e não o voto ideológico, e do  do mesmo modo que existe o voto anti-PT existe também o voto anti-PSDB.

    No norte e nordeste houve aumento na votação para a Presidenta Dilma,

    Enquanto houve queda na votação para a Presidenta Dilma no sul, sudeste e centro-oeste, mas apenas uma parte destes votos fora para o PSDB,  o que pode demostrar uma resistência dessa parte do eleitorado em relação ao PSDB.

  21. Marina foi bem instruida

    Marina foi bem instruida quando incluiu em seu discurso de adesão a Aécio a motivação de suposta “necessidade de alternância de poder”. Esta foi sua tentativa de substituir o notório retrocesso ao modelo neoliberal que a candidatura Aécio representa, por um princípio democrático altruísta e aceitável, que por sua vez não tem justificativa senão quando se trata de pessoas e formas dentro de um mesmo projeto de poder. Mudar um projeto de país por outro não se enquadra em definição de mera “alternancia de poder”. É um sofisma tão sutil que certamente não saiu da cabeça de Marina. Saiu do centro de operações da direita, sinal forte de que ela já estava subordinada a este centro quando praticou sua adesão. Tanto estava subjugada que foi ao matadouro da adesão sem ao menos conseguir impor um mínimo que fosse de agenda humanista e progressista que livrasse sua cara, diante dos seus ex-discípulos defensores dos direitos humanos e ambientalistas. Como foi o caso de sua tentativa de condicionar o aderir em troca dos direitistas tirarem de seu programa de governo o rebaixamento da idade penal para 16 anos, o que foi lhe prontamente rejeitado. Marina tinha que simplesmente aderir sem tugir ou mugir, já não podia mais impor nada. Marina entregou-se, teve de se entregar, completamente aos projetos da direita, mas foi sozinha. Sua rede rachou e os átomos progressistas que lá estavam correram para o polo de Dilma. Quanto ao Aécio, este voltou ao túmulo do Eduardo Campos buscando votos pernambucanos, estando já em parte o ocasional herói desmistificado por descobertas nada contributivas a sua boa imagem.  O movimento de Aécio foi a confirmação de que o luto obnubila parentes que, não fora a total falta de escrúpulos de terceiros, jamais deveriam ser usados politicamente em situação de tamanha fragilidade emocional. A candidatura Aécio só depende de o tempo passar sem que o povo o descubra em sua inteira pequenez. Se houver tempo para o povo abrir os olhos, Aécio estará perdido e desta vez, ao contrário de José Serra que tem permanência política garantida, será para sempre.

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