Pilares do governo Temer estão condenados a desmoronar, por Laura Carvalho

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – A instabilidade política e conflitos entre os Poderes deixa às claras ao mercado financeiro que o impeachment foi forjado por líderes parlamentares como forma de impedir investigações. O cenário é de “desequilíbrio estrutural e uma rebananização do Brasil”, caracterizou Laura Carvalho, professora do Departamento de Economia da FEA-USP, em artigo à Folha de S. Paulo.
 
Os impactos políticos e institucionais veem interferindo diretamente na retomada da economia, sobretudo pela visão dos investidores no país. Como exemplo, a professora citou as imediatas ligações de gigantes do mercado a Tasso jereissati (PSDB-CE), recebidas após a Mesa do Senado não acatar decisão de afastamento de Renan por Marco Aurélio.
 
As razões para o cenário atual são o intuito de boa parte do sistema político de se salvar da Operação Lava Jato e outras investigações e os interesses da elite econômica sobre a crise, às custas da sociedade. “O que os sócios do poder insistem em não perceber é que os dois pilares que sustentam o governo Temer estão condenados a desmoronar, já que aprofundam o abismo entre o sistema político e a sociedade brasileira”, concluiu.
 
Diante disso, Carvalho defende que só as eleições diretas seriam capazes de colocar um fim à “turbulência” das instituições e da economia brasileira.
 
 
Por Laura Carvalho
 
 
Na Folha de S. Paulo
 
Em entrevista ao “Valor Econômico” no dia 18/11/2016, o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga assumiu uma posição realista sobre a falta de perspectivas de retomada da economia brasileira. “A tragédia da história é que o governo não tem condições políticas para entregar soluções imediatas. Essa é uma equação que não fecha”, lamentou.
 
Na terça-feira (6), após a decisão da mesa do Senado de desafiar a liminar do STF (Supremo Tribunal Federal) para manter Renan Calheiros na presidência, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) relatou que recebeu ligações de “gigantes do mercado perguntando se já não é hora de deixar o Brasil”.
 
O caos institucional e político parece mesmo estar eliminando o que restava de esperança na retomada da economia em 2017. Mesmo para os mais otimistas, começa a ficar claro que o impeachment forjado por um grupo de líderes parlamentares para “impedir a investigação de crimes por eles praticados” criou um desequilíbrio estrutural e uma rebananização do Brasil, para usar as palavras do ex-ministro do STF Joaquim Barbosa em sua entrevista a esta Folha em 1º/12.
 
No entanto, como ressaltou Barbosa, “a partir de um determinado momento, sob o pretexto de trazer estabilidade, a elite econômica passou a apoiar, aderiu”.
 
Pode-se considerar, portanto, que são duas as peças que levaram à formação do bloco responsável pelo caos atual. De um lado, o objetivo de boa parte do sistema político de salvar-se da Operação Lava Jato e outras investigações criminais. De outro, o desejo de boa parte da elite econômica do país de salvar-se dos custos da maior crise econômica da história recente, impondo-os sobre o restante da sociedade.
 
Michel Temer assume o governo com a condição de manter o bloco coeso, comprometendo-se tanto com a aprovação de reformas estruturais e a não elevação de impostos quanto com o estancamento da sangria causada pelas investigações. Poucos meses depois, com a crise econômica agravada e os sucessivos escândalos de corrupção envolvendo ministros e lideranças parlamentares, o bloco afastou qualquer possibilidade de contar com o respaldo da sociedade.
 
Na tentativa de salvá-lo da desintegração completa, o governo ainda tenta evitar a perda de apoio das elites econômicas garantindo-lhes a aprovação da PEC do Teto, de uma reforma da Previdência draconiana e de um conjunto de medidas de transferência de renda para o setor empresarial. O mote da negociação para a permanência de Renan na presidência do Senado baseou-se nos mesmos dois pilares: a sangria deve ser estancada para que as reformas sejam aprovadas.
 
O que os sócios do poder insistem em não perceber é que os dois pilares que sustentam o governo Temer estão condenados a desmoronar, já que aprofundam o abismo entre o sistema político e a sociedade brasileira. A opinião pública levanta-se tanto contra o salvamento dos políticos investigados quanto contra a aprovação de reformas antidemocráticas.
 
