A história dos três atentados contra Hitler

do Blogo de Jota A. Botelho no GGN

1- DOCUMENTÁRIO: MATANDO HITLER (dublado) 
2- O ATENTADO CONTRA HITLER (espanhol)
3- A NOTÍCIA E CELEBRAÇÃO DA MORTE DE HITLER 

Fotos:
1- O julgamento e morte dos conspiradores;
 
2 –
 Stauffenberg (acima). Hitler Mussolini mostra o local da explosão;
3 – 
Recorte de jornal com a notícia da morte de Hitler.

I – 1939: PRIMEIRO ATENTADO CONTRA HITLER

No dia 8 de novembro de 1939, Hitler escapou por pouco de um atentado que matou oito pessoas numa cervejaria de Munique.


Hitler em 1939, ao receber o premiê tcheco Joseph Tiso em Berlim 

A bomba, detonada no porão de uma cervejaria em Munique, matou oito pessoas e causou ferimentos em outras 63. Tratava-se de um atentado a Adolf Hitler, que havia se retirado do local pouco antes da explosão. Seu autor, capturado na mesma noite ao tentar fugir para a Suíça, ficou preso no campo de concentração de Dachau e foi morto pouco antes de acabar a Segunda Guerra Mundial. A guerra iniciada por Hitler poucos meses antes preocupava os alemães. Os principais críticos da tática expansionista do líder nazista estavam entre os políticos, funcionários do alto escalão militar ou dos ministérios do Reich. Havia também os individualistas, caso do carpinteiro Georg Elser, de 36 anos, que planejou e executou o atentado a bomba contra Hitler no porão de uma cervejaria. Nos poucos dias que antecederam a reunião anual para lembrar o atentado fracassado contra Hitler de 1923, Elser conseguiu entrar mais de 30 vezes, à noite e despercebido, nos salões no porão da cervejaria Bürgerbräu e montar o artefato dentro de um dos pilares de madeira. Ele havia conseguido o explosivo numa pedreira, onde começou a trabalhar exclusivamente para roubar a dinamite. 

Prisão na mesma noite

Selo postal em celebração dos 100 anos de Georg Elser (2003)

Devido à guerra, as festividades tiveram um programa bem mais curto do que o previsto. Por isso, o discurso de Hitler aconteceu bem mais cedo e ele deixou o local exatamente 13 minutos antes de a bomba explodir. Elser foi preso na mesma noite, quando tentava escapar para a Suíça. O ódio a Hitler, a morte do irmão num campo de concentração e seus contatos com a resistência comunista o haviam levado a cometer o atentado. Georg Elser ficou preso no campo de concentração de Dachau, perto de Munique, sendo assassinado por membros da Gestapo e da SS quase no final da guerra, em 1945.

II – 1944: ATENTADO DE STAUFFENBERG CONTRA HITLER

Em 20 de julho de 1944, militar liderou um atentado em nome do movimento de resistência, do qual faziam parte vários oficiais. Hitler ficou apenas ferido na explosão da bomba em seu quartel-general.

O conde Claus Philip Maria Schenk von Stauffenberg é um dos principais personagens da conspiração que culminou no fracassado atentado contra Adolf Hitler em 20 de julho de 1944. Nascido na Suábia a 15 de novembro de 1907, Stauffenberg foi um patriota alemão conservador, que a princípio simpatizou com os aspectos nacionalistas e militaristas do regime nazista. Mas desde cedo começou a questionar não só o genocídio de judeus, poloneses, russos e outros grupos da população estigmatizados pelo regime de Hitler, como também a forma, em sua opinião “inadequada”, de comando militar alemão. Mesmo assim, como muitos outros militares, preferiu no começo manter-se fiel ao regime. Em 1942, junto com seu irmão Berthold e outros membros da resistência, ele ajudou a elaborar uma declaração de governo pós-derrubada de Hitler. Os conspiradores defendiam a volta das liberdades e direitos previstos na Constituição de 1933, mas rejeitavam o restabelecimento da democracia parlamentar. 

Ferimentos na África


Stauffenberg ao lado de seus filhos

Em março de 1942, Stauffenberg havia sido promovido a oficial do Estado Maior da 10ª Divisão de Tanques, com a incumbência de proteger as tropas do general Erwin Rommel, após o desembarque dos Aliados no norte da África. Num ataque aéreo em 7 de abril de 1943, Stauffenberg perdeu um olho, a mão direita e dois dedos da mão esquerda. Após recuperar-se dos ferimentos, aliou-se ao general Friedrich Olbricht, Alfred Mertz von Quinheim e Henning von Treskow na conspiração que passaram a chamar de Operação Valquíria. Oficialmente, a operação pretendia combater inquietações internas, mas na realidade preparava tudo para o período posterior ao planejado golpe de Estado. Os planos do atentado que mataria Hitler foram elaborados com a participação de Carl-Friedrich Goerdeler e de Ludwig Beck. Os conspiradores mantinham, além disso, contatos com a resistência civil. Os planos visavam a eliminação de Hitler e seus sucessores potenciais – Hermann Göring e Heinrich Himmler. A primeira tentativa de atentado em Rastenburg (hoje Polônia), no dia 15 de julho, fracassou. 

