Escola de Palhaços leva arte do circo a comunidades brasileiras

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Foto: Ricardo AvellarCirco do Asfalto

Jornal GGN – O Instituto Eslipa – Escola Livre de Palhaços acaba de estrear o projeto “De Olho no Duto”, que leva às comunidades de diferentes estados brasileiros a arte do circo, com apoio da Transpetro. E, desde o dia 7 de janeiro, os integrantes das companhias Circo do Asfalto e Pequena Trupe de Circo realizam ações artísticas nas comunidades paulistas e invadem outros extremos da cidade nos próximos dias 20, 27 e 28 de janeiro.

“De olho no Duto”, conta com diferentes companhias circenses, que realizam nas comunidades dias inteiros de atividades com cortejos, oficinas circenses, espetáculos e rodas de conversa. Entre os desafios do projeto está a aproximação da população local e a disseminação do acesso à cultura, além do fortalecimento dos vínculos entre a comunidade. Essas atividades são gratuitas e vale para o público de todas as idades.

Desenvolvido pelo Instituto Eslipa (RJ), o programa não só abriga as comunidades de São Paulo, mas também do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. As atividades culturais passarão principalmente pelas comunidades do entorno dos dutos da Transpetro. Nas ações, estão envolvidos 30 palhaços de seis companhias de teatro de rua e circo, sendo eles do Grupo Off-Sina e Cia. Chirulico (RJ), Circo do Asfalto e Pequena Trupe de Circo (SP), Associação Pano de Roda (MG) e Circo Teatro Capixaba (ES). 

O “De Olho no Duto” se estenderá pelos próximos dois anos e pretende alcançar 101 comunidades, atingindo cerca de 150 mil pessoas, com 600 atividades. Outro objetivo do projeto é contribuir para a melhoria das condições de vida dessas populações, além de detectar possíveis agentes culturais que possam multiplicar essas ações artíticas.

“O projeto visa a promoção dos direitos humanos e da cidadania, a inclusão social, o respeito a diversidade humana e cultural das comunidades impactadas pela Transpetro. Todas as atividades do projeto serão realizadas em espaços públicos abertos, com o compromisso de promover o diálogo permanente entre os artistas e a comunidade, para identificar, potencializar e valorizar as iniciativas artísticas e culturais de cada região”, explicou Lilian Moraes e Richard Riguetti, do Instituto Eslipa.

E, segundo a Transpetro, “o projeto tem premissas básicas de transformação social, calcadas na formação cidadã, no engajamento das comunidades, na atuação forte da divulgação dos canais de comunicação e ações e informações preventivas, além do desenvolvimento do senso de pertencimento local. ”

Espetáculo na Vila Clara, São Paulo

Foto: Ricardo Avellar

Circo nas comunidades paulistas

Na cidade de São Paulo, os locais escolhidos para as ações do Circo do Asfalto e da Pequena Trupe são: Vila Clara, Jardim Miriam, Jardim Mirante, Jardim das Palmas, Jardim Jaqueline, Parque Savoy City, Jardim Nossa Senhora do Carmo, Jardim São Roberto, Americanópolis, Vila Aparecida, Vila Heliópolis, Vila Carioca, Jardim da Felicidade, Teotonio Vilela, Comunidade Três Cocos – Cidade Líder, Limoeiro.

Vale lembrar que outras cidades do Estado também fazem parte do trajeto das trupes, entre elas está Guarulhos (Jardim São Francisco, Parque Jardim Kátia – Tijuco Preto, Parque São Miguel), Suzano (Miguel Badra, Jardim Colorado), Cubatão (Vila São José – ex Vila Socó, Pinheiro do Miranda, Vila Noel/Vila Natal, Pilões), Santos (Vila dos Criadores), Santo André (Jardim Utinga, Vila Palmares, Jardim Santo André, Jardim São Roberto), São Bernardo do Campo (Parque São Bernardo, Vila Alto da Boa Vista, Vila São Pedro), Osasco (Jardim Aliança), São Vicente (Vale Novo) e Itaquaquecetuba (Parque Pequeno Coração). 

A companhia Circo do Asfalto, que desenvolve as ações paulistas, foi formada em 2008 pelo casal Fran e Douglas Marinho, que tem sua pesquisa voltada para arte circense de rua e a cultura popular brasileira, sempre buscando levar atividades à pequenas comunidades, vilarejos, aldeias, quilombos brasileiros.

Com quatro espetáculos, a companhia já circulou por todas as regiões do Brasil, chegando em alguns países da América Latina. Hoje, a companhia conta com um espaço cultural independente na cidade de Santo André, onde desenvolve seus espetáculos e oficinas.

Já a Pequena Trupe de Circo, também envolvida nas ações pelas comunidades de SãoPaulo, surgiu em 2013 a partir do encontro cênico da dupla Dudu do Circo e Palhaça Fadinha, que se conheceram em 2009 por meio da trupe “5 Sem Lona”, quando realizavam apresentações nos parques e praças de São Bernardo do Campo.

Como artistas de rua, os espetáculos e pesquisa da Cia. são voltados às artes circenses e circulam de forma independente. Com a montagem de “O Pequeno Espetáculo”, a trupe participou da Maratona Cultural de São Bernardo do Campo, Convenção Brasileira de Malabares Circo e Palhaço, Convenção Praiana de Circo, Mostra Tropé de Teatro Circo e Bonecos. Em 2014, realizaram cerca de 30 apresentações durante a Ocupação Artística nos Parque de São Bernardo do Campo.

As duas companhias foram convidadas pelo Instituto Eslipa para o projeto, por serem grupos formados com a participação de ex-alunos da formação da Escola Livre.  

Pequena Trupe de Circo

Foto: Ricardo Avellar

Confira a programação De Olho no Duto em São Paulo – Janeiro 2018

Pequena Trupe de Circo:

20 de janeiro, sábado

das 8h às 12h, na Vila Heliópolis, em São Paulo

das 15h às 19h, na Vila Carioca, em São Paulo

Circo do Asfalto:

27 de janeiro, sábado

das 15h às 19h, no Miguel Brada, em Suzano

28 de janeiro, domingo

das 15h às 19h, no Jardim Colorado, em Suzano

Para saber mais detalhes sobre a programação do projeto “De olho no Duto” acesse:

www.facebook.com/circodoasfalto

www.facebook.com/pequenatrupedecirco

www.facebook.com/eslipa

Ana Gabriela Sales

Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

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