O marxismo errático de Yanis Varoufakis

Nota do Brasil Debate

Muito antes de se tornar o iconoclasta ministro das finanças grego, Yanis Varoufakis escreveu um instigante artigo em que declara enxergar o mundo a partir da perspectiva marxista e, simultaneamente, se considera um marxista errático. Nesse texto, Varoufakis traz pelo menos três que pontos capazes de provocar reflexão, polêmica e crítica.

O primeiro refere-se à natureza do debate econômico e dos dilemas dos economistas marxistas. De forma contraditória, Varoufakis aponta razões marxistas para ignorar Marx em sua produção acadêmica.

Ou seja, sua opção foi a de aceitar os axiomas neoclássicos para expor suas inconsistências em detrimento da construção de teorias alternativas que, segundo ele, dificilmente seriam levadas a sério: “mesmo minha economia não marxista foi guiada por uma mentalidade influenciada por Marx”.

O segundo ponto refere-se às suas interpretações da teoria marxista, em que Varoufakis é certeiro em apontar que Marx nos dá instrumentos para desmontar a ideia neoliberal de que “a riqueza é produzida privadamente e então apropriada por um Estado quase ilegítimo, através dos impostos”, e substituir pelo seu oposto “a riqueza é produzida coletivamente e então apropriada de maneira privada através das relações de produção e direitos de propriedade”.

No plano teórico, Varoufakis também discute a natureza dual e contraditória do trabalho humano, que considera a grande inovação teórica de Marx. Alguns marxistas diriam, porém, que sua ênfase na dualidade do trabalho e na relação capital-trabalho, deixa de lado elementos importantes da teoria de Marx, em particular, a autonomização do dinheiro como desdobramento da relação capital-trabalho e como elo de dominação dessa relação.

Por fim, o terceiro ponto para reflexão é a crítica aos “dois erros espetaculares” de Marx. Segundo Varoufakis, Marx falhou ao não refletir suficientemente sobre os impactos políticos de sua teorização e assim permitiu que discípulos usassem o poder de suas ideias para sua própria base de poder. Além disso, cometeu um erro mais grave, pressupôs que a verdade sobre o capitalismo poderia ser descoberta na matemática dos seus modelos:

“Este foi o maior desserviço que ele poderia ter prestado para seu próprio sistema teórico. O homem que nos equipou com a liberdade humana como um conceito econômico de primeira ordem; o acadêmico que elevou a indeterminação radical a seu lugar correto na economia política; foi ele a mesma pessoa que acabou por brincar com modelos algébricos simplistas, nos quais as unidades de trabalho eram naturalmente e completamente quantificadas, esperando contra toda a expectativa evidenciar a partir destas equações alguns lampejos adicionais sobre o capitalismo. Após sua morte, economistas marxistas desperdiçaram longas carreiras em prol de um tipo similar de mecanismo escolástico. Completamente imersos em debates irrelevantes sobre “o problema da transformação” e o que fazer sobre isto, eles quase se tornaram uma espécie extinta à medida que o rolo compressor neoliberal esmagava toda dissidência em seu caminho.”

Veja o artigo completo, com tradução de Gustavo Noronha para o Brasil Debate AQUI ou o artigo em inglês publicado no site de Varoufakis e boa leitura!

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Redação

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    1. É realmente triste que uma

      É realmente triste que uma pessoa não seja capaz de pensar em algo bom sobre alguém para falar no fim da sua vida, que ao invés de pensar em uma palavra de carinho para seus parentes ou de esperança para humanidade pense nisso. Que pessoa frustrada, infeliz e amargurada. Tenho pena da vida dessa pessoa.

  1. O que dá dinheiro, comércio – guerra – mulheres – Salvador Dali

    Image

    Dalí [dirigió] su atención ensimismada a uno de sus cuadros más asombrosos de 1965: La apoteosis del dólar, cuyo titulo completo es: Salvador Dalí pintando a Gala en su participación e «el apoteosis del dólar», donde a la izquierda también puede reconocerse a Marcel Duchamp disfrazado de Luis XIV, detrás de una cortina pintada al estilo Vermeer, cortina que en realidad muestra el retrato invisible pero impresionante de Hermes de Praxiteles.

