O conflito da distribuição de renda, por Ciro Gomes

Sugerido por Assis Ribeiro

Da Carta Capital
 
Conflito distributivo
 
Nosso problema é ter a pior distribuição de renda entre os países de economia razoavelmente organizada
 
Ciro Gomes

Há muitos países no mundo nos quais se, por um passe de mágica, você dividisse toda a sua riqueza por cidadão adulto e chefe de família, ainda restariam imensas multidões de pobres e miseráveis. Definitivamente, não é o caso do Brasil. Se fizéssemos essa divisão aqui, todas as famílias formariam um grande país de classe média. Nosso problema é termos a pior distribuição de renda entre as nações de economia razoavelmente organizada no mundo. É preciso ter essa clareza solar, ainda que invisível às nossas elites escravocratas e ao estamento político hegemônico.

Em um quadro assim, se uma ética de igualdade de oportunidades fosse a guia político-ideológica dominante, poderíamos superar algumas perplexidades paralisantes dos setores mais progressistas de nossa sociedade, inverter os valores predominantes em nossas decisões políticas e, muito importante, alargar a potencialidade de uma base de sustentação popular em direção a um projeto de país que nos falta.

A premissa de uma mudança estrutural ansiada há séculos pelo Brasil é a radiografia de nosso conflito distributivo, melhor, uma tomografia computadorizada funcional desse conflito e a eleição política dos responsáveis pela mudança prudente e competentemente planejada, seus prazos, os mecanismos de avaliação, supervisão e controle social e político de sua execução. Um projeto.

Volto a repetir: se a ética prevalente e hegemônica em nossa sociedade for a busca da superação da desigualdade criminosa que nos faz uma comunidade doente, a tarefa política da mudança tem viabilidade dentro do marco democrático e pacífico que cultivamos.
Bom trazer logo aqui um exemplo atual. Sob a liderança de Lula, com o centro do conservadorismo do País administrando uma política econômica ultraconservadora e, a história demonstrará mais ainda, insustentável no tempo, fizemos três movimentos que mudaram de forma real, ainda que aquém de nossas amplas possibilidades, o perfil de nosso terrível conflito distributivo. O salário mínimo galopou de equivalentes 76 dólares para algo ao redor de 300 dólares. O crédito saltou de irrisórios 13% do PIB para perto da metade. E a rede de proteção social liderada pelo Bolsa Família foi consolidada e ampliada como nunca. Ouvimos gritos, narizes torcidos, ódio político, mas… está feito. Dentro da democracia, sem violência, e de modo pacífico, em curtíssimo prazo mais de 20 milhões de brasileiros, irmãos nossos, vivem em outro estrato social e com um mínimo de dignidade.

Isso é tão verdadeiro e forte que os patrocinadores dessa façanha sentaram em cima e hoje se bastam, especialmente pelo reacionarismo de uma oposição dominada por microprojetos pessoais de poder e incapaz de dar o braço a torcer, se ligar no povo e aplaudir o avanço conquistado, para ter um mínimo minimorum, como diria meu saudoso pai, de coerência para tomar acento no debate do futuro do Brasil. É preciso avançar. E muito.

Há caminhos. São menos simples, econômica e politicamente, mais arriscados, mais exigentes da construção de hegemonias lúcidas. Mas muito mais transcendentes e históricos do que esses três notáveis avanços que estão, a propósito, exauridos.
Já falei aqui sobre a tarefa estruturante de elevar nosso nível doméstico de poupança e investimento, da necessidade de escrevermos uma coordenação estratégica entre governo, empreendedores privados e nossa inteligência acadêmica, de maneira a estabelecer os caminhos e dividir as tarefas, e, acima de tudo, decidirmos por um radical investimento em nossa gente.

Por agora quero só dar um exemplo de como tudo poderia e deveria ser diferente. O Brasil está de volta ao debate criptorreacionário sobre sua sanidade fiscal. Fala-se até em esforços de propaganda oficial e sabugice em relação a uma irrelevante ameaça de redução de nosso status pelas agências de risco internacionais, as mesmas que garantiram para o mundo a sanidade dos bancos e fundos norte-americanos e europeus implodidos na crise de 2008.

Pois bem, a política do meu amigo Guido Mantega entregou a pequenos grupos de interesse vinculados a oligopólios, por regra estrangeiros (que cuidaram de remetê-los em massa às suas matrizes como lucros e dividendos), 80 bilhões de reais na forma de renúncia fiscal. Só no ainda em curso ano da graça de 2013.

Dava para fazer duas refinarias de petróleo. Ou um tantão de coisas na saúde, educação, segurança, metrô, casa, saneamento, portos, aeroportos… Distribuir melhor a renda.

Redação

93 Comentários

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  1. Ou caga ou desocupa a moita…

    Tomo emprestada parte da entrevista concedida por David Harvey (já deu para notar que titia ama aquele velhinho simpático) quando em sua passagem pelo RJ, concedida ao Canal Ibase (a entrevista toda está aqui, http://www.canalibase.org.br/harvey-urbanizacao-incompleta-e-estrategia-do-capital/):

    “(…)Na minha opinião, precisamos definir o que é anticapitalismo. Não há razão para ser anticapitalista, se você acha que o capitalismo está fazendo um bom trabalho. Mas, se você não acha…Uma das coisas que eu tenho discutido com amigos da esquerda é esse conceito de anticapitalismo. Há opiniões que afirmam que o capitalismo fez um trabalho melhor que o comunismo e o socialismo. No entanto, o que está acontecendo agora é um processo violento. Se queremos mudar, temos muito trabalho a fazer. Não há muita gente na mídia interessada no que nós fazemos. Não somos um grupo muito poderoso, nem temos popularidade. É importante, entretanto, fazer esse grupo crescer, explicando às pessoas  por que é importante ser anticapitalista.”

    O governo, e por conseguinte, o PT e boa parte dos pensadores de esquerda têm um enorme problema para lidar, em várias frentes, mas podemos destacar duas:

    a) os anticapitalistas de armário (enrustidos);

    b) os anticapitalistas exagerados (as drag queens da ultra esquerdalha);

    Todos os dois setores têm importante contribuição ao debate e a ação política, mas acabam por se enredar em suas próprias contradições…vejamos:

    O primeiro trejeito dos anitcapitalistas de armário, como Ciro, é dizer que o modelo (ou as “três tarefas”: salário mínino, rede social de proteção e crédito) estão feitas e exauridas…

    Bem, primeiro é necessário dizer que é um (grande) risco analisar a grandeza destes movimentos históricos com seu “motor” ainda “tão quente”, ou algo como pretender analisar de perto o funcionamento da turbina do avião com ela ainda girando….

    Ciro erra gravemente tanto porque imagina que estas medidas se dividem em ciclos escalonados, como afirma que sendo assim, seus efeitos estão esgotados…

    Nem deus ousaria tanto…e olha que “ele” ainda tem a vantagem de não existir, que lhe permite falar a besteira que quiser…

    Ora, se entendermos o capitalismo como um sistema de arranjos das forças produtivas que carrega em si o paradoxo de se alimentar do consumo daqueles que explora, e que sempre precisa de mais e mais consumo, e de mais e mais exploração para aumentar sua taxa composta de acumulação, diremos que as medidas de Lula(Dilma) nunca se esgotarão, porque a cada volta da roda capitalista, mais e mais desiguldade abre nova demanda por mais e mais proteção social, e pior-mellhor (para o capitalismo): mais salário…Como não há salário, vamos de crédito…

    Todos sabem aqui que titia é mais governista que o governo, mas titia também não vê contradição entre sê-lo, e ser anticapitalisa(depois trataremos disto quando chamarmos as dragqueens da esquerda ao palco)…

    Ciro resume tudo a estas três premissas (salário, BF e crédito), mas esquece da verdadeira ousadia que o governo tentou (e pelo jeito descobriu que não é capaz de ir mais longe) que foi cortar pela quase-metade o gasto com juros em relação ao PIB, algo em torno de 9 para 5%…

    É esta contradição que encurrala governos…

    Esta “pequena” mudança permitiu, por exemplo, uma elevação do gasto social per capita/ano de 1900 reais (ffhhcc) para mais de 5000 reais atuais…

    É esta opção que revela que um governo ou um país pode sinalizar a banca: olha, queremos deixar de comprar dinheiro, para comprar bens e serviços para a população…A banca, feroz, reage…Olha a “bíblia do FT”, que tem súditos até entre os nossos, vide seo Nassif…

    Ciro não diz, mas teria que dizer ou propor a dúvida: é possível continuar a administrar o capitalismo tardio brasileiro pretendendo ser anticapitalista? Ou, o governo pretende sê-lo algum dia? Ou, enfim, nós pretendemos sê-lo?

    Pois bem, se a resposta é não, o governo não é anticapitalista, ou o Ciro não é anticapitalista, nós não somos anticapitalistas (titia acha que o seo Nassif não é), a provocação do Ciro é tão real como uma nota de três dólares, porque ele pretende nos convencer que o governo titubeia em avançar, mas sabe que a não ser que promovamos alguma guerra expansionista regional, ou nos aproveitemos de algum conflito de escala global, os limites dos avanços nacionais frente a máquina global capitalista de produção de desigualdades estão colocados, e há muito tempo…

     

    Bom, quando as drag queens ultra rouge sobra o clássico papel de queimar etapas…Ser anticapitalista “antes da hora” ou “além da hora” é tão reacionário quanto o mais empedernido conservador de direita, e não é titia que fala, é outra bruxa velha muito mais sábia, a História…

    Os ultra-esquerdalhas são como padeiros afoitos, sabem a receita, mas na hora de assar, “queimam a rosca”…

    A crítica que fazem as medidas de proteção social, o aumento de salário e do endividamento é, em certo ponto, corretíssima, dentro da lógica anticapitalista, mas levadas até as últimas consequências, ou seja:minar um governo que abre campo para a luta e avanço da anticapitalista, ainda que ele mesmo (o governo) não o seja, é como pretender curar o câncer atirando no paciente…dá certo, mas e daí?

    E isto não é uma birra de titia, é umaconstatação, porque se as drag queens ultra rouge estivessem a acumular capital social e político, esticando a corda e a tensão das estruturas capitalistas, a ponto de fazê-las balançar, estaria ótimo…Boa parte dos problemas dos setores anticapitalistas e mais ousados do governo e do PT estaria resolvido, e as alianças seriam elevadas do pragmatismo a solidariedade ideológica e de classes…

    Mas a realidade (ô, maldita realidade) insiste em dizer que não…enquanto os delirantes seguem a imaginar (e cobrar) uma lógica revolucionária dentro dos limites institucionais que condenam (burgueses)…

    Ora, santo zeus, não há outra possibilidade para estes senão a preparação de milícias populares…mas cadê? Quem quer fazer? Quem tem culhão?

