Andre Motta Araujo
Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo
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A assustadora equipe econômica, por André Araújo

Por André Araújo

A ASSUSTADORA EQUIPE ECONÔMICA – Os novos diretores do Banco Central estão à direita de Gengis Khan no tratamento ortodoxo da economia. São todos ultra monetaristas e ligados ao mercado financeiro, os que ficaram como herança da antiga administração são também os mais radicais e que sempre votaram pelos juros altos.

Vejamos os históricos de cada um:

POLÍTICA ECONÔMICA – Carlos Viana, da turma da PUC Rio com doutorado em Princeton, foi economista do Federal Reserve Bank of New York, um dos 12 braços do Federal Reserve System, foi economista chefe do Banco Opportunity, elogiadíssimo pelo mercado financeiro.

POLÍTICA MONETÁRIA – Reinaldo Le Grazie vem do Bradesco Asset Management, braço de administração de fortunas do Bradesco – As “asset management” tem como clientes os rentistas e, por causa disso, tem um viés natural para juros altos. O mercado financeiro o acha um campeão da ideologia mercadista como matriz do processo econômico.

ASSUNTOS INTERNACIONAIS – Thiago Berriel, mais um da PUC – Rio. Armínio Fraga e Ilan Goldfajn foram orientadores da tese desse ortodoxo, o que já define o que pensa da economia como ciência e como visão de mundo. Ficaram na mesma cadeira Antonio Meirelles, na Diretoria de Fiscalização, Otávio Damaso na de Legislação e Sidney Marques na de Organização. Meirelles e Sidney são da torcida dos juros altos, até mais radicais do que a turma da PUC Rio, se é que isso é possivel. Esses dois foram votos dissidentes quando outros diretores ortodoxos votaram  pela baixa da Selic.

O que chama  a atenção sobre esse time é a completa inexistência de diversidade de pensamento econômico, algo considerado muito valioso no Conselho de Diretores (Board) do banco central americano, o FED, onde cada um dos sete membros tem origem em escolas de economia de diferentes linhas, exatamente para criar uma multiplicidade de visões. A equipe econômica tem no seu topo um banqueiro, Henrique Meirelles, cuja carreira foi toda desenvolvida em banco comercial americano aqui e nos Estados Unidos e Ilan Goldfajn, um israelense nascido em Haifa e também ligado a PUC-Rio, cuja última vinculação foi com o Banco Itaú, o que já diz muita coisa sobre sua ideia de economia.

Chama a atenção a absoluta ausência nessa equipe de qualquer exposição à economia produtiva, ao agronegócio, ao comércio varejista ou atacadista, aos transportes, à infraestrutura, aos serviços, à pequena e média empresa, setores e atividades que constituem o coração da economia de um grande País.

É como se toda a cúpula do Ministério da Saúde fosse constituída exclusivamente de médicos especialistas em cirurgia plástica. Como consequência dessa formação, todo o foco da equipe está centrada num unico objetivo: trazer à inflação ao centro da meta, como se isso fosse a única coisa que interessa à população, que nem liga para o desemprego e para a falta de dinheiro.

Mesmo entre economistas de formação clássica, há a consciência de que, em tempos de profunda recessão causada pela falta de dinheiro para consumir, não tem sentido o combate exclusivo à inflação que já está naturalmente em queda pela falta de demanda. Combater uma febre que já está baixando, qual o sentido? Esse combate único é o total do discurso de posse do presidente do Banco Central, que não demonstrou a mínima preocupação com a recessão e o desemprego, assuntos sequer abordados em sua fala, o resto da equipe pensa a mesma coisa, são todos fanáticos da moeda e nada além, a produção é um detalhe sem importância.

É de conhecimento também da economia clássica que se combate depressão e recessão com expansão monetária para criar demanda e não apenas pela confiança na moeda. Sem demanda a ser atendida, não há razão para novos investimentos, é a existência da demanda que promove a construção de uma nova fábrica e não a confiança na moeda.

A equipe econômica não pensa em combater a recessão porque não sabe como fazer, todo seu treinamento é para congelar a moeda na chamada “paz de cemitério”, onde por não haver vida não há movimento e muito menos inflação, atingir o centro da meta é o ponto final.

Na Inglaterra, onde foi iventado o capitalismo moderno e seu antídoto, o socialismo, há pleno conhecimento sobre o que fazer numa recessão. Keynes, um economista ortodoxo, mudou a direção do vento quando viu a depressão de 1930 e pregou para combatê-la a expansão monetária para gerar consumo, disse “vale a pena mandar homens levar pedras de um para outro lado da estrada apenas para poder pagar-lhes algum salário e gerar capacidade de compra”, isso como receita para combater a Grande Depressão, em carta a Roosevelt.

Keynes era um economista clássico e não um maluco, quando chamaram sua atenção para sua incoerência disse “eu sou coerente com as circunstâncias”, significando que sua receita era aquela que as circunstâncias pediam.

A prioridade número um do Brasil é hoje sair da recessão para gerar empregos, e a equipe econômica nomeada tem, como único treinamento, fazer exatamente o contrário, aprofundar a recessão para “trazer a inflação para o centro da meta”, o que significa mais recessão através de dois instrumentos, manter os juros altos e valorizar o Real, duas ações que fatalmente vão aumentar o desemprego.

Não é culpa deles, são pessoas cuja única visão de mundo e de economia é essa, são cozinheiros que só aprenderam a fazer um prato, não conseguem fazer outro e ao fazê-lo nas circunstâncias erradas, vão aumentar o desastre por que passa a economia brasileira.