    En ese cuadro a Dalí le era dado contemplar el compendio de su obra y de su siglo.La apoteosis del dólar le ofrecía el inventario de las diversas técnicas de la pintura vanguardista del siglo XX y de los cambiantes escenarios que habían acompañado al artista a lo largo de su vida , junto a las metamórficas imágenes del deseo, pues a eso apunta el dinero, el dólar. Y así en el prodigioso cuadro están, debidamente camuflados, Duchamp, Watteau y Luís XIV, Vermeer, Velázquez y Goethe, Gala y Don Quijote, Dante y Beatriz, Rimbaud y Baudelaire, Meissonier, Napoleón y Praxiteles. Todos estos personajes afloran, con un raro mimetismo anamórfico, en la superficie de la tela, en la que sobre las columnas salomónicas del baldaquino e Bernini  de San Pedro de Roma se precipitan a una catarata de dólares, la lluvia de oro de Dánae.

    La apoteosis del dólar era en esos momentos finales de Dalí, algo así como el fenómeno que, según se dice, tiene lugar en la mente de los moribundos, los cuales ven en un instante el desarrollo de su existencia.”

    Gómez de Liaño, Ignacio. El camino de Dalí. Editorial: Ediciones Siruela; Páginas: 454; Año: 2004

    p.412

     

    samedi 29 novembre 2008

    La CRISE FINANCIERE + les FEMMES DU PS

    La crise financière met à mal le système bancaire corrompu et nous obligera de changer profondément nos confortables habitudes. Dans sa toile prémonitoire “L’Apothéose du Dollar”, le génial peintre-visionnaire Salvador Dali a illustré lacatastrophe économique et sociale qui nous attend. En s’appuyant sur la figure angélique de Béatrice de Dante, l’artiste extralucide indique également les voies providentielles, qui vont nous sortir du gouffre. L’Ere de la Femme s’amorce à travers l’avènement inattendu des femmes de pouvoir. Après Angela Merkel, l’arrivée de Martine Aubry et de Ségolène Royal sur le devant de la scène politique confirme les signaux divinatoires placés dans le mystérieux oeuvre de Salvador Dali. Le code secret 229 CL 66 inscrit dans la Gare de Pepignan donne la clef de l’énigme. 

    Lire le communiqué N° 23 du 28 novembre 2008

    vendredi 28 novembre 2008

    LA CHAOS ECONOMIQUE + LES FEMMES DU PS (Communiqué N° 23)

    Dali l’avait annoncé ! 
    La crise financière & l’avènement des Femmes de pouvoir 

    L’actualité politique internationale apporte aux étranges prémonitions de l’énigmatique peintre Salvador Dali des certitudes historiques. La grave crise financière que nous subissons aujourd’hui constitue le thème symbolique du tableau «L’Apothéose du Dollar» (Dali, 1965). Le désastre qui s’amorce va de pair avec l’arrivée au pouvoir des femmes, qui est inscrite dans les codes secrets de la «Gare de Perpignan» (Dali, 1965). 

