A República da cobra: somente tolos ridicularizam discurso de ódio

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Sugerido por Pedro Piva

Por Salah H. Khaled Jr

Do Justificando

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Em nome do que é justo e correto. Em nome da família. Em nome da liberdade. Em defesa da sociedade. Em defesa da autonomia da vontade. Pela libertação do mal. Pela regeneração do corpo social.

Palavras de ordem. Lemas que agregam. Causas que unem estandartes e que afastam – pelo menos temporariamente – diferenças periféricas. Poucas coisas conseguem reunir um todo heterogêneo como um inimigo comum. A eleição de um inimigo – bem como a crença em um projeto que aponta para o eventual triunfo sobre ele – capacita para o sacrifício em prol do objetivo perseguido. Eventuais diferenças podem ser resolvidas no campo reorganizado de um tabuleiro no qual foi exorcizada a principal causa de dissenso. Em outras palavras, os vencedores podem decidir sobre a distribuição de espólios uma vez que a resistência aos seus esforços tenha evaporado.

Que a guerra em nome do bem comum seja empreendida: paz na Terra aos homens de boa vontade.

Não são poucos os massacres que a humanidade conheceu ao longo da história e que decorreram de ações de pessoas que sinceramente acreditavam que lutavam pelo que é justo. É incomum que alguém tenha uma imagem negativa de si mesmo: as pessoas constroem suas próprias justificativas para as escolhas que adotam e os inimigos que elegem. São heróis ou heroínas de suas próprias narrativas, que – não raro – capacitam práticas de extermínio que resultam em inomináveis tragédias.

Como o título indica, estou discutindo aqui a fala proferida por Janaína Paschoal no evento em defesa do impeachment que ocorreu na última segunda-feira, 4 de abril, na Faculdade de Direito da USP. É pouco provável que o leitor não tenha lido sobre o assunto, que foi retratado inúmeras vezes. Algumas análises ultrapassaram o limite da civilidade: atribuíram coloridos pejorativos com base na suposta “histeria” da professora e tentaram desacreditá-la com base nos clientes que já defendeu. Trata-se de uma linha de raciocínio que aposta em estereótipos machistas e que indiretamente ataca a própria advocacia, como se o fato dela ter sido advogada de acusados específicos a diminuísse enquanto pessoa. Não vejo como isso possa servir a qualquer propósito louvável. São análises equivocadas e estigmatizantes. Não tenho simpatia por elas e seguirei um caminho completamente diferente, como inclusive outros já fizeram. A crítica não deve sacrificar a dignidade acadêmica ou utilizar estratégias desonrosas para diminuir eventuais adversários, que não devem ser tidos como inimigos. Desnecessário dizer que a minha posição é de compromisso com a legalidade democrática e repúdio ao impeachment, como já deixei claro inúmeras vezes.

Não discutirei aqui a pessoa da professora, sua trajetória política e acadêmica ou qualquer detalhe nesse sentido, embora certamente mereça menção o fato dela ser uma das subscritoras do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Não irei me deter na teatralidade, ou seja, no aspecto performativo da fala e na intensidade dos gestos que a acompanharam. Logicamente, a manifestação se deu em moldes fundamentalmente distintos dos acadêmicos, enquanto o evento – embora abertamente de caráter político – foi estruturado como evento da academia e, logo, representativo do engajamento de parcela significativa de professores da casa. Mas este aspecto não é contemplado senão indiretamente nas breves linhas que compartilho aqui.

O que me parece digno de apreciação é o conteúdo do discurso e os sentidos que ele potencialmente funda. É sob este aspecto que é preciso discutir – pelo menos brevemente – a fala sobre a “República da cobra”. Não porque com isso exista qualquer intenção de diminuição ou redução de quem efetivamente fez o discurso em questão, mas porque creio que ele merece atenção pelo que representou dentro de um contexto específico, que é o de choque entre forças favoráveis e desfavoráveis ao impeachment.