Essa visão de economia que vem do mercado financeiro foi SUPERADA após a crise de 2008 e já não é mais aceita a lição de casa ensinada pelo mercado financeiro mas a “nossa equipe” estudou antes de 2008 e só sabe a lição antiga, não aprenderam novas técnicas e não lembram que o Japão e a União Europeia estão desesperadamente tentando criar inflação para reativar a economia, a inflação tal qual uma dose de conhaque na neve, pode às vezes ser necessária, ela não é maligna por si só, pode ser uma ferramenta temporária e necessária, embora eu acredite que a injeção de R$1 trilhão em investimentos públicos no Brasil não gera inflação por causa da imensa capacidade ociosa na indústria e na mão de obra, e um investimento desse porte criaria 6 milhões de empregos em 1 ano.

Evidentemente que essa assombrosa equipe das cavernas da economia não vai expandir em em um Real a base monetária, eles vão é recolher mais dinheiro da economia para ver até onde a corda arrebenta, talvez em 20 milhões de desempregados cheguemos ao divino “centro da meta”.

Andre Motta Araujo

Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo

50 Comentários

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  1. Terceirização da responsabilidade de governar

    Não será um sujeito de gravata, com experiência em bancos ou em bolsas de valores quem irá fazer o milagre de converter o Brasil numa potencia, mas sim o seu povo, mobilizado e caminhando junto para uma determinada direção, liderado por um Governo que aposta nisso. Brasil é rico em todos os seus aspectos, mas pobre no espírito das suas elites entreguistas.

    Minha empresa, como muitas outras, passa sérios apertos econômicos, mas vou indo. Tenho uma assessoria excelente em contabilidade/laboral/ jurídica, mas, nem por isso um funcionário “cabeça de planilha” dessa consultora vai vir aqui e levantar a minha empresa. No máximo, ele fará que os procedimentos contáveis e financeiros sejam seguidos. Faria uma boa “gestão”! Gestão de que? De qual dinheiro? Apenas eu mesmo, com a minha liderança técnica e comercial, junto com os meus fieis técnicos remanescentes, consigo trazer projetos e gerar algum dinheiro para dentro de casa, com o meu trabalho duro, com o máximo de qualidade e bons contatos.

    Brasil segue o caminho equivocado: Não há liderança técnica/política; pretendem que um cabeça de planilha administre um dinheiro que deixou de entrar e, pior ainda, botaram Serra na área comercial externa do Brasil e, convenhamos, só sabe perder bons Clientes e ficar na mão de apenas um, justamente aquele que torce há muitos anos pelo nosso insucesso.

  2. A Ilha

    Os bancos faturaram horrores neste último período de estabilidade.

    Mesmo assim, estão apostando as fichas neste clima de terra arrasada? Vão faturar mais ainda financiando a reconstrução do País?

    Sanguessugas! Estão drenando a chance de um país mais justo e equilibrado.

    Quero saber o que farão quando não restarem mais transportadoras de valor para serem arrombadas, e as quadrilhas começarem a atacar os donos do dinheiro, na pura força bruta. Mão de obra, pelo jeito vai ter de sobra….

    Vão morar e ostentar fora do Brasil?

  3. Como se diz por aí,

    se guerra é assunto sério demais para ficar na mão de militares, 

    então economia é assunto sério demais para ficar na mão de economistas, especialmente esses dinossauros. 

    Quem sabe, segrega-se perpetuamente essa turma da bufunfa num ressorte, cria-se uma moeda específica para eles (por exemplo, “Bufunfão”, e os centavos, como jurinhos)  e se dá a eles um jogo  similar ao banco imobiliário, para competirem entre eles quem fica mais rico, e assim o Brasil trabalha livre desses parasitas?

    Nesse ressorte, essa turma não causaria estragos para a nossa sociedade, não é?

  4. Governo Temer. Azar de quem

    Governo Temer. Azar de quem produz. Sorte de quem vive de especulação financeira.

    Esse o mal do Brasil (e do mundo atual): o domínio dos financista argentários arrasando – para benefício próprio e de grupos – o país produtivo.

    Capital Financeiro vs Capital Produtivo a verdadeira disputa do Século XXI camuflada em uma luta ideológica.

  5. Eles não estariam lá…
    … se Dilma não tivesse devastado a economia brasileira.

    Torço por eles. Alguém haverá de retirar a economia desse buraco — e não será a Dilma, a perpetradora da devastação.

    1. A politica economica anterior

      A politica economica anterior não existia. Havia uma serie de improvisações sem um objetivo claro e sem coerencia, medidas equivocadas na energia e no cambate a inflação através de intervenções no mecanismo de preços de combustiveis, os 500 bilhões de Reais emprestados pelo Tesouro ao BNDES e que hoje correspondem a quarto da divida publica não produziram nenhum resultdo no crescimento da economia porque foram mal aplicados em CAMPEÕES NACIONAIS, empresas que não geraram empregos, ao contrario, esses 500 bilhões foram desperdiçados em fusões e aquisições que foram na contramão do desenvolvimento do Pais, salvaram empresas nos Estados Unidos e os campeões nacionais se mudaram para o exterior.

      Portanto a politica anterior não estava certa e a atual errada, AMBAS são equivocadas porque tiveram e tem alvos que não levam o Pais a uma rota de crescimento.