    1° Vers le chaos économique et social 

    Depuis l’effondrement de la banque Lehman Brothers en septembre 2008, la panique s’est emparée des places financières. Les bourses n’en finissent pas de chuter. Depuis le début de l’année 2008, le CAC 40 a perdu près de 50 % de sa valeur. Des pans essentiels de l’économie s’enfoncent. Le bâtiment et l’industrie automobile sont désormais menacés de faillites, faute de trésorerie. Les consommateurs ont perdu confiance dans le système bancaire corrompu et sont désormais inquiets pour leur pouvoir d’achat. Les chiffres du chômage sont en forte augmentation et repasseront la barre des 2 millions. La crise ne fait que commencer. En conclusion du G20 de Washington, Nicolas Sarkozy avait déclaré sa satisfaction du fait de ce «sommet historique, qui apportait des réponses à la crise financière». Lors de ce cénacle planétaire, les 20 nations les plus riches sont tombé d’accord sur le principe d’une relance coordonnée et concertée de l’action écono-mique. Le président Bush a rappelé son attachement à la «liberté des marchés». Il n’a pas été question de refonder la capitalisme. Bref, on attend que cela se calme et on repartira comme avant en appliquant les vieilles méthodes, qui ont conduit à la catastrophe actuelle. Angela Merkel a réitéré le 24 novembre à Paris son refus de financer le plan de relance européen. Les chefs d’Etat de l’Union Européenne vont approuver le 12 décembre prochain un budget de 200 milliards d’Euros. En réalité, 170 milliards de ce «paquet européen» consistent en des initiatives nationales séparées. L’énormité des sommes paraît obscène. En fait, le plan européen est jugé timide au regard des programmes décidés aux USA. (+ 700 milliards de Dollars). De toute façon, on est loin de l’ambitieuse stratégie coordonnée annoncée par Nicolas Sarkozy. 


    L’apparition de la ville de Delft

    La course aux milliards va brûler beaucoup d’argent et restera sans véritable effet. Les pays riches sont en train de se ruiner. Voilà bien «L’Apothéose du Dollar». Le calendrier politique américain compliquera la relance. En attendant l’intronisation du président élu Barack 0bama – dans 2 mois ! – les événements vont s’aggraver sur le plan économique et social. Obama veut sauver l’industrie automobile avant tout. La vision de Dali par rapport à l’automobile est troublante. L’«Apparition de la ville de Delft» montre une voiture pourrie, plantée derrière les gardiens de l’ordre effondrés. Au fond du tableau apparaît Delft, la ville emblématique de Vermeer, peintre d’un art de vivre disparu. La promesse socio-culturelle d’une Renaissance inespérée se précise. 

    2° Les Femmes au pouvoir. Le stupéfiant retour de Ségolène Royal 

     
    «L’Apothéose du Dollar» brossée par Dali met sur la devant de la scène Béatrice de Dante. Il s’agit d’une vision allégorique de la femme providentielle, qui mène l’homme désorienté vers les nouveaux horizons para-disiaques de la grâce divine. En suivant Béatrice, Dante a réussi à sortir du nid de vipères florentin. La para-bole suggérée par Dali trouve des reflets dans l’actualité politique. La crise aiguë du parti socialiste s’est terminée cette semaine par un match nul entre Martine Aubry etSégolène Royal. Après le renoncement de Bertrand Delanoë au Congrès de Reims, la «guerre des chefs» s’est finalement réglée sur le tapis vert du Conseil National du PS. Martine a gagné par 102 voix. Ségolène est devenue incontournable. Le «Mystique de la Gare de Perpignan» retrouve sa redoutable dimension divinatoire. Le code 229 CL 66 laissé par Dali correspond 1° à la fondation de la République française (22.9.1792) et 2° à la date de naissance de Ségolène Royal (22.9.1953). CL, c’est elle. Et 66, c’est les deux rivales qui dominent désormais le parti socialiste. Bienvenues aux club des femmes de pouvoir, qui comprend déjà Angela Merkel et Hillary Clinton… 

    Dali a annoncé l’Ere de la Femme, synonyme de l’Age d’Or d’une nouvelle civilisation flamboyante. Malgré le grave accident bancaire de 2008, qui marquera l’Histoire du XXIe siècle, l’aventure humaine va continuer… 

    27 novembre 2008 ● Roger Michel Erasmy, auteur du «Codex Dalianus» ● http://www.erasmy-dali.com

    mardi 11 novembre 2008

    OBAMA et le G20 de Sarkozy (L’Apothéose du Dollar)

    L’élection de Barack OBAMA du 4 novembre 2008 est conforme aux visions de Salvador Dali. 

    Je l’ai annoncé par le communiqué N° 21 du 2 novembre. Lire aussi le communiqué révélateur N° 16 du 6 juin 2008. Voir la liste des COMMUNIQUES. 

