Rui Daher
Rui Daher - administrador, consultor em desenvolvimento agrícola e escritor
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O acordo secular de elites trava o País, por Rui Daher

Zumbi dos Palmares

Na Carta Capital

Antes de discutirmos o momento do agronegócio no Brasil e os resultados alcançados na Conferência do Clima da ONU, finda na sexta-feira 11, em Paris, quero repetir o que mantenho farto em minhas parvas escritas: o acordo secular de elites que trava o desenvolvimento social da Federação de Corporações. Temo que os leitores o entendam como chatice, desalento ou falta de argumentos.

Peço, então, ajuda à jornalista Maria Clara R. M. do Prado, em artigo publicado no Valor (10/12/2015). Depois de citar percepções recentes de Joseph Stiglitz, Thomas Piketty e Luigi Zingales, sobre o aumento da concentração de renda no planeta, segundo ela, “consequência do estreito relacionamento dos grandes grupos econômicos com a classe política representada no Congresso e no Poder Executivo”, a autora chega ao Brasil. 

“Aqui, por defeito de fabricação nos primórdios da colonização, temos desde sempre [o destaque é meu] um país viciado em conluios e conchavos entre o poder econômico e a classe política, coniventes em seus interesses que confundem o público com o privado”.

Eis aí o que chamo acordo secular de elites. Talvez o mesmo que Mino Carta pense quando, em conversa com seus botões, separa o Brasil da casa-grande e o da senzala.

Não vejo qualquer possibilidade de mudança nessa dominação. Com o passar dos séculos, ela se enraizou de tal forma e se consolidou como algo natural, em equivocada interpretação de meritocracia.

Sigamos com o jogo. Sobre o agronegócio, se não puderem sair em andanças, acreditem muito pouco em alocuções de empresários do ramo, entidades, associações patronais e folhas e telas cotidianas. Quiserem previsões neutras, consultem Conab, IBGE, USDA, consultorias discretas, e tirem suas conclusões.

Entre agropecuaristas há um cacoete inato de se queixar dos malefícios que sempre existem, nem sempre fatais. Como empresários que são, gostam de repetir as aflições de colegas em setores menos afortunados. Acabam carpideiras dos maus bofes e números. Também, têm enorme dificuldade em perceber a extensão da área e a diversidade climática do país, acabando por generalizar situações locais.

Se é seu amigo e conta-lhe situação e perspectiva reais, você irá parabeniza-lo. Sobretudo, se ele soube racionalizar o uso de insumos. Se, no entanto, volta de uma palestra, almoço, onde ouve relatos de empresários que frequentam reuniões em federações corporativas, sugira a ele manter os dedos cruzados, que mandinga pega.

Sua plantação será arrasada pelo El Niño; o cafezal virará usina quebrada; a chicória fenecerá destruída por lagartas jurássicas que voam impunes diante da complacência de um “governo ambientalista e centralizador”.

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), historicamente a mais representativa entidade do empresariado brasileiro, divulgou enquete que mostra apoio formal ao impeachment de Dilma Rousseff. A entidade não precisa ir à Avenida Paulista para se manifestar, ela ESTÁ na Avenida Paulista, por ironia, no número 1313, duplamente agressivo, embora adulado nos anos em que ganharam muito dinheiro.

Passemos à COP-21. Lembro coluna de 4 de dezembro quando tratei do papel da agropecuária nas mudanças climáticas. Misturei ceticismo, pelos resultados passados, e alento, pelo que as primeiras sessões indicavam.

Dissenções não tardariam a aparecer. A mais evidente e esperada: como coadunar os interesses dos países ricos e desenvolvidos com os dos emergentes e pobres?

Rui Daher

Rui Daher - administrador, consultor em desenvolvimento agrícola e escritor

29 Comentários

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  1. Acordo das elites, até sempre!

    Rui, que de boas intenções … as temos nós: eu, você e alguns, meu caro amigo.