    Bom, aí os boçais da ultra-esquerda se abaixam, ficam de quatro e passma a escoicear a realidade para mudar-lhe as feições…Novamente, pode dar certo, mas e daí…?

    1. … ou caga ou desocupa a moita.

      Morgana, na môsca!!!!

      Contudo, se me permite, gostaria de fazer um acréscimo

      Ao analisar todos os governos, sejam no Brasil ou no mundo,  vemos que os mesmos, nada mais fazem que cumprirem uma Agenda pré estipulada e caso deixem de cumpri-la, já sabemos muito bem o que acontece!

       Sobre sua citação – “… olha, queremos deixar de comprar dinheiro, para comprar bens e serviços para a população…A banca, feroz, reage…” – é a mais pura verdade, e a Citty de Londres, sabe como se desfazer de governos rebeldes! O controle dos Bancos Centrais de todo os paises, com pouquíssimas excessões, é o objetivo maior, e os que ainda não foram subjugados, podem esperar que o destino é certo!

      Finalizando citaria o que alguém já disse: ” Dê-me o controle da chave do banco, e não me importo com quem faz as leis”! 

    2. Delicia de comentario

      Delicia de comentários Morgana.

      Ela a Dilma tem quase tudo para continuar apesar do PIG/STF/etc. Meu wishthinking. Acho que se ela e as forças que a sustentam acharem que o  processo de diminuição da desigualdade é irreversível pode ser que Ciro até poderia ser chamado para atuar radicalizando . Trocar um país rico é país sem pobreza para digamos; “país mais justo em 4 anos” ou país mais justo é país com educação” Qual o segredo de Dilma? (RK) Continuar para consolidar a diminuição da desigualdade de renda fazendo mais leilões de aeroportos? Ou?????

    3. Terreno minado

      Na minha humilde opinião o debate está fora do alvo.

      Falar e Capitalismo X Socialismo sem levar em conta o Mercado e o que o propicia o Dinheiro que gera a moeda usada nele é extrema estultice e falta de senso de realidade.

      Nem Ciro nem Morgana, muito menos os que comentaram entendem nada  do problema, logo fica muito difícil para apresentarem qualquer solução ou mesmo uma mínima sugestão que saia do “script” da mídia ou da “intligentsia” das igrejinhas que frequentam.

      Gestão é coisa para profissional.

      Acorda, Dilma!

       

      1. Siga o dinheiro e vá a merda…

        Titia é uma craque em deselegância, logo, ela pouco se importa com seu zurro, chamando de estultice o que quer que alguém diga, sendo você quem é, e pelo que escreve (na maioria copia e cola)…

        Sua pouca experiência em tentar ser deselegante tipo blasé, lhe retira qualquer traço de legitimidade…fica oco, como um boneco de posto abanando os braços…

        Ora, pobre criatura, o mercado e o dinheiro são questões importantes, e isto é tão óbvio que até gente como você é capaz de juntar letras e compor uma frase…Mas eles estão ineridos no capitalismo e não o contrário…Quer dizer, do ponto de vista histórico eles já existiam, mas da forma e na amplitude que assumiram, só como resultado do esforço capitalista, logo, não tem sentido dar mais foco a uma luta política anti-mercado ou anti-dinheiro…

        Quem é você para dizer o foco correto do debate? Santo zeus…titia e outros tomaram o texto do Ciro como base para um debate da possibilidade de uma luta anticapital…

        Só tem sentido participar deste debate que aceita a premissa colocada…Como eu entro em um debate em que duas pessoas discutem futebol, dizendo que estão errados o certo é discutir quantos gomos tem um bola, qual a cola usada, etc?

        Mas dando um desconto para o boboca, vamos lá:

        O desafio é entender a lógica do mercado e do dinheiro dentro do arranjo capitalista, e em casos excepcionais, fora dele, sim porque há arranjos não capitalistas que existem em locais remotos, mas que ainda assim, de um jeito ou de outro, em certa época são tragados pelo sistema capitalista, como os índios isolados na Amazônia, atingidos por barragens, alterações climáticas, doenças, etc…

        Logo, sem atacar a contradição capitalista primordial (acumulação X mais valia), dinheiro e mercado nada valem…

        Assim, é verdadae que mercados inseridos em experiências socialistas fracassaram na construção das relações sociais as quais se destinavam porque não conseguiram entender que não bastava apropriar-se se modos de produção ou criar mercados artificiais…

        Por outro lado, a lógica dos mercados e do dinheiro não resolvem as contradições do capital, mesmo sendo seus instrumentos mais poderosos de acumulação, mas que dependem de variáveis que ultrapassam a mera lógica (?) física do enriquecimento, mas por isto mesmo, são volúveis, e em certos casos, dispensáveis, quando na presença das enormes crises cíclicas, em palavras simples para você enetender:

        Quando a diástole dos fluxos de acumulação se retraem, os mercados e os valores (dinheiro) viram pó, e os rentistas retornam para as posições anti-mercado: riqueza física, como terras, metais, etc, todas inconversíveis…

        Vá estudar, filhinho, este debate é para quem não usa viseiras do tipo> follow the money, follow the power…

         

        1. KKKK!!!!!!

          Fala sério, você  escreveu estas besteiras sozinha ou ligou o gerador de lero-lero?

          O assunto do artigo, excelente por sinal, do Ciro Gomes são os problemas causados pela criminosa distribuição dos rendimentos, que geram desigualdades desnecessárias. Sendo o Brasil um país tão rico não precisa submeter o povo e a nação às augruras atuais.

          Não adianta fugir da escola, têm de estudar e se inteirar do assunto nas suas oito direções para poder comentar com propriedade.

          Acompanhe o que vem sendo discutido aqui no blog, procure ler mais fontes sobre o assunto, depois de um tempo você vai participar de forma muito mais produtiva aqui, não é difícil, mas leva um tempinho.

          1. Burrice de geração espontânea….

            Ahhhhh, sim, escolástico, então devemos supor que há uma desiguldade “necessária”?

            Bom, e o que o tema proposto por Ciro é desprovido de causa e efeitos, ou seja, vamos destacar o lado mais engraçado do que escreveu:

            “(…)O assunto do artigo, excelente por sinal, do Ciro Gomes são os problemas causados pela criminosa distribuição dos rendimentos, que geram desigualdades desnecessárias. Sendo o Brasil um país tão rico não precisa submeter o povo e a nação às augruras atuais.”

            É assim, uma questão moral de julgamento, porque o capitalismo pode sim, gerar uma distribuição virtuosa????

            Putz, eu passo, vou para escola, mas não para debater com você, mas para aprender a evitar gente como você…

            rsrsrs…

            Chega, filhote, como bom parasita de texto alheio, já conseguiu a atenção que desejava…agora deixa titia se ocupar do que vale à pena…

          2. E no assunto, nada?!?

            Que pena !

            Perceba que o mercado, o dinheiro não são nem maus nem bons em si mesmos, dependem do uso que os humanos fazem deles.

            Jesus Cristo, na única vez que usou de violência, pelo que a Biblia nos conta, foi contra os câmbistas do Templo, que tomaram varadas, ou seja, não destruiu o dinheiro, mas puniu os que mau uso dele faziam.

          3. Não força, filho…

            Filho, titia tentou, mas depois de ler a Crítica da Razão Pura, descobriu que simpatizava com o esforço kantiano, mas de certo, não era uma idealista, portanto, não acredita em ideais ou coisas que existam per si…

            O que mais que você deseja que eu escreva sobre o que eu escrevi? Rsrs…até agora só quem retrucou com debiloidices repetidas sobre dinheiro e mercado foi você, mas não trouxe um arremedo de argumento teórico para rebater, e aqui estamos, debatendo sobre o debate, e esquecendo o tema principal…

            Em tempo: em relação a jesus, o carpinteiro bastardo, talvez por comungar a visão “religiosa” sobre o uso do dinheiro, sem se importar com as conexões teleológicas que inferem seu uso, tenha acabado na cruz…aliás, seria um bom destino para você também…

            Mas só se prometesse não ressuscitar, porque de chato, já basta o judeu mestiço…

            Um conselho: vai brincar com o calvin, que ele é mais do seu “tamanho”, ou espera o aliança liberal ou o leonidas…

          4. O milagre de weber…

            Bom, como temos homens maus (os pecadores financistas) e os homens bons (quem seriam?), é tarefa do governo-messias expulsá-los do templo, quem sabe chutando os seus caixotes, isto é, fixando câmbio ou taxando o fluxo de capitais…E como tal, o capitalismo, a moeda e o mercado passarão a multiplicar pães ou transformar água em Romaneé Conti…

            Nossa mãe, se Marx tivesse conhecido o weber, o mundo não seria o mesmo…

            Aleluia, aleluia, titia viu a luz…

            Dinheiro é tão importante, que a China está à beira de se entalar com reservas, que de uma hora para outra, passam de remédio a veneno…

            O que o tolo do weber não compreende é que a dinâmica capitalista, quando ameaçada, sacrifica mercados e dinheiro, mais ou menos assim (atenção, minino weber, é figurado o sentido):

            Decretam feriado, param as roletas e queimam montanhas de papel-dinheiro em enormes fogueiras…e recomeçam lá de onde pararam (com a valorização dos seus ativos físicos: terra, metal, fonte de energia, água, etc), e tocam o trem da História de novo…

            Daqui por diante, se você não conseguir entender(aposto que não), vai ter que seguir falando sozinho…

          5. O Yuan

            O dinheiro da china, o Yuan ou o Renmibi como o Delfim gosta, é fonte de preocupação eterna para a City e Wall, bem como motivo de prosperidade e bem estar para os chineses.

          6. argggghhhhh 2…

            Para 20 ou 30% deles? Pode ser…O resto é exército de reserva, seguro com mão de ferro para não consumir meio pentelhésimo do programado senão implode o país com inflação galopante de oferta e destroça o valor da moeda…

            É este seu exemplo de mercado? Putz…

            E os largos contingentes de analfabetos que vivem na Idade Média nos campos de arroz, ou campos sem nada? Isto é bem estar? De quem, meu filho?

            Sem mencionar no bem-estar de trabalhar em uma fábrica por doze horas a 50 cents a hora de trabalho…rsrsrs

            Bem estar…rsrsrs

          7. Não está de acordo com a realidade

            O que afirmas não encontra respaldo com a realidade Chinesa, que de maneira superior à proeza do Lula, retirou número muito maior de pessoas da pobreza absoluta, mas lhe dou o benefício da dúvida. Traga os dados.

