Para entender o desastre do governo no Congresso

O primeiro erro de Dilma Rousseff foi o péssimo relacionamento com o Congresso durante o primeiro governo. No ano passado, houve apenas uma reunião com o colégio de líderes.

O segundo erro foi na escolha dos Ministros para o segundo governo. A estratégia consistia em escolher Ministros com ascendência sobre seus respectivos partidos, que pudesse pressionar seus correligionários a votar com o governo.

Na hora da escolha, Dilma distribuiu os cargos entre os partidos mas escolheu, em cada qual, Ministros da sua relação pessoal. E praticamente nenhum deles tinha ascendência maior sobre seus parlamentares. Foi o caso de Armando Monteiro com o PTB; Kátia Abreu com o PMDB; George Hilton com o PRB.

O terceiro erro foi nada ter feito para impedir a maneira como Eduardo Cunha pavimentou sua candidatura. Havia sinais evidentes no Congresso de uma bancada de parlamentares recebendo mesada de Cunha. Na legislatura anterior, ele controlou comissões estratégicas, de interesses de grandes grupos econômicos, e passou a ter acesso fácil a recursos. Pavimentou sua candidatura por quatro anos. Blindou-se junto à mídia ao assegurar que bloquearia qualquer tentativa de regulação. Mesmo assim, havia indícios suficientes para uma investigação sobre suspeitas de crimes políticos. O Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo foi pessoalmente alertado. Nada foi feito.

O quarto ponto é a perda total de referenciais no Congresso. Não há mais mediação. A oposição não desistiu do terceiro turno e a situação não tem uma bandeira agregadora. O campo fica aberto para os pragmáticos.

Luis Nassif

38 Comentários

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  1. Perfeito! Dilma nunca

    Perfeito! Dilma nunca percebeu que a presidência é um cargo eminentemente político e não necessariamente gerencial. Faltou política, agora colhe os frutos podres.

  2. A Dilma perdeu os referenciais não só em relação

    ao Congresso, mas também em relação ao seu eleitorado e ao país. Suas ações atuais não condizem em nada com o que eu esperaria de um governo de esquerda ou centro-esquerda. Além disso, sua falta de comunicação com o país é catastrófica. Cada dia que passa fica mais difícil defendê-la.

  3. Empossada, devemos impedi-la de governar!

     O governo Dilma esta muito parecido com o governo Vargas (51- 54). Parece sem autoridade, sem guias e perdido. Digo, parece. Espero que o desfecho não seja o mesmo.

    “O senhor Getúlio Vargas não deve ser candidato à presidência; candidato, não deve ser eleito; eleito, não deve tomar posse; empossado, devemos recorrer à revolução para impedi-lo de governar”.

     

  4. Câmara dos deputados.

    Os ânimos dos oposicionistas estão a mil, até parece que o único objetivo da casa é barrar a governabilidade, até derrubar o governo Dilma; perigoso, se assim acharem possível agir daqui pra frente. Então tá, mas é bom lembrar que todos os eleitores do PT e da Dilma, estamos todos querendo essa separação do PT e demais partidos chamados aliados e doidos pra ver esse confronto, pois sabemos que muitos ali, estão mais querendo colocar fogo no país, do que ajudar a resolver suas mazelas.

  5. repito o comentário que fiz

    repito o comentário que fiz em outro post:

    é preferível perder para o fisiológico – com a ficha criminal que o explca –

    eduardo cunha,  do que aderir a ele.

  6. Imperdível

    “Lamento discordar mais uma vez da maioria, mas não acredito que está aberta a porta para o impeachment de Dilma.

    Se a presidente pretendeu um dia ser mais que uma gerente, que desista. Ela vai gerenciar pelos próximos quatro anos.  

    Estão enterradas a união civil de pessoas do mesmo sexo, a regulação da mídia eletrônica, o imposto sobre fortunas, o financiamento público de campanhas e qualquer outro projeto progressista com os quais os eleitores de Dilma um dia sonharam.”

    Leia aqui
     

  7. Dilma

    Na verdade, a Dilma não está acostumada com os beneses da política, pois tida como excelente executora, não administradora política. Creio que ela nunca esteve preparada para governar uma nação. Falta ainda o traquejo político, mas, infelizmente, ela não o recuperará nesses anos de governo. 

  8. Dilma

    Na verdade, a Dilma não está acostumada com os beneses da política, pois tida como excelente executora, não administradora política. Creio que ela nunca esteve preparada para governar uma nação. Falta ainda o traquejo político, mas, infelizmente, ela não o recuperará nesses anos de governo. 