    Atrevo-me a te agradecer pelas lindas linhas que teclaste em 2015 e mais, pela sensibilidade que percebeste em mim, meses atrás, acreditando ainda que eu fosse homem até. Por isso mesmo, depois de anos, década de blog melhor dizendo, resolvi colocar uma foto minha aqui.

    Agradeço-te ainda pelo que aprendi de negócios na agricultura e pelo dominó tão humano que semeaste aos domingos por quase um ano inteiro aqui. Sempre garimpando MÚSICA MAIÚSCULA que se associasse ao tema proposto (assim-assim).

    Por último, quero te agradecer em nome de meus meninos do Clubinho da Leitura pelo incentivo a mim demonstrado, o que, em efeito cascata, desembocou neles também.

    As elites … o que fazer com elas?

    Em 62 anos de vida, ainda não sei.

    Sei ser eu mesma, com os valores ensinados pelo metalúrgico e sindicalista Plácido José de Oliveira, meu pai, que me ensinou tudo que sei (e não a USP). Sei que quando se melhora para todos, melhora pra gente também, porque somos parte do todo. E o pobre tem menos, merece mais e isso refletirá diretamente no TODO.

    O documentário Chico, artista brasileiro começa com “SINHÁ”, lembrei de você na hora em que o filme começou, Rui. Mulheres negras grávidas cantam a música com Chico. LINDEZA!

    Por fim, boas festas a todos de sua família, em especial ao jovem Gabriel, que é meu amigo e parceiro no trabalho voluntário lindíssimo que ele faz, só  que em SP.

    Pro’cê uma musguinha. Já sabe qual, né?

    Beijo estalado.

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=PmZTPr6Wov4%5D

  2. Rui!
    Oi Rui. Que imbróglio não? Só aprendendo contigo …
    Abraço.

    * ao final do texto, ficou uma “meia palavra”, cortada ma edicso do texto talvez … “conce”.

  3. Odonir,

    mais uma vez, você enriquece meu blog com as suas sensibilidade e escrita. Ainda me envergonho de ter associado o seu nome ao de um homem, creio que não parei para pensar. Vivo meio avoado, não gosto do trabalho que faço por precisão e me ocupa demais. Não importa, daí em diante nos entendemos e muito.

    Agradeço muito as palavras que você me dirige. É um privilégio tê-la como leitora. E quem sabe não é a música que nos restou diante de tanta prepotência, méritos mancos e patos desafinados?

    Fico cada dia mais intolerante com a burrice e a inação de quem opina para trair e argumenta sobre um todo que não inclui uma só criança que sofre. Nunca, mas nunca mesmo, ouvi numa reunião, almoço, o cacete, um empresário propor uma discussão que tenha duas palavras sobre os problemas sociais do país. É tudo no macro. O índice, a Bolsa, o comércio internacional, o gás da Rússia.

    Nada, neca, niente, sobre os negrinhos do Haiti que aqui chegam pois o Haiti nunca deixou de ser aqui. É como se gente pobre não existisse, fosse um ectoplasma a ser desconsiderado.

    Pior, nada irá mudar, apenas o seu Natal e seus próximos anos novos, porque é assim que os desejo.

    Beijo estalado do Pinduca. 

  4. AÍ Rui, arrisco-me a dizer

    AÍ Rui, arrisco-me a dizer que estamos mudando, e muito. A base para o acordo geral das elites é a desigualdade absoluta de recursos culturais na nossa sociedade. E, eis que de repente, aparece uma notícia pouco repercutida: já temos 58% dos jovens entre 18 e 24 anos da atual coorte, estudando em universidades. No curto prazo pode não representar nenhuma mudança significativa. No longo, muda tudo. 

    1. Roberto,

      ainda que possa ser ‘wishful thinking’ de fim de anos, corações abrandados, como sempre continuarei confiando em seus achados. Oxalá! 

  5. EU estava lendo que o direito

    EU estava lendo que o direito de resposta existia antes da ditadura e foi abolido após. Então, teoricamente, estamos tendo uma mídia ditatorial; não é democrática, como eles querem vender.

