O fascismo sem máscaras, por Fábio de Oliveira Ribeiro


Foto: Divulgação

FHC disse a Michel Temer que ele deveria ficar no poder, Tasso Jereissati aplaudiu a utilização de militares contra o povo brasileiro e Aloysio Nunes se recusa a deixar o governo do usurpador. Os três rejeitam a realização de eleições diretas. Na pior das hipóteses querem impor ao país um governante eleito pelo mesmo Congresso que foi quase todo comprado pela JBS.

Durante décadas estes três cidadãos se disseram politicamente liberais e adeptos do socialismo ou, no mínimo, da preservação e ampliação de uma rede de seguridade social que permitisse aos brasileiros sair da miséria absoluta. Neste exato momento eles apoiam a rápida, irresponsável e perversa destruição dos direitos sociais, trabalhistas e previdenciários dos brasileiros. O ideal que eles compartilham é o da exclusão. Para eles – apesar de todas as Convenções e Acordos internacionais que obrigam o Brasil a cuidar dos seres humanos em situação econômica fragilizada – o Estado só deve garantir os privilégios senhoriais de algumas castas de servidores eleitos e concursados.

As máscaras que FHC, Tasso Jeirissati e Aloysio Nunes usaram para granjear popularidade se desmancharam no ar. Para entender como isto ocorreu citarei Gaston Bachelard:

“Por más que las máscaras tengan una variedad infinita, parecería que la voluntad de enmascararse fuera muy simple y que, en consecuencia, al punto quedara hecha la psicología del ser que se enmascara. Al parecer, la máscara realiza de una vez por todas la disimulación. Atrincherado tras su máscara, el ser enmascarado está al abrigo de la indiscreción del psicólogo. Rápidamente ha encontrado la seguridad de un rostro que se cierra. Si el ser enmascarado quiere entrar en la vida, si quiere adoptar la vida de su propria máscara, fácilmente se atribuye la maestría de la mistificación. Termina por creer que el prójimo toma su máscara por un rostro. Cree simular activamente luego de disimular fácilmente. Así, la máscara es una síntesis ingenua de los opuestos muy cercanos: la disimulación y la simulación. Pero un engaño tan fácil, tan total, tan inmediato no podría ser sino objeto de una psicología limitada. Sin duda hay muchos modos de externder esa psicología. En particular, bastaría con acoger los inmuerables documentos de la etnografía para descubrir a la mascára como objeto de un verdadero instinto humano. Por ello, devería estudiarse toda una magia de la máscara. De esa magia también se encontrarían huellas en el folclor. Pero todas esas encuestas dispersarían la atención del psicólogo que quiere estudiar desde su origen la voluntad de disimulación. Una fenomenología de la disimulación debe remontarse a la raíz de la voluntad de ser alguien que no se es. Pero difícilmente se instruiría multiplicando las observaciones sobre las máscaras monstruosas, sobre las máscaras especializadas mediante mitos, costumbres y tradiciones. Una fenomenología de la disimulación debe entonces concentrar su examen en la mentalidad occidental.

Pero aunque la máscara sea para nosotros un rostro especialmente artificial, aunque las máscaras sean objetos como los demás objetos, aunque esos objetos en cierto modo hayan caído en desuso ?no es sorprendente que no se pueda desarrollar una psicología de la disimulación sin recurrir al concepto de máscara? La nócion de máscara actúa oscuramente en nuestro psiquismo. En cuanto queremos distinguir lo que se disimula atrás de un rostro, en cuanto queremos leer en una cara, tácitamente tomamos esa cara por una máscara.

