O caso Lockheed ou como os EUA lideram com a corrupção, por Motta Araújo

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Por André Motta Araújo

A Lockheed, hoje Lockheed Martin, é uma das maiores companhias de construção de aviões dos EUA, responsavel pelos famosos Constellations, de saudosa lembrança. É também um grande fabricante de aviões militares e de transportes, como o Hercules e o Tristar.

Entre 1950 e 1970 a Lockheed foi uma generosa distribuidora de propinas pelo mundo afora, visando favorecer a venda de seus aviões civis e militares. Calcula-se que a empresa nesse periodo distribui 300 milhões de dólares de comissões e propinas – em moeda de hoje, mais de US$ 3,6 bilhões.

Os casos mais emblemáticos foram na ALEMANHA OCIDENTAL, onde gratificaram o Ministro da Defesa Franz Joseph Strauss. Gordo famoso e frequentador de capas de revista, foi pago para a Lockheed vender 900 aviões F-104 Starfighter (foto). As comissões chegaram a 12 milhões de dolares.

Na ITALIA os beneficados foram homens poderosos, os Ministros Luigi Gul e Maria Tanassi, o Primeiro Ministro Mariano Rumor e o Presidente da Republica Giovanni Leone, que teve que renunciar, a comissão paga foi de US$10 milhões.

No Japão a festa foi maior, para vender aviões de combate e de transporte usaram como agente a Marubeni, tradicional trading, as propinas foram de 2,9 bilhões de Yens mais 3 milhões de dolares para o Primeiro Ministro Tanaka, no lado militar a mão molhada foi do heroi de guerra Minoru Genda, estrategista e comandante da força aerea de ataque a Pearl Harbor em 7 de dezembro de 1941, e depois da guerra Chefe de Estado Maior da Força de Auto Defesa do Japão.

O maior volume de comissões foi paga na Arabia Saudita, 106 milhões de dolares, para venda de aviões militares, o intermediario foi Adnan Kashogi, na época um dos cinco homens mais ricos do mundo, tinha um Jumbo particular e o maior iate daquela época.

Mas o caso que gerou o mega escandalo foi o da Holanda, onde foi descoberta uma comissão de US$1,1 milhão para o Principe Bernhard, marido da Rainha Juliana, o estrondo foi maior porque era um personagem da Casa Real, uma das monarquias mais ricas da Europa mas a Rainha mantinha o marido com mesada curta e ele precisava de dinheiro para seus divertimentos, era um homem chique e charmoso, sempre com um cravo na lapela.

Por causa desse caso da Holanda foi editada a famosa Foreing Corrupt Practices Act, até hoje a principal lei anti-corrupção dos EUA, que exige relatorios anuais e perturba executivos de multinacionais americaas com seu compliance chatissimo e aborrecente.

O Chairman e o Vice-Chairman da Lockheed renunciaram a seus cargos em 1976, cinco anos após o escandalo da Holanda, a punição parou por ai, ninguem foi preso, a empresa era estrategica para o Pais.

Como o caso teve repercussão mundial e abalou as vendas da empresa, o Governo dos EUA abriu uma garantia de credito bancario pelo Tesouro de US$195 milhões para dar respaldo à empresa, caso necessario.

O caso foi arquivado , no sistema americado de corrigir para frente e enterrar o passado. Hoje a Lockheed Martin vale na Bolsa US$68 bilhões de dolare, está prospera e não se fala mais no assunto.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

26 Comentários

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  1. Eu admiro o seu pragmatismo,

    Eu admiro o seu pragmatismo, mas esse texto foi de doer os olhos e a mente. Podemos resumi-lo em “deixa pra lá”.

    A questão não é a cruzada moralista, pois eu também concordo quanto ao efeitod eletério que isso tem na mente dos indiganados seletivos. 

    Creio que aqui no Brasil a BR já está suyperando os efeitos da lava jato e, no futuro, a governança da empresa será muito  importante e ela deixará de ser lesada sistematicamente. Ai sim poderemos deixar pra lá.

  2. Concurso Público e Alfabetização.

    E, nos vem um desses heróis de momento, do MP, eleitos pela mídia corrupta, atrever-se a elaborar sobre as peculiaridades da cultura brasileira, embalado pelo efêmero sucesso midiário das estrepulias estreladas pela sua corporação.

