O livro ‘O império americano: hegemonia ou sobrevivência’, de Noam Chomsky

Por Fábio de Oliveira Ribeiro

O conflito na Ucrânia renovou o interesse por esta obra de Noam Chomsky, por isto resolvi republicar aqui a resenha que fiz da mesma há algum tempo. O império americano: hegemonia ou sobrevivência, editora Campus, é uma obra que questiona profundamente a política externa norte-americana baseada no uso da violência, bem como sua base de sustentação jornalística (que tem ajudado muito aos ocupantes da Casa Branca a seguirem brutalizando supostos inimigos enquanto eles mesmos não são tratados como líderes brutais).

Logo de saída Chomsky assegura que enquanto “…os métodos nas sociedades mais brutais diferem acentuadamente daqueles da sociedades mais livres, as metas, em muitos sentidos, são as mesmas: assegurar que a ‘grande besta’, como Alexandre Hamilton chamou o povo, não escape do espaço limitado que lhe cabe.”  Um pouco mais adiante, o autor completa seu raciocínio de maneira brilhante “Enquanto o inimigo doméstico precisa ser, em geral, controlado pela propaganda intensiva, no exterior meios mais diretos se encontram disponíveis. Os líderes do atual governo Bush – em sua maioria membros reciclados dos setores mais reacionários dos governos Reagan e Bush I – fornecem exemplos bastantes claros ao longo de seu período anterior no governo.”

A propaganda oficial, a cobertura jornalística favorável das ações governamentais e os conflitos externos mantém o povo norte-americano entretido. Isto permite aos ocupantes da Casa Branca continuarem a construir e ampliar um império global. É inevitável perguntar, portanto, como é que se constrói um império?

A resposta de Chomsky é clara: ignorando o direito internacional. “O desdém pelas leis e instituições internacionais foi especialmente flagrante nos anos Reagan-Bush – o primeiro dos membros do atual círculo de Washington -, e seus sucessores continuaram a insistir que os Estados Unidos se reservavam o direito de agir ‘unilateralmente quando necessário’, incluindo aí o ‘uso unilateral de poderio militar’ para defender interesses vitais, tais como ‘o acesso ilimitado a mercados-chave, suprimentos de energia e recursos estratégicos”’

Essa postura, contudo, não era propriamente nova. A opção norte-americana pela supremacia da força bruta à civilidade da Lei Internacional em relação ao Iraque teve conseqüências dramáticas. “Povos e regimes terão que mudar a maneira como encaram o mundo ‘de uma visão fundamentada na ONU e no direito internacional para outra, baseada na compatibilidade”’com os planos de Washington. Todos estão sendo aconselhados, pela demonstração de força, a pôr de lado ‘quaisquer questões relevantes de interesse internacional’ em prol da ‘satisfação dos objetivos americanos.’ “

É evidente que a arrogante postura da Casa Branca vai gerar uma nova corrida armamentista. A China já aumentou suas despesas militares deixando os norte-americanos arrepiados. Os iranianos não abrem mão de seu programa nuclear porque tem razões de sobra para imaginar que serão tratados como os iraquianos. Nenhuma nação que pretenda preservar sua independência e integridade territorial pode sentir-se tranquila diante de um gigante comandado por gente disposta a impor-se pela força. Apesar de manter relações amistosas com os EUA o Brasil já começou a implementar um ambicioso programa de modernização das suas Forças Armadas. A aquisição de novos navios e tanques de guerra, a construção de submarinos convencionais e nucleares e a compra de jatos Gripen e de helicóteros de ataque franceses e russos tem uma finalidade evidente: preservar e ampliar a capacidade do Brasil de defender os recursos naturais que existem em nosso território e mar territorial.

Não é de hoje que os EUA fizeram a opção pela supremacia da força ao direito. Segundo Chomsky, desde “… a Segunda Guerra Mundial, o governo americano adota a prática-padrão dos países poderosos, normalmente escolhendo a força em lugar da lei quando isso é considerado ‘de interesse nacional’, um termo técnico para rotular os interesses específicos de setores domésticos em posição de ditar políticas.”

Em razão desta e de outras afirmações de Chomsky, podemos concluir que aquilo que chamamos de “democracia americana” é na verdade um “liberalismo oligárquico”. O povo norte-americano tem o direito de votar, mas não detém o efetivo controle político dos destinos do país. Os donos do poder são aqueles que financiam as campanhas eleitorais ou proporcionam aos políticos a satisfação de seus desejos e em troca adquirem o direito de se impor dentro e fora das fronteiras dos EUA.