    Les symboles de la toile “Poésie d’Amérique” (Dali, 1943) évoquent Atlanta, ville emblématique de Martin Luther King. Le rêve prémonitoire exprimé par le célèbre pasteur noir en 1963 à Washington – “I have a dream” – se réalisera en 2009 à …Washington ! La grave crise financière et le chaos laissé par l’administration Bush constituent des problèmes insurmontables, auxquels le président Obama s’attaquera à partir du ….. 20 janvier 2009. 

    Le G20 du 15 novembre 2008, suggéré par Nicolas Sarkozy au président W. Bush affaibli, a peu de chances d’aboutir à des solutions crédibles. Nous assistons à l’agonie du capitalisme financier planétaire et à la fin d’un système bancaire pourri. Le tableau prophétique “L’APOTHEOSE DU DOLLAR” (Dali, 1965) constitue une parfaite illustration des redoutables conséquences de ce désastre historique. 

    Voir le communiqué N° 22 du 11 novembre 2008

    OBAMA, le G20 de Sarkozy et l’Apothéose du Dollar

    Nouvelles visions américaines : communiqué N° 22 

    Les événements historiques du moment justifient la stupéfiante lucidité de Salvador Dali, désormais confirmé comme grand maître de l’Art divinatoire. A retenir 2 visions majeures, qui vont marquer le XXIe siècle : 

    1° Barack Obama : le rêve de Martin Luther King 

    En 1943, Dali a peint à New York une toile racoleuse intitulée «Poésie d’ Amérique». Les sportifs aux costumes multicolores et la bouteille de Coca Cola constituaient un clin d’œil à la culture américaine. Le peintre n’a jamais réussi à vendre cette œuvre kitsch, rebaptisée «Les Athlètes Cosmiques» et exposée en définitive au Teatro-Museo Dali de Figueras (Espagne). En 1996, l’œuvre reçut une première consécration prophétique, quand Atlanta est devenue ville olympique. Coca Cola (fixé à Atlanta), les athlètes aux membres synthétiques hypertrophiés, le tiroir-caisse planté dans les reins sont autant de symboles, qui correspondent aux J.O. d’Atlanta’96. Et puis, il y a ce basketteur noir, qui s’élance pour saisir une balle en forme d’œuf. La tour de l’horloge dressée en haut de la toile est parée d’une carte d’Afrique froissée. Les signes sont clairs. 


    Poésie d’Amérique (Dali, 1943) 

    En fait, le signal concerne la communauté afro-américaine et les conflits raciaux, dont Atlanta est le symbole. Martin Luther King y est né et enterré. Dali a sculpté son buste. Le célèbre pasteur noir, prix Nobel de la Paix, avait lancé en 1963 à Washington (!) son retentissant discours «I have a dream» (je fais un rêve !) dans l’esprit d’une Amérique fraternelle. Martin Luther King a été assassiné à Memphis le4.4.1968. 

    40 années après, Barack Obama réalise le rêve de Martin Luther King en devenant le 44e président des USA Les signaux sont éloquents. L’Histoire des Etats-Unis a fait un bond. Les visions afro-américaines de Dali se concrétisent sous nos yeux I Oui, mais quelles seront les conséquences de cette incroyable révolution ? 

    2° L’Apothéose du Dollar : les conséquences du chaos financier 

    Pour Barack Obama, les vrais problèmes vont commencer le 20 janvier 2009. Le 44e président des Etats-Unis devra s’attaquer à des problèmes d’une extrême gravité : la crise bancaire, les 2 guerres (Irak et Afghanistan), la sauvegarde de la planète, etc. Obama va hérité du chaos financier de Bush. La relance de l’économie constitue un objectif prioritaire. Samedi prochain, 15 novembre, une réunion du G20 aura lieu à Washington à la demande de Nicolas Sarkozy, président en exercice de l’Union Européenne. Il s’agit de changer la règle du jeu et de refonder le capitalisme financier planétaire. Vaste programme. Dominique Strauss-Kahn, directeur du Front monétaire international (FMI), exclut l’idée d’un nouveau Bretton Woods. Le président élu Obama ne participera même pas au G20 de Washington. Et l’Europe ira avec un «mandat informel», conclu à Bruxelles sur fond de divergences franco-allemandes. Que peut donner ce sommet improvisé face aux menaces persistantes de l’effondrement du système capitaliste occidental ? 