          8. E acreditas no que?

            Se não és uma idealista, nem uma realista, onde estas?

            Meditação transcendetal, ótima técnica para se descobrir como as coisa funcionam.

            Estude as Leis fundamentais que regem o mundo da inteligência e que são as mesmas da natureza.

            O ser e o vero se convertem.

          9. argghhhhhh!!!!

            Contrapor idealismo com “realismo”, é tão grotesco como supor que materialismo queira dizer algo sobre quem gosta de coisas materiais…rsrsrs…

            Socorroooooooo!!!!

            Meu filho, no que eu “acredito” nem tem mais sentido diante do que você diz….rsrsrsrs….

             

          10. Contrapor?!?!????

            Onde eu contrapuz realismos com idealismo, você sim repudiou nas suas mensagens os dois e eu indaguei onde ficas?

            Leia devagar e com atenção, isto evita estes comentários infelizes e fora do registro.

            Se não se sente à vontade com a discussão, não tenha vergonha, todos nós já fomos ignorantes e estudamos para apreender, não é feio  deixar de ter proeficiência em alguma coisa. Afinal este é um blog de colaboração e eu tenho sempre a maior boa vontade em explicar tudo.

             

          11. ?

            Então, explica sua complexa teoria econômica, com pinceladas de política econômica para nós…

            Vamos lá, mãos à obra…

            De quebra (pode usar a Wikipedia) elabore um conceito sobre a corrente filosófica clássica alemã sobre idealismo e materialismo, pode ficar só com o básico: Kant e Hegel…

            Tente ser objetivo, use SEUS conceitos, e não vale bricolagem (copia e cola)…mas pode citar a fonte, se quiser…

          12. Continuas a tergiversar

            Não responde no que acredita e foge do assunto como o Diabo da Cruz.

            Responda no assunto se queres dialogar com gentileza, eficiência e generosidade.

    4. Parabéns Titia !

       Um dos melhores artigos do Nassif nos últimos dias. Parabéns  Titia !

       

       Gosto do voluntarismo do Ciro- empolga os estudantes, e na emocionalidade ele esquece alguns parâmetros importantes que norteariam a sua análise para harmonizar o que se deseja e o que é real, sendo o real o interesse explícito ou camuflado de todos os agentes econômicos e sociais envolvidos em nosso “status quo.”

      Titia,  achei sua análise  coerente, lúcida, filosófica e mostrando que o mundo roda de acordo com o seu ritmo, como um elefante que somente consegue  ter modificada a sua inércia com planejamentos de longo prazo ou com um tiro de míssil.

      Dá para pensar que o modelo atual não tem permitido aos políticos serem criativos.  Dizer que vai ter algum voluntário querendo mudar as regras do jogo é falácia e má-fé. As propostas hoje existentes são de continuar o modelo que está se praticando. Já é um avanço ter diminuído os juros da dívida pública e gasto com os mais necessitados, o que incomodou os banqueiros do F.Times, do Itaú, do Pactual e da mídia reverberadora das suas propagandas que sustentam a própria mídia.

      A oposição, por viver sempre emocionalmente odienta ao PT, não consegue enxergar melhorias ao modelo existente e por ser contra o PT, só pensa em voltar ao modelo anterior – que forçosamente elevará os juros e a dívida pública, penalizando assim quem não trabalha em Wall Street. Sempre revindiquei que o que falta no mundo são pensadores e filósofos para nos guiarem.

      Hoje somos “maria vai com as outras” e agradecemos ao Faustão e a Veja por nos abrirem os olhos todos os dias.
      Se o Brasl não ganhar a Copa , o Barbosão vai mandar prender a Dilma, Lula e o PT e só nos restará discutir se Deus é justo ou não, se Maria era virgem e distribuir santinhos e orações via internet desejando que Deus nos dê uma vida eterna e feliz. Amém !

  2. Oitenta bilhões de reais em

    Oitenta bilhões de reais em forma de renúncia fiscal é um a bolada e tanto. Se Ciro Gomes tá falando, então, eu acredito. Ciro é um político inteligentíssimo, de boa formação moral, sem máculas em uma tragetória longa, e com destaques em alguns cargos impçortantes. De vez em quando pergunto a um cearense qualquer sobre ele, e a resposta nunca tem sido negativa. Ele e Jereissate são bem-falados por lá. O mal de Ciro foi, – não sei se ainda é -, a de ser bateu-levou, doa em que doer. 

    Quanto ao mote da matéria, infelizmente em nosso país igualdade é coisa difícil de se ver, embora saibamos do empenho dos dois governos petistas em melhor distribuir renda. Mas, tudo é uma luta  grande pra se chegar aos resultados. Coneço gente assalariada, que um dia viveu pendurada, vendo seus pais pedir ajuda governamental, hoje, na cara de pau, ser contra as ações de Lula e Dilma. São pessoas que seguem os tucanos, e não adianta mostrarmos a mais dura realidade porque elas estão com a opinião formada. 

     

    1. Gosto é sempre autoritário

      Titia concorda com tudo o que Maria disse sobre Ciro, mas se a referência que ela usa é o que falam dele e de Jereissati, aí o Ciro ‘tá mal…

      Titia não gostaria de ser elogiada por quem elogia o merval,por exemplo…

      O problema do Ciro é a dicotomia concentração X multiplicação (de poder):

      Há grandes líderes que são capazes de multiplicar o seu poder até certo ponto, e sobem até um teto…onde ficam restritos a estes limites porque começam, a partir dali a concentrar poder…

      Ciro, ACM, Jereissati, Cabral, Garotinho, etc, são exemplos de lideranças regionais fortes, como Eduardo Campos (o coiso), que nunca chegarão até a presidência, porque para ali chegar é preciso continuar multiplicando poderes e as forças atraídas por ele…

      Uma vez na presidência, temos os presidentes e estadistas…novamente, a mesma lógica, claro que com injunções diferentes, porque aí entram componentes globais que estavam ausentes nas disputas regionais…

      E creia, minha linda, isto não tem nada (ou pouco) a ver com bateu-levou…Todos os grandes líderes são desbocados, irascíveis, beberrões, tarados, violentos, etc, etc, etc, porque são, enfim, humanos…

      A diferença é o efeito que estas caracterpisticas imprimem em suas vidas e feitos: concentrar estragos, inclusive os de imagem, ou multiplicar soluções?

      Um beijão da bruxa veia…

        1. Santo google…

          Assis não é dos maiores fãs de titia…mas sua ironia é sensacional, tenho que confessar…

          Por um minuto, ignorante que só ela, titia empacou: beltane, que catzo é isto?

          Tá lá a wikipedia para elucidar…

          Tem razão, assis, titia só seria conselheira em mundos imaginários…rsrs…já pensou se eu levasse teu “elogio” ao pé da letra? 

          Joga outra isca porque esta minhoquinha titia (piranha veia) já comeu (delícia) e você ficou com a vara na mão, rsrs…

          1. Titia

            Corrija isso aí. Sou seu fã,como fã de qualquer inteligência. Posso discordar de algumas situações, mas, se não lhe respeitasse e gostasse de você não responderia como muitas vezes tenho feito. Também pesquisei na internet e vi um perfil seu, com certeza fake:  Morgana Beltrame (morganaaB) on Twitter

            The latest from Morgana Beltrame (@morganaaB). Louca, chata, carente, confusa, teimosa, estranha, estressada ciumenta, taurina e linda!!

             

          2. Tá corrigido…

            Assis, meu fofo…titia não pode afirmar que o perfil é fake, pode ser apenas outra pessoa use o mesmo apelido(parece o caso)…

            Mas com certeza não sou eu que uso este personagem pesquisado por ti…

            Titia também é sua fã…beijos afetuosos de titia…

    2. O amadorismo político do PT em 2010 impressiona.

      Ciro Gomes era o vice ideal da Dilma em 2010, apostaria dinheiro que a maioria do PMDB continuaria apoiando o governo petista (eles não tem para onde ir).

      A criação do PSD, PROS foi justamente para disputar com o PMDB quem é mais fiel ao governo e assim ser beneficiado por cargos. Tanto que o PMDB era o mais interessado na validade da lei que restringia criação de partidos já em 2014.

      1. eduardo marina campos da silva…?

        Bom, Felipe, titia imagina que a mistura com Ciro de vice(boa parte do recalque dele vem daí) seria algo parecido (guardadas as devidas proporções, como a diferença de capital político e posição relativa na disputa das chapas) como a mistura do coiso campos com a joana d’arc da floresta, agora em 2014…

        Mario Puzzo nos ensinou, Coppola gravou e Al Pacino disse: mantenha os inimigos o mais perto possível! É o caso do PMDB, meu lindo…

        E veja: a chapa ideal é igual a penalty (bonito é o que entra), boa é a que ganha e governa…e se reelege…pois então…

        Dilmiro em 2010? Creio que não… 

        1. O PMDB hoje depende muito

          O PMDB hoje depende muito mais do PT do que o contrário.

          Se romper com o governo, há uma fila de partidos querendo ocupar seu espaço.

          Se o PMDB resolver disputar com Requião, o Brasil sai ganhando (o único candidato que faria eu e muitos esquerdistas deixar de votar na Dilma de imediato, será que os filiados do partido não pensam nesse cenário?)

          Apoiar a oposição então, não haveria unanimidade (basta lembrar da chapa José Serra/Rita Camata cristianizada em 2002). 

          1. Sim e não…

            Felipe, fofo, sua compreensão faz sentido, mas apenas em alguns aspectos (ou instâncias)…

            Se formos considerar as eleições proporcionais, você até tem certa razão, HOJE o PMDB tem menos capital político para impor alianças como fez em 2010 (RJ é exemplo)…

            Mas ainda que menor, o PMDB ainda é o partido com maior capilaridade, justamente onde a porca torce o rabo(municípios), porque é ali que são construídos os arranjos que elegem prefeitos, mas acima de tudo, as bancadas estaduais e federal, até porque, governador hoje é um cargo que só apanha, pois ficou com polícia e parte da educação e os setores mais complexos do atendimento de saúde, como prover o que municípios com 9 ou 12 mil habitantes e pendurados apenas nas receitas do fundo de participações, não conseguem dar conta…justamente, o que dá mais dor de cabeça…

            Seu tamanho no Congresso também não nos autoriza a dizer que seu papel seja secundário…

            E ainda mais, o problema é que o PMBD, com todos os problemas(e são muitos) ainda dão mais estabilidade ao governo que o esquema PSD ou outro qualquer…

            Neste caso, como em tantos outros, antiguidade é sim, posto…

            O problema não é o PMDB, ou PSD, mas a ausência de um espectro de foras mais à esquerda para empurrar o PMDB, e de tabela, o governo…

            E aí, infelizmente, a bola estava com o PSB, mas deu no que deu…

            Dos débeis mentais do piços, pstu, pcb, pco, e outros duendes não há de se esperar nada mesmo…como vês, o caso é mais complexo que parece…

  3. “Pois bem, a política do meu

    “Pois bem, a política do meu amigo Guido Mantega entregou a pequenos grupos de interesse vinculados a oligopólios, por regra estrangeiros (que cuidaram de remetê-los em massa às suas matrizes como lucros e dividendos), 80 bilhões de reais na forma de renúncia fiscal. Só no ainda em curso ano da graça de 2013.”