      1. Ou seja, seja uma saída à

        Ou seja, seja uma saída à esquerda (a antiga) seja uma saída à direita (a atual), o país está indo para o mesmo lugar = direto pro abismo. 

        André, você vê alguém, no atual quadro político brasileiro, que poderia implementar uma política que vise o crescimento do país? 

         

        1. O Conselho Monetario Nacional

          O Conselho Monetario Nacional deveria ser refundado como o centro da politica economica como já foi no passado.

          A turma do Plano Real acabou na pratica com o CMN que era um coletivo onde havia representação da agricultura, daindustria, do comercio, dos serviços e estava ACIMA do Banco Central e dos Ministerios economicos. A turma do Real reduziu o numero de membros do CMN de oito para tres, esses tres são eles mesmos, o Ministro da Fazenda e o Presidente do BC, tiraram todos os representantes da economia da produção, o CMN só tem hoje mercado financeiro.

          Nos EUA existe na Casa Branca o Conselho de Assessores Economicos para não deixar o Presidente na mão do Banco Central e do Tesouro, porque não algo semelhante aqui? Da forma em que estamos hoje o Presidente da Republica não tem nenhuma ingerencia na politica economica, tudo fica delegado à “equipe economica”, quer dizer, mercado financeiro.

          1. Esquece, não vamos criar no

            Esquece, não vamos criar no Brasil desenvolvimento com uma aliança entre o Estado e os empresários. Alguns podem acaletar essa esperança, como desde sempre a esquerda brasileira acalentou, mas é preciso reconhecer que esse sonho (o sonho desenvolvimentista) vêm se mostrando utópico e o que é pior enganoso. Não que a aliança entre o Estado e o empresário não seja possível, ao contrário, ele sempre existiu. O que essa aliança tem sido é incapaz de gerar ou induzir o desenvolvimento do país.

            A esquerda no Brasil parece a noiva que idealiza um matrimônio perfeito e se prepara a vida toda para aquele grande dia mas o principe não chega nunca ou quando chega dista bastante do ideal que ela acalentou. O empresário brasileiro, criado e bem instalado à sombra da grande mangueira do Estado, definitivamente é esse principe. Não adianta a noiva idealizar seu parceiro ou tentar demonstrar todas as vantagens para os dois do matrimônio. Ele simplesmente não acredita nesse matrimônio e tem planos e pautas muito diferentes talvez opostos a pobre e crédula noiva.

  6. Eu chamo Meirelles um Poodle bem treinado.

    Os cãezinhos poodles não são animais burros, são animais inteligentes e quando bem treinados aprendem facilmente a fazer peripécias e truques. Os circos antigamente tinham vários shows de Poodles que pulavam e rodopiavam alegremente com a voz do dono. Já tive um poodle e achava um excelente animal.

    Porém, os cachorros mais espertos e inteligentes, são os cães de rua, que por seleção só os mais hábeis os mais perspicazes conseguiram sobreviver e deixar sua carga genética para as populações posteriores.

    A criatividade e a capacidade de manipular a sua liberdade faz com que os cães de rua, se treinados servem para qualquer tarefa, até para fugir do dono se não estiver satisfeito.

    O que estou contrapondo aqui é a capacidade de seguir “scripts” pré-definidos e de pensar por sua cabeça, são dois tipos de inteligência, uma adaptada para condições em que a situação é estável e normal e outra para inovar conforme a necessidade.

    Os economistas que deram soluções para situações de crise sempre foram os criativos, enquanto os que geriram com eficiência períodos em que a situação era estável simplesmente adotaram soluções do manual.

    O que precisamos nos dias atuais não são soluções ortodoxas vinculadas a um só parâmetro, no caso os juros. Quando se regula qualquer coisa que possui diversos botões, utilizar um só indo e vindo do ponto máximo ao mínimo simplesmente desregula completamente o resto do equipamento e a resposta poderá ser satisfatória em uma só saída porém tremendamente perniciosa nas outras.

    Durante o início do primeiro governo Lula, adotou-se a regulagem por um só botão, entretanto o resto era feito simplesmente pela intuição do presidente, que resolveu a situação no momento mas criou fortes desajustes que estão dando os seus resultado retardados nos últimos anos.

    A escolha de Meirelles no governo Lula se justificava em parte para dar uma impressão ao mercado que não haveria saltos e ressaltos heterodoxos no seu governo, já no período Mantega, se pensou que com o país mais ou menos estabilizado as “forças do mercado” tenderiam a investindo aumentar a capacidade produtiva, porém não teve nunca esta resposta e a cada variação de taxas de dólar ou da bolsa de valores era torpedeado tanto pela direita como por comentaristas mais a esquerda.

    1. O problema que vejo com

      O problema que vejo com figuras como Meirelles é que não sofrerão as consequencias de seus atos na politica economica.

      Se der  zebra aqui o Meirelles pega um avião e dez horas depois está em seu apartamento de NOva York na Trum Tower na Quinta Avenida, não tem nada que o ligue ao Brasil, nem filhos, nem netos, nada. Ele tem documentação legal de permanencia nos EUA, pode deixar o Brasil para trás sem qualquer consequencia.

      Os economistas com PhD nos EUA tambem pode se mudar em uma semana e morar nos EUA o resto da vida.

      Portanto o FUTURO desse povo não está ligado ao que acontece no Brasil.