Só mesmo eleições diretas dariam fim à turbulência e à suspeição sobre as instituições brasileiras.
 
A solução para a instabilidade política, institucional e econômica que se aprofunda desde o impeachment deve apear do poder os que querem apenas salvar-se das investigações e abrir mão de aprovar reformas sem um amplo debate com a sociedade. Resta saber se, dessa vez, as elites econômicas do país estarão dispostas a pagar algum preço pela democracia. 

 

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

12 Comentários

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  1. Mesmo que desmorone a conta

    Mesmo que desmorone a conta vai para quem?

    Dedo na ferida.

    No momento gravíssimo que vivemos devemos deixar de lado as meias palavras, os volteios e devemos enfiar o dedo com força na ferida.

    A conta que o brasileiro está recebendo é merecida pois não souberam avaliar a sequência de acontecimentos e fatos e deixou-se levar por uma narrativa que no começo não tinha relação alguma com a realidade.

    A narrativa adotada foi da profecia que se auto cumpre e que agora está se cumprindo e cobrando uma conta exclusivamente de quem deixou-se levar, seja por ingenuidade, má-fé, estreiteza mental, ideologia, ignorância, alienação, preguiça e má vontade …

    Até as magnificas manifestações, que começou por insignificantes R$ 0,20, nos meados de 2013 as coisas estavam correndo dentro da normalidade. Basta olhar o índice da inflação, a relação dívida/PIB, o índice de desemprego, as reservas internacionais, o valor do dólar, o faturamento das empresas, a arrecadação de impostos …

    As pessoas estavam empregadas, as empresas faturando, o povo consumindo, as construtoras estavam construindo e vendendo, o governo arrecadando, as dividas sendo pagas enfim o país estava caminhando, talvez não na velocidade que todos queriam, mas era o que tinha para o momento.

    Então este povo, coxinha, resolveu dar ouvidos a um bando de mauricinho do Movimento do Passe Livre e sair às ruas para brigar por míseros R$ 0,20. Depois se deixaram ser manipulados por partidos políticos e mídia e outros movimentos (Black não sei o que …). Os governos cederam a pressão e voltaram atrás. E os revoltados aparentemente saíram vitoriosos.

    Aparentemente pois hoje não tem emprego e salário para pagar sequer os R$ 0,20 de desconto que conseguiram, quem dirá o valor integral das passagens, que diga-se de passagem já incorporaram aqueles R$ 0,20 (com juros e correção) que abriram mão em um primeiro momento.

    A elite viu uma oportunidade. Mídia, banqueiros, empresários, políticos derrotados viram a oportunidade de voltar ao poder e começaram e instalar uma crise que não existia e colocaram gasolina pura no movimento.

    A inflação até então dento de limites aceitáveis, dentro da realidade brasileira, foi usada para parecer que estava tudo errado.

    O auge da manipulação foi quando uma apresentadora de TV, que me dá nojo só de pensar no nome dela, de uma rede de televisão que foi, é, e sempre será golpista, e nem preciso dizer o nome, apareceu com um colar de tomates em seu programa matinal de banalidades, para se queixar do preço do tomate, que sim estava abusivo, mas como se trata de um produto sazonal, sempre que tem quebra de safra o preço explode. Afinal não é isto que diz a lei da oferta e procura?

    E com uma narrativa massiva da Rede do Golpe, e daquelas que são uma cópia piorada sua, e dos meios de comunicação em geral, com ajuda de economistas ”urubológos” que a eles servem, dos comentaristas políticos-partidários e um monte de especialistas em coisa alguma, começaram a trazer instabilidade e medo, criando no imaginário da população que a inflação estava descontrolada, que a dívida pública iria sufocar o país, que iriamos ter apagões novamente (coisa que somente ocorreu em 2001 e nunca mais, além do apagão hídrico vivenciado pelos paulistas) que a volta do desemprego era eminente e que a inadimplência iria estourar o sistema financeiro do país.

    Então quem ainda não tinha aumentado seus preços e nem tinham motivos para isto, não querendo ficar para trás, passou a aumentar preventivamente seus preços.

    Quem tinha medo de perder o emprego começou a evitar gastos.

    Os bancos começaram a evitar empréstimos.

    E a bola de neve começou a descer a montanha.