  9. “Não poderia haver

    “Não poderia haver representante mais adequado a uma Câmara dos Deputados apequenada por interesses mesquinhos, e a serviço de mega-financiadores de campanha, do que o negocista Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o eleito.

    Mas ele é a consequência natural da tal governabilidade a todo custo, defendida com unhas e dentes pelo alto comando petista.”

    Laura Capriglione

  10. Juremir Machado:

    “O PMDB encontrou a fórmula mágica. Faz o vice-presidente da República, um bloco de ministros, o presidente da Câmara de Deputados, o presidente do Senado e muitos governadores. Manda no país sem sentar no trono.

    O PT é refém do PMDB. A prova é ter de eleger Renan Calheiros e engolir Eduardo Cunha.”

    1. Juremir afinal encontrou seu nicho

      No início de sua projeção, exibia-se como pós-modernista franco-atirador anárquico, em Porto Alegre. Levou uma surra intelectual por José Arthur Gianotti em entrevista no caderno Cutura dos sábados na Zero Hora (que teve seus bons tempos naquele cadeerno, hoje desfigurado). Era moda ser pós-modernista franco-atirador. E numa polêmica, outra surra (permitam-se a palavra popular) pelo Luís Augusto Fisher, erudito professor na faculdade de Letras, num artigo tão excelente quanto contundentemente sarcástico sobre Juremir). Quando Belchior esteve em Porto Alegre, Juremir quebrou o pacto de não expor o que Belchior aceitara falar em entrevista exclusiva (blog Sul21). De tempos pra cá, encontrou seu nicho em que escreve o que a gente de esquerda e simpatizantes de senso crítico espera ouvir e ler. Mas é outro oportunismo. Essas coisas só quem o acompanhou em início de carreira. De qq maneira, tem papel positivo. Mas chove em cima do molhado e faz sucesso.

  11. Dilma não é só ela (óbvio?)

    Há, como alguém falou por aqui, o comando petista. Falhas de comunicação vêm de longe e, pelo jeito, continuarão. Pode ser tolice, que seja, mas é uma opinião de cidadão: cheguei a pensar (na época) se não seria melhor outro(a) candidato(a) ter ganhado as eleições, e não uma vitória de Pirro. Agora, tá parecendo personalizar, por mais que nosso sistema presidencialista tenda a acentuar o papel individual. O aspecto centralizador já tinha sido apontado no manifesto Por que Apóio Dilma – só o comando petista não leu, não pensou, e não se preparou pra isso? Nem os simpatizantes, nem a militância. Surpresas? Agora?

  12. O desastre no Congresso…

    …tem tudo a ver com o do Governo.

    O PT elegeu o presidente da república, mas não chega a 15% do Congresso. Mesmo minoritário dentro da coligação tem a maioria absoluta dos ministros, e ainda exige dos aliados que ocupam o primeiro escalão que nomeiem cães de guarda petistas para vigiá-los. Por quê não mudar?

    Reserve ao PT os ministérios da Fazenda, Planejamento, Justiça, Relações Exteriores e Defesa e os órgãos de controle e governança (CC, BC, CGU, GSI, etc.) Para os aliados após prévia negociação, com o estabelecimento de metas, usar a “porteira fechada”, deixe o cargo de ministro para o cacique que for indicado, em contrapartida para os cargos técnicos do 2º e 3º escalões exija pessoas com experiência prévia na área, a livre escolha, sem forçar a barra para inserir olheiros petistas. Para os partidos com grandes bancadas entregue um filé (cidades, por exemplo) e um abacaxi, tipo Meio Ambiente.

    Para os Ministérios e Secretarias da chamada área social faça a distribuição para os que possuem ligações com os ditos movimentos sociais. O PC do B poderia ficar com Igualdade Racial e Políticas para Mulheres, etc.

    Controle o cofre e a fiscalização, ficando com os méritos do crescimento econômico e da estabilidade financeira, deixe para os aliados os bônus das políticas setoriais. A grande maioria das bancadas estaria contente e o risco de uma punhalada sorrateira ao anoitecer permaneceria baixo.