Pero del rostro a la máscara y de la máscara al rostro hay un trayecto que la fenomenología debe recorrer. Durante ese trayecto se podrán distinguir los diversos elementos de la voluntad de disimulación. Un examen psicológico atento logra entonces matizar la noción de máscara, aprehender esa nócion en los distintos valores ontológicos. Afinada así, la noción de máscara nos entrega un verdadero conjunto de instrumentos para el estudio de la disimulación.” (El derecho de soñar, por Gaston Bachelard, Fondo de Cultura Económica México, 1985, p. 203/204)

Finda a ditadura, o PMDB se elevou à condição de partido de centro mais poderoso. Dentro dele, um grupo que outrora havia se abrigado sob o MDB (único partido de oposição admitido pelos militares) resolveram alçar voo. Para se diferenciar dos seus antigos correligionários adoraram um discurso social-democrata que encantou setores importantes da imprensa paulista. Mas a social democracia defendida pelo PSDB de FHC, Tasso Jereissati e Aloysio Nunes não era nenhum pouco semelhante àquela defendida pelos sindicalistas e intelectuais que se aglutinaram ao redor de Lula para criar o PT.

Enquanto os petistas lutavam pela construção da inclusão social por própria sua base operária, os tucanos gostavam de simular a defesa do socialismo europeu enquanto iam conquistando e preservando parcelas cada vez maiores das estruturas estatais construídas para manter a hierarquia social e política. A máscara, contudo, funcionou. Afinal, a dissimulação dos tucanos, que além de sofisticados, articulados e bem relacionados (alguns deles muito ricos), foi legitimada pela imprensa. Pela mesma imprensa que desde sempre chamou os petistas de arruaceiros, baderneiros e vandalos.

Com o tempo, a máscara criada pelos tucanos e para os tucanos passou a ser percebida pela população como um rosto jovem, vigoroso e bonito, distinto do rosto envelhecido do PMDB (cujos líderes eram renomados corruptos) e da cara carrancuda do PT (partido aguerrido e irritantemente ligado às suas bases operárias).

O auge do processo de simulação política no momento em que FHC foi eleito presidente. As esperanças alimentadas pelo Plano Real, porém, foram se desfazendo. Os tucanos eram tão ou mais corruptos que os peemedebistas e governaram de maneira a enriquecer os ricos (especialmente os banqueiros e donos de empresas de comunicação) sem se preocupar se estavam ou não empobrecendo a população em geral. O surto de fome que matou milhares de pessoas no nordeste chocou o Brasil. FHC não fez o sucessor porque se tornou um líder político imprestável. O governo dele se caracterizou pela incompetência, inconsistência, intolerância para com as reivindicações operárias e desprezo pelo combate à corrupção.

“… la marcha de nuestra existencia no és, únicamente, obra propia: es el producto de los dos factores, a saber: la serie de acontecimientos y la serie de nuestras decisiones, que sin cesar se cruzan y modifican recíprocamente. Además nuestro horizonte, para ambos factores, es siempre muy limitado, supuesto que no podemos predecir nuestras deciciones muy anticipadamente y menos prever acontecimientos; en ambas series, sólo las del momento nos son bien conocidas. Por eso, mientras nuestro fin está aún distante, no podemos siquiera enderezar el rumbo hacia él, a lo más, podemos dirigirnos aproximadamente y por probabilidades: muchas veces debemos andar bordeando. En efecto, todo lo que está en nuestro poder es decidirnos cada vez con arreglo a las circunstancias presentes, con la esperanza de acertar con el fin principal. En este sentido, los acontecimientos  y nuestras resoluciones importantes son comparables a dos fuerzas que obran en distintas direcciones y cuya diagonal representa la marcha de nuestra vida.” (Arte del buen vivir y otros ensayos, Arthur Schopenhauer, Biblioteca Edaf, Madrid, España, 1983, p.  248).