    O que forçou o governo a abortar a política de trazer os juros abusivos a um patamar civilizado, favorecendo desta forma os bancos e os rentistas preguiçosos, que passaram através dos juros da dívida a drenar a cada mês que passava, mais e mais recursos da arrecadação.

    O erro do governo:

    1) deixou-se levar pela mesma narrativa que até então não tinha respaldo da realidade.

    2) voltou a política insana de subir juros para conter uma inflação que não era causada pelo excesso de demanda e escassez de oferta.

    3) tentou reverter a situação abrindo a mão de mais receita, dando mais isenções fiscais justamente para aqueles que ajudaram a instalar a crise.

    4) Não avançou na quebra do monopólio da informação da mídia ficando refém da narrativa do pensamento único da Rede Golpe.

    Tudo isto só fez aumentar a velocidade de descida da Bola de Neve.

    A elite definitivamente conseguiu instalar a crise sonhada, para tentar voltar ao poder, primeiramente pela via “democrática”.

    Mas a coisa ainda não tinha desandado completamente e eles perderam mais uma eleição. Não se conformaram e partiram para o tudo ou nada.

    A elite que até então não tinha interesse nenhum em combater a corrupção, pois é ela que mais se beneficia dela, viu no caso da Petrobrás a segunda oportunidade de instalar a tempestade perfeita.

    Eles delimitaram bem o espaço da investigação:

    1) desde quando a corrupção pode ser investigada (a partir de 1 de janeiro de 2003). A corrupção passada definitivamente perdeu a validade;

    2) quem poderia ser investigado (todo mundo, menos os tucanos, os inimputáveis);

    3) esfera da administração (governo federal, governos estaduais governados pelo PT ou aliados);

    4) incriminar o máximo possível de políticos do PMDB, PP, PR (não para prendê-los, mas para usá-los no momento certo);

    5) vazar seletivamente qualquer coisa que pudesse causar comoção nacional contra o governo federal;

    Com o roteiro preparado começou-se o carnaval. O circo estava armado. A lona estava montada, mas ainda faltavam os palhaços.

    Eles foram convocados e prontamente os palhaços encheram as ruas. Começava a marcha da insanidade.

    Para quebrar a resistência de alguns deputados, senadores e ministros do STF começou a pipocar todo tipo de vazamento, volto a dizer, não com o intuito de investigar, condenar e prender. Não. O intuito era forçar-lhes a aderir ao golpe.

    Então o comitê do golpe composto por integrantes do empresariado, da totalidade da mídia , de políticos corruptos, PGR, MPF, integrantes da PF e integrantes do STF partiram para o desfecho trágico em que vivemos.

    E bem, o resto é história.

    Uma presidenta eleita democraticamente foi derrubada de seu cargo sem uma acusação sequer e os poucos direitos dos brasileiros estão sendo eliminados sem um pingo de escrúpulo.

    Um golpista-traidor, um homem pequeno e sem valor, um boneco de ventríloquo, um político corrupto sem expressão e capacidade alguma foi alçado ao maior cargo da república. Junto com ele uma quadrilha de políticos corruptos e entreguistas.

    Bom a destruição da economia e da democracia de um país não é uma coisa que custa pouco. Alguém tem que pagar a conta. E todo mundo sabe e sabia quem ia pagar a conta. Os palhaços que foram e dos que não foram às ruas.

    Sem dó e nem piedade a conta que o povo brasileiro está pagando é merecida.  Bem Feito.

    Não adianta reclamar do desemprego, do pequeno negócio que vai ter que fechar, dos filhos e netos que não terão futuro, da saúde que será ainda mais precária do que já é, da queda da qualidade do ensino público que já não tem qualidade alguma, da lei da escravidão que está sendo reeditada.

    Seus direitos foram confiscados para pagar a conta de uma crise que você não criou, mas de uma forma ou outra você apoiou.

    Quem procura acha e o povo brasileiro achou. Não adianta chorar. Nem fazer aquelas piadinhas toscas querendo esconder a raiva, a frustração e o sentimento: “Eu fui um Idiota”.

    Você foi feito de trouxa. Aceite isto. Você foi manipulado, usado e agora está sendo descartado.

    Pague a conta.

    Aceite os grilhões que lhes ataram aos pés.

    Caminhe pacificamente ao abatedouro. Vejam seus filhos e netos sofrerem.