      1. Esse fato me deu uma idéia =

        Esse fato me deu uma idéia = uma lei para atrelar o destino do ministro da fazenda e seus auxiliares diretos ao destino do país (rs). Portanto, se o país quebra, o governo confisca todo o patrimônio deles. Se o país cresce, o governo lhes dá um plus proporcional ao crescimento do país rs. Se houvesse tal lei, muito economista estaria em albergue hoje e não dando seus pitacos furados – como Mailson, Gustavo Frango…Delfim ficaria no empate = participou do milagre dos 70 e do vinagre dos 80 rs

        Sobre CLT, André = o Brasil cresceu entre décadas de 40 a 80 num ritmo frenético com a CLT. Nesse momento, tirar a  CLT não é um jeito de impedir que se injete dinheiro na economia num momento de recessão indo pra depressão? 

        1. Meu caro, a CLT precisa ser

          Meu caro, a CLT precisa ser modernizada para refletir as novas condições do trabalho e da economia nos novos tempos para beneficio de patrões e EMPREGADOS, tal como hoje está a CLT engessa e paralisa novas formas de contratação que refletem a nova economia. Por não refletir mais as condições REAIS de hoje muita gente trabalha sem registro ou como PJ

          porque a CLT não dá cobertura ao tipo de trabalho que cada vez mais cresce hoje, por exemplo horarios partidos, ferias

          fracionadas, trabalho em casa,  ganho pelo sucesso, há uma multiplicidade de novas situações possibilitadas pela informatica, a CLT é do tempo da fabrica a vapor com chaminé, a Volkswagen chegou a ter numa só fabrica 41.000 trabalhadores, hoje na mesma fabrica tem 7.000, mudou muito e a CLT só burocratizou mais e deu muita força e dinheiro aos sindicatos, que hoje viraram um negocio atrelado a esquemas de “advogados” que tem interesses proprios e muitos vezes contrarios ao trabalhador.

          Os sindicatos tem interesse no conflito porque geram verbas rescisorias e seus advogados ganham honorarios em cima dos processos trabalhistas, portanto não tem interesse na harmonia e no acordo, preferem o conflito, há cada vez mais gente vivendo à custa do trabalhador, um imenso sistema de Justiça do Trabalho que não para de se expandir, 300.000 advogados trabalhistas, 14.000 sindicatos, o guarda chuva  da CLT alimento um universo de chupins “em nome” do trabalhador a nossa Justiça do Trabalho é a mais cara justiça do planeta, coisa de 30 bilhões de reais por ano.

        2. Naquele tempo a CLT era boa

          Entre as décadas de 40 e 80 a CLT era satisfatória, não tinha tantos encargos e atendia ao modelo de emprego que existia na época. Depois ganhou tantos penduricalhos que virou um elefante branco. De maneira análoga, o nosso Código Penal (que também é da década de 40) já foi bom antes de ser deformado por múltiplos recursos e benesses que hoje permitem que alguém cumpra apenas 1/6 da pena.

  7. Muito bom este post

    Prezado André, ontem li um posto de Romulus, falando da venda da Petrobrás, das feitiçarias (truques de mágico de circo mambembe) para comprar empresas sem gastar uma moeda (e rapiná-la durante 5 anos e jogar o cadáver fora); e de como o capitalismo financeiro (cria do maligno) virou um fim em si mesmo, onde apenas 15% saem para circular, os outros 85% giram lá dentro mesmo.

    O problema não são estes cabeçudos que só conseguem fazer isso ; mas o pensamento único que infesta a imprensa (será preguiça de pensar?). Em qualquer rádio que vc ligue, noticiários de TV, a maioria dos colunistas de jornal; falam que “é a melhor equipe econômica”, “temer acetou na equipe econômica” e outras asneiras do tipo

    1. O Brasil é refém de uma

      O Brasil é refém de uma minoria rentista.

      Quem diz que é a melhor equipe econômica fala corretamente, mas em causa própria. São famílias de rentistas defendendo legitima e corretamente seus interesses. 

      O problema é o povo ouvir uma parte (contrária a seus interesses) acreditando que está ouvindo o todo (onde seus interesses  também estariam contemplados).

      Mal comparando é como se um comentarista esportivo, torcedor do time “A”, defendensse a escalação de um “goleiro frangueiro” e uma “zaga perna de pau” para o time “B” que vai jogar com o “A”. Os torcedores ouvindo o radinho diriam: ah, que bom esse goleiro e essa zaga para nosso time! Agora é só correr para o abraço. Depois, quando vem a derrota, o comentarista, diz pois é, o time “B” tem que treinar mais, apesar da boa escalação. O comentarista fará isso estourando foguete e abrindo champagne. E os torcedores pensando, pois é, perdemos temos que treinar mais, mas a escalação foi boa.

      Quem escala time no Brasil é a mídia (apesar da quarta derrota no campeonato principal e um golpe para recuperar a última delas). A grande imprensa (rádio, tv, jornal, revista, internet) é o filtro. Ela diz quem é bom e quem é ruim. E a partir da informação dela os “torcedores apoiam a escalação de seu time”. E dá-lhe derrota para o povão e vitória para os patrões dos comentaristas.

  8. Como você mesmo já escreveu,

    Como você mesmo já escreveu, André, o Brasil conseguiu crescer entre a década de 40 até a de 80 sem ter um moeda de verdade ( claro que isso não é o ideal, pois cria uma sociedade desequilibrada, mas essa são outros 500). Ou seja, era um país sem uma moeda. Desde 94, o país tem moeda, mas um crescimento muito baixo ( se tirarmos o segundo mandato de Lula, no momento do combate à crise de 2008, um ponto fora da curva,o número cai mais ainda). Essa equipe econômica quer ir ao extremo dessa rota – a ponto do real ser a primeira moeda forte que não tem país, pois o Brasil produtivo, que gera renda, estará morto. 