    Interessante este artigo do Sr. Ciro Gomes, mas então pergunto:

    – Como ficaria o governo, se deixasse de cumprir a meta fiscal acordada com os organismos financeiros internacionais?

     – Será que o amigo Mantega, não está fazendo o determinando?

    – Se a renúncia fiscal, foi do montante de 80 bilhões de reais, só neste ano de 2013, algum acordo de bastidores deve ter havido, pois do contrário seria ele aplicado exatamente no que foi citado (saúde, educação, moradia, saneamento, etc, etc, etc.).

    – Se não foi, algo de podre  muito podre, está acontecendo no “Reino da Dinamarca”, e c omo diz outro provérbio, – à mulher de César não temd que ser honesta, mas que parecer honesta”!

    – Para finalizar diria, se não fizerem o que foi acordado pela troika-financeira, o que aconteceria? O que acontece quando não se cummprem os acordos da Banca?

    Então meu amigo Ciro, sejamos realistas!  Entre o ideal e o real, a diferença é enorme, e as conquistas até agora implemen tadas pelo governo da hora, nada mais são que concessões para se evitar que a elasticidade social seja rompida!

    Seja qual for o governo da hora, em qualquer pais, se não cumprirem a Agenda, podem se considerar derrubados e/ou eliminados! Que o digam os que se rebelaram!!!!!

    1. Depois reclamam quando a

      Depois reclamam quando a gente diz aqui no blog que o Mantega já deu o que tinha que dar…

      A banca financeira já inventou escândalo com a tal da contabilidade criativa, quero ver quando o povo ter conhecimento do plano de governo recessivo da oposição, aí vai voar pena pra todo lado.

      Tem gente que acha que ainda estamos em 1964, desde 2005 estão tentando derrubar o governo e não conseguem, imagina se a comunicação do governo fosse mais eficiente??

  4. O ciro é muito bom de crítica

    O ciro é muito bom de crítica – embasado, lúcido e elegante – entretanto falta-lhe apontar soluções.

    É mais ou menos como nós mesmos aqui nos blogs, criticamos, criticamos, mas não apontamos soluções. 

    e quando alguém as apontam. ainda que com pertinência, as autoridades não as acolhem.

    1. Duvidar de tudo, até da própria dúvida…

      Tio Lindo, me permita: Criticar tudo, até a própria crítica…

      O exercício da crítica, mesmo que aparentemente desprovida de um “compromisso” com soluções, é imprescindível para chegarmos a soluções, ainda que não sejam os críticos, como dissemos, os responsáveis por sua implementação…

      Imagine cobrar do veio Marx a tarefa de superar o capitalismo dentro de uma militância disciplinada (ele até que tentou)…

      Ou imaginar que Sartre devesse propor soluções técnicas para superarmos as contradições do estado-vigilante e o estado-punição…

      Pois é…

      Ser bom de crítica é ótimo, porque boas soluções não virão de críticos ruins, ainda que sejam ótimos “obreiros”…

      Esta contradição, tio Lindo, é falsa…porque há instâncias para críticas per si (ele escreve um texto em uma revista), como exercício intelectual, e há espaços para críticas e práxis, como ele certamente deve ter feito quando avaliava estratégias, táticas e resultados das equipes com as quais trabalhou em sua vida política.

      O que fazemos aqui é vital para a Democracia…mesmo que, aparentemente, os governos “não ouçam”…

      Menos ranzinice…está é a cena…

      Até porque, de forma indelicada poderíamos dizer: “então tio Lindo, desqualificar o texto sem apresentar uma ideia alternativa também não é criticar por criticar”…

      O tio Lindo ‘tá parecendo o seo Nassif, com a birra: contradizer por contradizer, debater por debater…rsrsr…

      Será que são parentes?

    2. Propor Soluções

      Eu não acreditaria em nenhuma pessoa que apresentasse soluções completas para assuntos tão complexos. Cabe a cada um de nós apontarmos os problemas, para em função disso buscarmos, em conjunto, soluções factiveis, prazos para providencias, responsáveis, cobranças dos responsábeis e  quem deverá cobrar e aí por diante. Soluções para um problema gigantesco como o apresentado pelo Ciro é de uma enorme complexidade, com soluções multiplas e igualmente complexas, porem pelo menos indica da necessidade de sairmos da imobilidade que o governo do PT encontra-se.  A eleição de 2014 dever ser ganha no nível federal, porem as próximas, sem mudança radicais de rumo, ficarão muito mais dificeis e trarão a oposição rançosa de volta e a destruição do feito.

      Tenho, como muitos de nós aqui no blog,  desconfianças do Ciro (entre o que prega e o que faria se estivesse no poder), porem não podemos negar que pelo menos e demonstra vontade de enfrentar as oligarquias que dominam os nossos país, coisa que a Dilma não o faz. Dilma deixou o STF “queimar” parte do partido sem nada fazer, sendo que até cargos no STF e no PGR não foram escolhidos para impor a direção do seu governo. A Dilma teme o PIG, as elites,  governos extrangeiros e não faz nada que possa estragar o seu “plano de governo” ( se é que tem um).

  5. PRESSÁGIOS OU REALIDADE

    http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/140584-caracas-teera.shtml

    ………………………………………………………………………………………………………………

    Teerã e Caracas vivem hoje a ressaca deixada pelo fim de uma década de bonança na cotação do petróleo. A renda do petróleo não compra mais a quantidade de bens e serviços suficiente para manter o progresso material da sociedade.

    Os governos fazem o que podem para mitigar o empobrecimento relativo da população, o que parece inevitável. Ampliam gastos e dívida, manipulam a moeda local e saqueiam as receitas das estatais petrolíferas.

    Mas podem pouco. O PIB se desacelera, e os preços ao consumidor arrancam. O custo de vida sobe 40% ao ano. No Irã, o boicote internacional agrava o desabastecimento interno. Na Venezuela, os decretos para baixar preços o vão exacerbar.

    Ao Irã ainda restam a moeda de seu programa nuclear –cuja desaceleração temporária acaba de pactuar com o Ocidente– e o enraizamento do regime islâmico. A Venezuela não tem nada disso.

    O Brasil se prepare para uma crise no vizinho. O socialismo começa com discursos gloriosos,(…)  mas acaba em filas e penúria econômica.

    1. Faltou dizer que grupos

      Faltou dizer que grupos econômicos estão sabotando Maduro para gerar o caos (sorte dos venezuelanos que a mídia local informa melhor e é mais democrática que a brasileira).

      A lei habilitante do governo venezuelano é um avanço em relação ao socialismo do séc. XX (que não admitia o lucro capitalista em hipótese nenhuma), no séc. XXI o lucro é aceito (desde que não seja excessivo).

      Maduro deve ter se inspirado naquele JORNALISTA brasileiro que desmontou a farsa do custo Brasil e mostrou como as montadoras ganham dinheiro no país através da enorme margem de lucro.

      O recado deveria ser para a Dilma, que parece ser omissa em sua política externa, o atual Itamaraty não lembra aquele do Celso Amorim que fez o mesmo acordo diplomático com o Irã.

      1. Maior custo-Brasil é a

        Maior custo-Brasil é a desigualdade de renda. E o sistema tributário tem tudo a ver com o assunto. Não nos termos colocados pela turma do Estado Mínimo, claro.

        Nos States, onde o carro é barato, as margens de lucro são pequenas, mas alcançam um mercado de consumidores gigantesco. Já aqui no Brasil, que diferença faria reduzir o preço do Civic para R$ 40 mil? Encontraria basicamente a mesma faixa de público consumidor. Quem compra a R$ 40 mil, tem dinheiro para bancar R$ 60 mil.

        Já quem pode pagar R$ 40 mil, a vista ou em poucas prestações, é um número proporcionalmente pequeno de brasileiros. Não precisa nem dizer que nosso sistema tributário (que alivia a renda e o patrimônio principalmente dos mais ricos e tributa o consumo e a produção, onerando principalmente os mais pobres) é um dos “culpados” por esta situação absurda.

         

  6. A direita é burra. Simples

    A direita é burra. Simples assim.

    Temos a famosa pirâmide social, onde na base fica a maior parte da população e no topo fica o 1% e que detém boa parte da riquesa.

    Posso estar errado. Posso ser masscrado nas respostas a meu post, mas acho que a forma mais fácil para diferenciar esquerda e direita é olhando em qual extremo da pirâmide o governo foca sua atenção.

    O governo de esquerda foca na base da pirâmide. O de direita, no topo. Focando no topo, a direita sustenta que a riqueza acabará sendo distribuída por toda a pirâmide, como se esse modelo estivesse sujeito, talvez, à lei da gravidade. O que acaba acontecendo é que o topo se distancia cada vez mais, e a base fica cada vez maior, “achatando” a pirâmide, mas pouco ou nada dessa riquesa chega até a base.

    Por outro lado, focando na base, a tendência é que parte dessa riquesa chegue até o topo, onde ficam os grandes empresários, passando também pelo centro, onde ficam os pequenos empresários e profissionais liberais, já que a base da pirâmide é formada basicamente por trabalhadores e, portanto, por consumidores, que precisam dos produtos e serviços disponibilizados pelos ocupantes dos outros níveis da pirâmide. Com a base consumindo, é claro que serão gerados lucros para todos os níveis.

    A “inteligência” da esquerda nesse caso, focando na base da pirâmide, é que eles acabam se beneficiando do único instrumento que torna bilionários e pobres exatamente iguais: o voto. Como a base tem muito mais eleitores do que o topo, beneficiando essa parte da população é possível garantir a continuidade do governo, mesmo com o bombardeio incessante da mídia, controlada pelo topo da pirâmide.

    1. Perdão pelo “riquesa” com

      Perdão pelo “riquesa” com “s”, mesmo sabendo que é com “z”. Deve ser vício de corretor ortográfico (ou burrice mesmo, hehehe).

  7. Alguém precisa estar gerando

    Alguém precisa estar gerando renda para que ela seja distribuída. E quem gera, se tiver que dividir com quem não gera, para de gerar. É a essência do fracasso do socialismo.