    Faça sua parte.

    Pague seus impostos.

    Trabalhe e contribua com o INSS até morrer.

    E fique em paz sabendo que você, seus filhos e seus netos muito provavelmente não vão usufruir de nada disto, mas a elite, os rentistas-preguiçosos, banqueiros, empresários, juízes, promotores, políticos, altos funcionários públicos e muitas daquelas celebridades da televisão, da música, jogadores de futebol, personalidades do esporte que você adora em ser seguidor nas redes sociais (que na verdade são usadas para te distrair), vão muito bem, obrigado.

    E se você realmente acredita que nada disto está de alguma forma de atingindo, tire os olhos do umbigo um pouco, olhe para seus irmãos, tios, primos, sobrinhos, amigos e familiares de seus amigos. Tenho certeza que você verá a situação está mais caótica do que imaginava.

    Se acha que a conta está alta, ainda tem um jeito. Saia as ruas novamente, mas agora para pedir:

    1) que a democracia e o estado de direito roubados sejam reestabelecidos;

    2) que os golpistas sejam encarcerados;

    3) que o patrimônio público que está sendo dilapidado seja retomado sem custos ao erário público.

    4) que seja feito um pacto em torno da presidenta eleita democraticamente, para que ela termine seu mandato, e que convoque uma assembleia constituinte nacional exclusiva para fazer uma profunda reforma política, tributária e judicial. Assembleia esta que não deverá ser conter políticos atuais ou que tenham exercido cargo público nos últimos 10 anos.

    5) que todos os ministros do STF renunciem para que uma nova corte que represente os anseios da população brasileira seja eleita democraticamente.

    6) Que todos os privilégios de juízes e promotores sejam revogados.

    7) Que quebre o monopólio da informação.

    O povo tem que mandar um recado claro e em bom som aos procuradores, juízes e delegados da força tarefa da Lava a Jato:

    1) que não estão acima da lei.

    2) que para investigar e prender corruptos não é necessário aniquilar as empresas nacionais e nem os empregos dos brasileiros

    3) que a investigação tem que ser total e imparcial.

    4) que não deve haver promiscuidade entre a força tarefa e certos partidos políticos, como ficou escancarado na foto do multiplamente-delatado Aécio Neves e o juiz algoz do PT e nos comentários de integrantes da força tarefa nas redes sociais.

    5) que a forma irresponsável que foi conduzida toda esta palhaçada que se chama Lava a Jato deve ser imediatamente revista.

    6) E que sim, todo denunciado e toda denúncia feita pelos delatores mega-sena-acumulada-premiada vem ao caso. Não deve haver distinções.

    7) que os delatores bandidos não devem ser de forma alguma excessivamente beneficiados, que além de terem que devolver tudo que roubaram, e terem seus bens confiscados, ainda tem que pagar 1/4 da pena a eles atribuídas.

    Mas sendo o povo brasileiro o povo que é, vão aceitar calado e vão continuar a caminhar para o abatedouro pacificamente, tal qual já aconteceu no passado. Este povo não aprende nunca, e parafraseando De Gaulle: Este povo, não é um povo sério.

    E aquele que ousar levantar a sua voz, será criminalizado pela outra parte bovina do povo, pois bom gado que é vai continuar dando ouvidos àqueles que mais os prejudicam.

    Então, novamente, sem dó e nem piedade: Bem Feito ao povo brasileiro que deu ouvido e apoiou a insanidade criada pela elite.

    1. Achei o seu xadrez muito bom.

      Achei o seu xadrez muito bom. até melhor que alguns do nassif.

      O erro/acerto da dilma foi um pouco antes disso aqui:

      “Até as magnificas manifestações, que começou por insignificantes R$ 0,20, nos meados de 2013 as coisas estavam correndo dentro da normalidade. Basta olhar o índice da inflação, a relação dívida/PIB, o índice de desemprego, as reservas internacionais, o valor do dólar, o faturamento das empresas, a arrecadação de impostos …”

      Em outubro de 2012 a selic estava a 7.25% a.a e os bancos públicos baixaram os juros forçando os itaús da vida a fazerem o mesmo. Em menos de seis meses depois disso começaram os “protestos” de 2013. 

      Isto não tem perdão. Os rentistas são parasitas dos piores que existem.

