França disposta a nacionalizar empresas atingidas por vírus, diz Financial Times

Emmanuel Macron reforçou na noite de ontem as decisões que restringem movimentos de pessoas, suspendeu as reformas econômicas e atrasou o segundo turno das eleições locais, dizendo que é uma guerra contra o coronavírus.

Jornal GGN – A França soltou um pacote de resgate de emergência de 45 bilhões de Euros para salvar as empresas consideradas importantes para a economia do país. O governo ainda prometeu uma série de medidas, incluindo nacionalização e uma proibição estendida de venda a descoberto. Todas as informações são do Financial Times.

O ministro das Finanças francês, apresentou os planos do governo em entrevista coletiva por telefone, nesta terça, prevendo um encolhimento da economia em cerca de 1% este ano, em vez de crescer mais de 1% como anteriormente previsto.

O Reino Unido deve seguir o exemplo da França, com a expectativa de que o ministro Rishi Sunak revele um pacote de medidas para ajudar as empresas britânicas na crise, concentrando-se, de início nas aéreas, de viagens e hospitalidade.

O primeiro-ministro da Itália, na segunda, dia 16, disse que o resto da Europa seguiria o modelo italiano em resposta à crise, ao apresentar um pacote de gastos de 25 bilhões de Euros para fortalecer o sistema de saúde e garantir empregos.

O presidente da França, Emmanuel Macron, reforçou na noite de ontem as decisões que restringem movimentos de pessoas, suspendeu as reformas econômicas e atrasou o segundo turno das eleições locais, dizendo que é uma guerra contra o coronavírus.

Bruno Le Maire, ministro das Finanças francês, declarou que há uma guerra econômica e financeira também, e será longa, violenta, e que a França, Europa e G7 se mobilizarão para enfrentar.

Nas medidas de emergência, os Euros disponibilizados em medidas de emergência, contemplam impostos e encargos sociais suspensos e pagamentos estatais a trabalhadores temporariamente dispensados por causa da crise.

Além disso, é garantido 300 bilhões de Euros para empréstimos bancárias às empresas para garantir que não entrem em colapso por falta de liquidez.

Le Maire disse, ainda, que o governo está pronto para proteger importantes empresas francesas, capitalizando-as, comprando ações ou mesmo assumindo-as. Usou, inclusive, o termo ‘nacionalização’, o que será feito, caso seja necessário.

A França se juntou à Espanha, Itália e Bélgica na proibição de venda a descoberto de ações para acalmar os investidores, abalados por fortes quedas de preços.

 

Redação

2 Comentários

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  1. Mas Edson J, assim ele está aumentando o endividamento público. Será essa a melhor alternativa nesse momento? Como as empresas estarão praticamente paradas, o ciclo de receita será quebrado, só havendo despesas. Nessa toada e dependendo da duração dessa crise a França, que já não anda bem das pernas, vai quebrar e ficar devendo um fortuna ao banco do bloco.

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