Andre Motta Araujo
Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo
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Movimento Empresa Sem Partido, por André Motta Araújo

Se há empresários que querem ter suas preferencias ideológicas, os consumidores não precisam ser sócios dessas preferências

Bolsonaro se encontra com empresários brasileiros. Foto: Reprodução/Agência Brasil – Jair Bolsonaro/Redes Sociais

Movimento Empresa Sem Partido

por André Motta Araújo

 

Empresários que apoiam a devastação da Amazônia, a destruição da cultura nacional, a liquidação da educação publica, e a implosão das instituições democráticas merecem a preferencia dos consumidores para seus produtos?

As esquerdas estão sem agenda, que tal um MOVIMENTO EMPRESA SEM PARTIDO?

Se há empresários que querem ter suas preferencias ideológicas, os consumidores não precisam ser sócios dessas preferências, financiando os empresários que escolhem um caminho antinacional, anti-crescimento, anti-cultura, anti-democracia – lembrando que 63% dos eleitores brasileiros NÃO escolheram essa ideologia da destruição dos valores nacionais, porque então apoiar com sua preferencia de compra esses empresários ideológicos?

Na ascensão do fascismo alemão, grandes empresários que bancaram o nazismo e depois da derrota da Alemanha foram severamente punidos; tribunais de desnazificação foram instalados na Alemanha, preservaram-se empresas, mas seus dirigentes foram presos ou afastados da direção e dos conselhos.

Também na França ocupada, as empresas colaboracionistas foram punidas, a Renault foi nacionalizada em 1946 porque Louis Renault colaborou com o Terceiro Reich. É da logica da opção politica que o empresário ativista assuma riscos, às vezes até mal avaliados.

No Brasil, tivemos exemplos de empresas punidas mesmo indevidamente por tomarem lado com governos, como o caso da PANAIR que foi liquidada pelo regime militar porque seu acionista principal Mario Wallace Simonsen era partidário de João Goulart. No bolo também entrou a TV EXCELSIOR. Não foi o único caso nos 21 anos do governo de 1964.

Empresário ativista politico sai da bolha do mercado e entra na politica, e isso tem riscos especialmente quando está em campo uma batalha ideológica.

Andre Motta Araujo

Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo

12 Comentários

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  1. “Empresário ativista politico sai da bolha do mercado e entra na politica, e isso tem riscos especialmente quando está em campo uma batalha ideológica.”

    Jubileu de Ouro de militância etílico-botequeira

    O ano de 2020 marca o meu Jubileu de Ouro na militância etílico-botequeira. Tudo começou em Bauru, em 1970, aos 14 anos. Tenho mais horas de boteco do que de vida.

    Moro pertinho de Taubaté, onde vou no mínimo uma vez por semana, cidade que elegeu o demente com 81% dos votos. Logo que cheguei por aqui, no final de 2017, descobri um baita boteco, perfeito em tudo: nome sugestivo, localização, decoração, ambiente, comida, bebida, música, aberto até altas horas. Bom de frequentar de dia e de noite. Achei, pensei. Até que vi,em meio aos cartazes das paredes, três deles, de apoio à Lava Jato e ao juiz.

    Foi uma única vez. Adeus. Perdeu, playboy.

    PS.: Deixei de frequentar um boteco famoso na Martim Francisco, em 2013, por causa de um cartaz afixado no caixa, escrito: MALDADD. Tudo porque, logo no início do governo Haddad, ele tentou (não sei se conseguiu) implantar o IPTU progressivo.

  2. Lamento o destino dos poucos trabalhadores no Brasil e os muitos quase escravos na China, mas na loja do demente fantasiado de papagaio EU NUNCA VOU ENTRAR.

  3. É preciso LISTAR as empresas para que os democratas não financiem nazifascistas:
    Centauro, Restaurante Coco Bambu, Polishop, Academia Smart Fit, Academia Bio Ritmo, Loja Riachuelo, Hamburguer MADERO, Habbib’s, Ragazzo Delivery, Havan, Segurança Gocil.

  4. Bando de picaretas, repassadores de produtos vagabundos, de baixa qualidade e com preços absurdos, sonegadores de impostos e de direitos trabalhistas. Quando o governo Bolsonaro passar deverão ser processados criminalmente.

  5. Este pedaço de chão, dividido no mapa político, onde estamos, é diferente.
    Aqui, se o empresário for de direita ele “se quebra” pela estupidez ou falta de competência.
    Mas se ele for de esquerda, mesmo que competente, quando existe um ( recorrente) golpe de estado, o próprio judiciário e/ou o governo se encarregam de “ferrar a em presa”.
    Aqui é a Bozolândia! Criada pelo povo que pode estudar e ser empresário ou ter algum tipo de trabalho não precarizado (médico, juiz,etc.).
    A outra parte da população, o povão, assiste o big Brother.
    E a Bozolândia cresce, e sorri aos seus filhos desgraçados.
    Aliás, o capitão está muito mais para o Coringa do que para o Bozo….

  6. Empresa sem partido, tá bom. Mas sem… ideologia? Alguém concebe uma empresa privada nem capitalista nem socialista, por exemplo? E não falo nem do dono mas sim da postura “corporativa”. Se bem que não existe postura corporativa fora do que decidem as pessoas que administram a “corporação”. A “alma” de uma empresa privada quem a estabelece são seus administradores.

    Sei não… isso tá parecendo a tal de escola sem partido. Sem partido mas com ideologia alinhadíssima com determinados partidos. Sem partido declarado, é isso? Sem partido assumido?

    1. Pode ter ideologia, o problema é o ativismo publico, tomando lado e ao mesmo tempo precisando
      ter consumidores que podem não querer apoiar esse outro lado.

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