    1. Uau, é um “jênio” o minino calvin…

      Bom, então este dever ser a razão do “sucesso capitalista”, no Haiti, em Bangladesh, ou na Espanha, atualmente…

      Como ele(o capitalismo) gera os excluídos em proporções exponenciais, diretamente proporiconais a suas taxas de acumulação/concentrção(tanto pela sua incapacidade de distribuir, quanto pela necessidade de aviltar o valor do trabalho pelo exército excedente), temos um “paradoxo do sucesso”:

      Acumulo mais, gero mais riqueza e mais desiguldade…esta desigualdade enriquece a poucos, mas ameaça a todos, na medida que a miséria não dá conta de consumir a riqueza que se produz….que, portanto, fica estagnada e não consegue gerar mais riqueza, a não ser, para os mesmos de sempre…

      Pois é…

      Dilema tostines…

      O minino calvin é um “jênio” porque defende esta lógica maluca, ou defende esta lógica maluca porque é um “jênio”?

      Titia tenta não ser indelicada, mas não dá:

      Vá ler, ó pobre coitado…

      1.  Haiti, Bangladesh? Isso não

         Haiti, Bangladesh? Isso não é exemplo nem de que educação e saúde podem funcionar, que dirá capitalismo….

        Qua.,qua.,qua.,qua.,

        Faltam-lhe 50 anos a menos de idade, ou 50 a mais de reflexão….

        1. Ou calivinismo é ciência ou calvície é ausência de cérebro…

          Nem que titia tivesse 1 milhão de anos a menos, ou duas eras galáticas a mais de reflexão entenderia o mistério da ciência calvinista:

          Só entram na categoria de julgamento do capitalismo aquilo que for bem sucedido…o resto, bem, o que é o resto?

          De certa forma, este soluço protohumano é quase uma definição filosófica do nazismo…

          Mas será que este minino consegue ser tão sutil assim, que nem ele consiga se entender?

          Titia passa, alguém se habilita a continuar…?

           

          1. Gui: ” se idade fosse

            Gui: ” se idade fosse critério de inteligência e/ou clarividência, dariam um prêmio Nobel ao Justin Bieber e retirariam o do Saramago”

            Fui chamado de menino, por isto me utilizei do sarcasmo do Barão, que a Profana tentou transformar em uma conta aritmética com resultado zero…. Santo Deus!

            Ah, Saramago é aquele que apoiou a ditadura cubana durante décadas, depois de milhares de execuções, e jogou a toalha quando o paredão fuzilou 2 dissidentes há pouco tempo? Bom, eu passo!

            Quanto à categoria de julgamento do capitalismo (ele está sendo julgado? Em que tribunal?), a Espanha, citada como exemplo, (e mais a Grécia e Portugal) faz parte da trinca que teve pneumonia na zona do Euro com a gripe americana. “Coincidentemente, 3 governos com gabinete socialista no poder.

            E quem é a âncora da região? A liberal Alemanha…. ring any bells?

             

          2. Separando alhos de bugalhos

            Saramago entrou nesta história apenas como exemplo de artista que eclodiu na maturidade, e não na juventude. Se você preferir pode substituí-lo por Eric Kandel, Nobel de medicina em 2000 e psiquiatra tardio. Dá no mesmo.
            Foi você quem julgou o socialismo declarando-o fracassado. Eu apenas argumentei, com as devidas fundamentações históricas, que o capitalismo vem incorporando progressivamente e em nível planetário – sob pressão dos movimentos sociais – as bandeiras e lutas socialistas, o que caracteriza um movimento de longo prazo (que não é mecânico, naturalmente) na direção do socialismo. Não cabe gastar muito tempo discutindo se a Alemanha é “âncora” da economia europeia por que é liberal, já que este não é o foco de nossa conversa. Porém – rapidamente – vale registrar que isto é totalmente falso: a Alemanha é uma potência tecnológica e industrial europeia desde o século XIX, com fôlego para enfrentar duas guerras de custo incalculável, perde-las e se recuperar depois de forma espantosa. Gostaria muito que o Brasil fosse “liberal” como a Alemanha, que tem um sistema de proteção social fortíssimo, no qual investe anualmente 27% do seu (vultoso) PIB, o quinto maior índice do planeta. Não confunda uma conjuntura de inclinação mais liberal dentro de uma trajetória social-democrata de longo prazo com a causa de uma pujança econômica que vem de longe, de muito antes da “terceira via” da era Thatcher-Reagan. Mas isto não importa, assim como não são relevantes para a questão em discussão os problemas enfrentados atualmente por Espanha, Portugal e Grécia, vítimas – diga-se de passagem – das tramoias financeiras que floresceram à sombra da desregulamentação bancária irresponsável engendrada pelo “Estado mínimo” neoliberal. O que quero frisar, em contraposição à sua afirmação do fracasso do socialismo, é que muito da igualdade de oportunidades e justiça social que se tem hoje se deve às políticas públicas de proteção social filhas das ideias das correntes socialistas que se tornaram hegemônicas no início do século passado, principalmente na Europa. É claro que, como disse a Morgana, o progresso material alcançado nestes países centrais não teria acontecido sem o processo de acumulação imperialista iniciado no período do mercantilismo e que prosseguiu na fase capitalista propriamente dita, perdurando até hoje. Só os cegos não sabem que o capitalismo cumpriu e cumpre sua missão histórica de suplantar as estruturas feudais, engendrando o estupendo progresso tecnológico atual e dos séculos mais recentes. Mas suas contradições se tornam mais e mais evidentes e, à medida em que avança o nível educacional e cultural das populações mundo afora, alcançarão a consciência da maioria das pessoas hoje ainda aprisionadas no temor da privação material e no individualismo.

          3. Sobre ” neoliberalismo”, leia

            Sobre ” neoliberalismo”, leia um post do próprio blog que desmascara esta invenção esquerdista( https://jornalggn.com.br/fora-pauta/falacias-academicas-1-o-mito-do-neoliberalismo)

            Sobre as pretensas boas intenções do socialismo, é uma tara que não pretendo curar-lhe.

            Ressalvo apenas o fato de que o Socialismo, antes de falir, é que tentou sobreviver copiando fórmulas do Capitalismo , como tenta Cuba. Já a China propaga sua extinção com o passo dado semana passada.

             

          4. Game over
            Partir para a desqualificação pessoal de quem discorda de suas idéias, classificando seus pensamentos como “taras”, é uma clássica confissão de esgotamento da capacidade de argumentação. Ou seja: você confessa que está encurralado e sem saída, só lhe restando partir para a ignorância.
            Game over, Calvin.

          5. Isso, pegue uma palavrinha,

            Isso, pegue uma palavrinha, apegue-se à ela, decrete vitória e bata em retirada como os americanos no Vietnã….

          6. É a atitude, Calvin!

            Não se trata de uma palavra, mas de uma atitude: uma atitude reincidentemente incompatível com a civilidade e a honestidade intelectual nas discussões. Há muitas boas idéias e pessoas frequentando este espaço. Não vale a pena perder tempo com quem não sabe se comportar. Pelo menos no que me diz respeito, você só voltará a ser levado a sério se pedir desculpas sincera e convincentemente.  

          7. O barato que sai caro

            A prática de recorrer a provocações de baixo nível, como esta, é outra coisa que não cabe em uma pessoa de bem, honesta e confiável. Combina mais com o perfil de trolls e outros meliantes do mundo virtual. Espero que você esteja atento para o custo pessoal de expor publicamente seus graves desvios de comportamento desta maneira, só pelo efêmero prazer de tentar ficar com a razão em uma discussão. Provavelmente esta sua identidade é falsa, tão falsa quanto seu lamento. Mas breve você vai ter que desativar aqui esta sua desmascarada “persona”, o que não deixará de ter um custo interno, íntimo. Sim, por que algo do verdadeiro você deve existir em “Calvin”, e esta parte do verdadeiro você deve provocar vergonha no restante, nas outras partes onde espero e creio que existam traços de inteligência superiores.

        2. Desnecessário, Calvin …

          Mas que grosseria, Calvin. Este tipo de comportamento  já lhe tira a razão por princípio. Mas vou fazer uma tentativa de argumentação, em respeito ao ambiente plural aqui do blog.

          Em primeiro lugar, é importante registrar que se idade fosse critério de inteligência e/ou clarividência, dariam um prêmio Nobel ao Justin Bieber e retirariam o do Saramago – que começou a escrever bem tarde.

          Em segundo, entendo que seu raciocínio binário (capitalismo é bom e socialismo é ruim) é furadíssimo por diversos motivos, mas gostaria de citar apenas alguns.

          A social-democracia européia, considerada o mais perfeito exemplo de desenvolvimento socioeconômico no mundo ocidental (e portanto do sistema capitalista), só existe como resultado da vitória política de setores dissidentes dos movimentos de esquerda revolucionários do final do século XIX e início do século XX, que aderiram ao reformismo como alternativa à radicalização da luta de classes. É, portanto, um sistema de matriz histórica e conceitual socialista. Tanto é que o lendário (e falecido) líder social-democrata sueco Olof Palme, pilar do estabelecimento do incensado Estado de Bem Estar Social nórdico, certa vez disse algo como “só existe futuro com alguma forma de socialismo”.

          Mesmo nos países marcadamente capitalistas, como os EUA, a proteção social oferecida (sindicatos, seguro-desemprego, leis trabalhistas, etc.) só existe em função de duras lutas inspiradas nas conquistas sociais européias, cuja pressão obrigou os setores econômicos hegemônicos a uma escolha do tipo “dar os anéis para não perder os dedos”. O recente “Obama Care”, amplamente apoiado pelo eleitorado americano do Norte, é outro exemplo (embora tímido) desta tendência.

          O que quero demonstrar, em síntese, é que: a) não existe mais nenhum Estado Nacional – nem mesmo os mais radicais na adoção da economia de mercado, livre de forte influência das idéias socialistas em sua institucionalidade; e b)  a superioridade do capitalismo sobre o socialismo está longe de ser uma verdade demonstrada; muito pelo contrário, o avanço dos mecanismos de matriz socialista na estrutura dos Estados contemporâneos é evidente e indica uma permanente tendência de “socialização” em nível mundial.

          Se isto vai levar a uma situação de extinção da propriedade privada dos meios de produção – e em que prazo – ou não, aí já são outros quinhentos. Como o objetivo de toda política decente é o bem público, não creio que um fetiche comunista que impeça cada padaria de bairro de ter um dono vá prevalecer sobre o bom senso de que é impossível que o Estado possa controlar absolutamente tudo, mas não tenho dúvidas de que as formas de organização econômica produtoras de tantas desigualdades sociais e destruidoras da biosfera tendem a desaparecer.