    Destaca-se que o preclaro iletrado cidadão é membro da insurgente “República de Curitiba”!

    Um tal de Vladimir Aras, diz o seguinte:

     

    “Em entrevista concedida a Fausto Macedo e Ricardo Brandt, do Estadão, Aras diz que, no Brasil, a corrupção é endêmica (?????) e celebra a Lava Jato, como ‘a incrível operação que mandou para a cadeia’ uns tantos notáveis e que isso foi possível justamente com a delação premiada. 

    Vladimir Aras, da PGR, critica os críticos da delação premiada

    https://jornalggn.com.br/noticia/procurador-do-parana-critica-os-criticos-da-delacao-premiada

    Se não estou enganado em relação ao significado da palavra “endemica”, me parece que o notável servidor (público ou privado? a quem será que ele serve?) não leu a história da evolução do capitalismo  nas diferentes nações ou cometeu um ligeiro descuido na aplicação do termo.

     

    Seja lá o que seja, já passou da hora dessa molecada dar uma olhada no espelho e parar de acreditar nos afagos dos “Jornalistas de Programa” da Globo, porque esses são efemeros e voláteis com a névoa matutina de verão, e dar uma leitura atenta no livrinho das atribuições da função que abraçaram e deixem de causar vergonha a sua corporação e alhures.

    Só a titulo de contribuição para reflexão do aspirante de celebridade, o que é ENDEMICO no Brasil é a IMPUNIDADE, mãe e protetora de toda a corrupção, de exclusiva atribuição, competencia e responsabilidade do MP e do Judiciário de Pindorama. Também para refletir, é bom que eles saibam que nem todos (cada vez menos) assistem aos comentaristas amestrados da GLOBO.

     

  3. Sem ligação direta…

    … com a postagem, lembro que a corrupta Lockheed produziu um dos aviões mais bacanas de todos os tempos, o L-1011, mais conhecido como “Tristar”. Diria que ele só perde em elegância para o MD-11 (McDonnell-Douglas) e o DC-10 (Douglas-Caravelle, depois McDonnell-Douglas). Os adniradores de aeronaves militares que me perdoem, mas é difícil ver beleza nas (infelizmente necessárias) máquinas da morte…

    A Douglas, aliás, não deve ter tido comportamento muito diferente da Lockheed. Afinal, era “player global”, e deve ter contado também com a “compreensão” institucional estadunidense… É pra trazer divisas do Exterior? Corrompa, que depois a gente conversa, está incorporado na nossa política de Estado para o Exterior (aqui não vai nenhuma crítica velada ao AA, É o “modus operandi” dos caras). No fim, acabou engolida pela Boeing.

  4. Democratas e Republicanos não

    Democratas e Republicanos não tretam quando a questão essencial é a corrupção financiada pelas petrolíferas e pelas indústrias de armamentos. As divergências deles dizem respeito às questões sociais irrelevantes: se mulheres farão ou não abordo, se gays darão ou não o cu com orgulho e etc… Isto explica a solidez do sistema politicorrupto dos gringos. Cá, porém, as putinhas rampeiras do PSDB estão em guerra com as falsas vestais do PT. Enquanto isto o Templo expande a irracionalidade e a barbárie na Câmara dos Deputados. Os gringos são estúpidos, é verdade. Mas os políticos brasileiros são um pouquinho mais estúpidos do que seus colegas do hemisfério norte. Ha, ha, ha… 

    Deputados evangélicos querem reduzir a maioridade penal. Se conseguirem, eles certamente tentarão legalizar a pena de morte. O próximo passo lógico dos mesmos será transformar a vida no privilégio dos “filhos de deus”, todos os outros (que eles chamam de “criaturas de deus”) poderão ser exterminados pelo Estado. É aí que o problema político começará a ficar difícil de resolver de maneira civilizada.