Nesse contexto, podemos compreender perfeitamente porque a  “…visão da elite dominante com relação à ONU foi definida, em 1992, por Francis Fukuyama, ex-membro do Departamento de Estado do governo Reagan-Bush: a ONU é ‘perfeitamente usável como um instrumento do unilateralismo americano e, com efeito, provavelmente o principal mecanismo pelo qual este unilateralismo será exercido no futuro.’ Tal previsão se mostrou acurada, talvez por ter se baseado em uma prática contumaz cuja origem remonta aos primórdios da ONU.”

Ao analisar detidamente a “diplomacia do porrete” que tem sido usada por diversos ocupantes da Casa Branca, Noan Chomsky reproduz o seguinte discurso “para criar democracias verdadeiras é preciso certa pressão externa… Não devemos hesitar em usar esse tipo de ‘interferência nos assuntos internos’ de outros países… Já que o governo democrático é uma das principais garantias de uma paz duradoura.”  O discurso, que era usado pelos diplomatas de Stalin, poderia muito bem ter sido proferido por Bush II, Donald Rumsfeld, Dick Cheney ou Condoleezza Rice a propósito do Iraque, Irã ou Coréia do Norte. Mas é claro que se o Kremlin ou Pequim usarem a mesma estratégia diplomática a Casa Branca acusaria a Rússia e a China de imperialismo, de violação do direito dos povos à autodeterminação, ou seja, de tudo aquilo que os EUA merecem ser acusados à pelo menos um século.

Chomsky não faz crítica de cinema. Entretanto, as informações que divulga em seus livros costumam nos ajudar a compreender melhor como a indústria cinematográfica ajuda a moldar e manter uma ideologia que atende aos propósitos imperiais dos ocupantes da Casa Branca. Nos “American movies” os EUA é quase sempre retratado como um país destinado por Deus a liderar os outros povos; apesar de seus defeitos, o povo norte-americano é na maioria das vezes representado como sendo virtuoso e dotado de costumes superiores; salvo raríssimas exceções, que são superadas ao longo das tramas, os líderes políticos e militares norte-americanos são imbuídos dos melhores propósitos.

Há algum tempo foi lançado o filme “Os 13 dias que abalaram o mundo”. Esta obra procura retratar o heroísmo dos irmãos Kennedy durante a crise dos mísseis em 1962. Quem assiste ao filme fica com a clara impressão que quem salvou o mundo de um holocausto nuclear foram Bob e John F. Kennedy. Entretanto, como quase sempre ocorre, a vida não imitou a arte. O verdadeiro herói daquele incidente foi um marinheiro russo absolutamente desconhecido.

Como afirma Chomsky, durante uma conferência realizada em Havana em 2002, foi revelado que “ ‘Um sujeito chamado Arkhipov salvou o mundo’, disse Thomas Blanton, do arquivo de Segurança Nacional em Washington, que ajudara na organização do evento. Ele se referia a Valisi Arkhipov, um oficial da Marinha soviética que, a bordo de um submarino, barrou uma ordem de lançar torpedos nucleares em 27 de outubro, no momento mais tenso da crise, quando os submarinos estavam sendo atacados por destróires americanos. Era de se esperar uma reação devastadora, detonando uma guerra de grandes proporções.”

É evidente que a grande maioria dos norte-americanos nunca ouviu e provavelmente nunca ouvirá falar de Vasili Arkhipov. Entretanto, dezenas de milhões de norte-americanos já viram e muitos mais no futuro verão o “Os 13 dias que abalaram o mundo”. Assim, a versão cinematográfica do suposto heroísmo dos irmãos Kennedy se tornou e certamente continuará a ser uma realidade ideológica para a maioria dos norte-americanos. A verdade, por outro lado, permanecerá acessível apenas a alguns privilegiados e leitores de Chomsky e de outros autores que narram o que realmente ocorreu. Curiosamente, o predomínio da ideologia à verdade era uma característica dos regimes nazista, fascista e comunista como notou Hannah Arendt em sua obra Origens do Totalitarismo. Segundo a grande filosofa “…O possuir poder significa o confronto direto com a realidade, e o totalitarismo no poder procura constantemente evitar esse confronto, mantendo o seu desprezo pelos fatos e impondo a rígida observância das normas do mundo fictício que criou.” (Origens do Totalitarismo, Companhia das Letras, 2011, p. 442).

O julgamento de Saddan Hussein por crimes de guerra foi usado com uma excelente peça de propaganda pela administração Bush II. Entretanto, ninguém além de Chomsky cogitou a possibilidade de julgamento de líderes norte-americanos, israelenses e ingleses por terem cometido crimes similares. Ao longo de sua obra o lingüista não somente detalha os crimes brutais cometidos pelo Ocidente, mas também a forma encontrada pela imprensa para proteger alguns notórios criminosos de guerra: o silêncio, a distorção da verdade e, principalmente, a utilização de dois padrões morais: um para julgar os EUA, Israel e Inglaterra; outro para julgar os inimigos oficiais destes países.