  13. Nassif, ontem registrei,

    Nassif, ontem registrei, aqui, questionando se a Dilma lê ou não seu blog. Ao ler a o post sobre a saída da Graça Foster, pensei comigo: a Dilma leu os post de ontem e outros mais. Sobre as informações reveladas a respeito do Cunha e a ausência de atitudes e ações estrategicas por do gov Dilma, não tem nervo de aço que aguenta tanto amadorismo. Um governo eleito democraticamente que sofre todo tipo de golpe diariamente, que vive sofrendo possíveis ações de impechtman, não pode agir amadoramente como continua agindo. Dessa forma corre risco não completar o ciclo ou sair pior que o FHC, além de entregar a condução política do país um outro Cunha.

  14. Nassif, ontem registrei,

    Nassif, ontem registrei, aqui, questionando se a Dilma lê ou não seu blog. Ao ler a o post sobre a saída da Graça Foster, pensei comigo: a Dilma leu os post de ontem e outros mais. Sobre as informações reveladas a respeito do Cunha e a ausência de atitudes e ações estrategicas por do gov Dilma, não tem nervo de aço que aguenta tanto amadorismo. Um governo eleito democraticamente que sofre todo tipo de golpe diariamente, que vive sofrendo possíveis ações de impechtman, não pode agir amadoramente como continua agindo. Dessa forma corre risco não completar o ciclo ou sair pior que o FHC, além de entregar a condução política do país um outro Cunha.

  15. Se esta afirmação estiver

    Se esta afirmação estiver correta, não se configuraria algo parecido com o criticado esquema dito “mensalão” ?

    “Havia sinais evidentes no Congresso de uma bancada de parlamentares recebendo mesada de Cunha. Na legislatura anterior, ele controlou comissões estratégicas, de interesses de grandes grupos econômicos, e passou a ter acesso fácil a recursos.”

  16. Se esta afirmação estiver

    Se esta afirmação estiver correta, não se configuraria algo parecido com o criticado esquema dito “mensalão” ?

    “Havia sinais evidentes no Congresso de uma bancada de parlamentares recebendo mesada de Cunha. Na legislatura anterior, ele controlou comissões estratégicas, de interesses de grandes grupos econômicos, e passou a ter acesso fácil a recursos.”

  17. Não entendo muito de relações políticas

    Não entendo muito de relações políticas, portanto não sei bem o que Dilma pode fazer agora para salvar o seu já mau começado governo .

    Mas entendo um pouco de fé e acho que a Dilma deve começar a rezar agora .Já.

    Se ajoelhar ao pé da cama ,todo dia ,  antes de dormir e ao acordar e orar a Deus , Alah , Yahveh , Buda , Jesus , Marx , Darwin , Che Guevara … sei lá , em quem ela acreditar , mas rezar muito . Muito mesmo. Pois vai precisar
     

  18. Tem um ponto que ninguém leva em consideração.

    O “orgulho ferido” e agora cheio da bancada evangélica.

    Fora isso, está se dando muita corda pra baixo clero se enforcar, independente da filiação religiosa.

    (e ainda devemos lembrar que o sol é o melhor desinfetante… deixem que agora exponham o que pensam…)

  19. Para entender Eduardo Cunha
    Para entender Eduardo Cunha

    A vitória acachapante de Eduardo Cunha para Presidente da Câmara explicitou um processo que ocorre desde o início do 1º governo de Dilma Rousseff: o de fortalecimento do lobby empresarial no legislativo brasileiro.

    Dilma buscou enfraquecer a velha política. As emendas parlamentares foram distribuídas a conta gotas, os ministros tinham a tutela de secretários-executivos da confiança da presidenta e pouco podiam se manifestar, feudos importantes nas estatais foram desfeitos. O PAC reduziu a importância dos parlamentares na negociação de grandes obras, pelo menos para a maioria do congresso. O RDC (Regime Diferenciado de Contratação) reduziu a discricionariedade do gestor especialmente em pequenas e médias obras.

    Nem mesmo a arte de simular influência, tão comum na política, foi permitida aos congressistas. Não havia carona no avião presidencial e a sonhada foto do parlamentar descendo do avião em sua base ao lado de um presidente da república. Dilma pouco recebia os congressistas no Palácio do Planalto e eram raras as fotos ao seu lado.

    Ao mesmo tempo que Dilma enfraquecia os instrumentos tradicionais de política, não houve um esforço para estabelecer uma nova forma de se fazer política no legislativo. Poucas foram as vezes que um parlamentar progressista pôde discutir com a opinião pública um tema relevante, com a rara exceção de Alessandro Molon (PT-RJ) no debate sobre o Marco Civil da Internet.

    Pauta positiva não faltou: endurecimento da legislação de lavagem de dinheiro, reforma da previdência do setor público, punição para empresas corruptoras, PEC das Domésticas e cotas em universidades públicas e no serviço público são apenas alguns exemplos. E qual foi a exposição de parlamentares nesses debates?