Explosão causou quatro mortes

Na manhã de 20 de julho de 1944, Stauffenberg voou até o quartel-general do Führer “Wolfsschanze”, na Prússia Oriental. Com seu ajudante Werner von Haeften, ele conseguiu ativar apenas um dos dois explosivos previstos para detonar. Mais tarde, usou uma desculpa para entrar na sala de conferências, onde depositou a bolsa com explosivos ao lado do ditador. Incomodado pela bolsa, Hitler a colocou mais longe de si. A explosão, às 12h42, matou quatro das 24 pessoas na sala. Hitler sobreviveu. Na capital alemã, os conspiradores comunicaram por telefone, por volta das 15 horas, convencidos do êxito da missão: “Hitler morreu!” Duas horas mais tarde, a notícia foi desmentida. Na mesma noite, Von Stauffenberg, Von Haeften, Von Quirnheim e Friedrich Olbricht foram executados. No dia 21 de julho, os mortos foram enterrados em seus uniformes e condecorações militares. Mais tarde, Himmler mandou desenterrá-los e ordenou sua cremação. As cinzas foram espalhadas pelos campos. 

III – A DERROTA E O SUICÍDIO

 
A notícia e foto de Hitler morto 

The News Chronicle: “Hitler morto” (2 de maio de 1945)
Em 2 de maio de 1945, The News Chronicle, que mais tarde se tornou Daily Mail, publicou este título em negrito. Na época, ninguém tinha certeza se a notícia era verdadeira. O artigo alegou que Hitler havia morrido em uma ação. Mais tarde descobriu-se que ele havia cometido suicídio.

A partir de 1943, no entanto, a queda alemã tornou-se inexorável e o atentado de Julho de 1944 contra mim revelou a força da oposição interna. Nessa época a minha saúde estava muito debilitada, possuía problemas cardíacos, era hipocondríaco, sofria de insónia e estava a envelhecer precocemente. Após uma última derrota (ofensiva das Ardenas, em Dezembro de 1944), Hitler refugiou-me num bunker (esconderijo) na cidade de Berlim, onde mais tarde cometeria suicídio em 30 de Abril de 1945. Uma maioria esmagadora dos relatos históricos sustenta a tese do suicídio de Hitler. No entanto, existem rumores na América Latina segundo os quais Hitler teria fugido para um país da América do Sul onde teria morrido com uma doença incurável, tendo sido um sósia a morrer no bunker em Berlim. O mesmo teria acontecido com Eva Braun, sua noiva, com quem se teria casado pouco antes do suicídio. Segundo alguns historiadores, Braun teria casado com ele somente depois de jurar “fidelidade” e prometer que se mataria junto com ele. Os seus corpos não foram encontrados, ele teria mandado a sua guarda cremá-los, talvez para que não houvesse nenhum modo do inimigo torturá-lo, nem após a sua morte. Uma segunda corrente de historiadores, no entanto, acredita que o fim da vida de Adolfo Hitler teria ocorrido com a destruição de seu bunker em Berlim, por um grande ataque aéreo dos aliados já no fim da grande guerra. Acreditam ainda que, após este ataque ao seu bunker, os corpos de Eva Braun e do braço direito de Hitler, Heinrich Himmler, também foram encontrados, mas em melhores condições que o do próprio Hitler: tinham nos seus corpos queimaduras e marcas das ferragens, já o de Adolfo Hitler estava carbonizado, sendo reconhecido apenas pela sua vestimenta e pelo seu bigode. O reconhecimento do corpo de Hitler foi feito pelos seus próprios comandantes e soldados capturados. Pelo facto dos corpos terem sido encontrados carbonizados, os aliados teriam vinculado a notícia de que os seus corpos não foram encontrados, mas se sabe, através de relatos, que não fora a ordem de Hitler para cremar seus corpos o real motivo para os mesmos terem sido localizados desta forma, mas sim o da explosão de uma bomba que teria destruído o bunker onde ele e os seus fiéis colaboradores se encontravam. As autópsias feitas nos corpos encontrados no bunker em Berlim revelaram que num dos corpos havia uma bala de pistola Luger. Boatos dizem que era a arma com a qual Hitler se havia matado antes da bomba cair no seu bunker, ou ainda que um dos seus colaboradores havia disparado contra Hitler para que o mesmo não fosse capturado vivo pelos aliados.

Fontes:
1-http://www.dw.de/1939-primeiro-atentado-contra-hitler/a-671357
2-http://www.dw.de/1944-atentado-de-stauffenberg-contra-hitler/a-1271132
3-http://curteahistoria.wikispaces.com/Adolfo+Hitler



Luis Nassif

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