Jornal GGN – O PSDB só vai descer do muro em relação ao governo Temer quando um substituto for escolhido para competir em eventual eleição indireta, caso o presidente seja afastado do poder. Hoje, o partido antes presidido por Aécio Neves está dividido: os tucanos do Planalto resistem nos cargos, mas diretórios estaduais já manifestaram o desejo de rompimento. Para Kennedy Alencar, os tucanos querem acertar quem será o candidato da eleição indireta. FHC é um dos cotados.
PSDB flerta com indireta para eleger FHC
Cresce no PSDB a tese de que não dá para pressionar o presidente Michel Temer a deixar o cargo sem que esteja claro quem será o substituto e como isso será feito.
Nas conversas reservadas, caciques do partido continuam a dizer que será muito difícil a sobrevivência política do presidente, mas afirmam que não podem abandoná-lo agora sob pena de aumentar a crise, transformando um grande problema político num desastre econômico na hora em que havia sinais de recuperação nesse segundo campo.
Nesse contexto, o nome preferido no PSDB é o do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que seria apresentado para uma eleição indireta no Congresso. FHC tem dito publicamente que não deseja voltar à Presidência, mas há tucanos que afirmam ter esperança de convencê-lo.
Se o plano falhar, há outros dois nomes aventados por caciques tucanos: o do atual presidente da sigla, o senador Tasso Jereissati, e o do ex-ministro do STF Nelson Jobim, que também foi ministro nos governos FHC e Lula. Os tucanos querem evitar eleição direta agora porque, se for aplicado o entendimento com regras mais rígidas, o governador Geraldo Alckmin e o prefeito João Doria não poderiam ser candidatos.
Alckmin e Doria só poderiam concorrer num cenário em que fosse flexibilizado o prazo de seis meses para deixar o cargo a fim de disputar outro.
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PT resiste
Há caciques do PSDB que dizem que FHC poderia tentar conversar com o ex-presidente Lula a respeito da solução via eleição indireta no Congresso. No entanto, Lula e o PT dificilmente abandonarão a tese da eleição direta já para presidente _algo que passaria por uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) aprovada pelo Congresso ou por um surpreendente entendimento do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
O PT avalia que pleito indireto no Congresso para colocar um tucano no poder seria o que chamam de “golpe dentro do golpe”, porque o PSDB perdeu a disputa presidencial de 2014 e tentaria chegar ao Palácio do Planalto sem voto popular. É muito pouco provável que a Rede, que tem Marina Silva como potencial candidata, e o PSOL, que pode lançar um nome, abandonem a tentativa de eleição direta já.
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Temer luta
Enquanto o PSDB e a oposição debatem a substituição de Temer, falta combinar com os russos. Temer tem dado sinais de que pretende resistir e busca reativar a agenda congressual para se segurar no cargo.
Hoje, haverá tentativa de aprovar um pacote de medidas provisórias no Congresso. Temer também tenta retomar a articulação para votar, em junho, as reformas da Previdência na Câmara e a trabalhista no Senado.
Auxiliares do presidente já enxergaram o que chamam de movimento dúbio do PSDB, que desceria do muro quando tiver um nome e uma saída política. Tucanos dizem que, quando Collor caiu, já havia um movimento claro para colocar Itamar na Presidência. Com a queda de Dilma no ano passado, a solução Temer já estava preparada.
A delação da JBS aconteceu sem que estivesse pronta uma possibilidade de substituição de Temer. A falta de consenso no país a respeito de uma saída é vista por aliados de Temer como chance de ele ficar, ainda que sob enorme desgaste, desde que não surjam novos problemas, como decisões desfavoráveis no STF (Supremo Tribunal Federal) e no TSE e eventuais delações do deputado federal afastado Rodrigo Rocha Loures e do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.
Em resumo, há incerteza sobre a permanência de Temer, mas também a respeito da eventual queda dele _sinal de que a crise tende a se alongar.
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Quem rouba um tostão é ladrão, quem rouba um milhão é Presidente da Bananolândia
Conciliação
Esta na hora de Lula e FHC “sentar pra conversar” aparar arestas e fazer conciliações, e por o PMDB longe do governo.