     

     

  9. Ótimo e esclarecedor artigo,

    Ótimo e esclarecedor artigo, mas o autor poderia ter condensálo em uma frase: “Todos da ekipekonomica de Temer são Chicago Boys”. Todos são filhotes de Milton Friedmann, portanto não há esperança para nós que aqui estamos…

    1. A Universidade de Chicago

      A Universidade de Chicago MUDOU de visão da economia apos 2008 e nome importantes de Chicago fazem parte do New Economic Thinking, que é uma nova escola de pensamento que considera a crise de 2008 o enterro do monetarismo de Milton Friedman, só que não contaram para os economistas da PUC Rio aqui.

      1. A escola de economia de

        A escola de economia de chicago não ficou famosa por sua contribuição à teoria ou ao pensamento econômico, mas por sua obra política. Sua “maior contribuição” foi apresentar em finais do século XX, como uma grande novidade, algo que começava a envelhecer em finais do século XIX. Permaneceu caudatária e depois muda durante a maior parte século XX no debate econômico e só foi trazida para o centro do debate econômico graças a nada menos do que personagens como o Cowboy de Aço e a Dama de Ferro ou devido a falência do regime soviético (acho que não precisaria falar mais nada né).

        Nem seu defensores consiguiram nunca implementar uma política econômica baseda nas idéias “geniais” desenvolvidas e recomendadas por seus economistas. A grande obra e pelo qual ficou conhecido Milton Friedman foi um livro político escritos com fins claramente panfletários, como ele mesmo admite. Mas sua luta pelo “livre mercado” (espécie de quintaessência dessa escola) encontrou aliados poderosos e interessados. Essas idéias encaixavam como uma luva na necessidade de capturar e disciplinar o Estado (está a grande contradição que passa quase sempre desapercebida) para os interesses das grandes empresas e da alta finança. Privatização não é redução do tamanho do Estado como querem fazer vender mas a ampliação dos negócios privados sobre bens públicos (que depende uma regulação pública adequada por sua vez aos interesses e a regras do negócio privado)

         

  10. Imperdoável traição à Pátria!

    …”Keynes, um economista ortodoxo, mudou a direção do vento quando viu a depressão de 1930 e pregou para combatê-la a expansão monetária para gerar consumo, disse “vale a pena mandar homens levar pedras de um para outro lado da estrada apenas para poder pagar-lhes algum salário e gerar capacidade de compra”, isso como receita para combater a Grande Depressão, em carta a Roosevelt.”…

    Com toda cobertura dos economistas monetaristas ortodoxos, prossegue a antiga marca registrada dos imorais, continuados e siderais lucros dos banqueiros à custa dos trabalhadores e dos meios de produção de riquezas do Brasil, impondo cruéis sacrifícios ao povo, grandes danos e ou desmantelamento na estrutura econômica e produtiva do Brasil. Desde os tempos do desastrado e entreguista governo FHC/PSDB que os bancos veem exibindo gigantescos lucros a custas do empobrecimento da Nação. Imperdoável traição à Pátria!

  11. Minha geração cresceu ouvindo

    Minha geração cresceu ouvindo aquela máxima da administração dos negócios de sucesso: O homem certo no lugar certo e no tempo preciso”. No golpe de 2016, inverteram a história. Agora temos: A equipe errada no lugar errado num tempo estourado. Tem alguma chance de dar certo? Quem acredita ainda em promessas de financistas? É uma fraude total.

  12. “Ministério Pé da Manga”

    E como diria José Simão não é equipe econômica, mas ekipe konômica!

    Ah, esse mundo rentista não é miope não, é perverso mesmo!

  13. Caros debatedores,

    Caros debatedores, economistas? zzzzzz

    Normalmente, são “empregados” especilizados  na defesa dos interesses de seus respectivos “patrões”.

    Uma escola diverge da  outra que diverge da outra que diverge  outra, mas que convergem na busca   do “resultado” ( lucro) para os seus respectivos “patrões”, coeteris paribus!

    Exemplo: A “geração de emprego” não é o que parece que é, isto é, “geração de emprego no sentido vulgar( popular). Trata-se de mais uma forma de organizar os fatores de produção para gerar lucro. O fim é o lucro e não a “geração de emprego”. Logo, geração de emprego é meio para se atingir aquele fim.

    A propósito, os “economistas” e os “políticos” ( que contratam economistas para defenderem seus interesses) precisam  combinar melhor o significado de “pleno emprego”. Isso porque há fortes indícios de que escrevem uma coisa nos manuais de economia para explicar a expressão pleno emprego e dizem outra coisa para o povão que é bobão e avante a …. Ora, é pleno emprego de CTPS assinada ou pleno emprego de FATORES DE PRODUÇÃO? Não é raro ver e ouvir esses “empregados” e seus “patrões”  misturarem esses conceitos elementares.

     

    Por outro lado, o povo que é bobo avante a …. continua alimentando essa “utopia” de “emprego”  para sobreviver como ruminantes!

    No fundo, o mercado ( monstro sagrado, ser abstrato, origem do universo cosmológico; monstro do lago ness, que habita ou num lago ou em sua  caverna onde passa férias) está em busca de poder continuar perpetuando no poder para ter mais poder e assim poder usar e abusar do poder em troca de “políticas públicas” para o povão que é bobão, avante a… 

    E ai daquele que se atreve a provocar o “monstro sagrado”!!!! 