Parece óbvio que não é uma fala jurídica ou sequer acadêmica. Não há qualquer respeito pelos cânones que circunscrevem o espaço conceitual do pensamento jurídico, nem qualquer intenção de reivindicação do suporte de cientificidade que é típico de manifestações acadêmicas. Janaína Paschoal não fala como acadêmica naquele momento. Não fala como jurista. Fala como ativista política, para uma plateia que se mostra imensamente entusiasmada com o discurso. A receptividade da fala é enorme, como pode se perceber pelos inúmeros aplausos durante as pausas dramáticas que ocorrem entre um trecho e outro. Quem assiste ao vídeo em casa pode não gostar. Mas para quem estava lá, a sensação parece ter sido de que ela “ganhou o dia”. E isso certamente merece atenção.

Poderíamos dizer – e muitos inclusive disseram – que a fala diminuiu a estatura acadêmica da professora em questão. Reconheço minha condição de ignorante e confesso que não conheço sua produção acadêmica. Mas sua trajetória como advogada é amplamente conhecida, inclusive por quem não advoga, como é meu caso. Com certeza é tentador para quem se encontra no espectro político oposto – na questão específica do impeachment –“caricaturizar” Janaína Paschoal, ou seja, despi-la de sua humanidade e grosseiramente retratar sua “perda de controle”. Mas a fala não pode ser compreendida fora do contexto no qual foi proferida, sob pena de que a eventual análise não seja mais do que um exercício fútil de leviandade. Tentarei escapar dessa armadilha nos parágrafos restantes desta coluna.

O discurso proferido por Janaína carrega forte conotação moral e emotiva, complementada pelo emprego da bandeira do Brasil e a utilização de uma camisa amarela. Em vários momentos, ela fala como se não falasse por si mesma, mas pela nação: “nós somos muitos…” é um expediente típico de discursos construídos como artifícios de sedução. Eles visam o prazer do ouvinte: sua participação emocional e engajamento profundo em uma cerimônia de louvor à causa. Um olhar atento sobre o conteúdo da fala e a reação da plateia revela um ritual de celebração voltado para o frenesi coletivo, construído sob o signo da libertação da opressão: “eles derrubam um, levantam-se dez […] dominando as nossas mentes, as almas dos nossos jovens”.

Janaína exerce um efeito de aproximação com o público presente que objetiva uma profunda identificação: individualidades devem se diluir em um amálgama maior de emancipação coletiva de consciências. Ela fala praticamente o tempo todo como quem reivindica a condição de porta-voz de uma coletividade: “nós não vamos baixar a cabeça…”, e este é um dos muitos exemplos que caracterizam a estratégia adotada e amplamente bem sucedida.

A linguagem produz subjetividades, desqualificando não apenas os inimigos metaforicamente referidos, mas também seus aliados circunstanciais: “os professores de verdade querem mentes e almas livres” conforma um ardil particularmente performativo, por exemplo. O discurso pode soar inicialmente superficial, mas há uma clara intenção de conexão com um público-alvo específico, que consome uma dieta cultural que consiste basicamente no pensamento charlatão que acusa a academia de doutrinação marxista. A conexão produz filiação. Quem ouve se sente tocado, mesmo que inconscientemente.

Janaína está entre aliados e potenciais amigos com interesses comuns. Sabe para quem fala e o que muitos dos que estão lá querem ouvir. A pregação é para convertidos. Não é para consumo externo. Não há nenhuma necessidade de convencer opositores ou eventuais indecisos: o momento é de celebração de uma vitória que é tida como iminente, como é explicitado nos últimos instantes do discurso.

Despersonalizada discursivamente como representante de uma coletividade insurgente, é somente no final da fala que a própria Janaína “surge” referindo o pai, como heroína mítica que promoverá a libertação da nação e supostamente comandará uma legião enviada por Deus para “cortar as asas da cobra”“nós queremos libertar o país do cativeiro de almas e mentes… não vamos abaixar a cabeça pra essa gente que se acostumou com discurso único… acabou a república da cobra!”.

E assim ela encerra: a vitória está ao alcance da mão e com ela, o gozo: o equivalente político de um orgasmo anunciado.

Confesso que assisti várias vezes. Na primeira delas, fiquei estarrecido. Na segunda, senti medo e náuseas. Foi somente a partir da terceira vez que consegui analisar o conteúdo da fala com alguma objetividade.