  6. a história infinita

    Prezado Rui,

    Ao par de lê-lo sempre com renovado prazer, o seu arrazoado fez-me lembrar de um livro magnífico entitulado “A cidade antiga”, escrito por Fustel de Coulanges, e publicado há 151 anos. No esmerado trabalho, o autor descreve, além do processo de fundação da cidade antiga, a fundação de um povo a ela associado. Espantado com a minha ignorância, num só fôlego, descobri que a alternância e os golpes entre os governantes “donos do negócio” e os governantes “defensores do povo” é a mais antiga e renhida das lutas. Vale a pena!

      1. perdoe se repetio a

        perdoe se repetio a informaçãp, mas consegui agora pelo google-ebook: 

        é clicar o nome do autor e da obra e aparece de primeira.  

  7. como sempre, mais um ótimo


    como sempre, mais um ótimo artigo do ruy.

    o acordo secular das elites talvez seja o que cjhamo de conluio

    da grande mídia  et cxaterva que hegemoniza as discussões e

    os ódios que começam a impreganar a sociedade brasileira hoje em dia.

    o modo de agir da direita criminaliza a tudo e a todos que

    tenham algo a ver com o governo popuilar…

    essa criminlização digamos institucional a um segmento – partidário, pt, por exemplo –

    acaba virando uma acusação quase frontal e pessoal a

    quem na maioria das vezes não tem nada a ver individualmente

    com os fatos ou falácias  usados por essa direita para  incriminá-lo.

    essa elite alguns cjhamam de esceravocrata.

    o prepotente posa de vanguardista, iluminisra ,

    mas quando chega no seu pedaço açoita seus  escravos.

    a elite judicialesca inventa um bizarro direito do inimigo:

    ao amigo, alei.

    ao inimigo, cana, direto, com direito só à tortura mental

    para dedurar, senão é condenado sumariamente por tempo maior que os deduradores….

  8. Novos tempos para a elite brasileira

    Estive na paulista dia 16 de dezembro e senti nos manifestantes que protestavam contra o golpe uma clareza muito grande do papel que estavam representando naquele momento. Parece que nos últimos anos o nível de consciência política dos brasileiros tem aumentado de forma significativa.

    Assistir a luta heróica dos estudantes paulistas que ocuparam suas escolas, as mulheres saindo às ruas contra o Eduardo Cunha, manifestações se multiplicando pelo país é algo novo e alvissareiro. Enfim, parece que as elites brasileiras não terão uma vida tão fácil daqui para frente.

    1. Wilton,

      é verdade. Eu e os que estavam comigo comenamos o mesmo. Percebia-se um ar de algo maior, acima das causas partidárias, tratava-se de estabelecer e confirmar uma certeza, como lealdade aos princípios democráticos.

  9. As elites são os melhores de

    As elites são os melhores de uma certa época mas não são o mesmo grupo. A elite da Republica Velha não se sustentou na decada seguinte, que deu origem a uma outra elite, de industriais. A elite do açucar e do etanol de hoje no Estado de São Paulo são antigos colonos de velhas uinas cujas donos tradicionais as perderam nas  crises economicas, os Ometto, reis mundiais do açucar, eram colonos de fazenda quando chegaram ao Brasil para trabalhar na enxada, hoje são super elite.

    Elite sempre existirá em qualquer regime, havia uma elite na União Sovietica, como havia na China de Mao.

    Curiosamente na antiga União Sovietica boa parte dos generais de exercito eram de familias da aristocracia czarista.

    Chu En Lai, chanceler de Mao Tse Tung era de familia da nobreza mandarim, não tinha nada de povão.

    Os dois  primeiros chanceleres da União Sovietica eram de familias riquissimas, Giorgy Chicerin e Maxim Litvinov..

    Então é ridiculo demonizar as elites, de uma forma ou de outro elas sempre comandarão os paises

    1. Como você é cartesiano, André

      É claro que há várias “elites”, hoje, em tempos passados e futuros. Não as demonizo, apenas as rotulo. Ou você acha que o Mino Carta, que mora nos Jardins, acredita, hoje, haver casas-grandes e senzalas?