    As primeiras vítimas do genocídio desejado ou planejado pelos deputados evangélicos serão os membros dos cultos africanos. Aterrorizados, eles apelarão para a piedade da maioria católica, cujos deputados e senadores ficarão tentados a propor o extermínio da minoria religiosa irritante e gananciosa que acredita em a missão de purificar o Brasil. A sanguinária tirania do templo poderá, então, acabar se voltando contra os próprios pastores. Tragados pelo virulento clima político criado por evangélicos no Parlamento, os frustrados tucanos tentarão aprovar o genocídio dos petistas e estes irão se defender nas ruas onde são muitos.

    1. Seus comentários já foram

      Seus comentários já foram melhores e mais eloquentes sem derrapar para a baixaria. Gosto do seu raciocínio mas não precisava apelar tanto!!

  5. Esse texto me faz ter duvidas

    Esse texto me faz ter duvidas quanto ao programa do Gripen NG. Acompanhando o assunto em sites especializados e da FAB eu acredito que não existe nada de anormal no contrato de aquisição dos caças, mas sempre há aquela pontinha de duvida. Lembrando que um dos representantes do Congresso que foram a Suíça avaliar o caça foi nada mais,nada menos que José Agripino do DEM(oniaco!) então a suspeita só fica reforçada.

  6. corrupção

    Qual a razão do Moro não abrir uma investigação sobre a corrupção no poder judiciário? Haveria prisões de seus pares? A Justiça deveria ser fechada?

  7. Tirando a Odebtecht nenhuma
    Tirando a Odebtecht nenhuma empresa é estratégica.
    Tem que haver consequências e prisões.

    Algumas destas empresas eram mesmo quadrilhas organizadas que jamais tiveram qualquer interesse em engenharia. Negar o óbvio não ajuda.

    1. esféricamente enganado

      A respeito das empresas de engenharia.

      Ou mal informado ou…. deixa pra lá. 

      Há inúmeras empresas envolvidas extremamente importantes para o cenário da engenharia nacional – seja engenharia de projetos ou de construção. 

      Só para citar uma delas apenas: PROMON. (Me espantei ao ver a Promon envolvida……

       

      Poderia citar outras…..

       

  8. Dúvida: Não seria “como os

    Dúvida: Não seria “como os EUA lidaram com a corrupção”, invés de “lideram”? Assim me confundi um pouco, cheguei a ler lideram no sentido de liderar. Ato falho, AA? De fato, os EUA lideram o mundo em todos os quesitos, praticamente.

    Seus posts são extremamente ditáticos, pois mostra o mundo real. Não que a corrupçao deva ser aceita como algo natural, mas que os moralistas, udenistas da nossa classe média se situem de uma forma mais realista.

    Tudo que ajude a combater a hipocrisia de cidadãos que querem derrubar um governo “por corrupção” e usam e abusm de todos os artifícios, quaisquer que sejam, para se dar bem, é muito bem vindo

    1. Hillary Clinton tempos atras
      Hillary Clinton tempos atras e agora o proprio Obama elogiaram Dilma pelo combate a corrupçao e apontaram-na como modelo a ser seguido. Ate concordo que Dilma seja modelo mas nao se pode dizer o mesmo deste conluio midiatico-penal.

  9. A corrupção nos EUA continua a toda…

    Para quem acha que eles resolveram os problemas de corrupção que tal assistir algum dos documentários de Michael Moore ou outros que revelam a “política civilizada” dos EUA. Só tem uma coisa mais chata que esses que vivem falando mal de Cuba que são aqueles para os quais os EUA é o exemplo máximo de tudo o que é bom… E tem gente que acredita…

  10. De fato, depois deste caso a

    De fato, depois deste caso a CIA mandou delegados para todas as partes do mundo, inclusive para o Brasil, com visto de turistas, onde estiveram visitando os diretores de grandes empresas brasileiras que costumavem pagar propinas para funcionarios dos governos estaduais (principalmente em SP) e federal, além de firmas particulares. O recado era o seguinte: não vamos mexer no passado, mas a partir de agora, o governo americano vai perseguir as firmas americanas que permitam que seus representantes brasileiras pagam subornos ou arrumam falcatruas ilegais. Foi assim que a Rockwell International deixou de fazer negocios no Brasil, principalmente entre os seus grandes jornais diários, porque as multinacionis europeus continuavam pagando para ver. Siemens era um exemplo. A MAN ainda é.