O discurso efetivamente comemora o desfecho triunfal de uma verdadeira cruzada contra o mal. O oposto de Deus só pode ser o Diabo e é contra ele que Janaína se insurge. Não disponho de capacidade para intuir a subjetividade da professora. Mas se fosse preciso dar um palpite, diria que tenho certeza quase que absoluta de que ela realmente acredita no que diz. E precisamente por isso seu discurso é tão perigoso. Os lugares explorados na fala em questão remetem ao que de pior a história produziu em termos de demagogias políticas absorvidas pelas massas. Um discurso assentado em tais pilares tem um poder de mobilização social gigantesco. Ele apela para estruturas profundas de compreensão e, logo, produz subjetivamente um pronunciado efeito de adesão. E isso é particularmente perigoso quando a fala em questão é um discurso de ódio que convoca para o enfrentamento e sinaliza com a intensificação de conflitos sociais. O fato da emissora da mensagem não ter ciência de que profere discurso de ódio não atenua em nada seu conteúdo: apenas demonstra que o ódio pode falar através de pessoas, como muitas vezes falam as próprias estruturas, inclusive as míticas.

Nós nos acostumamos a desqualificar discursos voltados para o convencimento emocional. Muitas vezes eles são ridicularizados e não são percebidos como o que realmente representam: ameaças para uma cultura de respeito à alteridade. Uma tradição significativa do pensamento chega a considerar que discursos repletos de efeitos de sedução são algo alienígena perante as virtudes da racionalidade. Terrível engano. Discursos como o de Janaína transcendem os limites formais de lugares e padrões preestabelecidos: são fala, figura e gesto, dotados de uma racionalidade que lhes é muito própria e que complementa sistemas “racionais” de compreensão do mundo com modos afetivos de conhecimento. E é comum que modos afetivos tenham peso muito maior nas decisões do que o que costumamos chamar de “racionalidade”. Não que a dicotomia moderna entre razão e emoção ainda mereça qualquer credibilidade.

Tolos são aqueles que taxam efeitos de sedução como simples irracionalidade e histeria. Tolos são aqueles que empregam estereótipos de misoginia como se agissem em defesa da democracia. Tolos são aqueles que subestimam a capacidade de discursos de ódio para conclamar as massas para a destruição da liberdade.

Quem sabe um pouco mais procurará compreender o adversário, que não deve ser visto como inimigo. A República pode não ser da cobra, mas a serpente do fascismo ameaça engolir a todos nós.

Bom fim de semana!

Salah H. Khaled Jr. é Doutor e mestre em Ciências Criminais (PUCRS), mestre em História (UFRGS). Professor da Universidade Federal do Rio Grande (FURG). Escritor de obras jurídicas. Autor de A Busca da Verdade no Processo Penal: Para Além da Ambição Inquisitorial, editora Atlas, 2013 e Ordem e Progresso: a Invenção do Brasil e a Gênese do Autoritarismo Nosso de Cada Dia, editora Lumen Juris, 2014 e coordenador de Sistema Penal e Poder Punitivo: Estudos em Homenagem ao Prof. Aury Lopes Jr., Empório do Direito, 2015.
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

29 Comentários

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  1. As piadas são justamente para

    As piadas são justamente para mantermos a paz, se fossemos levar a serio o que a adivogada do diabo fala teriamos uma guerra armada.

  2. Eu já acho que
    O diagnóstico das esquerdas está sempre incorreto. Fascismo não existe mais! Eles não são uma força porque não tem união, liderança e partido.
    Mas tem gente NAS ESQUERDA que só sabem fazer política assim, tendo um inimigo ideológico. Então, sempre que tem oportunidade, dão força ao fascismo para que se reerga, como fizeram com Bolsonaro.
    Pare de falar nisso porque isso oculta seu verdadeiro inimigo, que não tem ideologia.

    Não é luta de classes. É O Brasil sob ataque!
    O Governo de esquerda fracassará caso não consiga IDENTIFICAR na direita forças capazes de lhe dar suporte. Por isso não pode ser luta de classes. Porque se for, as esquerdas há perderam. Simplesmente não pode ser e aqueles que INSISTEM em levar as esquerdas para este caminho abre o caminho da vitória para a direita.

    O objetivo deste artigo é exatamente o mesmo do discurso da pomba gira no Congresso.