Nas palavras de Chomsky, a “…Quarta Convenção de Genebra, instituída para criminalizar formalmente os crimes dos nazistas na Europa ocupada, é um princípio nuclear do direito humanitário internacional. Sua aplicabilidade aos territórios ocupados por Israel tem sido repetidamente afirmada, entre outras ocasiões, pelo embaixador na ONU George Bush (setembro de 1971) e pelas resoluções do Conselho de Segurança. Aí se incluem a Resolução 465 (1980), unanimemente adotada, que denunciou as práticas israelenses apoiadas pelos Estados Unidos como ‘violações flagrantes’ da Convenção, e a Resolução 1322 (outubro de 2000), aprovada por 14 a 0 (abstenção americana), que exigiu que Israel cumprisse escrupulosamente suas responsabilidades perante a Quarta Convenção de Genebra’. Como Altos Signatários, os Estados Unidos e as potências européias são obrigados por compromisso solene a deter e processar os responsáveis por tais crimes, incluindo seus próprios líderes. Ao descumprir de modo contumaz, esse dever, eles estão ‘incentivando o terrorismo’ – pedindo de empréstimo as palavras de Bush II ao condenar os palestinos.”

A propósito da militarização da vida em Israel, Chomsky afirma que a  “…Intifada trouxe também à tona mudanças significativas que vinham ocorrendo dentro de Israel. A autoridade dos militares israelenses alcançara níveis tais que o correspondente militar Ben Kaspit descreveu Israel não como ‘um país com um Exército, mas um Exército com um país’.”

No último capítulo do livro Noam Chomsky alerta para a crescente militarização do espaço. Segundo o ilustre ativista e pacifista, através do DARPA o governo norte-americano pretende ter uma vantagem estratégica sobre todos os países. Entre os projetos gerenciados pelo DARPA estão: a) o desenvolvimento de tecnologias que permitam a destruição de satélites civis e militares de países considerados adversários ou inimigos dos EUA;. b) lançamento de ataque com mísseis posicionados no espaço; c) orientação precisa de ataques preventivos em qualquer ponto do planeta. A preocupação de Noam Chomsky é justificável e deveria sugerir uma campanha contra a militarização do espaço.

Apesar do livro suscitar muitas outras controvérsias, encerro aqui minha resenha. Não vou tirar do leitor o prazer de saborear por inteira mais esta conversa com um norte-americano que tem coragem de mostrar os podres de seu próprio país. 

 

Fábio de Oliveira Ribeiro

13 Comentários

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  1. A grande imprensa: “Enquanto

    A mídia:

     “Enquanto o inimigo doméstico precisa ser, em geral, controlado pela propaganda intensiva, no exterior meios mais diretos se encontram disponíveis.”

    Sobre a “diplomacia do porrete” Chomsky poderia ter ampliado para incluir as várias leis esdrúxulas que os países estão implementando, a partir do que fez os EUA no pós- 11 de setembro e que virou contra os americanos, para frear qualquer movimento de questionamento. Como a nossa famigerada;

    “Art. 2º. Provocar ou infundir terror ou pânico generalizado mediante ofensa ou tentativa de ofensa à vida, à integridade física, à saúde ou à liberdade de pessoa, quando:
    (…)
    Pena – reclusão, de 15 (quinze) a 30 (trinta) anos.

    JUSTIFICATIVA

    (…)objetiva grande avanço no direito penal brasileiro ao tipificar o crime de terrorismo, atendendo aos compromissos assumidos pelo Brasil na ordem internacional

    PEDRO TAQUES

    PLS nº 499, de 2013 … – Senado Federal

     

     

      1. Fábio

        Com base nos seus estudos sobre a política norte-americana, Chomsky trata da supremacia da força ao direito.

        Ele ainda alerta, como diz o texto: o “liberalismo oligárquico”. O povo norte-americano tem o direito de votar, mas não detém o efetivo controle político dos destinos do país. Os donos do poder são aqueles que financiam as campanhas eleitorais ou proporcionam aos políticos a satisfação de seus desejos e em troca adquirem o direito de se impor

        A leitura de Chomsky fala da batalha atual entre as oligarquias e a população.

        1. Ora, Assis, está bem claro

          Ora, Assis, está bem claro que Chomsky adverte para o terror que o império norte-americano vem representando para o mundo e a liberdade das outras culturas e nações. Os ameaçados tentarem se defender desse terrorismo, é o que lhes resta. Não confundir o difusor do terrorismo com os que estão tão somente tentando se denfender de seus ataques. A CIA cunhou o termo para os outros, e, no entanto, o que faz não classifica como tal, mas sim, usa como pretexto de expansão e domínio, é disso que o autor fala.  

