Breve nota sobre a conjuntura, por Fernando Pimentel

Enfim, mais uma vez, vamos à luta pela democracia, pelos direitos civis e pela civilização!

Breve nota sobre a conjuntura

por Fernando Pimentel

Duas questões vitais eclodiram nesse momento:

1 – Enfrentar o debate civilizatório que se explicita no dilema “isolamento social” X “isolamento seletivo”. Em outros termos, mais simples: a sociedade permitirá que o governante decida quem deve morrer e quem deve sobreviver na pandemia? O “risco da morte” será democraticamente administrado, por assim dizer, ou vamos praticar a eugenia nos moldes da Alemanha nazista (naquele país o regime nazista matou e/ou esterilizou legalmente cerca de 500 mil cidadãos definidos como “bocas inúteis”, no âmbito do programa Aktion T4). A opção Bolsonaro (apoiada por boa parte dos empresários, uns poucos veículos da mídia tradicional e por algumas lideranças de setores evangélicos) é claramente por este segundo caminho. A chantagem que está abertamente sendo feita em relação aos trabalhadores (qual risco é preferível: a fome imediata ou a epidemia hipotética?) pode ter êxito. Lembremos que outras pandemias virão, inevitavelmente, segundo todos os especialistas. Esta será uma batalha decisiva, cujo resultado deve definir o rumo da norma civilizatória no Brasil.

2 – Derrotar a articulação golpista já em curso, chefiada e explicitada em entrevista recente, pelo miliciano que ocupa o cargo de presidente. Tarefa tão difícil e necessária quanto a primeira. As frentes de governadores e de prefeitos assumem importância nessa hora, a pressão internacional possível também, a resistência institucional dos demais poderes e, obviamente, todas as possibilidades de manifestação popular contra a ruptura institucional que claramente se avizinha. Tudo somado, criar uma barreira de contenção que dificulte e impeça o golpe, na forma em que vier.

O que cabe agora aos militantes da resistência?  Usar as redes sociais, aumentar o som das panelas, abrir espaços de debate aonde der, ampliar ao máximo as ações possíveis dentro do limite colocado pela pandemia, enfim, mais uma vez, vamos à luta pela democracia, pelos direitos civis e pela civilização!

 

Redação

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