Os coxinhas das periferias, por Willian Novaes

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Por Willian Novaes

A periferia de São Paulo anda cada vez mais conservadora. A nova geração incorporou de vez o elitismo dos “quatrocentões paulistanos” do outro lado da ponte. Ignorância, racismo, preconceito contra favelados, nordestinos e outros predicados.

A maioria deve acreditar que toda periferia é um amontoado de favelas. Onde pobres e pretos vivem e são constantemente mortos pela Polícia Militar. Por outro lado, todos são eleitores do PT e que vivem em harmonia com os seus vizinhos. Sem preconceito. Mas não, dentro dos bairros periféricos ou favelas existem subdivisões de classes. Isso, claro, na cabeça dos seus moradores.

Muitos se orgulham de morar no Jardim tal ou na rua X. Mesmo que na rua ao lado tenha uma das maiores favelas precárias da cidade ou uma boca de fumo na sua esquina. O mesmo ocorre dentro da comunidade. Residir na rua principal do comércio pode se transformar numa barreira social na cabeça e na vida dos seus próprios moradores. 

Esse é um fato observado em pesquisas diárias. Por poder conviver com pessoas que moram em diversos bairros periféricos da cidade e com outras nos bairros mais elitistas do mesmo município. Observo  o intenso debate político que tomou conta do país. As “verdades” apareceram e os xingamentos na mesma proporção..

O maior e mais reacionário preconceito, principalmente contra Lula e o governo petistas, vem dos “ricos” da periferia. Por incrível que pareça, eles que acompanharam de perto a ascensão social das classes mais pobres, ou seja, os seus vizinhos de rua ou viela.

Essa turma, na maioria das vezes, é  herdeira de um ex-assalariado e – provavelmente – um atual aposentado, que infelizmente viu a sua renda familiar desabar. Pessoas que  não souberam aproveitar o boom de desenvolvimento que o país teve nos últimos 15 anos. E que não foram beneficiadas com os programas governamentais, pois não se aceitavam como pobres e não eram ricos para surfar no mercado financeiro ou na construção de alguma empresa. 

A redução do rendimento familiar ocorreu porque o mercado de trabalho não precisava de pessoas bem intencionadas, mas sem qualificação, como aconteceu com os seus pais e avós. Por outro lado, os seus vizinhos que eram miseráveis aumentaram o seu poder aquisitivo, já que o patamar era bem mais baixo, e hoje formam  a nova classe média baixa.

Com a queda no rendimento  as grandes casas nas vilas ricas dos fundões da cidade ficaram sem as tradicionais reformas anuais (não sobrou $$$ para a tinta, nem para o novo portão e muito menos para o carro zero). Por outro lado, os favelados, agora, também têm bons sobrados e um carro zero (popular) na garagem. “Claro eles não pagam impostos e ainda recebem dinheiro do governo”, visões claramente preconceituosas e deturpadas. Houve uma nova distribuição de renda no país. E uma grande parcela da sociedade se esforça para não entender esse fenômeno econômico social, atitude motivada por diversos fatores.

Os “quatrocentões das periferias” ainda moram nas comunidades por um único motivo:   seus pais ou avós foram migrantes nordestinos ou imigrantes refugiados de alguma guerra. Ambos chegaram a São Paulo miseráveis, fizeram algum dinheiro trabalhando, uma parte ficou rica e foi embora da “quebrada”, mas quem ficou não teve sucesso empresarial no mesmo calibre, mas conseguiu dar um  conforto bem maior para os seus filhos e netos, os atuais disseminadores do ódio.

O preconceito de classe no Brasil precisa atualizar o conceito Casa Grande e Senzala. Esse novo fenômeno ainda é pouco  abordado pelos cientistas sociais e precisa ser desmascarado. O pobre da periferia acredita em subdivisões. Provavelmente, como os grand petistas acreditavam que seriam aceitos nos clubes fechados da elite brasileira. 