    1. revoada troll

      As perguntas são ficção!

      Para este o os outros defensores dos galináceos gordos emplumados tucanos.

      Tá na lista do hsbc? Acho que não, muito bagrinho por lá estar, mas bastante bobo por defender quem nela está.

      Tá na lista da operação “zelote”? Acho que não, muito bagrinho por lá estar, mas bastante bobo por defender quem nela está.

      Tá na lista da privataria? Acho que não, muito bagrinho por lá estar, mas bastante bobo por defender quem nela está.

  11. A idéia do texto é importante, mas…

    Não há como ser absolutamente pragmatista. Com toda a razão, as empresas devem ser salvas e, principalmente, as tecnologias e os empregados que nada tem a ver com administradores e diretores corruptos.

    Por outro lado, estes não podem, de maneira alguma, apenas levar um tapinha nas costas e um puxão de orelhas complancente. Ao levar o pragmatismo a um patamar tão elevado estaremos sempre a deixar a ética em um plano inferior e, por isso mesmo, ainda que de forma implícita, haverá sempre um ar de condescendência com práticas corruptas – em nome do chamado “bem maior”.

    Acredito que é possível o pragmatismo e a ética andarem juntos nos negócios. Não que isso vá impedir qualquer ato de corrupção ou salvar-nos deste mal. Sendo também pragmático, só a punição exemplar de corruptos pode diminuir um pouco o seu ímpeto. Claro que respeitados o Estado de Direito e a proporcionalidade. O show da vida do Moro e do MPF está longe disso. 

    Não há um antagonismo tão grande entre os efeitos e consequências da corrupção e a sua punição. Tudo pode ser feito com o pragmatismo que o Andre Araujo quer pregar: sem destruição de ativos e idéias. Tenho certeza que, se bem conduzidos os processos, não faltarão interessados em adquirir esses ativos ou ocupar espaços deixados por administradores corruptos.

    Simplesmente exigir novos mecanismos de gestão e governança corporativa, além de editar novas leis punitivas, esquecendo totalmente o passado, não é solução conveniente a uma sociedade que deseja se desenvolver e, ainda, ignora a preciosa lição de que o passado é o espelho do futuro.  

  12.  
    Tá parecendo que o AA

     

    Tá parecendo que o AA ganhou uma possante e novinha Retroescavadeira Case 2010 gabinada, e com Ar condicionado. O homem tá passando o trator, e revolvendo todo o terreno contaminado pela corrupção no Brasil.

    E agora, para minha suprema estupefação, resolve tratorar as terras corrompidas da pátria amada idolatrada SA norte-americana. Lá, onde nossos tucanos, traíras, coxinhas, e correlatos, foram buscar o refinamento necessários à sua impecável formação anti, digo, brasileira.

    Ali, é onde os meninos aprendem como seguir as pegadas do dinheiro, mesmo quando ele se encontra encafuado Offshore. Bastando para tal, cumprir aprendizando necessário há como caminhar sobre as águas, do mesmo jeito que o galileu fez.

    A propósito? Que estaria havendo no reino da Dinamarca?

     

    Orlando

  13. Velhos hábitos

    A Lockheed atualmente é a única fornecedora dos novos caças de 5ª geração ditos “stealth” (F-22 e F-35), equipamentos que sofrem críticas pesadas de especialistas do setor aeronáutico e conhecedores do funcionamento do jogo político em Washington. Além de alguns problemas que podem ser considerados hilários para este tipo de equipamento (F-22 até pouco tempo atrás não poderia voar em tempo chuvoso; F-35 “Lightning” não poderia voar a menos de 30km de relâmpagos), a crítica pesada está recaindo sobre os custos dos dois projetos:

    F-35 já custou aos cofres públicos mais de US$ 800 bilhões e o programa, que tenta criar um mesmo avião para todas as armas dos EUA, está atrasado mais de cinco anos. É de longe o programa mais caro da história militar dos EUA, sendo mais caro até que o programa Apolo que enviou astronautas a Luas;

    F-22 tinha como previsão inicial a compra de ao menos 700 unidades para a força aérea dos EUA. Foram adquiridos apenas 187 e a linha de produção foi fechada em 2009, menos de 10 anos após o início da fabricação. Motivo: cada unidade custou, a preços de 2009, US$ 360 milhões de dólares. Mesmo levando-se em conta as novíssimas tecnologias aplicadas ao caça, o preço final foi considerado impraticável. Apenas como comparação, os novos caças Gripen que serão adquiridos pelo Brasil devem custar algo em torno dos US$ 100 milhões a unidade (serão cerca de 120 no total) com transferência de alguma tecnologia mais estruturação/implantação do sistema industrial no Brasil.