    Nessa linha, o  papel do  Estado moderno invisível  mas  uniformizador de pensamentos, é manter esse Status quo, mormente, com suas “instituições sólidas” ( notaram o vocábulo “sólida”?, isso mesmo, sólida e conservadora  para o bom andamento do status quo e assim sucessivamente!)

    O progressivamente é , no fundo, o sucessivamente,  lentamente, para todo o sempre nunca alcançar o que se “cria” para alcançar.

    Enfim…

    Ora, ora, porque não resgatam a cosmologia a la grécia antiga para colocar cada um no seu lugar, institucionalmente.

    Assim fica mais fácil.

    Nasceu para trabalhar para o patrão? Então, seu lugar é trabalhar para o patrão e ponto final…

     

    Francamente….

     

    1. Sólidos produzem instituições sólidas

      O Mogisenio, esperto como sempre, foi no ponto crucial da coisa. Sem uma base eficaz, não se consegue implementar e manter algo por muito tempo.

      Trata-se de construções abstratas, que exigem dos que as analisam a capacidade e entabular pensamentos abstratos complexos, ou seja longe do povão bobão, mas é assim que funciona no mundo real, o mundo das ruas que seleciona os mais aptos a sobreviver.

      No mais, para subverter o garrote financeiro que o Brasil está submetido só lhe fornecendo um Norte, um Rumo e uma Estrela, sem isto, mais do mesmo, pobresa, sofrimento e humilhação para o Brasil e o seu povo.

  14. A culpa é do Governo Dilma

    Que mudou a economia de redução dos juros em 2011.

    Plantaram trovões vamos colher tempestades…

    O Brasil não tem economistas com capacidade de levar o país ao Capitalismo.

    1. Vivemos no que então? No

      Vivemos no que então? No comunismo ?

      O capitalismo é o que é, e não a utopia que vendem os neoliberais.

      É incrível como se comporta a nova direita, tão parecida com a velha esquerda que chega a ser patético. 

      Agora quando algo não funciona bem no “capitalismo realmente existente” a direita se defende dizendo que os defeitos não são do capitalismo, mas o resultado de forças de anacrônicas que impedem seu pleno desenvolvimento, como se o capitalismo ainda não tivesse sido implantado. 

      Se antes os comunistas projetavam para o futuro o ideal de uma sociedade perfeita, agora são os neolibeais que sublimam o capitalismo e o elevam a uma espécie de utopia (o mercado) que se projeta para uma futuro incerto e impreciso. 

       

  15. Não por terem estudado antes

    Não por terem estudado antes de 2008, mas, pelas suas “inclinações musicais”: aves de rapina são mais éticas. Todos eles sairão riquíssimos do governo. Ou, se já são, ficarão bi-bi-bilionários. Afinal, governicho interino que abre mão de 50 bilhões, mesmo alardeando pela mérdia de sempre que o orçamento está estouradíssimo. E, agora, comprando o festerê dos desgovernadores (não há china pobre), não há senador que vote pelo retorno da Dilma. Aliás, quanto mais leio sobre o governo Dilma haver devastado a economia, mais entendo que ela não fez nada disso. E, o pouco que fez, foi por querer adotar a política mídia-financista-politiqueira. Pobre país.

  16. “Não é culpa deles, são
    “Não é culpa deles, são pessoas cuja única visão de mundo e de economia é essa, são cozinheiros que só aprenderam a fazer um prato, ”

    A comparação apenas seria justa se A) todo o país fosse obrigado a comer um mesmo prato, e B) os cozinheiros fossem livres para estabelecer o quanto ganham por cada prato empurrado goela abaixo.

  17. A deflação é a algoz do emprego, o Real não escapa dela

    Estes fantoches que compõe a diretoria do BC do Brasil não conseguem, nem rezando 100 ave marias, mudar um centavo que seja no preço do ouro, do petróleo, da soja, do milho, do algodão etc….  Com isto são o que são com relação a deflação que grassa pelo planeta, onde o Brasil se encontra, uns inúteis.

    Estão lá só para garantir que no sobe desce dos preços relativos, os que mandam neles estejam do lado certo, ou seja, quando um perde outro ganha e eles garantem melhor chance de ganho para seus donos.

    O resto é lustro, brilho fugaz que cega momentaneamente os que os observam e não percebem a pobreza  de seres tão insignificantes.

  18. Saídas

    Gostaria de saber como os ocidentais  do norte saíram( se é que saíram) da crise de 2008. Eles adotaram o keynesionismo? Desconfio que não.O articulista não esclarereceu se o Brasil é o rescaldo do incêndio de 8 anos atrás.

    1. Os EUA sairam da crise de

      Os EUA sairam da crise de 2008 pelo mesmo remedio adotado em 1933, o Tesouro dos EUA abriu um credito de US$730 bilhões sem prazo e sem condições para atender bancos e empresas em dificuldades,o chamado programa TART, DINHEIRO PUBLICO, a maior empresa industrial americana, a General Motors recebu US$50 bilhões.

      Com isso salvaram-se todos da crise, apenas o banco Lehman Brothers quebrou porque não deu tempo de salva-lo e com isso a crise foi debelada peor essa OPERAÇÃO HOSPITAL. Todo dinheiro foi devolvido em dois anos, com juros.