      Na Sociologia estudei o seu blá-blá-blá acima, mas na escrita, para rotular o que a Maria Clara escreveu e as torcidas do Corinthians e Flamengo conhecem, serei ridículo. Até me tornar Ministro da Vingança do Capeta, aí você verá o que as elites irão comandar.

      1. Vou querer ser o secretário do capeta

        Vou querer ser o secretário do capetam – e acabar com os patrões do mal…………ou seja, todos os patrões

  10. A elite de hoje sustenta-se

    A elite de hoje sustenta-se da ambição, cada vez maior, pelo poder e dinheiro, custe o que custar. Adotam a conciliação do pensamento mercenário da elite medieval em união aos instrumentos que a tecnologia e a sociedade moderna oferece. Trabalham para manter fechadas o maior número possível das portas que possam alavancar oportunidades de crescimento e de desenvolvimento popular. São partidários radicais do egoísmo e da ambição, do mesmo modo que também eram as antigas elites, porém a dirença entre elas é que o discurso enganoso e o jogo de cena que praticam nos dias de hoje, tem que ser mais elaborado e mais camuflado dentro do pacote de atitudes e do comportamento que apresentam a nação. Apesar de contarem com uma retaguarda defensiva, que recebe o auxílio luxuoso da direita oposicionista, da mídia e de parte do judiciário, a atual elite perdeu uma de suas principais bandeiras, que era o poder do domínio, da persuação e da formação absoluta da opinião. Grande parte população, mais esperta e atenta, já não se dobra mais com o canto utópico das facilidades e dos apelos emocionais, contrariamente ela se especializa, com louvor e determinação, em combater essa aberração oportunista, egoísta, ambiciosa e insana que sempre dominou as elites em todo o planeta.

    1. Tão claro, não Almeida?

      Trata-se de uma forma de pensar, não de ter ou não dinheiro, diferenciar-se em escolas boas, é o ranço de não querer que os outros cheguem no mesmo. Na mosca!

  11. Só haveria uma saída, caro

    Só haveria uma saída, caro Rui Daher: revolução.

    Mas digo assim, no pretérito do futuro, porque para revolução popular, não burguesa, o povo teria que estar muito mais “politizado”, teria que ter alguma consciência do seu significado e importância nesse amontoado de gente a que costumamos chamar de “Brasil”. Não nos esqueçamos de que não são os 1% que mantém as coisas como são, um número muito maior, que arrisco perto do 90%, é que mantém o sistema… acomodam-se com as migalhas…

    Lembrei de uns versos do Cazuza, em “Um trem para as estrelas”:

    …”nesse filme, como extras,

    todos querem se dar bem”…

    A elite é fogo, é poderosa e está enraizada na nossa cultura muito profundamente, em – chute – 90% de nós. Tome como exemplo o caso de Eduardo Cunha. Porque, depois de anos de safadezas, só agora o sistema o exclui? Do meu ponto de vista o deputado tem alguma razão quando diz que é o PT que o está excluindo. Mas não inteiramente – não creio que Cunha seja capaz de tal profundidade no entendimento da diferença entre as classes sociais, no máximo tem ulguma percepção desfocada, talvez intuição -, já que o PT é apenas um elemento da elite burguesa. O PT é o inimigo ideal da elite. pode ser execrado sob a pecha de comunista. Mas se Cunha conseguisse colocar o PMDB no poder, de que forma a elite o atacaria? Não teria como dizer do PMDB que é “de esquerda”. Mas a elite não quereria dividir o poder com o PSDB de Cunha tanto quanto não quer dividi-lo com o PT. Apenas o PT é melhor inimigo, iimigo mais fácil, será que não?

    É claro que a todos os que crêem em ir ajeitando as coisas – e não em revoluções – o PT é, de longe, o melhor partido hoje, o de propostas e realizações mais consistentes, concretas, no sentido de interromper com o trato secular da desigualdade de oportunidades para a prosperidade, tanto de cada cidadão quanto da “soma” dos cidadãos, a saber, o país.