As atuais manifestações mostram com clareza esse novo modelo de  divisão do país. Para essas pessoas com visão elitista – que por incrível que pareça são completamente ignoradas pela real elite – o pobre merece ser mais pobre. Eles se consideram “coxinhas” e acreditam que quem é a favor do governo Dilma é ignorante e um mero comedor de mortadela. Esse é um fato que só pode existir no país da Jabuticaba e da palavra Saudade.

Mostrei para um amigo rico e colecionador de artes algumas mensagens de um grupo da zona norte, extrema periferia da capital paulista, que não se reconhecem como moradores da mesma, mas sim do Jardim X. A reação dele foi surpreendente e, após alguns segundos de leitura, com um sorriso no rosto ele disse “essa é a revolução dos desinformados, essa turma jamais vai frequentar a Casa Grande”.

Enfim, o analfabetismo político, claramente, é um dos motivos, mas os pesquisadores precisam nos trazer outros fatores porque é muita esquizofrenia social para um povo só.

*Jornalista e editor da Geração Editorial.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

32 Comentários

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  1. crachá

    Existe uma faixa da população que de ridícula torna-se engraçada.

    O que dizer do faxineiro do meu prédio que colocou no peito o crachá de coxinha?

    E tome discurso de direita, anti pobre? contra preto, contra pe tra lha.

    Ele se sente com isso participante da elite? recita a veja de cór e invariavelmente, alinhado com o pensamento dos marinhos, comenta os jornais da globobo .

    Gente fina!

  2. É  verdade. Um povo cheio de

    É  verdade. Um povo cheio de divisões e subdivisões fazendo o jogo da elite. Dividir para dominar. Dentro de cada classe tem suas divisões e subdivisões.  Exste na propria classe media que vive de aparências, de ostentar o ter. Por isso o país esta como está. Por isso o Brasil é o que é. Incompativel com a democracia. Vivenciando em sua historia golpes em cima de golpes. Não tem paz NUNCA. Mino Carta em recente declaração resolveu  mudar sua afirmação de que vivemos na idade media, constatando que o Brasil na realidade  vive é na idade da pedra. É a mais pura verdade. Corremos o risco de sermos o tumulo da democracia, o tumulo  da civilização.  Por culpa do PiG, da globo, do ódio, do preconceito, do ressentimento, da mágoa, etc. Só pode ser obra do DIABO.

  3. essas ondas de sentimentos

    essas ondas de sentimentos adversos ao campo

    populasr são motivados pela repercussão dos assassinaros

    de reputações efetivados diuturnamente pela grande mídia golpista…

    podem buscar inúmeras explicações sociológicas, mas esta deve ser a pincipal…

    enquanto o campo popular não resolver esra questão

    vai sofrer golpes sucessivos que macularam sempre a história brasileira….

     

  4.     Esse pessoal, como eu

        Esse pessoal, como eu deve estar frustrado com a esquerda…  que dizia lutar contra corrupção, mas fez paulo maluf  parecer um reles trombadinha…  que criticava o voto de cabresto mas transformou os programas sociais em pura fonte de clientelismo  e não de solução da pobreza, que não fez nada para acabar com a maior fonte de desigualdade social: o déficit publico onde os rentistas e banqueiros fazem fortuna… que quando assumiram o poder pareciam uma praga de gafanhotos, destruindo bancos públicos, estatais e fundos de pensão e finalmente… que dizia lutar pela democracia mas flerta com ditadores bolivarianos e cubanos…

  5. E os batalhadores do Datapopular?

    O texto explica o comportamento dos mais remediados tradicionais nestas regiões, mas o conservadorismo também ganhou força nas classes ascendentes, como chamou este grupo de Batalhadores o Datapopular. É interessante ler a reportagem da Agência Pública sobre a gênese de grupos como MBL, Revoltados online que ganha corações no que se chama nova classe média. Portanto se já tínhamos os conservadores tradicionais da periferia, agora temos os novos conservadores da periferia também…

  6. Hierarquias

    Males do capitalismo. Assim como é simplesmente impossível evitar que a iniciativa privada interfira nas decisões de governo a seu próprio favor, ou seja, é praticamente impossível evitar a corrupção em países que admitem o modo de produção capitalista, da mesma forma é praticamente impossível evitar que aos cidadãos entorpecidos pela propaganda comercial sejam minimamente solidários: “Serei VIP. Sou VIP!”