  3. Topo.

    No topo do muro o clima é fesco, sopra uma brisa agradável, a temperatura está em torno de 23 graus, a visão panorâmica da paisagem é agradável, apesar dos inevitáveis pesares. O topo do muro é um bom lugar para quem busca um bom lugar para estar em lugar nenhum. Muito pelo contrário.

  4. Como advogada é uma bela atriz

    A fala dessa advogada mostra-se teatral, cheio de gestos e trejeitos como se estivesse atuando uma peça, carece de autenticidade,como carece o impeachment.

  5. “…a vitória está ao alcance

    “…a vitória está ao alcance da mão e com ela, o gozo…”

     Masturbação política? Para quem não tem potência para ganhar o poder no voto, tenta na mão grande mesmo.

    Creio que uma das armas mais poderosas para desqualificar um discurso de ódio é ridicularizá-lo usando, de preferência, muito humor. Não acho que com isso estejamos subestimando o discurso perigoso.

    A coisa deu tão certo que os apoiadores do golpe ficaram constrangidos, afinal, trata-se de uma das subscritoras do pedido de impedimento da presidenta. A própria teve que usar a rede golpista midiática para se justificar e “consertar” a imagem.

    Naquela data, o evento na USP foi o mais importante fato golpista do dia, o discurso de Janaína  seu ponto culminate, mesmo assim, o mais importante telejornal de apoio ao golpe não exibiu as imagens.

    Enquanto isso, o mundo virtual fazia a festa mostrando o que é um discurso odiento, ridículo!

     

  6. O valor individual de um cidadão

    Janaina, figura feminina necessária para afrontar Dilma, e em companhia de um nonagenário. Ninguém poderia ser mais adequado que a dupla para impedir que a discussão política seguisse o caminho da acusação de machismo. Eles aprenderam a lição na campanha eleitoral, quando Aécio, encolerizado, berrava “a Senhora é uma leviana!”

    O discurso da Janaina é patético, qualquer um que tenha um pouco de equilíbrio se sente nauseado assistindo a performance barata da mulher. Eu fiquei constrangida. E  indignada porque a intenção, como indicada no texto, é apelar para os piores instintos em uma sociedade –  em que o discurso político já não agrega e não apela à solidariedade – que carece de organizações políticas, ou seja, um clássico discurso fascista. E tenho o sentimento de que essa classe média se sentiu excluída, de alguma forma, a partir de quatro derrotas consecutivas, se percebeu indefesa ao constatar que não houve nenhuma tentativa de moralizar a política e a ganância de alguns setores. A frustração foi muito bem manipulada pelos suspeitos de sempre, com surpreendente facilidade, aliás, essa classe média se voltou contra os mais pobres. 

    Mas tenho confiança, ainda, porque sei que nos treze anos de PT foi plantada a idéia da valorização individual a partir do coletivo, e que essa semente vai dar belos frutos. É isto que a oposição visa destruir, no campo da disputa ideológica. O valor mais sublime que não podemos perder, e que é base da Constituição de 88 – a crição do Estado e Nação Brasileira.

  7. livre pensar

    Afirmações desequilibradas e messiânicas, se tentar colocar o discurso numa planilha ou nos eixos cartesianos sequer bílis apenas esgoto.

    Coloco os pensamentos dela na sua (dela) pretensa ordem:

    Somo-nos a legião etc, nos quem? Janaina, Bicudo parte destes estudantes da USP e seus professores?Somo-nos a legião etc, nos quem? Janaina Bicudo, Cu-nha e seus achacadores?Somo-nos a legião etc, nos quem? Janaina Bicudo, Cu-nha e seus achacadores, Janot Moro, a PF, os beatos do MPF DA Guantánamo de Curitiba?Somo-nos a legião etc, nos quem? Janaina Bicudo, e mais universalizando ainda o universo dos “oves et boves et universa pecora”?

    Somo-nos aqueles que Deus na criação ungiu com o lema: “Sois A Verdade e a Vida”?

    São eles aqueles que Deus não colocou ainda no inferno permitindo por descuido a existência e discordância? Eliminou Ele errando o Livre Arbítrio?

    O teu discurso dos céus Janaina nas conclusões entrega o Paraiso, aquele depois da vida, estamos infelizmente na terra dos vícios e ambições, as tuas inclusive.