    Salvador Dali connaissait la réponse. Il l’a illustrée dans son redoutable scénario du futur. Le tableau monumental «L’Apothéose du Dollar» (Dali, 1965) diffuse des indi-cations prémonitoires très concrètes. On y découvre les 2 guerres d’Irak, menées en 1991 et 2003 par le clan Bush autour des tuyaux de pétrole pendulants. L’œuvre met en scène plusieurs figures emblématiques, dont Goethe, grande figure allemande, et l’ artiste franco-américain Marcel Duchamp, maquillé en Louis XIV. Il représente Nicolas Sarkozy. Au fond apparaissent des femmes érotisées, placées sur un piédestal. En première ligne, on découvre Gala et Béatrice de Dante. La «Divine Comédie» donne les clefs du grand chambardement dantesque qui se prépare. La sortie du trou financier causé par d’arrogantes élites économiques et politiques, responsables d’un système corrompu, relève de l’utopie ! Oracle de Dali : conformément aux volontés divines, les Femmes nous mèneront plus tard vers les horizons nouveaux d’un nouvel art de vivre autrement. 

     
    L’auteur Erasmy avec Antonio Pitxot devant «l’Apothéose du Dollar» de Dali 

     

     

     

     

    1. Qual é o ponto?
      Você acredita?
      Parece aquele papo de sincronicidade do colega do blog especialista em semiótica… Entendo o argumento, mas falta consistência. Os textos do Wilson ao menos tem fundamento, esses aqui se perdem na tralha ocultista… Parece texto de seguidor da Blavatsky… Não entendi a relação com Marx.

        1. De boa na lagoa, não achei ofensivo
          Fiz referência ao texto que o Alexandre postou…
          O texto afirma que Salvador Dali preveu o colapso financeiro relacionado ao dólar e a eleição de Obama. Entendo correlações entre vida e arte, conexões, até sincronicidades, mas sustentar dom premonitório de artista é forçar a barra no melhor estilo ocultista…

  2. livros sagrados, discípulos e interpretações

    e não gosto de brasil debate, que tá infestando o blog. O artigo acima é uma bobagem. Errático também é pra chama  atençaõ? Só não consegui esconder essa p… de f, t, g+in, correio, na lateral, em que pesem as explicações de irmã ou parente do Nassif lá no fora de pauta. Vivam as iconoclastias, os revisionismos, as atualizações.

    Tô numa recaída, orai, irmãos.

  3. Parece ser o “quarto tipo” de

    Parece ser o “quarto tipo” de marxismo.

    Sim, pois há outros três: o do Marx, o dos “marxistas”, o dos “anti-marxistas” e…. O daqueles que ouviram falar de marx e repetem “erraticamente”.

    Eu, que nunca fui marxista (nem “antimarxista”), e muito menos comunista, insisto: Falar de “erros” de Marx dá audiência.

    Mas o principal acerto, a principal contribuição é pouco considerada, principalmente entre setores “da esquerda” revolucionária (com a direita boçal o diálogo é infrutífero).

    Marx sempre elogiou, elogiou o capitalismo em um aspecto: o incremento das forças produtivas.

    Depois de toda leitura – e elogio – que ele fez sobre a economia política clássica enfatizando a divisão do trabalho (Smith) e a renda diferencial da terra (Ricardo) e do aumento de produtividade, ele acrescenta que a principal instituição das modernas sociedades capitalistas foi a criação de um “mercado de trabalho”. Entre aspas porque na verdade o “trabalho” é uma mercadoria “fictícia”. O que se vende, de fato, não trabalho, mas força de trabalho.

    Toda sociedade humana se depara com dois probllemas fundamentais. Na interação com a natureza precisa definir o que, como e quanto produzir (Samuelson, bom leitor de Marx, entendeu isso).

    Outro problema é a distribuição do resultado dessa produção.