    Até em ajuntamentos de mendigos sob as pontes há os mendigos VIP e os inferiores.

    Infelizmente não vejo como reverter essa característica, que faça a solidariedade ser sinceramente mais elogiável do que o “umbiguismo”, reverter essa cultura, esse modo de viver…

     

    * – Imagine que um Marinho vai se submeter a qualquer governo sem interferir, que uma Chevron conforme-se em acatar ordem proposta por estados e ainda mais por um estado, em sua visão, “inferior” como o brasileiro… se nem a ordem proposta por estados “superiores” como o dos EUA, sua própria pátria, é acatada…

  7. Ignorantes são os outros….

    O tempo …. ah… o tempo!

    Quando a periferia (das grandes cidades e do país) começou a votar em massa na esquerda e levou Lula a presidência que dizia a direita (os derrotados)?

    – A massa votou por ignorância nesses despreparados….

    Agora quando parte da massa retira o apoio a essa esquerda como são classificados?

    – Ignorantes!

    Talvez tenham sido sempre… ou talvez tenham querido alguém que representasse mudança e não mais do mesmo (manipulação do povo) embora em outro sentido.

     

    1. Nao é bem assim

      Como egresso da periferia e pertencente dessa classe que se acha abastada na “quebrada” (só que em Nova Iguaçu-RJ), posso dizer com propriedade que esse pessoal jamais apoiou o PT, talvez em 2002, mas no geral sempre foram contra o PT, contra os movimentos sindicais. Leitores e telespectadores do PIG, sempre repetiram o discurso da direita. É sempre bom lembrar da célebre frase do Tim Maia que dizia que no Brasil pobre era de direita (porque ouve, assiste e lê o pig). Mas é aquilo, num universo de 200 milhoes de pessoas cabe muita coisa, ainda mais com a universalizaçao da internet e a chegada das novas geraçoes que passam a léguas de distância dessa midias arcaicas…

  8. Quanto preconceito …

    O autor faz uma tremenda generalização tosca, ao afirmar que os que estão contra o governo Dilma são os que “não souberam aproveitar o boom de desenvolvimento”, o que está longe de ser verdade – basta ver os vários usuários de programas sociais ampliados nos últimos anos (ProUni, por exemplo) que são contra o governo do PT. Também acho curioso que ele admita que houve uma parcela da população que saiu da miséria antes dos governos dos últimos anos (algo que não aparece nos discursos que falam dos “500 anos de exploração” pré-Lula) – falo isso por experiência própria, já que sou um filho de empregada doméstica, afrodescendente, que entrou para a universidade pública em 1992, mais de 10 anos antes do Lula chegar ao poder.

    Também entendo que o uso da expressão “elitismo” é mais para jogar para a torcida. O que a esquerda não gosta e não quer admitir é que o povo brasileiro é majoritariamente conservador, tanto em aspectos econômicos como sociais. O programa Bolsa Família é altamente popular com seus beneficiários, mas tem péssima fama com o resto da população (injustificadamente, mas enfim …). Não vai ser desprezando essa parcela significativa da população e tachando-os de “analfabetos políticos” que se vai mudar a opinião pública no Brasil. É um trabalho de convencimento e argumentação, que obviamente o discurso de “nós contra eles” não ajuda em nada a ser feito.