    Se o discurso for terreno, na esquina mal virada não veremos o triunfo das virtudes, aniquilar a tua cobra, PT/Dilma e Lula, será o inicio da vida de mais um bicho peçonhento, novas divergência, novos inimigos; vamos passar a vida esmagando a todos ou construindo pontes e entendimentos?

    Enfim: “Quem semeia ódio colhe tempestade” e que sirva para todos.

  8. Eu digo por mim, e por certo

    Eu digo por mim, e por certo por muitos que a aplaudiram, que a probablidade de ter perdido cliente existe depois daquela patacoada. 

    Entendo que é dos escombros que suregem e ressurgem os monstros da história. O Nazismo, como se sabe, nasceu nos porões da Alemanha. Um Hittler, home comum, tornou-se um demagogo convinvente, tendo em primeiro plano o apalauso de um povo que nem de longe puderam imaginar onde desaguaria tanto ódio.

    Janaína não é bosta nenhuma, aliás é uma borra-bosta, que precisa mesmo de um momento como aquele, visando outros interesses, provavelmente na política. Não será difícil. Temos um Bolsonaro, temos um Feliciano, temos Crivela, entre tantos, que se não são da bala, são da bosta mesmo. 

    Sempre achei um perigo ver o aumento dos evangélicos no Congresso porque eles, em sua maioria, dominam ceitas daninhas, que mais se assemelham às coisas do mal, porque cheios de preconceitos, de imperiosidades, por se acharem donos da verdade. Em todos os países do mundo, as maiores violência acontecem quando se mesclam a política com a religião. Disso todos sabemos. O próprio Nazismo tinha em mente destruir judeus. Israel mata palestinos há décadas, com apoio de outras nações. 

    O que ficou péssimo naquela imagem do discurso da cobra não foi explicado no post. Como podem homens como Bicudo e Miguel Reali Junior darem os braços a uma coisa tão pequena e infeliz como aquela?

    Por fim, não citar o nome de Lula mostra o ódio que ela sente por ele, e mais adiante, a todos que dele gostam e a ele aplaudem, como eu e como aquele monte gente da Paulista do dia 18.

    Falar das janaínas, e de tantas coisas, não foi mais que dispensar os Silva, pois Lula, como um percentual enorme de brasileiros levam esse sobrenome. Se duvidar, entre aqueles que apalaudiram aquela mulher infeliz, incorporada de satanás, são Silva e nãos e deram conta de quem estavam ali como bucha de canhão, massa de manobra.

    Não vem que não não tem. A Janaína enfeitiçada pelo demônio naquele palanque é a mesma que avogada e tem clientes. Não se pode separar as duas. 

    Gostaria, por fim, de saber, se Dr. Salah faz parte de alguma ceita de diabo também.

    1. Não vamos ser inocentes

      Concordo com que voce escreveu.

      Quanto ao post, acho muito bonito desenvolver um teoria sobre a “louca”.

      Mas não vamos ser inocentes.

      So que loucos como essa janaina irão caçar esquerdistas nas ruas, empresas e casas. E é para matar!

      Essa gente tem o gene da loucura, do odio, do mal!!!

      Por isso é que têm que ser parados e já!

       

  9. “O fato da emissora da

    “O fato da emissora da mensagem não ter ciência de que profere discurso de ódio não atenua em nada seu conteúdo: apenas demonstra que o ódio pode falar através de pessoas, como muitas vezes falam as próprias estruturas, inclusive as míticas.”

      Desse fato eu não vi nem cheiro. Pelo contrário: ela própria disse estar sã e ter discursado daquele jeito de plena cosciência. O fato é que ela sabe muito bem que proferiu discurso de ódio. A parte das “estruturas míticas” eu não vou nem comentar.

    “Quem sabe um pouco mais procurará compreender o adversário, que não deve ser visto como inimigo. A República pode não ser da cobra, mas a serpente do fascismo ameaça engolir a todos nós.”

      Aqui tambem é dosé. Sugiro ao autor correr pra contar isso à Dra. Janaina. E a parte da serpente é bonitinha, me faz lembrar aquelas frases do tipo “ninguem queria ditadura”. Não, foi imposta por marcianos. E essa tal serpente fascista também, é marciana, nenhum brasileiro alimenta esse tipo de coisa.