          E os sinais cada vez mais evidentes de que o capital altamente concentrado está diretamente ligados aos fenômenos de corrupção, poluição, desmatamento, desigualdade e desordem urbana – cujos efeitos se fazem ver principalmente nos países mais pobres – estão, levados pelo atual boom das comunicações, chegando a todas as sociedades, mesmo as dos países desenvolvidos.

          Prezado: sinto muito se isto contraria suas crenças e vontades, mas o vaticínio de Olof Palme parece cada vez mais consensual e, portanto, inevitável.

           

           

          1. Só mais um pouquinho além…

            Gui, não contrariando, mas apenas complementando o seu comentário:

            O projeto social-democrata europeu não seria possível sem séculos de acumulação baseada no colonialismo brutal, que operou desde a fase pré-capitalisa (para outros capitalismo mercantil) do século XV até as expansões imperialistas do século XIX e XX…

            Sem esta acumulação material, o conhecimento, e o pensamento europeu ainda estariam lascando pedra, como nosos índios em 1500…

            Ou seja: não foi só o lado humanista europeu que prevaleçou para tornar o Wellfare State europeu o que ele é…

            De resto você tem razão, os direitos que são universalizados como proteção social são fruto direto do confronto das forças trabalhadoras que são esmagadas pelo capital…

            Um beijo,. fofo…

          2. Titia, comentário esplêndido.

            Titia, comentário esplêndido. Confesso que tenho comportamento um tanto bipolar no que se refere à sua participação no blog. É ceu e inferno, 8 e 80, bossa nova e samba gafieira. Prefiro acompanhar titia depois que ela tira seu uniforme de torcedora e se coloca em vestes acadêmicas. Como sua participação foi doutrinária, preferi me portar mais legalzinho com você.

            Feita as apresentações, realmente o que possibilita os europeus a atingir um alto grau de desenvolvimento econômico social é o tal do blood money. Pelo colonismo de ontem e pelo neocolonialismo mercadista de hoje. 

            Só que, venhamos e convenhamos, a história lindinha da Revolução Industrial, quando o ouro mineiro financiou um boom de produção e acumulação de capital vindo de fábricas em que semi-escravos – incluindo aí crianças e velhinhos -trabalhavam 20 horas por dia, sem direitos trabalhistas nem nada, já não seduz muito o andar de baixo daqui.

            Aquele velho bordão Delfiniano do “esperar crescer o bolo” já foi substituído por repartir o bolo pra já, mesmo ele não sendo um tão exuberante e suculento quanto dos EEUU e Europa Ocidental. A gente pode até não virar uma Dinamarca, mas podemos nos tornar um pouquinho mais “civilizados” (só para usar termos coloniais), até porque somos muito mais “Lourinha Bombril” (como magistralmente descrita por Herbert Vianna) do que Gisele Bunchen.

             

          3. Hay que simplificar …

            Com certeza que sim, Morgana, e poderíamos ir até antes do pré-capitalismo na descontrução da mitologia eurocêntrica, considerando a inestimável contribuição à Europa da presença moura nos campos da matemática, geometria, arquitetura, saneamento básico, metalurgia e literatura/poesia, sem a qual há quem diga que o renascimento não teria ocorrido e nem a eclosão das tecnologias dos artesãos que desembocaram na revolução industrial. Mas, como diria Gilberto Gil, “sabe gente … é tanta coisa que eu fico sem jeito …”.

            Beijos.

          4. Esclarecendo

            Só para esclarecer: retifiquei um pouco este comentário posteriormente à publicação de sua versão original, mas sem qualquer intenção de causar constrangimentos a quem quer que tenha feito outros comentários referidos – ainda que indiretmente – a este. A motivação do ajuste foi tentar reverter interpretações equivocadas de meus pensamentos que estão ocorrendo por aqui.

          5. Como ?

             considerada o mais perfeito exemplo de desenvolvimento socioeconômico no mundo ocidental 

            Considerada por quem ? Pelos turcos que trabalham na Alemanha ou pelos norte africanos da Itália e da França é que não é.

            Fala sério…

          6. O oráculo é …
            Bem … o tema é de fato controverso. Mas …. Já ouviu falar de um negócio chamado IDH? Pode ser consultado no site do PNUD. Disponível para o último ano em duas versões: com e sem consideração do contexto distributivo. Na versão básica os EUA ficam em 4o ou 5o lugar, não me lembro bem, e entre os 10 primeiros você encontrará os países da Europa Central e do Norte, mais a Austrália e o Canadá. Na versão que considera os aspectos distributivos, a principal mudança é que os EUA caem para abaixo da vigésima colocação. Vai lá e divirta-se.

          7. Um dos passatempos preferidos

            Um dos passatempos preferidos do senhor Gui deve

            ser o de urinar nos pés de barro de comentaristas cabeçudos.

            Vou retirar os meus da reta.rsrsi

          8. Para além dos pés de barro …

            OK, Walter, criticar o comportamento dos outros comentaristas também vale, embora eu ache que você foi excessivamente severo com a minha pessoa: não sou de ferro, e é claro que às vezes eu recorro à gozação, mas honestamente não me vejo como alguém cujo comportamento aqui seja principalmente do tipo “tripudiar da fragilidade alheia”. Ao contrário, sou de expor minhas idéias e, assim, ficar sujeito às críticas dos discordantes.

            Seja bem vindo às conversas por aqui, porém espero ler em seus próximos comentários mais sobre seus pensamentos e valores.

             

          9. Meias verdades

            O IDH deles não mostra o índice de desenvolviomento da sua sociedade como um todo, mostra dos cidadãos do país, apenas, e não dos milhões de ilegais sem os quais aquelas sociedades não sobreviveriam.

            Nem vou falar das explorações dos africanos que durante o século XX ajudou a sustentar a tal da social-democracia.

            Para sua ciência, está no site do IBGE, se quiser consultar, o IDH da sociedade brasileira dividido por raças. Analisando-se o IDH dos branquelos isoladamente, tem-se um índice compatível com níveis europeus, analisando-se o IDH dos negros e pardos, isoladamente, tem-se um IDH com níveis africanos.

            Portanto, não me venha com seus conhecimentos de folhetim, porque ele não são o retrato da verdade nem da sociedade européia, nem da sociedade brasileira. São apenas grandes números que lhe vendem diariamente para que você continue babando os ovos dos eurodiotas.

            Certamente, se você tivesse a oportunidade de fazer a viagem Lille-Paris a bordo do TGV e verificasse a quantidade de barracos que margeiam a ferrovia, as bidonvilles, ou visitasse as chabolas que rodeiam Madrid, não ficaria babando ovo para a social-democracia européia..

             

          10. Engano

            Você está enganado. Por definição estabelecida nas convenções internacionais de estatísticas populacionais, assim como no Brasil os dados das pesquisas demográficas européias refletem a “população residente” e não a população em situação de legalidade formalizada. A informação é não-identificada por princípio, justamente para evitar o constrangimento dos informantes e a resultante perda de qualidade da pesquisa.

            Isto não invalida suas dúvidas, mas neste caso suas colocações não procedem, assim como não procede sua agressividade gratuita. Uma coisa é você ter dúvidas sobre a precisão das estatísticas na presença de fenômenos como a imigração ilegal. Outra coisa é você afirmar, sem qualquer base numérica defensável, que se tais fenômenos fossem levados em conta os resultados seriam outros. Ainda por cima apresentando como argumento sua experiência e observação meramente pessoais para questionar estatísticas com critérios amostrais e demais procedimentos metodológicos claramente explicitados.

            Apresente seus dados e as bases conceituais e metodológicas que os fundamentam. Mudo de opinião com prazer se informações sérias e consistentes mostrarem algo diferente do que se conhece.

            É claro que o IDH reflete “grandes números”, mas não confunda o uso de menções genéricas à Europa como referências para efeito de argumentação com “esquecimento das desigualdades” nem “babação de ovo da social-demografia européia”. Neste momento, nossa discussão está totalmente fora de foco e, sou forçado a dizer, por uma desatenção de sua parte. O eixo de meu comentário que deu origem a tudo nunca teve a intenção de incensar a social-democracia européia. Releia e verá que se tratava de argumentar, em contraposição a um comentarista que defendia a supremacia “por princípio” do capitalismo sobre o socialismo, no sentido de que mesmo no âmago dos sistemas capitalistas atuais estão presentes valores e conquistas devidos às idéias e lutas socialistas. Foi para sustentar esta tese que me referi à gênese da social-democracia como resultado dos movimentos de esquerda europeus do fim do século XIX e início do século XX.

            Já basta aqui no blog o “fogo inimigo”. Não precisamos complicar ainda mais a situação com “fogo amigo”. Isto partindo da premissa de que não se trata, de sua parte, de mera tentativa de desqualificação pessoal do tipo “trollagem”. Espero estar com a razão ….

          11. “Prezado: sinto muito se isto

            “Prezado: sinto muito se isto contraria suas crenças e vontades, mas o vaticínio de Olof Palme parece cada vez mais consensual e, portanto, inevitável.”

            Mais consensual? Pergunte isto para os governantes europeus obrigados a manter duras políticas de austeridade a mando dos alemães. Os gregos que o digam.

          12. Atenção

            Se você lesse com mais atenção, veria que a citação da frase do Olof Palme foi feita em apoio à hipótese de uma tendência de longo prazo e mundial na direção do socialismo, e não da social-democracia especificamente na Europa, muito menos da Europa da “terceira via” neoliberal. Fica claro também no conjunto do texto que a tal tendência não é atribuída a um processo mecânico e sim às lutas populares constantes por direitos sociais, trabalhistas e etc.

        3. Fórmula calvin para conhecimento…

          Agora, depois de todo o dia, é que titia foi se dar conta da asneira dita por este beócio, vamos a continha dele:

          +50(reflexão) -50 (de idade) = ou seja, igual a calvin, um nada, um zero…

          Depois de Celsius, Farenheit, Coloumb, Watt, etc, temos uma nova medida, agora para o medir o conhecimento, o fator calvin…quanto mais você se aproxima do que ele propõe, menos conhecimento você tem…

          Uauuuu, titia não disse que o minino é tão jênio que nem sabe disto????

  8. Ciro Gomes e Roberto Requião

    Ciro Gomes e Roberto Requião são políticos que eu denominava de “fios desencapados”, tão úteis quanto necessários na política. Até que ouvi de uma amiga uma definição mais adequada para o excelente Ciro Gomes: desfibrilador.