  9. alie-nação

    A alie-nação brasileira atual da citada periferia se deve em grande parte da covardia e da prepotência do PT,  que acreditou que a mídia – Globo – iria se render ao poder petista. O PT nunca se preocupou em politizar a população mais marginalizada e a mais beneficiada pelos programas do seu governo. Nada, nadinha… o partido confiava apenas no talento comunicativo de Lula nas campanhas milionárias em cada eleição. Taí a tragédia em que vivemos.

    1. Não diria politizar

      Porque isto fica parecendo cooptar ou , como os crentes fazem, converter. Faltou mesmo foi educação voltada para a cidadania, formar massa critica para as pessoas serem capazes de compreender nas entrelinhas, se dar conta da manipulação . É muito alem de se ligar no partido A , B ou C

  10. O opressor não seria tão
    O opressor não seria tão forte se não tivesse cúmplices entre os próprios oprimidos (Simone de Beauvoir). Agora, essa cumplicidade é consciente? A periferia sabe que, se não for como serviçal (e com banheiro separado), JAMAIS será aceita nem na varanda da Casa Grande. Uma periferia reacionária talvez seja o fruto mais evidente do oligopólio midiático golpista e de direita, que derruba ministro, que convoca passeata, que premia juízes, e, ao mesmo tempo, da inércia do governo Dilma em se comunicar com a população, uma comunicação deficiente, que no ano novo dá entrevista à Folha, que cozinha omelete na Ana Maria Braga, e que no máximo solta notinhas à imprensa cada vez que esta surge com um novo sensacionalismo. 

  11. Minha impressao

    Como egresso dessa “elite” da periferia, posso relatar que o que eu vi. Salvo raríssimas excessoes, esse pessoal sempre foi de direita, sempre votaram contra o PT. Sempre chamaram o Lula de vagabundo e o pessoal de movimentos sindicais de preguiçosos. Para eles, movimentos como MST, MTST etc. sao abomináveis. Entao, nao acho que essa radicalizacao seja fruto de uma desiluzao com o PT, mas sim, de uma leitura acrítica do PIG, por, pelo menos, 50 anos…

  12. Moro na periferia, digamos na

    Moro na periferia, digamos na parte “melhor” do bairro, mas convivo com as pessoas dos locais mais humlides. Rico ou classe média alta malhando PT, Lula, Dilma, etc é normal; duro é ouvir pé rapado chamando Lula de ladrão, dizendo que ele tem que ser preso, tratando moro como heroi… Ridículo é encontrar em ônibus gente com camiseta pirata da CBF voltando da micareta fascista. Tudo isto é em grande parte fruto atuação da mídia, o que reforça minha visão de que ela tem que ser combatida como inimigo número 1 do Brasil. Não tenho mais respeito por estes pés rapados, defendo a democracia, defendo um projeto de país, mas estou pouco me lixando para este povo burro. Se o golpe vingar e a direita conseguir implantar todos os seus projetos anti-sociais, vou achar até muito bem feito pra estes bocós.

  13. O artigo retrata bem o que

    O artigo retrata bem o que pode ser constatado no interior do estado de São Paulo. Transito entre a Região Metropolitana de Campinas e na da Baixada Santista. O cenário é o mesmo: coxinhice entre os moradores da periferia. Santos que já foi chamada de “a Moscou brasileira”, hoje é um reduto do que há de mais retrógrado do PSDB. Campinas é a terra de Carlos Sampaio e Jonas Donizette.

    Outro fator que contribui e muito para a coxinhice na periferia é a fortíssima penetração das igrejas neopentecostais, cujo discurso político é de extrema direita. Ninho de figuras como o inacreditável Silas Malafaia, Marcos Feliciano, Pastor Everaldo, Edir Macedo e outros energúmenos do mesmo pensamento imbecilizante.

    As redes de TV abertas, lideradas pela Globo, além do discurso anti Brasil, criam nas mentes pouco esclarecidas a noção de que ascenderam por esforço próprio ou por participarem das “campanhas de libertação dos demônios”, as “campanhas de sete sexta-feiras” e outras assim.