    Tudo é defindo socialmente.

    Com a instituição de um “mercado” de força de trabalho, supostamente “livre” (pois quem não dispõe de mais nada além dessa força de trabalho não é “livre”), aqueles que são “sim” proprietários levam vantagem sobre os que são “não” proprietários”.

    Essa é a estrutura (lógica) fundamental das sociedades modernas, portanto; uma estrutura desigual; e, no limite, contraditória.

    No processo de distribuição dos resultados da produçao os tarbalhadores saem “perdendo”. Essa é a mais famosa conclusão de Marx, pois os trabalhadores produzem de fato mais do que ganham. Isso era “justificado” como o salário do administrador. ÉE de se notar que com a difusão das sociedades anônimas a coisa muda.

    E é aí que entra a suprestrutura juridico política (ideológica) para garantir este estado de desigualdae estrutural. No contrato de trabalho por tempo indeterminado o proprietário da força de trabalho nao vende “trabalho” propriammente dito, repetindo. Ele vende o tempo de uso de sua força de trabalho e a submete ao poder de direção, disciplina e controle do empregador. É aí que reside a disputa pelo valor.

    Todo esforço de calculo que ele faz pode ser compreendido por meio de um pequeno exercicio de compreensão. Imaginem se um dono de suprmercado cobrasse um preço fixo pela entrada em sua loja; e durante esse tempo “determinado” cadda um puudesse recolher o tanto de mercadoria que conseguisse.

    Como ironicamente Claus Offe apõe: cuum suique.

    A questão atual – e desde a década de 70 que se discute isso (Offe e Habermas) – é que a disputa não está mais no “chão de fábrica”. A arena de disputa está nos or-ça-men-tos; nos fundos públicos.

    Não é á toa que é à partir da década de 70 as ideologias antissociais se insurgem furiosamente. Afinal o Estado  (desde 30, é certo, mas que se ampliou muito no posguerra) entrara no circuito de distribuiçao por meio das políticas que caracterizaram o estado de bem estar social.

    1. Artigo Revolucionário

      Artigo Revolucionário originalmente publicado no Jornal Opinião Popular, o jornal do POVO.

      Marx nos ensina, e todos sabem, que toda a fonte de valor é o trabalho. Ou seja, se uma pessoa achar por acaso numa caverna um pedaço de ouro, ele não terá valor, porque não tem trabalho algum agregado. Inversamente, se um sujeito passar 30 anos cavando um buraco, será um buraco incrivelmente caro, porque tem MUITO trabalho agregado. Não creio que haja dúvidas quanto a isso. Só cães raivosos da burguesia ousariam negar tão óbvio princípio.

      Todos sabem também que o lucro da burguesia é ROUBADO dos trabalhadores, a quem só sobra o suficiente para a subsistência. Os trabalhadores produzem tudo, mas só recebem parte do que produzem, enquanto a burguesia vilmente se locupleta. Essa é a mais-valia, o trabalho não pago do proletário.

      Bom, essa é a situação de lucro. Mas há uma situação inversa. Digamos que os empresários num certo país são muito burros. Se eles forem muito burros, só farão investimentos errados que acarretarão sempre em prejuízo. Porém os trabalhadores continuarão a receber o salário integral, mesmo que o empregador incorra em prejuízo.

      Essa situação excepcional é a MENOS-VALIA, onde os trabalhadores recebem MAIS do que produziram.

      Nesse país onde os empresários são idiotas, portanto, não há a exploração dos proletários pelos burgueses, mas dos burgueses pelos proletários. Então, à medida que os burgueses fazem investimentos errados e são explorados pelos seus próprios empregados, sua consciência de classe desperta e os patrões começam a se organizar para fazer a revolução capitalista.

      Então, a primeira pergunta que os comunistas e demais pessoas preocupadas com o bem-estar do próximo devem fazer é: será que os empresários do meu país são burros ou inteligentes? Se são burros, haverá a revolução capitalista e tudo será triste. Porém, se são inteligentes, haverá a revolução socialista e tudo será lindo.