    Como na política não há vácuo, o espaço foi preenchido pelos lobbies empresariais articulados por grandes escritórios de advocacia. Hoje, muito mais que atuar no judiciário, esses escritórios oferecem soluções jurídicas a seus clientes, estejam elas no Poder Judiciário, no Legislativo ou no Executivo.

    Eduardo Cunha, aliado a esses grandes escritórios, ofereceu a saída política e financeira ao congresso, especialmente no financiamento de campanhas eleitorais que chegaram a custar de R$ 10 milhões a 15 milhões na disputa para a Câmara dos Deputados.

    Não houve tema de relevância econômica que Eduardo Cunha não tenha participado das negociações: desonerações da folha de pagamentos e dos investimentos, novo prazo para o Refis da Crise, perdão das multas aplicadas pela ANS, tributação de empresas coligadas no exterior entre outras.

    Na articulação sobre as desonerações que chegaram a R$ 100 bilhões por ano, Cunha deu um verdadeiro baile no Governo. Desorganizado, o Governo não montou um modelo lógico de negociação com o Congresso. As MPs eram enviadas sem que os parlamentares fizessem sugestões de setores a serem incluídos nas desonerações dentro de critérios estabelecidos pelo Governo. As demandas dos parlamentares eram acatadas no Congresso sem contraponto do Governo, mas posteriormente vetadas. Na apreciação dos vetos, os setores com maior poder de pressão política eram incluídos na MP seguinte.

    Se fosse um Delfim Netto negociando uma quantidade tão grande de desonerações, teria saído Presidente da República. Contudo, como grande parte das desonerações havia sido obtidas “na marra”, não houve ganho legislativos para o Governo e o Ministro Mantega foi demitido durante o processo eleitoral, sem o apoio de um único setor digno de nome.

    O resultado das eleições legislativas foi fruto desse processo. O PT perdeu 30% de sua base parlamentar na Câmara, houve uma enorme fragmentação política e o domínio do PSB se deslocou para lideranças de direita.

    O cenário já era adverso e a articulação política colecionou tropeços.

    Dilma nomeou para a articulação política o deputado Pepe Vargas (PT-RS), da minoritária tendência petista Democracia Socialista. Esta tendência também emplacou os nomes de Henrique Fontana (PT-RS) como líder do governo na Câmara e Miguel Rossetto (PT-RS) como Secretário-geral da Presidência da República. Estes são nomes de primeira grandeza, com boa capacidade de discursar e interesses republicanos. No entanto, não possuem a capacidade de articulação necessária para estes cargos.

    Na Casa Civil, foi mantido Aloizio Mercadante que é uma espécie de Serra do PT, com incrível poder de desagregação. Mercadante busca o monopólio da interlocução com a presidenta, buscando desgastar eventuais concorrentes. Contudo, foi o responsável pela articulação nas maiores derrotas dos governos petistas: a queda da CPMF quando era líder do Governo e agora na eleição da mesa diretora da Câmara dos Deputados.

    Mesmo distribuindo uma enorme quantidade de cargos a figuras pouco recomendáveis, a articulação política encabeçada por Mercadante não evitou a humilhante derrota Câmara.

    1. Parabéns

      Análise mais sensata de toda essa crise que assola o Poder Executivo Federal, vale um post para discussão entre todos os leitores do blog

  20. Uma questão de fundo pouco ou

    Uma questão de fundo pouco ou nunca sobrelevada por qualquer analista: a perda de qualidade dos eleitos para o Congresso nos últimos 8 anos. Por várias razões, mas a principal, sem sombra de dúvidas, é a parafernália, a anarquia partidária, e por extensão, da falência do próprio  sistema político. A partir de 1988 nos “embebedamos” com tanta “democracia”. Agora curtimos a ressaca braba. 

    Ou não é anarquia(ontem fui mais brando e remeti à brincadeirinha) um país que convive com mais de 30(trinta) partidos? Tem agremiações para todos os gostos. Mas todas com um só objetivo: o patrimonialismo. Nesse sentido, regridimos à Política de antanho. De que adiantou, nessa esfera, uma constituição tão avançada como a de 1988? 

    Dilma errou. Dilma erra. Dilma continuará errando. Dilma não é uma artífice da arte da política. Entretanto, se a jogadora já é perna-de-pau, como querer algum rendimento se o “campo” (sistema) é esburacado, os adversários são desleais e matreiros e os  companheiros de equipe (aliados, assessores, ministros etc) mais para o saudoso “Coalhada”(personagem do Chico Anisio) do que para o Neymar?