    Por outro lado, o PT e os partidos de esquerda não souberam ou não quiseram fazer a formação política dos beneficiários dos programas sociais. Preferiram (PT) acreditar que seriam aceitos nos salões da Casa Grande ou (PSOL, PCB, PDT), ficar reforçando o discurso da direita, na disputa pelo espaço conquistado pelo PT. O PSB, via Eduardo Campos e o atual vice governador de São Paulo, debandou definitivamente para a direita. Marina Silva, com sua Rede Itaú/Natura, com discurso inconclusivo, apenas semeou a desinformação e a discórdia, como se vê no momento quando a Marina ora sugere o apoio ao golpe, ora se diz contrária.

    Esses, em minhas observações, são alguns fatores a serem levados em conta na existência dos coxinhas de periferia.

    1. concordo com voce.

      Dirval, acho que o post e o seu comentario estão corretos.

      Até a pouco tempo a traz trabalhei numa empresas e a maiorias mesmo os mais pobres se tornaram conservadores, coxinhas.

      Gente que mora em Itaquera e Taboão com preconceito de quem precisa receber o bolsa familia. Preconceito que entra via cotas. Todo o tipo de preconceito. Se ssasse media alta branca ainda entendo. Mas não era o caso. Negros ou caso todos negros ( alguns evangelicos) com preconceitos. Todos têm um ponto em comum. Veêm a Globo.

      Triste!

       

       

       

  14. A maioria que se omite e os

    A maioria que se omite e os desvisados que são beneficiados pelas políticas deste governo não se importam eu que não vou ficar me desgastando, vão aprender da pior maneira…..infelizmente

     

  15. ideologia não resite a barriga vazia.

    Não é pregar o quanto pior melhor, apenas constatar um fato: quando as condições materiais se igualarem a ideologia vai para o ralo. E certamente estamos caminhado para isso, ainda mais se a ‘Ponte para o Futuro” do PMDB que caminha célere para o governo for implementada.

  16. O conceito de periferia em SP é bastante singular…

    O padrão de vida nas regiões centrais da cidade de São Paulo é surreal. Coisa de rico mesmo, salvo algumas exceções, como locais de invasões, tráfico e prostituição.

    Muita gente que vive em casas ou apartamentos de bairros distantes, esquecidos pela prefeitura e estrangulados por poucas opções de deslocamento, tem renda suficiente pra morar em bairros privilegiados de cidades médias.

    Resumidamente, a bronca dos “coxinhas” dos bairros estritamente médios de São Paulo é ter uma renda média superior a 60%, 70%, 80% do resto do mundo, mas ter que morar perto de uma favela / invasão / boca de fumo / cohab / esgoto a céu aberto / prostíbulo, com grande incidência de roubos / furtos / homicídios / latrocínios / estupros, e ao mesmo tempo longe de metrô / trem / vias de trânsito rápido / lazer / comércio gourmet etc.

    Isso provoca um sentimento de frustração que se manifesta como ódio de classe e raça.

    Tudo por causa da falta de espaço e de planejamento urbano.

    Eles merecem cada governante que ajudaram a eleger só pelas aparências, e que viraram-lhes as costas.

  17. Serão os primeiros arrependidos do Golpe

    Mas aí será tarde. Só vão entender o que está acontecendo quando chegarem as reformas minimalistas da Previdência, do Direitos dos Trabalhadores, os desempregados das privatizações etc. A culpa é do governo federal, que cuidou da inserção econômica, mas deixou de investir em cursos de Cidadania na escola. Gerou pequeno-burqueses com a inteligência de coxinhas. Mas como fazer algo, sob bombardeio diário do Poder Midiático? Também fica difícil cobrar mudar em 14 anos uma tradição excravocrata colonial de 502.