      Para que não corressem o risco de novo atrevimento resolveram matar o hospedeiro.

      De lá para cá, só ladeira sem fim à vista.

    2. Dar a cara para bater é

      Dar a cara para bater é isso.

      Sérgio, sua indignação é ecancaradamente corajosa

      e encontra eco aquí e  alhures.  Talvez mostrem isso

      dando-lhe estrelinhas amarelas, ainda que envergonhadas.

    3. Dar a cara para bater é

      Dar a cara para bater é isso.

      Sérgio, sua indignação é ecancaradamente corajosa

      e encontra eco aquí e  alhures.  Talvez mostrem isso

      dando-lhe estrelinhas amarelas, ainda que envergonhadas.

  2. Um povo nasceu, e agora?

    40.000.000 de pessoas que viviam na miséria passaram a sonhar com uma vida melhor…

    Milhões da classe D e E foram parar nas classes B e C!

    Quem serão os escolhidos para voltar a miséria?

    Voltaremos para miséria resignados como antigamente?

    A cidadania depois que nasce, ao ventre não tornará…

    Não, ela resistirá e buscará a compreensão dos eventos que a levaram para lá…

     

  3. A professora Laura Carvalho

    A professora Laura Carvalho tem uma visão apurada de economia, com a qual concordo em boa parte. Mas sua incursão na politica neste artigo é fragil. Eleição direta como? Agora? NÃO EXISTE previsão constitucional, como se faria essa eleição direta que ela sugere?  Teria que haver nova Constituição, algo mais complicado do que a crise atual e que vair gerar ainda mais turbulencia, como seria uma campanha presidencial agora?

    Geralmente a solução para graves crises politicas é uma solução autoritaria e não mais democracia.

    1. É demais, definitivamente

      É demais, definitivamente somos apenas um povo bovino.

      A constiltuição federal foi jogada na lata do lixo a meses. Quase todos os dias vemos a constituição ou ainda que sobrou dela  sendo desrepeitada aquie e acolá. Todos os dias convivemos com um golpista alçado ao poder por um golpe na constituição., contra uma presidenta livre de qualquer acusação. A democracia morreu a mais de 6 meses, uma vez que estamos sendo governado por um bando de golpista e sabe-se lá o que mais vai advir desta quadrilha alçada ao poder.  Qual golpe mais vão engendrar para ou permanecer no poder ou passá-lo para a camarilha.

      E nos pedem paciência, respeito a constituição e a democracia. Tenha dó.

      De que galáxia caistes? Acordastes quando do sono profundo?

    2. E outra: que garantia há que

      E outra: que garantia há que uma eleição direta resolveria nosso problema?

      Suponhamos que vença um que o mercado não deseja? Farão outro impeachment? Mandarão o moro prender o vencedor? Ah, desculpe, o moro tem de prender antes.

      Suponhamaos que vença um que siga exatamente as reformas que o temer quer fazer? Os que estão fazendo barulho hoje calarão a boca e aceitarão a receita do mercado?

      Eu acho que a solução para o brasil é aquela que mande o mercado para a PQP. E que leve a globo, o stfezinho e a lava rato junto. Prioridade para o emprego, obras de infra estrutura, baixa de juros, aumento de impostos para ricos, etc etc

      Eu acredito que o legislativo(criando leis de hoje para amanhâ e impechando os 11 do stfezinho – sabatinar e impichar ministrecos não é atribuição do senado?) e o executivo(não é o chefe da PF e das FAA?) pode fazer estas coisas.

      Se é para dar golpe que dêem logo o golpe completo. E quem protestar, que entre na porrada.

       

       

    3. Caro Araujo, conterrâneo da

      Caro Araujo, conterrâneo da Beócia,

      Em tese ambas as saídas são possíveis. Se nada for feito a vaca vai pro brejo de vez. Vai atolar até o granito do peito e quem já lidou com gado sabe que depois de atolada desse jeito, você só tira o bicho do banhado aos pedaços. Inteira não desatola mais.