    Ser da elite não significa participar dos bônus desses 1%, significa pensar, sentir a vida como um desses, dos 1%, mesmo arcando apenas com os ônus, acho…

    E encaminhamento da solução: Educação, Saúde, moradia, transporte, dignidade, esperança e por aí vai, creio. Será?

     

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=QUAg0jWmBuc%5D

    1. Caro Renato,

      teria muito pouco a acrescentar. Seu raciocínio é completo. E você tanto quanto eu deve saber como esse 1% faz 90% virarem espelho. São Narcisos transformados. Um velho barbudo alemão, do século 19, quando falava de como a superestrutura condicionava o resto, matou a pau o dilema do travo brasileiro. Abraço (estava viajando em sertões longínquos, daí só ter respondido hoje – acho que vc. não irá ler). 

  12. #REFORMATRIBUTÁRIA

    refleti também pela manhã deste domingo 

    Tem uma Elite, que alimenta a classe média. Essa elite espera bons serviços em qualquer parte do mundo. Hospitais, Escolas, Aeroportos, Hotéis, Comércio, Respeito. A Elite Brasileira, é confundida com a classe política erradamente. Conheci pessoas que trabalhavam 18 horas por dia, ou dormiam 3 horas por noite, para terem tempo de extravasar seu espírito empreendedor. Muito ricos.
    Um que é público é notório foi Antônio Ermírio de Moraes. Esse era elite, mas trabalhou para dominar. Cresceu, se agigantou no monopólio, pois o Brasil democrático permitiu na época….bem essa é outra história. A burocracia, o monopólio e cartel, impede vários aspirantes a empresário, a desenvolver em todos os setores. Se se quer abrir uma Corretora do Mercado Financeiro, um Canal de Radio, uma Produtora de Tecidos, etc.etc etc.vai ser muito difícil, pode apostar!
    Devemos respeitar as Elites? Oras, é um jogo que ela dá as cartas. Se a Elite, não for bem atendida, respeitada, dificilmente ela vai fazer girar a economia. Por isso, considerar que milionários corruptos sejam Elite, pra mim, os considero insanos. Eu sei que a lei prevê cana, para estes (…).
    Discernir é uma obrigação. É um erro da Elite, se misturar à classe política. Os políticos são vagabundos, e estão a serviço do capeta. Olhar como se encontra as maiores construtoras e os seus donos. Ao se aliarem carne e unha, para garantir não sei o quê, foi a maior roubada…! Empresas com mais de meio século, marcadas penalmente pela Justiça do País. Caras que tinham tudo na vida, agora presos. Famílias inteiras comprometidas, tudo do bom e do melhor, putz!
    Esta crise é a vingança da Elite…política! Isso reflete no padrão Globo Midiático. 
    É claro que o governo subsidia os pobres e a classe média, na forma de serviços, para que a economia não dependa da Elite Verdadeira.
    A dependência se agrava, cortando os orçamentos de escolas, e desburocratização pífia , a Reforma Tributária que nunca sai por causa dos famigerados e ávidos Governadores das U.Es.

    1. Will,

      mais uma vez, esclarecendo, não excluo a importância das elites, sejam econômicas, intelectuais, o que for. Da mesma forma, entendo empresários que ficaram ricos por alguns méritos, embora nunca tenha estado muito próximo de algum, depois de ter passado por, pelo menos, 10 patrões. O próprio Antônio Ermírio tem histórias não muito nobres em suas empresas e atitudes pessoais.

      Agora, a pergunta que deixo com o “acordo secular de elites” não deve ser respondida como exclusividade política. Empresariado, academia, religiosos, e muito mais setores devem estar aí incluídos. Mas muito mais, o resultado. Por que temos uma das piores distribuições de renda do planeta em um país tão rico e que faz acumulação de capital rentista, aqui não resisto ao palavrão, caro Will, “até o cu fazer bico”.  

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