  18. Interessante que há uns meses

    Interessante que há uns meses eu vi um gráfico dos ciclos econômicos do Brasil, mostrando que estamos numa espécie de loop, repetindo as mesmas ações sempre. E com esse texto agora, isso fica mais claro ainda. Também percebo que a nossa classe média ascendente carece de conhecimento histórico-político para entender todo esse processo vicioso. Fora que acho que, por conta do sistema de escravidão, que ainda está impregnado no nosso subconsciente, existe uma espécie da relação masoquista com a chamada Casa Grande, havendo uma espécie de admiração mesclada com raiva. A Casa Grande é o sonho da classe média baixa atual, esta que nunca usufruirá do status daquela.

  19. Só faltou dizer que o petismo rotulatório realimenta o Anti-PT

    O Post-Título acima pra variar diz q analfabeto político são sempre os outros,coxinhas e adjetivos engraçados.”Esquece q o anti petismo foi/é realimentado pela DN-PT,e rotuladores ligeiros.[Não é caso de citar mil acertos do PT ].Em TODA a trajetória desde q surgiu(puro,sem se misturar em alianças,nem sob mil condições pra se aliar),fez o culto despolitizante stalinista à perso nalidade,e o mantra da “crítica-e-autocrítica” e o “centralismo democrático” cometidos p/partidos comunistas(q tiveram e têm va lor);afastou lideranças no campo progressista(me vem amostra recente Ciro Gomes,e o jogo sujo fomentado: “um novo Collor”; as expulsões;a censura a Erundina p/participar do gov.Itamar;não assinar a Constituição burguesa,a tragédia de Lula no discur so de ontem.A coisa seria outra e mais bem aceita se houvesse a coragem de assumir erros humanos,e encarar de pé e de fren te [p.ex,a nem tão nebulosa história do sítio, triplex e os laços pouco recomendáveis. Já bastou a AP470, não aprendeu ].

  20. o abandono politico dos bairros

    Quando os valores da emancipaçao é nivel de consumo, compras de coisas para impressionar aos vizinhos,

    achar que o poder da felicidade vem do bolso, falar o tempotodo contra os politicos mas jamais se organizar

    para cobrar aos “representantes do povo”  o  resultado é pobre querendo passar por amigo da CASA GRANDE.

     

    Saindo desta merda  temos que dar a virada da cidadaia para profundar a DEMOCRACIA com Participaçao Popular!!

  21. Assalariados, somos todos trabalhadores.

    O CAPETAlismo quer o meu e o seu sangue… enfim, de todos que vivem de T-R-A-B-A-L-H-O, bem ou mal remunerado! Acordem…. todos somos iguais! Pouquíssimos, pouquíssimos mesmo são aqueles que não vivem de receber valores mensalmente divididos na forma de salário. Dependemos de bons governantes, leis trabalhistas, seguro social, paz para termos saúde e energia para desempenharmos nossas atividades diárias e curtir nossas férias. Uma lata maior ou uma lata mais velha pra se locomover e tantos outros penduricalhos não significam muita coisa. Leitura, muita leitura e aulas de cidadania nas escolas. Por uma educação humanista e menos conteudista para a construção de uma sociedade menos hipócrita. Como dizia minha avó: você já viu algum caminhão de mudança acompanhando enterro?

  22. O pior feitor é o antigo escravo.

    Sem o questionamento e a mudança de valores, essa história há de se repetir indefinidamente. Na ideologia capitalista é impossível a solução dessa questão. Não se compra um carro por ser eficiente, barato e que cumpra apenas as funções próprias de um meio de transporte. Adquire-se status, algo como uma espécie de mais-valia pessoal. Pode ser um automóvel importado e do mais alto luxo, ou pode ser mesmo um fusca, mas tem de ser mais bonito do que o do meu vizinho. Nesta perspectiva, vários dos problemas e conflitos que vivemos, até mesmo o bullyng, são compreendidos. Somente a educação é capaz de transformar essa realidade. Educação que estimule mais a camaradagem, e menos a competição e a tão falada meritocracia; que tem o seu lugar, mas que seja num patamar bem abaixo do companheirismo e da fraternidade. O capitalismo estimula e reforça o que temos de pior e de mais mesquinho, imaturo, egocêntrico e infantil. Vi, por acaso, um dia desses um post em um blog sobre uma instituição onde existe uma educação assim, onde a utopia é possível. Aqui o link: http://opsicoanarco.blogspot.com.br/2015/06/salao-do-encontro.html