FHC escolheu ir à praia quando o Brasil perdia fortunas no mercado financeiro em razão de ataques coordenados por especuladores cambiais. Escolheu salvar banqueiros ao invés de alimentar os nordestinos famintos. A reputação que ele gozava em razão da máscara que construiu e que para ele foi construída deixou de existir principalmente por causa destas escolhas. Lula enfrentou situações semelhantes, mas em nenhum momento escolheu sacrificar o povo brasileiro. Isto explica porque ele é amado e FHC é intensamente odiado, especialmente no nordeste (onde o PSDB perdeu e perderá qualquer eleição direta presidencial que disputar).

Dentre as escolhas que FHC fez ainda se destacam duas: não combater ativamente a corrupção e transformar a Petrobras numa mina de dinheiro fácil para seus amigos tucanos e parceiros do PMDB. Foi o PSDB que criou, ampliou e se alimentou da corrupção na Petrobras.  Mas a imprensa conseguiu jogar toda a culpa das escolhas de FHC nas costas do PT a partir do momento em que Dilma Rousseff resolveu começar a moralizar e sanear a gestão da nossa petrolífera. A falha de comunicação dos petistas, permitiu que os tucanos usar a crise para fazer o que sempre desejaram: acabar com o monopólio do petróleo e privatizar a Petrobras. O golpe era perfeito, mas havia uma pegadinha: Michel Temer.

A união de esforços com Michel Temer e sua laia foi natural. Os tucanos se comprometeram a dar apoio e sustentação ao golpe em troca do vice-presidente aceitar a plataforma neoliberal e se comprometer com a interrupção do combate à corrupção que ameaçava vários líderes do PSDB (por exemplo Aécio Neves, o primeiro a ser comido segundo Romero Jucá). Os peemedebistas, amedrontados pelo combate à corrupção, só precisaram fazer duas coisas: abandonar o barco do PT e empurrar Dilma Rousseff para o abismo com ajuda dos deputados e senadores comprados pela JBS.

Todavia, Michel Temer foi rapidamente devorado pelas suas escolhas. A máscara dele demorou menos para cair do que a dos líderes do PSDB. Além disso, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal ganharam musculatura e autonomia que nunca tiveram durante o governo FHC. O resultado aí está: FHC, Tasso Jeirissati e Aloysio Nunes se enterram politicamente junto com Michel Temer por falta de imaginação, de opção e, principalmente, por incapacidade de ganhar uma eleição presidencial direta.

O que restava da democracia brasileira foi finalmente estraçalhada no dia de 24/05/2017. Acuados pelas suas escolhas pretéritas e pela dissolução final de suas máscaras, os golpistas apelaram para a força bruta. As idéias social-democratas deram lugar às neoliberais e estas foram totalmente soterradas pelo desejo fascista de ficar no poder de qualquer maneira, confirmando o que disse H. J. Laski:

“La esencia del fascismo es la destrucción de las ideas e instituciones liberales en beneficio de los que poseen los instrumentos del poder económico. Sin duda las causas de su crecer son complicadas; pero es inequívoco el propósito de su acción. Lo que ha hecho, dondequiera que ha conseguido el poder, es, sobre todo, destruir las defensas características de la clase trabajadora; sus partidos políticos, sus sindicatos, sus sociedades cooperativas. Paralelo a esto ha sido la supresión de todos los partidos políticos, excepto el fascista, de la discusión libre y del derecho de huelga. Bien frecuentemente, los fascistas han proclamado, antes de su advenimento al poder, objetivos de sabor socialista. Pero resulta notable, primero, que hayan conseguido siempre el poder en concierto con el ejército y los grandes negocios, y que, depués de su logro, hayan dejado prácticamente intocada la propriedad de los medios de producción. El fascismo, en resumen, surge como una técnica institucional del capitalismo en su fase de contracción. Destruye el liberalismo que permitió la experiencia de la expansión con objeto de imponer a las masas esa disciplina social que crea las condiciones bajo las cuales esperan poder continuar obteniendo utilidades. Esto explica por qué en los países fascistas el patrón de vida de la clase trabajadora ha ido en continuo descenso desde la supresión de las ideas e instituciones liberales.” (El liberalismo europeo, por Harold J. Laski, Fondo de Cultura Económica México-Buenos Aies, 1961, p. 210/211)