      1. Caro André

        Tenho certeza absoluta que sabes melhor que eu que uma coisa são os EUA, outra é o Brasil. Garanto que de cor você deve saber de n empresas que foram devidamente socorridas pelo governo e o caminho da grana foi só de ida. Como exemplo, temos aí o PROER que nem se comenta mais.

  19. Brasil: Capitalismo meia boca

    Justamente agora que saiu a recuperação judicial da Oi – apesar da dinheirama de dinheiro público investido nela – a pergunta a ser feita é: como chegamos aqui? Dilma ter aumentado os juros não tem absolutamente nada a ver com problemas estruturais muito mais críticos. Problemas estruturais esses que não foram atacados em momento nenhum pelo PT. Alguém aí tem noção do caos que o novo ICMS está proporcionando nas empresas, por exemplo? O governo faz de tudo para destruir a atividade empreendedora no país (distribuindo depois favores aos amigos, como uma isenção fiscal aqui, outra lá, etc.), e depois não entendem como caímos tanto tão rápido. Os juros já foram maiores do que são hoje, parem de procurar a origem dos problemas no lugar errado. Ninguém quer juros altos, mas os que são contra nunca pararam um segundo sequer para pensar nas causas da inflação no Brasil ser desproporcional em relação a países mais civilizados. Passamos mais de uma década incentivando o consumo sem nos preocupar com a produtividade, não tem receita melhor que essa para uma disparada inflacionária. E como o BC é o único mecanismo do governo contra a inflação, é lógico que os juros vão para a lua: simplesmente porque o restante do governo não fez o dever de casa dele.

  20. André, em que planeta você está ?

    O André acredita piamente que alguém consegue se erguer do chão puxando os próprios cabelos.

    O BNDES tem 60 bi em caixa e ninguém quer tomar emprestado para investir porque não há confiança na economia. Só no primeiro trimeste deste ano o caixa do banco pulou de 35 bi para 53 bi porque ninguém mais está tomando empréstimo por falta de confiança na economia.

    http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/empresa/download/Inf_Contabil_Externo_0316.pdf

    Reestabelecer a confiança na economia é crucial.

    Com todo respeito, você tem umas convicções centenárias, anteriores a penicilina e ao transistor, que precisam passar por uma revisão.

    Os homens de Keynes carregando pedras de um lado para outro há muito já foram substituídos por uma pá carregadeira. E a injeção na economia representada pelos salários foi substituída por um negócio chamado CCTP, ou Conditional Cash Trasnfer Program, no Brasil conhecido como bolsa-família. É mais barato para a sociedade produtiva pagar para manter esses homens em casa  do que fazê-los carregar pedras.

    Também não sei de onde você tirou esse número maluco de que um investimento de 1 trilhão iria gerar 6 milhões de empregos.  R$ 166mil de investimento por um emprego ?  Onde isso ? Qual negócio lucrativo hoje se consegue com esta proporção ?

    Um emprego industrial custa entre 800 e um milhão de dólares, por baixo.

    A  Fíbria investiu 2 bilhões de dólares na sua unidade de Tres Lagoas e gerou 3mil empregos diretos e indiretos.

    E tem mais, estudos do próprio BNDES comprovam que quanto mais se investe em indústrias de montagem, como a automobilistíca por exemplo, mais se reduz o número de empregos, porque os novos investimentos são majotariamente em automação de processos.

    Até a liberação das importações no início da década de 90, nossa indústria automoilística empregava mais gente que hoje,  quase 30 anos depois. A média a época era de 20 carros/funcionário, hoje está chegando a 60 e a meta das indústrias é investir mais para chegar a 100 carros/funcionário. Esse estudo do IPEA está por aí na rede, é só procurar.

    O problema do emprego no Brasil passa obrigatoriamente por uma reforma das nossas leis trabalhistas, que são jurássicas, por uma ampla reforma tributária que desonere consumo e o setor produtivo e por um amplo processo de desburocratização.

    Se não for feito isso, continuaremos vendo as indústrias texteis de Santa Catarina transferindo suas plantas para o Paraguai ou as multinacionais, como a Bosch que está desativando sua planta em Curitiba, fugindo para a Índia ou China.

    Ou nos conscientizamos de nossa mediocridade ou seremos condenados a viver exportando commodities. Enquanto eles durarem.

     

     

    1. iiih….vem cheio de

      iiih….vem cheio de lenga-lenga pra pedir o fim da CLT.

      Realmente precisa se conscientizar de sua mediocridade.

       

      Próximo!

      1. Abra um pouco sua mente

        A CLT virou uma vaca sagrada para muitos esquerdistas. Já foi boa, agora não é mais. O excesso de encargos trabalhistas nada mais é do que um artifício para carrear aos bancos estatais (isso é, aos bolsos do governo) o dinheiro que poderia estar indo direto do bolso do empregador ao bolso do empregado. Vocês, ingenuamente, acreditam que a legislação trabalhista tem o poder de aumentar o valor dos salários, e até hoje muita gente jura que quando o décimo-terceiro salário foi criado, todo trabalhador passou a ganhar 1/12 a mais. Esquecem que em qualquer circunstância, o valor dos salários é determinado pelo mercado de trabalho. A legislação trabalhista apenas determina quanto desse valor será pago diretamente ao empregado, e quanto será encargo trabalhista (depositado em bancos do governo, ou entesourado para ser pago só em dezembro).

        O governo está desesperado para arrecadar mais do contribuinte, então inventa novas “conquistas do trabalhador” como o FGTS das domésticas, e descobre “trabalho escravo” em toda parte, dando esse nome a toda e qualquer infração trabalhista.