      Eu já vejo um monte de gente borrada com o medo da volta da gloriosa redentora e salvadora. Possível? Sim, afinal em Bananas Republics anything is possible, right?. Provável, não. Pela absoluta falta de apoio. Não interessa a nínguém a não ser às vivandeiras de sempre. Além do mais, duvido que, se tentada, seria o passeio que foi em 64. O bicho vai pegar, pode ter certeza. Além do mais, não há mais o protagonismo das Forças Armadas qual tínhamos no passado, nem líderes militares com o mesmo ativismo político. Penso também que o bom senso da maioria iria prevalecer sobre as cócegas de alguns para se meter em uma aventura de tal dimensão. Os “tempos são estranhos”, mas são outros. Outra coisa, meter a mão no baleiro, todos metem e os milicos de outrora não foram diferentes. Os de agora, se se metessem a jacú-rabudo iriam desaguar no mesmo lugar. “O poder corrompe e o poder absoluto corrompe absolutamente” […] (Lord Acton, 1887). Lembra de Andreazza e da ponte Rio-Niterói? Lembra das orgias de gastos feitas pela mulher de Costa e Silva com dinheiro público? Do avião da comitiva presidencial que sequer decolou quando retornava de viagem “diplomática” ao Oriente Médio, dado o excesso de peso, inclusive, por carregar regalitos e centenas outros recuerdos como tapetes persas? Lembra? (nota: alguém vai dizer que o que se roubava à época era coisa de ladrão de galinha, perto do que se rouba hoje, mas, também, o galinheiro era muito menor. Não dava nem para comparar, né?).

      Quanto à Diretas Já, em um país onde se apresentam e aprovam emendas constitucionais que mexem com a vida e o destino de mlhões, sem consuta pública, sem a menor consideração, que dirá respeito, pelas pessoas, seus direitos e opiniões, a aprovação de mais outra, se exigida nas ruas pelo povo em massa seria difícil? Que nada, saía na urina.

      Claro que tudo isso e outras alternativas que apareçam por aqui e ali são teses. O que vem pela frente nem o diabo sabe.

      Eu, de minha parte, gostaria de duas coisas. Primeiro que todas essas medidas e outras iguais fossem aprovadas e enfiadas goela abaixo desse bando de beócios que se intitula povo brasileiro. Pediu? Agora aguenta Pirajibe! Segundo, que o Temer, sua quadrilha e as quadrilhas associadas, todas sem exceção, fiquem até 2018 e se possível se reelejam. Nada de golpe dentro do golpe, nada de Gloriosa e nada, nadica de nada de eleição direta, enfim, como disse o nojento do Pelé, com razão, para que eleições se vocês não sabem votar?

      QUEM PARIU MATEUS QUE O EMBALE!!!

  4. Os pilares do Brasil vão desmoronar primeiro

    Em vez de ficar na defensiva, só observando passivamente os recuos sociais, o Lula deveria estar na ofensiva, defendendo o Brasil. Mas esse Cara fica aí quieto, como quem vai se beneficiar com esse desmonte do Brasil.

    Porque as esquerdas e movimentos sociais não se une e acaba com essa patifiaria dessas elites nojentas?

    Que paralisia dos Progressistas. Parece que estamos todos anestesiados. Porque não se convoca e se faz uma greve geral prá parar essa merda?

  5. Tá vamos fazer a “direta”

        Parece a solução mágica eleger um novo Congresso e um Presidente ” zero Km “, claro que não será nenhum destes que estão por ai, e caso tal eleição geral seja aprovada ( delirio ilusional ), no dia seguinte Lula estará em cana, portanto teremos “caras novas” concorrendo, como ocorreu em São Paulo que elegeu João Dória, ou quem sabe um “evangélico” como Crivella, um fascista como Bolsonaro ou até um General da Reserva para botar “ordem” nesta porra.

         Obvio tambem, que este atual Congresso teria que se mandar, fazer uma reforma politica, ou deixar para o atual STF realiza-la na “forçada de barra “, e é lógico que como bons patriotas, os atuais congressistas aceitariam imolar seus mandatos em pça.publica, e seus mais de 100 “odebrechtianos” irem cumprir autos de fé em Curitiba, sem foro privilegiado, colocando-se aos pés dos vestais Deltan e do superior juiz Moro.

          E já que na “Matriz” elegeram o Trump , nosso povo tb. poderia ser mais “miami”, um pouco mais Orlando ( a jequice de nossa classe média combina mais com este local ), elegendo para o gaudio da galera o topetudo self made man, televisivo, simpatico e fofo – Roberto Justus, o sub- Trump.

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