  10. Excelente!
    Excelente: temática, texto e oportunidade. Passou longe de ser uma brincadeira ou um surto. Para a oradora talvez, mas que efeitos produziu e cristalizou em quem, vulnerável, a ouviu e captou-lhe a mensagem e a vibração.
    A assimilação pela identificação com o latente é quase automática, inevitável e inapelável.
    Lapidar.

  11. Janaina Paschoal perde o

    Janaina Paschoal perde o controle em discurso na USP

    Simone de Moraes4 dias atrás593.786 visualizaçõesEm uma cena de “advogacia pentecostal” e descontrolada Janaína disse: “Nós queremos libertar o país do cativeiro de almas e … 

    Janaina Paschoal, advogada do golpe, perde a linha em discurso na USP

    Esquerda Valente4 dias atrás377.607 visualizações 

     

     

     

    Janaina Paschoal – The Trooper

    Golpe Baixo4 dias atrás67.896 visualizaçõesAtendendo a pedidos: Um trecho de Janaina Paschoal cantando The Trooper, do Iron Maiden. 

    Discurso pró-impeachment da Dra. Janaina Paschoal no Largo São Francisco 4/4/2016

    @vejaocentro4 dias atrás63.342 visualizaçõesDiscurso pró-impeachment da Dra. Janaina Paschoal no Largo São Francisco 4/4/2016.

     

    1. Gostei! Adorei!!!

      Gostei!

      “Direito Neo Evangelico de Merda”, isso sim.

      Depois dos anos 80, os evangelicos viraram Testemunhas de Jeovah, cortesia dos Estados Unidos.  Eles literalmente cagam tudo em que encostam.  Eles NAO sao, repito, NAO SAO, religiosos.  Eles sao fariseus.

      1. Os testemunhas de jeová nao
        Os testemunhas de jeová nao se envolvem.em.discuçoes politicas.respeitando as autoridades eleitas constitucionalmente pelo voto direto. Jamais ocupam cargos públicos de natureza politica . Nao elegem e tampouco apoiam quaisquer iniciativas politicas em seu meio. E como cidadão brasileiro sou contra o Impedimento da presidente eleita pelo voto direto dos brasileiros!

  12. mais um dos seres históricos de uma ilusão temporal…

    mais um dos que se moldam ao discurso único da mídia e se alimentam do mesmo ódio

    se retirarmos todo o tempo não usado para o bem, podemos ficar diante de um caso de morte, do bem, na infância

    maioria dos que seguem os seres históricos de uma ilusão temporal mostram algo parecido

  13. Muito “dedinho”…É por isso

    Muito “dedinho”…

    É por isso que esses fascistas chegaram ao ponto em que chegaram.

    E não pararão por aí.

    É impressionante como  ainda tem gente querendo acreditar que é possível “dialogar” com esses fascistas! Fascista tem que ser tratado pelo que é: um fascista escroto! Ponto. Não têm o menor respeito por ninguém; nem pelo raciocínio, nem pela ciência, nem pela lógica, nem pelos fatos; nada…

    Elegeram um inimigo pra odiar, o “petista eterno”, e não vão parar até acabarem com a raça de todos que encontrarem pela frente, reais ou imaginários. A cada um que eles forem destruindo pelo caminho mais fortes vão se sentindo. E isso não para nunca. Ou interrompe-se isso ou já era!

    O Lula, com a intuição que rarasvezes falha, perlcebeu que a o propósioto da operação hora da verdade era acabarcom a raça dele; por isso usou a metáifora da jararaca.

    Essa doutora deu mais uma confirmação de que é esse mesmo o intento.

  14. Em comentário anterior errei

    Em comentário anterior errei ao colar.
    Os dados  abaixo foram obtidos ordenando os vídeos postados no Youtube de acordo com o número de exibições. Considerei apenas os seis primeiros resultados e listei quem postou, a duração do vídeo e o número de exibições até agora.
    Apenas o 4o., 7o. e 8o. vídeos foram postados por apoiadores do golpe somando cerca de 100 mil exibições.
    Em 3o. e 6o.  lugar aparecem duas versões Heavy Metal somando quase 120 mil exibições.
    Os 3 vídeos restantes somaram mais de 1 milhão de exibições e em uma passada rápida pelos comentários posso garantir que se a Janaína pretendeu arregimentar seguidores com seu discurso messiânico o resultado foi exatamente o oposto, comprovado pelo fato de os apoiadores do golpe começando pelo JN não se empenharem na sua divulgação.
    É importante ressaltar que os comentários esculachando a performance são em número arrasador o que me faz supor que os anti golpistas foram para a rua e passam a disputar também a internet.
    Se me permite o autor do post, vou discordar e colar aqui um comentário copiado:

    Luiz Wagner 

    Luiz Wagner3 dias atrása música é do Iron, mas ela é a cara do Ozzy … joguem um morcego para ela !!!