        Eu já fui a favor da CLT, hoje não sou mais. Sugiro que você abra um pouco a sua mente, faz um bem danado.

    2. Estou inteiramente a favor da

      Estou inteiramente a favor da reforma completa da legislação trabalhista, conheço o assunto profundamente, tive eu mesmo em minhas empresas nas decadas de 60 a 80 mais de mil empregados e fui dirigente sindical patronal por 20 anos, no 2º posto domaior sindicato em faturamento de associados do Pais, o SINAEES, portanto conheço o problema de dentro.

      Um trilhão de investimentos que estou aqui propondo é na INDUSTRIA DE CONSTRUÇÃO CIVIL em saneamento e moradias onde a relação valor/emprego é completamente diferente de industria e favorece a mão de obra menos qualificada.

      Ao contrario do que voce diz o antigo hoje é a cabeça de planilha dos economistas de mercado, o novissimo é o pensamento muito mais avançado do New Economic Thinking que é pos 2008, os economistas de mercado no

      Brasil são pré-2008, usam receitas velhas que nem nos EUA são se ensinam mais, as condições de hoje da economia global tampouco são as do tempo em que esses economistas aprenderam nas salas de universidades americanas, economia é algo muito mais diversificado do que aplicação de cartilhas sempre iguais para circunstancias diferentes.

       

      1. Se os economistas de mercado ainda estão em 2008…

        Se os economistas de mercado, no Brasil, ainda estão em 2008, os economistas desenvolvimentistas ainda estão nos anos 50 bradando que o petróleo é nosso. Então, mesmo se nos movermos para 2008, ainda estaremos andando para frente. Talve daqui a 30 anos aprendamos alguma coisa sobre o New Economic Thinking.

        1. O erro de muitos

          O erro de muitos comentaristas aqui é o pensamento binario, ou se é nacional desenvolvimentista ou se é neoliberal monetarista, essa é uma visão MEDIOCRE da economia. O que o New Economic Thinking propõe é uma “fusion” economy,

          uma politica economica de receitas combinadas, pode-se ser durissimo no corte de despesas inuteis e ao mesmo tempo ser expansivo no investimento publico, na redução da taxa de juros básica e na desvalorização da moeda.

          Porque nenhum dos “economistas de mercado” não combate os supersalarios do Legislativo e do Judiciario? Não tem coragem? Cortas despesas de forma linear é COVARDIA, vão cortar esparadrapo em hospital de pobres e não cortar salarios de 200 mil por mês no Judiciario? 

          O New Economic Thinking pede racionalidade nos gastos publicos e ousadia em investimentos fundamentais que criem empregos e melhore a qualidade de vida da população, não tem nada a ver com ideias cepalinas dos anos 50.

          Paul Krugman e Joseph Stiglitz, dois Premio Nobel, seguem essa linha , são anti-monetaristas e não seguem “lições de casa” das cartilhas velhas de Chicago, hoje Chicago tambem já evoluiu.

      2. Já que estamos tão atrasados

        Relacione as experiências práticas com as teorias do pessoal do INET mundo afora.

        Quem são os economistas-chefes de governos mundiais que estão aderindo a esses novos pensamentos ?

        Mas não se esqueça que no mes que vem o Goldfajn tem que estar na Basiléia para a reunião bimestral.

         

        1. Ele vai estar ba reunião do

          Ele vai estar ba reunião do BIS porque os socios dos BIS são os bancos centrais do mundo e não porque é ele o Ilan.

    3. Bela confusão
      O rentismo desmedido, conforme explanado no artigo, não vetoriza a produção, o empreendedorismo, a atividade econômica? O custo estratosférico e usurário da remuneração pelo dinheiro tomado atualmente no pais, esta é de que planeta mesmo?

      Não é, seguramente, a da geração efetuada moralmente pelo trabalho, pelo capital investido e no retorno dos riscos intrínsecos ao negócio, dentro do ambiente capitalista.

      Citar argumentos desta ordem num país em que o BNDES realiza lucro com riscos e TJLP é ofensivo à argúcia de quem o lê…

    4. Já disse isso ao AA várias vezes

      Virou ideia fixa. Essa receita dava certo antigamente porque o Brasil era um país jovem com baixa carga tributária, então havia muito futuro para ser hipotecado ao presente e uma boa margem para se criar um “imposto inflacionário”. Hoje isso acabou. O Brasil é um país envelhecido com alta carga tributária, a volta da inflação no cenário atual vai apenas reduzir a pó todo o incremento do padrão de consumo do trabalhador na era Lula, que como se sabe foi obtido graças à expansão do crédito que só existe em um cenário de inflação baixa. Foi por este motivo que o PT nunca deixou a inflação sair do controle como foi feito na Argentina e na Venezuela.

      1. Calejado

        Quem atravessou a crise da dívida do início dos 80, plano cruzado I e II, Plano Bresser, calote da dívida, hiperinflação,plano verão, plano collor com roubo da poupança, plano real, hiperdesvalorização de 99,etc, não tem mais medo de nada.

        O que vier “nóis encara”.

  21. O último a sair apague a luz, como se diz!!

    Não á nada que me tire a sensação de que estamos sendo assaltados, e sem “mão armada” e ainda assim nenhuma reação! Meu único consolo vai ser ver as pessoas classa A e B com suas camisetas da CBF, daqui 3, 4 meses despirocadas com seus “custos fixos” mensais, como agua, luz, telefone, combustivel, supermercado etc 🙁

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