  9. Amiiiigos …

    Sem querer livrar a cara do “amigo do Ciro Gomes” (o ministro Mantega), e já livrando, registro que a renúncia fiscal em curso não existe apenas para favorecer “grupos de interesse via de regra estrangeiros”: faz parte de uma política de estímulo a setores econômicos com elevado potencial de geração de empregos diretos, indiretos e induzidos (cadeias produtivas de grande capilaridade). A intenção (correta ou não, esgotada ou não) é manter o desemprego em queda e a renda familiar em alta, além de incentivar os investimentos – como tanto reclama Ciro.

    A julgar pelas estatísticas, pelo menos com relação ao mercado de trabalho este objetivo tem sido atingido com sucesso. Portanto, redirecionar os recursos dos incentivos econômicos via renúncia fiscal para investimentos sociais imediatos, como sugere Ciro Gomes, não será inócuo em termos de efeitos negativos sobre o emprego e a renda das famílias. O cobertor é curto, e a escolha difícil.

    Todo mundo (ou quase) quer mais e melhores escolas, creches e hospitais, devidamente acompanhados de mais e melhores profissionais de educação e saúde. É claro também que os agentes econômicos, mesmo que estimulados à exaustão, não serão capazes (e não são os atores adequados para isto) de prover os serviços sociais básicos universais e de qualidade que tanto desejamos. O Estado tem um inexorável e imenso papel a desempenhar neste desafio.

    O ministro Mantega e sua equipe aparentemente estão optando – dada a limitação de recursos – por priorizar neste momento os incentivos econômicos, até por que aí há (pelo menos em tese) um efeito sinérgico com os investimentos privados: o investimento público gera incentivos que aumentam o investimento privado e assim o efeito final sobre o mercado de trabalho é ampliado.

    É muito difícil vencer esta lógica, cujos resultados podem ser – e são – continuamente aferidos por estatísticas regulares, simplesmente com idéias, por melhores que sejam. Para que uma mudança tão radical como a sugerida por Ciro Gomes nas opções de política fiscal e de investimentos públicos ocorra, é necessário mais do que uma defesa qualitativa. E, por mais inexatos e questionáveis que sejam, há modelos econométricos – como os de equilíbrio geral computável – capazes de estimar os efeitos econômicos e sociais de alternativas de políticas públicas desta natureza, levando em consideração toda a complexidade da irradiação de efeitos na sociedade, nos setores produtivos e nas finanças públicas. O pessoal do Ministério da Fazenda e do Banco Central com certeza domina a construção e operação estes modelos. Sugiro a Ciro Gomes que procure apoio na academia (garanto que há quem tenha capacidade análoga fora do governo), construa e simule seus cenários alternativos para posterior discussão em bases mais objetivas com a equipe econômica de Dilma. Fora disto, pesará sempre sobre uma proposta tão dissonante a pecha de “achismo”.

    Nunca se poderá fugir da desembocadura desta discussão no embate político, até por que estão envolvidas variáveis de bem-estar social de difícil (embora cada vez menos) expressão quantitativa, mas me parece que se não houver o devido aprofundamento técnico prévio a discussão penderá para a radicalização polarizada, sem bases e mecanismos que facilitem mediações e consensos parciais, e portanto viabilizem convergências e avanços.

    Parto do pressuposto que a radicalização polarizada não interessa às partes envolvidas, já que Ciro e Mantega/Dilma são aliados e – em princípio – trabalham na perspectiva da prioridade ao que é melhor para o país em relação ao que interessa individualmente às partes. Mas, se eu estiver enganado a este respeito, esqueçam tudo o que escrevi acima …

    1. Modelos possíveis

      Taí.

      O Gui como sempre cirurgico e contudente.

      Me permita acompanhá-lo no que diz respeito a achismos sem eira e nem beira que pululam tanto aqui no blog, como na mídia. Os que palpitam não são do ramo e política econômica – prá valer – é coisa para profissional que não esquece nada nem ninguém pelo caminho.

      Por outro lado Gui, com uma abordagem fora da caixa e um pouco mais heterodoxa podemos sim conseguir melhores resultados, um modelo baseado na Astrologia, no Tarot e na Geometria  consegue isto com um pé nas costas.

    2. Estado-finança…

      Gui, meu fofo, acertaste no diagnóstico, mas não dá para apenas expor, sem optar por uma posição em relação a esta “escolha” do governo…

      O que o governo faz (como todos os demais governos ao redor do planeta) é subordinar-se a lógica do Estado-finança, que Marx descreveu há tempos…

      Os ciclos permanentes de expansão e retração, demandam rearranjos para romper as barreiras (físicas, como estradas, energia, portos, aeroportos, tecnologia, treinamento da mão-de-obra, etc) que impedem o prosseguimento das acumulações capitalistas ao redor do globo, logo, governos, em nome dos Estados, são chamados a azeitar a máquina de investimentos para dotar estes novos territórios de expansão capitalista, dos insumos e condições necessárias, que minimizem os investimentos privados e aumentem seus lucros, já que, no momento, o custo social da retração salarial parece que não é desejável a ninguém, muito menos a desvalorização da força de tranalho (renda)….

      Não é uma “escolha”, Gui, é uma ordem de quem tem a chave do cofre…

      Claro que as instâncias políticas de mediação (democráticas) negociam e tentam promover alguma tensão para atender as demandas de sua base social, no caso do atual governo, esta preocupação, é sim, central…

      Sorte nossa que vivemos sob este governo…

      Nas zonas periféricas do capitalismo, é sempre bom lembrar que os acordos e vínculos entre capital e governos tendem a ser menos orgânicos que aqueles ostentados em sua pátria de origem, e não raro surgem os primeiros gargalos de estrangulamento do funcionamento dos Estados-finança mais pobres, porque eles se sustentam deixando enormes contingentes de pobres esperando o bolo crescer para dividir…

      O capitalismo é, por excelência, o sistema paradoxal, que se alimenta da riqueza e da desigualdade que gera…

      Em suma, a discussão é: nosso projeto estratégico é nos tornarmos um “novo” EEUU?

      Se for tudo bem, embora, como eu disse, vamos precisar de alguma hostilidade para direcionar nossa violência do campo interno (50 mil mortos por arma de fogo/ano) para algum cenário externo, aumentarmos o investimento em armamento nuclear, dentre outras estratégias para enriquecimento rápido…

        1. Fofíssimo…

          Dinamarcas, Holandas, Suécias são possíveis apenas dentro de uma lógica territorial e histórica específica, embora isto não queira dizer que sou adpeta a um determinismo geográfico…

          Lá você cruza o país em um dia, de carro…há 20 ou 30 milhões de habitantes…logo, as decisões repercutem com uma coesão e ligeireza incomuns…

          Os EEUU, que não são bobos, entenderam e deram a cada unidade federativa uma autonomia tributária e administrativa quase impensável por aqui, é verdade…

          Mas de certa forma, o centralismo do Império, e depois da República é que nos mantêm coesos, para o bem e para o mal…

          Porém, nossa forma não permite Dinamarcas, no máximo, um Canadá ou Austrália…Ou, vade retro, EEUU!!!

          Beijocas…rsrsrs

           

    3. Estado mínimo?

      É claro que os altos impostos incidentes sobre o consumo e a produção são um problema, mas o governo busca uma solução pela metade: não tem coragem de alterar a tabela de alíquotas de IR, ou tentar regulamentar o Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF), mas promove desonerações que, para 2014, podem chegar a R$ 249 bilhões. Se isto não é indicativo que necessitamos duma reforma tributária urgente, sei lá o que mais é preciso pra cair a ficha.

      Sem contar que não são todas as desonerações que seguem o roteiro “fomento, incentivo, etcétera”. Algumas delas estão se relevando transferência de renda pura e simples (do SUS-Tesouro pros planos de saúde/acionistas), tal como esta: http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-brasil,congresso-livra-planos-de-saude-de-cobranca-bilionaria,166329,0.htm

       

    4. Gui

      Entendi que a crítica de Ciro se dirige aos que reclamam por “uma responsabilidade fiscal” e ao mesmo tempo aplaudem essas “renúncias fiscais”. A partir daí é que Ciro dá a receita que seria melhor, ao contrário da opção de Mantega, que o governo usasse o dinheiro da renúncia (já que não ouve avanço na produção da nossa indústria): ” Dava para fazer duas refinarias de petróleo. Ou um tantão de coisas na saúde, educação, segurança, metrô, casa, saneamento, portos, aeroportos… Distribuir melhor a renda.”

      1. Opções

        Também penso por aí, Assis, a ideologia como tudo no mundo evolui e hoje em dia com velocidade muito maior do que antigamente, o que faz obsoleto muitas das antigas “certezas dialéticas comunistas” de antanho e outras ideologias menos votadas, na verdade, com o progresso da telemática o incomensurável é de outra magnitude de grandeza.

        Este pessoal da velha guarda só serve para pesar nos cofres da previdência, pois em termos de filosofias e políticas são um zero.

        Digo mais, como o Gui ressaltou, os modelos hoje estão tão sofisticados e apurados que mesmo na academia não é fácil encontrar quem os domine, e alguns, como os dos operadores (p. ex. do Elias) são o patrimônio da firma, logo, secretos.

        Isto tudo para dizer que existem opções e uma delas é copiar a estratégia de poder dos donos do Dólar, mas exigem vontade política, inteligência e uma janela de oportunidade.

        1. Pobre homem…

          Ele quer mesmo nos convencer que “as velhas dialéticas comunistas” estão obsoletas, porque o capitalismo lhe convenceu que inovação tecnológica para suprir homens, e fruir recursos é o suprassumo criador de conhecimento, e não apenas ferramentas (fetiche) para ampliar a concentração de riqueza e dissolver ideologicamente a luta de classes…

          Deve ser isto que tornou o capitalismo mais humano e mais distributivista, quando deixamos as cartas a passamos ao telefone, ou abandonamos a pintura e passamos a fotografia, ou saímos do vapor para a era do carbono, rsrsrsr…

          Sim, tudo ficou obsoleto, menos a exploração, rsrsrs…é um doente, este pobre rapaz…

          Cria outra fantasia dos “segredos ocultos” do mercado, mais ou menos como quando questinamos um gnóstico sobre a incoerência da existência de deus, e ele nos diz: mistérios da fé!!!

          Como levar a sério alguém que escreve isto aqui:

          Este pessoal da velha guarda só serve para pesar nos cofres da previdência, pois em termos de filosofias e políticas são um zero.

          1. Pobre homem

            Sem querer parecer arrogante, mas sendo, é só olhar a “repercussão” de seus “comentários jeniais”, dentre os debatedores, para perceber que o peso morto aqui não é titia…

            Seu histórico nos mostra que algo mais que dez linhas no seu caso é um assombro…profundidade, de poça d’água…

            Até agora, o que fez foi pendurar obviedades nos textos alheios…

            te enxerga, filhote…titia ‘tá ficando triste com a vergonha que você está passando…

            Ainda estou esperando sua aula de teoria econômica e política econômica e filosofia clássica alemã, afinal, você mandou titia estudar…

            Estou sedenta por seus ensinamentos…e aí???