    1) Simone de Moraes – 2:39 – 593.786
    2) Esquerda Valente – 2: 39 -377.607
    3) Golpe Baixo  – 0:33 – 67.896 (versão com música The Trooper do Iron Maiden)
    4) @vejaocentro – 6:46 – 63.342
    5) Felipe Vieira  – 2:39 – 58.061
    6) Iann Souza – 2:07 – 52.205 (versão com música The Number Of The Beast)

    7) Rachel Sheherazade – 6:56 – 21.937

    8) Movimento Brasil Livre – 3:54 – 17.405

     

  15. Efeito espelho

    Só uma cobra consegue ver  cobras nos outros, ilusóriamente talvez. . Só uma cobra vê uma república infestada de cobra, pois vemos nos outros o que temos em nós.

  16. Que texto mais curioso. Até

    Que texto mais curioso. Até parece que o Doutor quer dar um nó nas consciências, quando mistura a atuação da Drª Janaína, dizendo que seu discurso seria para seus correligionários e seguidores, típica preparação de quem procura ascender pela trilha do fascismo, que não tem a mínima importância, porque também é muito ridículo nos dias de hoje. Não tem essa de atacar uma frágil mulher, nem de porcos chauvinistas, porque de frágil ela não tem nada, e quem não é seu liderado, quem não está ao lado da Drª Janaína, quem não é seu correligionário, e mesmo favorável ao impeachmnent percebeu mais claramente os problemas de comportamento de que a mesma padece. Vendo o que se viu, não é nada desproporcional questionar-se a competência técnica como advogada da Drª Janaína. Ao menos a Constituição, ela e seus pares no encaminhamento da denúncia, estes desafetos conhecidíssimos do PT, Dilma e Lula mostram que se conhecem não estão dando a miníma para nossa Carta Magna. Por isso, soa curioso não se ater ao principal: a rídícula figura da Advogada fazendo um discurso que mais parece tomada por uma pomba gira, que sem dúvida não deve ter sido do agrado do alto comando do golpe.

  17. A minha preocupação é que,

    A minha preocupação é que, como mulher civilizada que sou, acredito no diálogo e na negociação como as formas mais efetivas de solução de conflitos políticos. E os discursos de ódio que se sucedem, inclusive e principalmente no congresso nacional, me levam a crer que esse diálogo e essa negociação estão cada vez mais distantes.

    As possibilidades de um conflito físico, hoje, parecem maiores do que nunca. Quando não se consegue mais falar e resolver civilizadamente as divergências, a guerra pode aparecer como única solução possível.

    Há aí componentes de todos os matizes: luta de classes, intolerância religiosa, perda dos valores democráticos, insânia política, voracidade de poder, frustração dos derrotados, disputa pelo dinheiro, mais curto agora que em passado recente, etc. 

    Tudo isso, misturado como uma sopa venenosa, distribuída às colheradas diariamente por uma mídia muito bem estruturada e focada, apaga a capacidade de raciocínio dos menos instruídos, excita o apetite animal de certa categoria de indivíduos absolutamente maus, e nos leva a um autêntico beco sem saída.

    Se vencedor o golpe, a esquerda progressista não se renderá sem luta; se fracassado, o governo se verá em um laço apertado (mais do que já está) com os golpistas renovando todos os dias suas intenções.

    Acreditar que as instituições possam solver esse enigma político e encontrar uma solução a que todos se conformem me parece, hoje, um delirio de quem não sabe ver nem ouvir. 

  18. “Nós somos legião” é um dos

    “Nós somos legião” é um dos motos do Hacktivismo, especificamente do grupo Anonymous.  Talvez tenha sido essa a referência que Janaína Paschoal tivesse em mente.