No caso brasileiro a utilidade perseguida pelos fascistas do PMDB e do PSDB, ou seja, por FHC, Tasso Jeirissati, Aloysio Nunes e Michel Temer, não é apenas econômica. Ela é sobretudo criminal: se não reduzirem o padrão de vida dos trabalhadores brasileiros a força controlando o Estado sem disputar eleições diretas (se as disputarem eles perdem) eles mesmos e seus amigos – alguns deles do próprio Judiciário – acabarão sendo presos pelos crimes que cometeram.

O Exército cumpriu seu papel em 24/05/2017, mas os generais parecem estar indecisos. O ônus que os oficiais militares terão que carregar é grande demais. Além de corruptos, os líderes fascistas não tem qualquer projeto nacional. Muito pelo contrário, eles estão determinados a destruir o Brasil para não serem eles mesmos destruídos pelos crimes que cometeram. Além disso até a presente data eles não devem ter sido suficientemente generosos…

A máscara do nacionalismo dos militares brasileiros será a última cair. A queda dela não custará muito barato aos golpistas. Amaury Kruel recebeu algumas malas de dinheiro. Se realmente quiserem ficar no poder Michel Temer, FHC, Tasso Jeirissati e Aloysio Nunes terão que dividir a maioria dos malotes de dólares que guardaram no exterior se quiserem comprar o apoio da tropa.

Ao leitor uma última recomendação. Não desanime diante das longas citações em espanhol. Elas são fundamentais para compreender o que foi dito aqui.

Fábio de Oliveira Ribeiro

12 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Embora entenda Espanhol,

    Embora entenda Espanhol, realmente me vi preguiçosa, passando adiante, sabendo da importância do texto, que volterei a lê-lo como de meu costume. 

    Nas areias de Copa manifestantes dispuseram ao longo do espaço de areia máscaras vermelhas para representar uma cara vermelha de vergonha; um modo de chamar a atenção de MT e dos congressistas que já se emponderaram de tal forma que usam e abusam da paciência do povo. 

    É nítida a intenção desse arrajadores golpistas em, atacando os direitos dos trabalhadores, dos sindicatos, e todas as organizaões sociais brasileiras, dizerem ao mundo que o Brasil entrega sua democracia para se tornar o país dos poderosos, e que a vota ao serivlismo já chegou, e pra ficar. 

    As manobras se sucedem, mesmo com um presidente pego em flagrantes crimes; mesmo pensando todos que ainda temos instituções em pleno funcionamento, quando, em realidade, vimos a partir de 2006, com a chegada do Golpe, a decadência de todas as boas ações que pareciam andar pra frente, sem retrocesso.

    Os tucanos foram tomando espaço, e sem nenhuma vergonha, estão se lixando para a Nação, e seu povo. Querem impor uma coisa qualquer no lugar de Temer, sem ainda sabermos ao certo o que seja. Mas, não pode ser à toa esse apego a um morto-vivo. Aí tem coisa! 

    Podemos dar como certo que, a continuar essa escalada de acordos espureos entre tucanos, justiça e imprensa, mergulhará o Brasil em uma situação de inferiroridade inimaginável, porque não se tem no quadro político nenhuma liderança capaz de prover transformações. 

    Fala-se na volta de FHC, de acordos para salvar Temer, embrulhando Lula num pacote qualquer, como se o ex-presidente deixasse de ser o que sempre foi, liderança, pra ser massa de manobra. Já li até uma possível mudança na constituição para facilitar a saída de Temer para outro país.

    A semana se encerra com mais movimentos promíscuos envolvendo esses canalhas investidos de poder, enquanto o cidadão brasileiro, perplexo, segue sua vida sem condições para enxergar o que se passa nos bastidores do Planalto e do Congresso, onde ele é apenas um número. 