    No Mais, NÃO VAI TER GOLPE, porque com a quadrilha que vai tomar de vez o poder, uma educação desse nível será impossível.

        

  23. Os coxinhas das periferias, por Willian Novaes

    No  auge dos meus 18,20 anos eu acreditava nesse ciclo…e junto com outros milhões elegemos um “operário” que irira mudar o país…hoje não acredito mais…no resto do mundo,esse ciclo é o contrário,por quê no Brasil seria diferente?Sou mineiro e o estado há um “governo popular”,e a cada dia vemos coisas absurdas acontecendo como conselheiros de estatais recenedo quase 100 mil ao mês ou governador fretando aviões de empresas suspeitas para uso particular de seus familiares…hoje no país vemos o Estado se agiganta,espalha seus tentáculos e quer decidir como devemos educar nossos filhos e,pasmem,querendo decidir até o que podemos comer(a polêmica do sal na mesa de restaurante rsrsrsrsrs)…o que Direita e liberalismo defendem é a liberade do indivíduo,menos Estado interferindo em nossas vidas,menos Estado levando boa parte do nosso dinheiro com a desculpa esfarrapada de que vai investir em saúde,educação,etc…o que ela defende é a liberdade pra pessoa ir atrás da sua felicidade e não que um bando de burrocratas decida o que ela será ou fará com a SUA vida…por essas e outras fica fácil entender a causa do seu crescimento no meio dos “pobres”(ninguém é pobre,apenas passa por momentos de pobreza e dificuldades),que só precisam de uma oportunidade para crescer,enriquecer,prosperar,vejam aí nas periferias a quantidade de pessoas que na crise abriram seus negócios e se deram bem…liberdade ampla…e em um Estado socialista isso é simplesmente IMPOSSÍVEL!

  24. Os coxinhas das periferias, por Willian Novaes

    No  auge dos meus 18,20 anos eu acreditava nesse ciclo…e junto com outros milhões elegemos um “operário” que irira mudar o país…hoje não acredito mais…no resto do mundo,esse ciclo é o contrário,por quê no Brasil seria diferente?Sou mineiro e o estado há um “governo popular”,e a cada dia vemos coisas absurdas acontecendo como conselheiros de estatais recenedo quase 100 mil ao mês ou governador fretando aviões de empresas suspeitas para uso particular de seus familiares…hoje no país vemos o Estado se agiganta,espalha seus tentáculos e quer decidir como devemos educar nossos filhos e,pasmem,querendo decidir até o que podemos comer(a polêmica do sal na mesa de restaurante rsrsrsrsrs)…o que Direita e liberalismo defendem é a liberade do indivíduo,menos Estado interferindo em nossas vidas,menos Estado levando boa parte do nosso dinheiro com a desculpa esfarrapada de que vai investir em saúde,educação,etc…o que ela defende é a liberdade pra pessoa ir atrás da sua felicidade e não que um bando de burrocratas decida o que ela será ou fará com a SUA vida…por essas e outras fica fácil entender a causa do seu crescimento no meio dos “pobres”(ninguém é pobre,apenas passa por momentos de pobreza e dificuldades),que só precisam de uma oportunidade para crescer,enriquecer,prosperar,vejam aí nas periferias a quantidade de pessoas que na crise abriram seus negócios e se deram bem…liberdade ampla…e em um Estado socialista isso é simplesmente IMPOSSÍVEL!

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