    Sem falar que o técnico – Lula –  quando mais se precisa dele mais se esconde. Ou, outra hipótese, não seja mais ouvido pela “perna-de-pau”. 

    A nossa presidente nunca esteve tão só no sentido político do termo. Partidários lhe esfaqueiam pelas costas(Marta Suplicy diariamente mete o punhal); conselheiros dignos desse nome não há; a parte da imprensa aliada ou menos cáustica, inclusive blogs “progressistas”, começam a dar sinais de exaustão(vide artigo de ontem do insuspeito Ricardo Kotscho); e por último, sem ser o último. a carranca dos movimentos sociais pelo desprestígio.

    Enquanto isso……..enquanto isso a oposição – política e midiática – faz a festa. Nas manchetes e chamadas de primeira página dos jornalões só matérias negativas. Articulistas como Merval Pereira et caterva já perderam totalmente a inibição: o impeachment não é mais uma dúvida, agora é quase certo. O “istoriador” Marco Villa já encomendou o corpo. 

    Resta apelar para o sr. “juiz” e pedir um “time”; uns quinze minutinhos para ela, e principal nós, respirarmos e bebermos uma “aguinha”.

    “E haja coração”, brada o locutor “mala”. 

  21. suicídio político ou nova política de governo?

    segue o motivo da dúvida:

    quanto mais permitir que joguem segundo as regras, mais fácil impedir que delas escapem

    a meu ver, curar os males da nossa política é isso;

    vingá-los, como mídia quer que passe a acontecer, é outra coisa

    sim! é um risco político muito grande!

    mas reparem que a judicialização diz respeito às regras, não ao jogo

     

    do jeito que as coisas andam, mais vale suicidar-se politicamente do que ficar nas mãos desses canalhas

  22. Ives Gandra em parecer sobre impeachment e Obs:

    Ives Gandra em parecer sobre impeachment: http://s.conjur.com.br/dl/parecer-ives-gandra-impeachment.pdf

    e “O Chefão Do Opus Dei Fornece Munição Para O Impeachment De Dilma” e

    “Apostando Na Fisiologia, Dilma Se Tornará Refém Dos Ratos”  http://naufrago-da-utopia.blogspot.com.br/

     http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz3012200411.htm  e http://aluzprotegida.blogspot.com.br/

    Obs 1 : Recebo umas poucas newsletters, ou visito além dos mais conhecidos blogs alternartivos críticos do establishment (lei-os em parte e rapidamente como faço aqui também. Eventualmente, posto, reproduzo alguma matéria no Posts do Dia). Só e somente só cheguei ao 1º link através do 2º link. O 3º link é uma carta de Jacob Gorender a respeito do polêmico ex-militante e militante de nebulosa história (por isso, boicotado pela blogosfera de esquerda e afins por ter dedurado companheiros – leia-se a carta de Gorender). O 4º link é do autor Carlos Lungarzo (entre vários outros, científicos, de politica, etc, por exemplo o extenso e documentado sobre O Caso Battisti, livro que merece ser lido ontem, hoje e amanhã, a história da Itália, a Operação Mãos Limpas, o PCI, os grupos de extrema esquerda, e por que um italiano de uma revista semanal fez obsessiva campanha pela expulsão de Battisti). Anarquista declarado, muito culto, trata do tema do post-título e de outros afins, pena que é blog pouquíssimo conhecido, não sei por quê, já que se tem aproximado do PT).

    Obs 2: Se O GGN Nassif julgar que não está de acordo com a linha editorial ou com seu artigo, compreendo, e até solicito, que o delete, mesmo que isto não seja prática do Blog. Acatarei e reconhecerei a inapropriedade. Claro que acho que é pertinente, mas como qq um, posso estar enganado.

    1. Obs 3: Já tinha encaminhado internamente pelo Contato

      Já tinha encaminhado internamente pelo Contato pedido pra citar o link do polêmico blogueiro ex-militante. Interpretei como sinal OK.

    1. grande morallis, boa tarde…

      sou capaz de bancar que onde existem políticos desse nível, o lugar mais adequado para se colocar a ratoeira é no bolso de cada um

  23. “cunhalão” é quase certo, histórico…

    coisas de raiz

    e só mesmo a nossa imprensa para ouvir, e calar-se, que gastou-se apenas 1 milhão para agradar a quase 250 políticos, sendo que todos ficaram muito satisfeitos e votaram conforme combinado

    apenas 1 milhão para quase 250 alegrarem-se? quando já aconteceu e onde?

  24. Tolice, irrealismo ou não, acredito no longo prazo.

    É muitíssimo cedo pros agouros e críticas. Se reproduzi logo abaixo, não é por concordar (até concordaria se fosse no meio do mandato pro término). Como uma vez , perguntado por um jornalsita o que Mao Tsé Tung achava, avaliava da Revolução Francesa. Aí, ele respondeu (teria respondido): ” – Quando foi, mesmo? ” O jornalista teria respondido: “Em 1789” . E Mao, numa sabedoria: “É cedo pra avaliar”. Idem, o Golpe (Chomsky acha que foi golpe – tá no YouTube), a Revolução Russa, ainda é cedo, e um monte de avaliações foram e estão sendo feitas… Lembremos, pelo menos, a frase de Mao. Idem, o atual Mandato.

  25. Lendo a repercussão da

    Lendo a repercussão da eleição de Cunha na Câmara, dos vazamentos seletivos da Lava Jato e respectivos assassinatos de reputação na imprensa, da tentativa de destruir a Petrobras, e as suspeitas fortes da existência de um “Cunhalão” no Congresso, tenho a impressão de estarmos à beira do apocalipse.

    Prefiro reservar o pessimismo para os dias melhores que certamente virão. Acredito que o maior e mais grave desastre que se abateu sobre nós foram os 21 anos de ditadura civil militar que desmantelaram o ensino público, a organização social democrática e as famílias brasileiras. Falta mobilização cidadã de gente capaz de usar a cabeça para algo mais nobre que colocar um boné com a aba virada para trás e enfiar fones do smartphone nos ouvidos. 

  26. Na época da farsa do mensalão

    Na época da farsa do mensalão a situação do PT era infinitamente pior que agora.

    O Lula estava fragilizado, as conquistas sociais do governo ainda eram incipientes, a pobreza era muito maior que hoje, o desemprego também era muito maior, e para piorar, a mídia tinha muito mais força que tem hoje.

    É claro que houve um estrago na imagem do partido, mas de uma certa forma o PT se recuperou, tanto que ganhou mais três eleições.

    E agora ?

    A situação do PT é muito melhor, olhando para todos os ângulos que se queira olhar, até a mídia está mais fraca, perdeu bastante força de lá para cá.

    O PT perdeu apenas  uma partida no inicio do campeonato, tá certo que levou um chocolate, mas também não foi uma goleada de 7×1 como muitos dizem.

    É só a técnica trocar alguns jogadores, arrumar uma nova tática, um novo capitão, ensaiar jogadas de bola parada para não  perder nenhuma oportunidade de gol, arrumar um bom patrocinio para vender melhor a sua imagem na TV, que ganha esse campeonato facilmente.

    E tem mais, o outro time é corrupto, eles compraram os juizes,subornaram os membros da federação e ainda gastaram uma grana com propaganda na TV.

    Na boa, dá para ganhar esse campeonato facilmente.

    Se tiverem na dúvida chamem o Pelé para dá uns conselhos que ele resolve, até porque, ele deve ser o técnico do próximo campeonato.

  27. Vejo como maior problema, na

    Vejo como maior problema, na verdade, a venalidade e falta de definição ideológica do PMDB e o fato de que a direita cresceu nas duas casas legislativas federais. e não há opções para contrapor essas forças. A oposição a Dilma, polarizada e catalizada pelas eleições, faria o que está fazendo independentemente de qualquer tentantiva de aproximação de Dilma. Nada – note-se bem – nada que Dilma fizesse poderia mudar esse quadro. Ainda existe aí uma questão de cunho religioso-conservador, com predomínio de tais grupos na casa. Só resta oferecer alianças baseadas em vantagens recíprocas que não sejam ilícitas e buscar uma agenda comum. Lula, talvez, com sua capacidade de intermediação, poderia ter se saído melhor – mas a tendência é o acirramento devido ao lapso temporal durante o qual o PT já governa, com desgaste diário via mídia e agora também, Judiciário e MP. Dilma pode chamar o povo a participar, seja como for possível, e se manifestar em apoio ao projeto de governo para o qual ela foi eleita. A militância tem que ser chamada a participar e não se acanhar. O mandato é dela, fique claro, mas a militância teve papel fundamental em sua eleição, contra tudo e todos. 

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