     

  2. Sintese profunda

    Seu texto é uma sintese profunda da recente historia do pais,gostaria que comentassem mais sobre o papel das forças armadas neste momento, pois se fosse qualquer outro pais ela reagiria, tamanha balburdia politica ,somente as Forças Armadas para apaziguar o pais, nem uma eleiçao direta do Lula traria paz.

    1. A não ser que reescrevamos

      A não ser que reescrevamos uma nova Constituição. O que preconizas, meu caro, é um anacronismo. Um Déjá Vu político. Lembre-se que estamos no século XXI. Caiu o Muro de Berlim, a  China é capitalista e este modelo não é mais do tipo laissez faire. 

      Não é papel das Forças Armadas tutelar o Poder Civil, este devidamente legitimado pelo voto, ou seja, pelo povo. Nem em situações de conflitos as VERDADEIRAS democracias são tuteladas pelo Poder armado, As razões parecem óbvias, não?

      Trata-se de uma miséria sem tamanho um país que se quer democrático e evoluído politicamente não ter a capacidade de resolver seus impasses pela vias normais. 

       

  3. Um dia após o outro

     

     

     

    Em sentido horário: OMB comemora o afastamento; em abril de 2016 projeta no prédio do STF um SOS para as Forças Armadas; Aemed vincula governo Dilma a luto; e Fenam cita perseguição e sabotagem em campanha pelo impeachment

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

      

  4. FACISMO

    As  Forças Armadas nao sao NACIONALISTAS  sao a decadas doutrinados no Liberalismo Economico e Americanofilos

    Diante do imenso poderio Belico do Imperio aceitam subalternamente a realidafe mas o Triste e que aceitam o saque ao Patrimonio  da Patria  a  Anos mansamente  vendo as reservas Minerais  (VALE) Minerais extrategicos,  Industrias extrategicas

    Sistema nacinal de Comunicaçao, Petroleo Pesquisa Nuclear  ETC ETC ETC

    Curioso que foram Militares que iniciaram quase todos esses Projetos …….Foram mais autoritarios Mas tinham um projeto de ESTADO  E UMA ESPINHA DORSAL MENOS FLEXIVEL

     

  5. São os tais

    fegacê, treme, laércio, taço, meieles, juca, aloisiotrezentão, maia, gilmau, parente, aidimim, mouro….

    Eis a face (de parte!) dos canalhas, canalhas, canalhas! 

  6. Desde a fundação todos os slogans do PSDB são falsos

     

    Fábio de Oliveira Ribeiro,

    Três pontos que eu vou destacar aqui. Primeiro a questão da máscara do PSDB. Minha ideologia é próxima do PSDB, mas nem para A. Augusto Junho A. que eu conheço pessoalmente eu dei, daria ou darei meu voto, exatamente por achar que a máscara que eles carregam é exatamente o oposto do que eles são. Eu já achava Fernando Henrique Cardoso mascarado desde a década de 70 e ele ter ido para o PSDB já era razão para eu não gostar do partido, mas a alegação de que o partido fora criado para trazer a ética para a política constituiu razão suficiente para eu nunca votar no partido.

    Todos os slogans do PSDB são falsos. E o pior é que diferente de um ou outro partido que pode dizer o mesmo slogan acreditando que o slogan seja verdadeiro, o PSDB sabe que todos os slogans que eles adotaram ao longo da história do partido são falsos. Essa descrença no que diz só é possível se existir uma completa desconsideração pelo eleitor. Essa é a característica mais importante do PSDB, a completa desconsideração pelo eleitor.

