Si vis pacem, para bellum: “Se quer paz, prepara-se para a guerra”

Os Talibãs daqui são militares, evangélicos, ruralistas e ultraconservadores avulsos cooptados pela elite escravagista, que espalha ódio, que convence parte da população a viver feliz no cabresto do analfabetismo

Marcos Corrêa/PR

Si vis pacem, para bellum 

Si vis pacem, para bellum é um provérbio em latim, que significa “Se quer paz, prepare-se para a guerra”, que vem sendo utilizado pelo presidente e por alguns oficiais militares, na tentativa de alcançarem o máximo possível de pessoas com deficiência crítica que possam vir a engrossar as manifestações antidemocráticas do próximo dia sete. 

O comandante da Marinha fez uma publicação no Twitter sobre uma operação militar na qual helicópteros da Marinha, do Exército e da Força Aérea realizam exercícios. Ao final da postagem escreveu o provérbio, que virou grito de guerra dos golpistas comandados por Bolsonaro. 

As Forças Armadas vão à guerra contra qual inimigo?  

Pelo que se sabe não há nenhum país tentando invadir o nosso território, os EUA, por enquanto, desistiram de invadir a Venezuela. Os países vizinhos estão preocupados em proteger seu povo da pandemia, em educar jovens e crianças, em fortalecer a economia, valorizar a arte e a cultura, em garantir emprego, pagar salários justos a trabalhadores e aposentados, em não deixar faltar alimento na mesa das famílias, proporcionar harmonia e lazer na busca do bem-estar social. 

Quem será o inimigo que ameaça a paz e a soberania brasileira? 

O Afeganistão não pode ser, os Talibãs tomaram o poder, o presidente fugiu e o Palácio foi tomado pelos combatentes extremistas que estão controlando todo o território. Nosso presidente cumpre mandato outorgado pelas urnas, não está sendo ameaçado por nenhum grupo xiita, o Brasil é uma democracia e as instituições estão funcionando dentro do Estado Democrático de Direito conforme a Constituição. 

A realidade é que o Brasil se transformou em um inferno desde que as elites resolveram que não podíamos nos vestir com roupas novas, viajar de avião, ter conta bancária, comer carne, comprar carro e entrar na universidade. 

Os Talibãs daqui são militares, evangélicos, ruralistas e ultraconservadores avulsos cooptados pela elite escravagista, que espalha ódio, que convence parte da população a viver feliz no cabresto do analfabetismo, roendo osso, lambendo botas e gritando guerra contra ela mesma. 

Si vis pacem, para bellum, é o cacete! 

Ricardo Mezavila é cientista político

Este texto não expressa necessariamente a opinião do Jornal GGN

Redação

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