          2. Deliras

            Onde que eu disse que iria lhe ensinar algo?

            Mandei você ler as mensagens aqui postadas e por ai,

            Você lê mal, primeiro que descontestualiza o que digo, depois inverte palavras e por fim age de forma extremamente desleal nos seus comentários.

            Desonestidade intelectual é o pior que alguém pode introduzir num debate.

            Falei que algumas das antigas “certezas dialéticas comunistas” não eram mais aplicaveis nos dias de hoje e você escreveu me citando entre aspas que as “velhas idéias comunistas” não prestavam, pode ser mesmo, que velhas comunistas já não sejam tão boas como antigamente …

            Quanto a modelos de governabilidade, pelo visto você entende tanto disto como costurar com pontos de alta costura.

            Mas não fique chateada com o que lhe falo, compre um óculos novo, mais potente, quem sabe você consiga melhorar as leituras e preparar umas poçõeszinhas para dar um “up” nos neurônios e na memória.

        2. Artigo interessante sobre o que desconhecemos
          The Three Values of Science “No great mind has ever existed without a touch of madness” Aristotle said…interesting article about the values of science explained by a wizoid. Once in Hawaii, I was taken to see a Buddhist temple. In the temple, a man said, “I am going to tell you something that you will never forget.” And then he said “To every man is given the key to Heaven. The same key opens the gates of Hell.” And so it is with science. Richard Feynman, a Nobel Prize winning American theoretical physicist, celebrated thinker, and architect of the atomic bomb, has long been known as one of science’s greatest supporters. But it was he who spoke those forthright words in 1963 at a lecture at the University of Washington. Years earlier, in the wake of watching his powerful, atom-splitting creations wreak unspeakable havoc and end thousands of lives in Hiroshima and Nagasaki, the affable and cheery Feynman grew melancholic, grappling with a painful nuclear reality — one he was instrumental in establishing — as well as uncertainty over the shape of things to come. “I didn’t know what the future was going to look like, and I certainly wasn’t anywhere near sure that we would last until now,” he recalled in 1987. “Therefore one question was: is there some evil involved in science?” Feynman was struggling with an existential crisis only a member of the Manhattan Project could truly experience.”Put another way, what is the value of the science I had dedicated myself to–the thing I loved–when I saw what terrible things it could do? It was a question I had to answer.” In 1955, in an extraordinary address delivered to the National Academy of Sciences, Feynman did. From his soul-searching, born out of the choking dust of a mushroom cloud, the physicist expounded upon three simple but vital values tendered by science. “The first way in which science is of value is familiar to everyone,” Feynman said. “It is that scientific knowledge enables us to do all kinds of things and to make all kinds of things.”This could neither be more obvious, nor more true. Though once firmly anchored to the ground, man first realized that by displacing a large enough surface area of water, even immense objects could float. And so we set out to sea. Next, we found out that heating air within a large tarp made the apparatus less dense than even the air we breath. And so we took to the skies. Years later, we fired rockets with enough force to overcome the bonds of gravity, and thus break free of our atmosphere. And so we entered space. Science powered it all.But in that quintessential power to devise and create awesome ideas and inventions comes the power to wield such constructs for evil, Feynman cautioned. “Scientific knowledge is an enabling power to do either good or bad – but it does not carry instructions on how to use it,” he added. Feynman then shared the second value.”Another value of science is the fun called intellectual enjoyment which some people get from reading and learning and thinking about it, and which others get from working in it.”Though Feynman recognized that mere enjoyment isn’t necessarily valuable to society, he contended that the thrill imparted by science is of a different, more inspirational nature. “With more knowledge comes a deeper, more wonderful mystery, luring one on to penetrate deeper still. Never concerned that the answer may prove disappointing, with pleasure and confidence we turn over each new stone to find unimagined strangeness leading on to more wonderful questions and mysteries – certainly a grand adventure!”When a child gets a taste of such an adventure, that is when a scientist is born. Perhaps, like Jack Andraka, they’ll develop a simple test for pancreatic cancer? Or maybe, like Taylor Wilson, they’ll try to invent the energy source of the future? Such is the exuberant energy that science musters. “I would now like to turn to a third value that science has,” Feynman continued. “The scientist has a lot of experience with ignorance and doubt and uncertainty, and this experience is of very great importance, I think.”Speaking humbly and hopefully, Feynman then shared what he knew.”Now, we scientists… take it for granted that it is perfectly consistent to be unsure, that it is possible to live and not know. But I don’t know whether everyone realizes this is true. Our freedom to doubt was born out of a struggle against authority in the early days of science. It was a very deep and strong struggle: permitting us to question – to doubt – to not be sure. I think that it is important that we do not forget this struggle and thus perhaps lose what we have gained. Herein lies a responsibility to society.” Feynman pressed on, explaining how so many people have, over the centuries, claimed to offer simple and all-encompassing “answers.” When, in fact, the key to finding genuine answers to life’s difficult questions is first embracing that you don’t know all of them.”If we want to solve a problem that we have never solved before, we must leave the door to the unknown ajar,” Feynman said. To do so leads to what he described as an “open channel.””It is our responsibility as scientists… to proclaim the value of this freedom; to teach how doubt is not to be feared but welcomed and discussed; and to demand this freedom as our duty to all coming generations.” Source: “The Value of Science.” Richard Feynman. University of Washington.Story via Ross Pomeroy/ Real Clear Sciencehttp://www.realclearscience.com/blog/2013/11/is-science-of-any-value.htmlShow less 16342

      2. Plausível

        Parabéns pela sugestão do post e acho perfeitamente plausível sua hipótese a respeito das motivações do Ciro Gomes. O que penso é que, independente de suas (dele) motivações, seria mais construtivo tratar esta discussão de forma mais objetiva, fazendo seu dever de casa técnico ao invés de simplemente semear idéias e deixar para o outro (no caso, o Ministro Mantega) o ônus de estudar as implicações econômico-sociais destas idéias, tendo ao mesmo tempo que lidar com todos os (muitos) problemas que já tem.

        1. As brumas de Avalon do Assis…

          Gui, Assis, a criação de uma instância de formulação “técnica”, vocês sabem, é inclinada ao engodo…Primeiro, porque nenhuma técnica é politicamente neutra, segundo, porque sendo a execução de políticas econômicas um instrumento de disputa por hegemonia e controle ideológico, não vejo como o Ministro poderá estabelecer interlocuções privilegiadas com este ou aquele palpiteiro, ainda que seja do quilate do Ciro…

          O limite da conversa com a Aacademia e os setores envolvidos tem que estar definido para não haver “conflito de interesse”, porque Ciro não está “morto”, e também tem os dele…aliás, super legítimos…mas que podem parecer menos legítimos (ou sinceros) quando deixarem a esfera da opinião para se tornarem uma “ajuda desinteressada”…

          O ato de semear ideias, neste sentido, é bem mais produtivo que uma “intervenção” mais objetiva…

          1. A burrice do ano

            Bruxa malvada, um governo sem norte, sem rumo e sem estrela custa caro, MUITO CARO, para o povo e a nação.

            É o que o Ciro diz, quando fala de interesses micropessoais e microregionais, é preciso pensar grande.

            O próprio governo já dá sinais de esgotamento, o aumento da dívida explodiu.

            As reformas são para ontem.

          2. Suponhamos.

            Vou partir da suposição de que esse Weber não é Max, nem Troll. Isso posto, ele diz que a dívida explodiu e que o governo não tem norte. Espero que o Weber tupiniquim comente as afirmações de Clinton diante de FHC, de que o Brasil era um dos países mais corruptos do mundo. Clinton exagerou? Mas foi ele quem deu US$ 40 bilhões para a reeleição realizar-se. Foi para comprar os deputados, à módica quantia de US$ 200 mil por cabeça? (ou por boca, depende do ponto de vista). Não, não foi. Essa dinheirama foi porque o Brasil tinha quebrado pela segunda ou terceira vez na gestão tucana. E também, espero que esse Weber, sincero, porém radical, comente o fato de que FHC assumiu em 01.01.1995 com uma dívida externa de US$ 60 bilhões e entregou o mandato em 01.01.2002 com uma dívida externa de US$ 760 bilhões (site do BACEN). Houve muitas crises, mas a privatização não era para modernizar o Brasil e pagar a dívida? Qual a modernidade que trouxeram a Telefonica de São Paulo (o pior serviço telefônico do mundo com tarifas indecentes), nossa telefonia celular, mais cara do que a dos Estados Unidos e a maioria dos aparelhos não funciona, exceto para baixar músicas e joguinhos?

            Conheço uma família em uma importante capital do Sudeste, onde o celular não funciona na sala. Têm de ir para a cozinha ou para os quartos para telefonar…Todo mundo que viaja para qualquer canto do Brasil, mesmo no estado de São Paulo, conhece os pontos cegos das estradas. Isso é razoável? Esse acidente de trem que matou 8 em São José do Rio Preto, por descarrilamento do trem, esse acidente foi razoável, impossível de se previsto ou prevenido? Com a palavra, o Dr.Troll.

        2. O Governo Dilma não tem norte, rumo e estrela

          O Mantega fica numa posição de dar dó. 

          Dilma, todos, eu disse TODOS, têm de remar para o mesmo lado.

          Simples assim.

          Senão sobrecarrega você, o Mantega  e mais uns poucos.

          Reforma o ministério com 14 pastas e 72 secretarias, o governo e a arte de governar melhoram como um passe de mágica, num estalar de dedos.

          Acorda, Dilma!

  10. Segundo Ciro Gomes a renda

    Segundo Ciro Gomes a renda per capita dos cidadãos brasileiros se encontra concentrada, oque teria de ser dividido para que vivêssemos num país de igualdade em classe média não ocorre,pois a maioria da renda está em posse da minoria. Essa deficiência é causada devido a estrutura social formada, em questão de oportunidades, recursos, educação e controle social. A falta de hegemonia se dá pela ausência de estratégia econômica e política, e o uso indevido e desnecessário de verbas que poderiam ser usadas em prol da igualdade financeira. Fica explícito que deve haver uma maior negligência na escolha do governo, o qual é responsável por essa questão e como de acordo com o sistema democrático, nos representa.

  11. erratum, pl. errata.

    meu comentário sumiu, não dá para corrigir. Acho que escrevi “ninguém podem”, botei o verbo no plural e quando enviei, notei. Está feia a coisa para a Ultima Flor do Lácio.

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