    E a escolha dos slogans do partido é feita exatamente com base no menoscabo pelo eleitor. Governo bom fica (ou o povo põe) governo ruim o povo tira é um slogan mentiroso que parece ser feito por quem acredita na decisão popular. O PSDB não acredita, mas lança o slogan para dizer ao povo que o partido está do lado dele. A inflação é o mais injusto dos impostos, pois atinge os mais pobres é outro discurso falso pois o que atinge os mais pobres é o desemprego e o desemprego ocorre exatamente quando a inflação é baixa. E o PSDB sabe disso desde quando ele lançou esse slogan na praça.

    O segundo ponto é para relembrar o comentário que eu enviei terça-feira, 23/05/2017 às 23:26, para Fernando Horta, lá no post “O fascismo nosso de cada dia … ou quem será comido primeiro?, por Fernando Horta” de segunda-feira, 22/05/2017 às 08:27, aqui no blog de Luis Nassif e com texto de Fernando Horta e que pode ser visto no seguinte endereço:

    https://jornalggn.com.br/blog/blogfernando/o-fascismo-nosso-de-cada-dia-ou-quem-sera-comido-primeiro-por-fernando-horta

    É bastante pertinente eu transcrever a seguir os quatro primeiros parágrafos do meu comentário para Fernando Horta, salientando que um dos parágrafos é apenas um link que eu indiquei lá. O que eu disse para Fernando Horta foi o seguinte:

    “Mais um bom texto seu. Há muitas ideias bem próximas às minhas e talvez nasçam daí os elogios que eu sempre penso em fazer aos textos recentes seus que foram disponibilizados nesse blog.

    Eu vou reproduzir um comentário que eu enviei há uns seis meses, sexta-feira, 11/11/2016 às 13:26, para Fábio de Oliveira Ribeiro, junto ao post de autoria dele “Será preciso Galeanizar o mundo de Trump, por Fábio de Oliveira Ribeiro” de sexta-feira, 11/11/2016 às 06:50, aqui no blog de Luis Nassif e que pode ser visto no seguinte endereço:

    https://jornalggn.com.br/blog/fabio-de-oliveira-ribeiro/sera-preciso-galeanizar-o-mundo-de-trump-por-fabio-de-oliveira-ribeiro

    O meu comentário para Fábio de Oliveira Ribeiro, que também tem feito bons artigos ultimamente, traz logo no início uma desculpa para o possível resquício de soberbia que há nos elogios. É um alerta que eu gosto de fazer porque, pelo menos no meu caso, trata-se de elogio feito por quem sabe que sabe menos e não mais a quem elogia.”

    E o terceiro ponto diz respeito a como a esquerda deve se comportar diante do governo do presidente antes provisório agora definitivo às custas do golpe, Michel Temer. Em meu entendimento, e no meu caso representa a crença de quem sempre defendeu o governo da ex-presidenta às custas do golpe Dilma Rousseff, tanto para o primeiro como para o segundo governo dela, o presidente antes provisório agora definitivo às custas do golpe, Michel Temer, deve continuar à frente do governo.

    Venho expondo esse ponto de vista há mais tempo e hoje o expus em comentário que enviei, por volta das 21:30 para Luís Henrique Donadio junto ao comentário dele enviado sábado, 27/05/2017 às 11:13, lá no post “Editorial. “Fora Marcela, mas deixem o Temer”, por Rui Daher” de sexta-feira, 26/05/2017 às 10:32, aqui no blog de Luis Nassif e de autoria de Rui Daher e que pode ser visto no seguinte endereço:

    https://jornalggn.com.br/blog/rui-daher/editorial-%E2%80%9Cfora-marcela-mas-deixem-o-temer%E2%80%9D-por-rui-daher

    E um dos motivos para eu torcer para o presidente antes provisório agora definitivo às custas do golpe, Michel Temer, permanecer é exatamente porque a máscara dele já não mais o esconde. O único risco é a economia recuperar fortemente e ele sair como herói nacional. Dá até para ele colocar outra máscara no lugar. Aliás, a nossa má memória (do ser humano em geral) permitiria até que ele usasse a mesma máscara que caiu.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 27/05/2017

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador