Sem Mandetta, Ministério fala em iniciar a flexibilização do isolamento

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Estados e municípios receberam orientações para transitar do isolamento social ampliado para o isolamento social seletivo, onde a teoria da imunidade de rebanho será aplicada

Jornal GGN – Sem a presença do ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, que pode ser demitido por Jair Bolsonaro ainda nesta segunda (6), o Ministério da Saúde já começa a falar em “flexibilização” das medidas de mitigação contra o coronavírus adotadas pelos estados.

Segundo o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira, hoje o Ministério orientou os estados e municípios sobre a transição do “isolamento social ampliado”, como ocorre em São Paulo e Distrito Federal, para o “isolamento social seletivo”, onde a teoria da imunidade de rebanho será aplicada.

De acordo com Oliveira, no distanciamento social seletivo, “eu abro caminho para que a população jovem possa circular, se infectar e criar imunidade de rebanho”, uma “teoria razoável”.

“Não tem problema, desde que tenhamos leitos, respiradores e equipamentos de proteção suficientes para que os profissionais possam trabalhar com segurança. Bem como ter testes para que os profissionais de diversos setores da economia possam trabalhar com segurança e não infectar o consumidor”, defendeu.

Ele ressalvou que “o distanciamento social é fundamental para que o sistema de saúde se organize. O isolamento não é para impedir a transmissão. Equivoca-se quem acha que seja para isso. Agora, fazer uma transição direta, sem termos os condicionantes de saúde, como equipamentos de segurança, respiradores mecânicos, testes laboratoriais e leitos em quantitativo suficiente, é temerário.”

Ainda de acordo com o secretário, a pandemia não é igual em todos os estados e, por isso, não faz sentido que as medidas de mitigação adotadas em lugares com mais casos sejam aplicadas em todo o território nacional.

“Essa é a questão. Temos locais que precisam ter distanciamento implementado. Tem locais que precisam de estratégia diferenciada. Para isso, publicamos hoje um boletim epidemiológico explicando a diferença entre distanciamento social ampliado, distanciamento social seletivo e bloqueio total, que é o lockdown.”

Confira a partir dos 28 minutos:

 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

7 Comentários

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  1. “Não tem problema, desde que tenhamos leitos, respiradores e equipamentos de proteção suficientes para que os profissionais possam trabalhar com segurança.”
    E estes fdp tem o necessario???
    Genocidas de merda, espero que as denúncias de crime contra a humanidade já estejam sendo preparadas.

  2. “Nessa terra de pigmeus intelectuais
    Que trocam vidas por diamantes
    A juventude é uma banda numa propaganda de refrigerante

    Por isso, Mãe, só me acorda quando o sol tiver se posto
    Pois eu não quero ver meu rosto antes de anoitecer”.

    Engenheiros do Hawaii

    A vida não tem valor infinito para o gado, só a economia tem valor infinito

    Eu vim para que todos tenham vida e tenham vida em abundância, disse Jesus Cristo. Bolsonaro é cristão e faz jejum.

  3. Podemos testar esta seletividade utilizando como cobaias os “defensores” da patria amada Brasil. Os generais retornam aos quartéis, juntamente com os oficiais e soldados, e passam a transitar pelas ruas, junto aos seus familiares, novos e velhos e nós, os crentes da terra plana ficamos no aguardo do resultado em nossos ratinhos

  4. Esse Wanderson é um perigo! Deixou de colocar o covid na rede sentinela de influenza lá em fevereiro, quando foi alertado; deixou de fazer vigilância de viajantes quando talvez valesse à pena; adotou o critério C da OMS (síndrome respiratória aguda grave) de suspeição muito tardiamente o que impossibilitou a detecção de boa parte dos casos iniciais. Foi alertado, mas deve ter tido preguiça de iniciar algo mais robusto. Agora vem com essa história de testar hipótese… Vade retro!!

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