          1. Nilce

            Para que serve a leitura de um artigo ou livro, senão para que o leitor capte as ideias e as amplie para a tentativa de compreender os acontecimentos do entorno?

            Se não fosse desta forma seríamos, nós leitores, meros repetidores de ideias.

            Chomsky trata da supremacia da força ao direito, e esta conclusão deve ser ampliada para a observação de todos os povos.

            É notório que o mundo está atravessando uma nova fase de tentativa de utilização da força sobre o direito.

            A repressão violenta das polícias aos movimentos que estão ocorrendo em todos os lugares  salta aos olhos.

            Leis mais duras estão sendo criadas.

            A própria decisão do nosso STF no processo do mensalão foi de extrema violência e arbitrariedade, colocando noções básicas de direito e democracia na sarjeta.

            A procura de soluções se utilizando a supremacia da força ao direito pode ser observada no aumento dos casos de justiceiros, nas ruas, nas relações cotidianas.

            É uma cultura que está se formando.

            É uma situação muito mais grave do que o próprio artigo aborda especificamente.

            Um forte abraço

    1. Tem alguma coisa disso, sim

      Gosto muito do Chomsky, mas tem alguma coisa disso que você menciona, sim.

      Mas eu acho que há um elemento importante porém completamente ausente na revisão que o Chomsky faz da política externa americana: o conceito -subjacente em TODA a política americana- da “excepcionalidade americana”. Chomsky práticamente não tem falado o escrito sobre isto.

      Trata-se de una idéa tão antiga como a própria nação americana, e que paradoxalmente adotou esse nome devido ao Partido Comunista americano, que numa tese falava do caráter excepcional da sociedade americana (em referência ao fato que o caminho ao comunismo da sociedade americana não seguiria o mapa previsto pelo Lênin for força do grau de desenvolvimento do capitalismo). Mas rápidamente a idéia da sociedade “excepcional” juntou-se ao radicalismo religioso e o anticomunismo mais primário para se converter num dos pilares fundamentais da política americana.

      Lembro que durante a campanha para a reeleição, a principal, a mais dura crítica que o Romney fazia ao Obama era que “ele não acredita na excepcionalidade americana”, como se isso fosse uma catástrofe intelectual, moral e política. Deu muito trabalho ao Obama se desvencilhar do “pecado” mas várias vezes falou do assunto. Na última vez, que eu lembre, foi no discurso à nação ameaçando intervir militarmente na Síria, em setembro do ano passado, quando mencionou de forma explícita o carácter excepcional da sociedade americana.

      Este discurso do Obama levou o Putin a escrever uma carta aberta, publicada no New York Times, aonde Putin disse claramente ao Obama que a crença em sociedades excepcionais era muito perigosa. Obviamente, Putin pode ser qualquer coisa, mais é russo, tem memória longa. Aliás, essa carta aberta do Putin ao Obama levou o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado americano, o cubano Menéndez (aliado firme do Obama, e copartidário), a dizer que ao ler o artigo no jornal teve vontade de vomitar, qué porcaria é essa de um russo questionar a excepcionalidade americana, onde se viu isso?.

      É interessante notar que quem publicou trabalhos breves mas muito interessantes sobre o efeito do conceito de excepcionalidade americana na política externa de Washington é o Glenn Greenwald, o mesmo que mora no Rio, e quem antes de ficar famoso como próximo do Snowden já era um advogado ativista de renome, um debatedor formidável e um critico feroz da espionagem generalizada e da política externa americana (razão pela qual foi contactado pelo Snowden…)

      Seria muito bom que um dia Greenwald pudesse sistematizar seus estudos sobre o impacto do “excepcionalismo americano” nas relações exteriores. É um trabalho que está esperando por um autor.

      Ou então, que Chomsky pare de vender o mesmo peixe uma e outra vez e estude este assunto.

  2. Taí uma leitura extremamente

    Taí uma leitura extremamente útil nos dias que se seguem. Chomsky é um dos crítimos mais ferozes da política externa norte-americana, mas eu recomendaria outro livro que vai fundo na alma norte-americana: A Democracia na América. Tocqueville viu bem que o motor que anima o norte-americano é a ambição infinita, e a necessidade de satisfazar esta ambição é a própria razão de existir da democracia norte-americana.  Parece contraditório, loucura até, mas em sua excência a democracia norte-americana pouco difere de uma brutal tirania. O que assistimos é a expressão mais refinada dessa tirania, que exige todos os recursos do mundo apenas para si, para satisfazer suas necessidades materiais infinitas. Pobres de nós.

    1. Boa dica, mas é preciso
      Boa dica, mas é preciso lembrar que ao tempo de Tocqueville os EUA era um país com duas metades litorâneas separadas pelos imensos territórios indígenas ao centro. Nem exercito regular os EUA tinham naquele tempo.

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