    O principal e mais respeitado dos críticos a estes prjjetos chama-se Pierre Sprey. E ele não deixa dúvidas sobre qual seria, na sua opinião, a serventia de caças tão caros com graves problemas técnicos: enviar dinheiro a Lockheed. Para que serviria o dinheiro vocês podem imaginar já que estes gastos são autorizados apenas pelo e no congresso dos EUA. E Pierre Sprey não é apenas um crítico comum. Quando trabalhou no Departamento de Defesa no início dos anos 1970, ele foi um dos principais responsáveis pela criação e adoção do caça F-16 pela força aérea dos EUA, sendo considerado até hoje um dos mais revolucionários aviões de caça já produzidos.

    De qualquer forma a Lockheed será nos próximos 30 anos a única fornecedora de aviões de caça para as forças armadas dos EUA, coisa que jamais aconteceu.

    Talvez velhos hábitos não tenham morrido.

    Segue link para vídeo com a opinião de Sprey (audio em inglês e sem legendas – não localizei um que as tivesse)

    [vídeo:https://www.youtube.com/watch?v=mxDSiwqM2nw%5D

    1. Só uma coisa, o Grippen sairá

      Só uma coisa, o Grippen sairá a este preço com armamentos e manutenção incluídos. Não é o  preço do caça, é muito mais que isso. O caça custa bem menos.

       

      Pode ser que tenha havido algum movimento para dar uma graninha mas as cifras são altas demais. Não tem tanto otário assim no mundo. O caça foi caro proque foi caro. Ambos os caças.

      O que se discute é se este investimento valerá a pena porque estes serão os únicos vetores para os próximos 30 anos. E aí é onde mora o perigo porque a premissa básica é que estes caças são bons proque são furtivos. 

      Mas… e se não forem.

      1. Só duas coisas

        “o Grippen sairá a este preço com armamentos e manutenção incluídos… O caça custa bem menos”

        E tem muito menos capacidade também, por isso é o mais barato, o menor e o com menor alcance entre oc caças modernos não stelth. Compramos um produto apenas razoável, barato e ainda no papel. Coisa temerária qundo se trata de armamentos.

        “O caça foi caro proque foi caro. Ambos os caças.”.

        Não. Eles são absurdamente caros pois foram mal projetados e sofrem forte e estranha interferência política, é isto que os críticos destacam. Um caça stelth traz como novidade uma silhueta diferenciada associada a materias pouco reflexivos em sua composição externa para minimizar a detecção por radar. Ênfase no minimizar. O resto é tecnologia existente mas que ainda não havia sido embarcada em uma aeronave.

        E este preço absurdo é bem suspeito sim pois, como exemplo, o F-22 tem sua linha de produção espalhada por 40 estados, o que o tornou literalmente a prova de interrupções. E como isto ocorreu? Simples: 40 estados = 80 senadores (no mínimo) associados aos “contribuintes” trabalhadores com emprego votantes de cada estado = aumento do custo de produção. E entre os deputados a coisa vai pela mesma proporção. Quem, em tempos de crise econômica aguda nos EUA iria sugerir racionalizar a produção e cortar unidades fabris com emprego em baixa? Ninguém. E como isso ocorreu? Com a conivência do congresso dos EUA. Lá eles chamam isso de loby, mas a gente sabe bem o que de fato isto é.

  14. Suborno e venda de armamentos

    Suborno e venda de armamentos são um casal que se ama!!! Inseparáveis e fidelissimos! É assim com TODAS as vendas de armas em qualquer escala, o presidente Einsenhower na década de 50 falava de como a industria de defesa afetava a economia americana.

     

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