    Entretanto, dado a performance na ocasião, me veio a mente outra referência para a frase, uma referência muito mais antiga, e num contexto bem diferente.

    O evangelho de Marcos, capitulo 5 narra a seguinte história.

    Chegaram ao outro lado do mar, ao território dos gerasenos.Quando Jesus desembarcou, veio logo ao seu encontro dos túmulos um homem possesso de espírito imundo,o qual tinha ali a sua morada, e nem mesmo com cadeias podia já alguém segurá-lo;porque tendo sido muitas vezes seguro com grilhões e cadeias, tinha quebrado as cadeias e despedaçado os grilhões, e ninguém tinha força para o subjugar;e sempre, de dia e de noite, gritava nos túmulos e nos montes, ferindo-se com pedras.Vendo de longe a Jesus, correu para ele e adorou-o,gritando em alta voz: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Por Deus te conjuro que não me atormentes.Pois Jesus lhe dissera: Espírito imundo, sai desse homem.Perguntou-lhe: Qual é o teu nome? Respondeu ele: Legião é o meu nome, porque somos muitos.E rogava a Jesus com instância que os não mandasse para fora do território.Pastava ali pelo monte uma grande manada de porcos;e os espíritos imundos suplicaram-lhe, dizendo: Envia-nos para os porcos, a fim de que entremos neles.Ele o permitiu. Eles, saindo, entraram nos porcos; a manada, que era cerca de dois mil, precipitou-se pelo declive no mar; e ali se afogaram.Os pastores fugiram e foram dar notícia disto na cidade e nos campos; e muitos foram ver o que tinha acontecido.Chegando-se a Jesus, viram o endemoninhado que havia tido a legião, sentado, vestido e em perfeito juízo; e ficaram com medo.

     

    Longe de mim fazer qualquer tipo de insinuação quanto um paralelo literal entre a narrativa bíblica e a performance da doutora.  Porém deve-se lembrar que já a muito tempo que esse pensamento de Legião é o meu nome, porque somos muitos tira pessoas de seu perfeito juízo.  Ódio coletivo é uma força muito poderosa.

     

     

    1. Amém

      Amém!

      Eu sou mais ousado e faço paralelo sim, ora. Agora me diga: se nem suínos, que chafurdam na lama e no próprio esterco, e que muitas vezes têm suas carnes invadidas por larvas de Tênia (sim, to pegando pesado…), aguentaram a companhia da legião de muitos, não seremos nós, todos muito asseados, a ter melhor destino.

      Eu não quero cair do precipício não! Ainda mais em péssima companhia!

       

       

  19. O autor diz que, na primeira

    O autor diz que, na primeira vez que assistiu, ficou apavorado, na segunda, teve nauzeas, na terceira, voltou a si. Eu na primeira vez ri muito, na segunda, ri menos, e na terceira ri como na segunda, ou seja, só se ri de uma piada quem a entende. O rizo é uma resposta afetiva do reconhecimento, a maioria respondeu rindo ou brincando ou com outra piada porque ainda tem saúde mental e objetividade pra entender que se trata de algo que não pode ser levado a sério. 

  20. A dra. Janaína foi enfática,

    A dra. Janaína foi enfática, retórica, exagerada no entusiasmo condenatório, mas NÃO MENTIU. Foi Lula, o auto-proclamado salvador (e incendiário) da República, que se autodenominou JARARACA, a mais peçonhenta das cobras.  Não me parece que a professora tenha exagerado muito ao falar da “República da cobra”.

     

  21. “Ela realmente acredita no que diz”

    Pode ser que a advogada acredite no que diz, mas acho improvável. Acho que é uma aproveitadora, que aprendeu a usar o discurso messiânico muito bem, e que é incentivada por gente da pior espécie, como ela própria. Acho que ela usa este discurso porque sabe que mete medo, que causa taquicardia, que move as pessoas, pois quem a ouve falando pensa que uma pessoa só falaria assim movida por alguma “força sobrenatural”. Enfim, ela sabe muito bem o que está fazendo, e com isso almeja, talvez, seu lugarzinho no congresso em 2018, ou até 2022. Acho que é uma espertalhona, mais uma dessas/es que infestam aquelas igrejas onde as pessoas gritam, se descabelam e usam o nome de Deus em vão. 

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