      Pois eis que chegamos à conclusão óbvia, que o leitor provavelmente já auferiu à esta altura: para que tenhamos empresários inteligentes, o governo precisa investir em educação. Se não houver investimentos em educação, todos serão estúpidos e não saberão fazer projeções de mercado, os empregados não serão explorados e não haverá a conscientização do proletariado nem a revolução comunista.

      http://www.vanguardapopular.com.br/portal/comentario-popular/81-a-menos-valia

      1. “Marx nos ensina, e todos

        “Marx nos ensina, e todos sabem, que toda a fonte de valor é o trabalho. Ou seja, se uma pessoa achar por acaso numa caverna um pedaço de ouro, ele não terá valor, porque não tem trabalho algum agregado.”

        Quanta ignorância.

        O valor de uma mercadoria é dado pelo trabalho social necessário médio empregado em sua produção.

        Uma pepeita de ouro achada por acaso tem o mesmo valor que uma pepita escavada num longo processo de mineração. O que conta é a média. Em média, leva um tempo enorme para achar uma pepita de ouro.

        Se todo mundo começar a achar ouro o tempo todo, o valor do ouro vai diminuir muito.

        Quer ser anti-marxista, seja.

        Mas não zurre, por que isso diz mais sobre você do que sobre Marx.

        1. Daqui a pouco se continuar

          Daqui a pouco se continuar vai chegar a revolução marginalis.

          Eu pintei um quadro ele é o unico no mundo portanto raro, foi empregado muito trabalho social, será que posso vender por 2 milhões pro Renato Duque.

           

      2. Para se criticar um autor deve se ler o próprio…

        Se você quer criticar MArx aconselho sentar o bumbum na cadeira e dedicar tempo a estudar o autor ao invés de citar panfletos catados na iternet. Se você se dedicar ao estudo de quem você pretende criticar vai verificar que:

        1)  Marx nunca afirmou que a mais-valia é um roubo. Essa ideia é de que a propriedade é um roubo é de Prouhdon, que Marx criticava por ser um ponto de vista ‘moralista pequeno burguês'(de classe média nos termos de hoje). Trabalhadores não vendem trabalho, mas capacidade de trabalhar durante um determinado tempo, a força de trabalho. A mais valia não é resultado do pagamento da força de trabalho abaixo do seu valor – ou seja de um ‘roubo’ – mas do consumo da força de trabalho, do seu valor de uso (que é trabalho e portanto produz valor).  Da mesma forma que quem comprou uma televisão ou um carro pode usá-lo o tempo que quiser – de acordo com as regras da propriedade privada e sem ‘roubar’ quem vendeu a mercadoria – o capitalista pode usar a força de trabalho independente do tempo que é necessário para o trabalhador reproduzir o valor da força de trabalho. A mais-valia é um resultado da produção de mercadorias e da propriedade privada e não da violação dela, ou seja, de um roubo.

        2)A mais-valia independe de quanto o trabalhador ganha, se é maior do que ou igual ao minimo para a sobrevivência. Marx, ao contrário de Malthus, nunca afirmou que os salário são fixos no nivel de sobrevivência, mas que o minimo para a subsistência é variável historicamente  e portanto pode estar acima do minimo de sobrevivência. Se a produtividade aumenta, o que é tendência da produçao capitalista empiricamente provada, os salários reais podem aumentar e também a mais-valia, pois o valor das mercadorias diminui. Não é necessário que os trabalhadores estejam reduzidos a miséria para serem explorados, isto é, para que parte do seu trabalho seja apropriado por outros.

        2) Se capitalistas fazem investimentos ruins a mais-valia produzida pelos trabalhadores que eles empregam é apropriada por outros capitalistas que tem maior produtividade e fazem investimentos ‘bons’; daí a tendência a centralização do capital, também empiricamente provada. Se a média dos capitalistas de um país fazem investimentos ‘ruins’ ela vai para os capitalistas de paises que fazem investimentos ‘bons’. A concorrência no mercado não produz valor, mas redistribui através da venda ao mesmo preço de produtos produzidos em condições de produtividade diferente.

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