Aldo Fornazieri
Cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política.
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Temer: ou não governa ou cai, por Aldo Fornazieri

Temer: ou não governa ou cai

por Aldo Fornazieri

Com a consumação do impeachment de Dilma sem crime de responsabilidade e com a violação da Constituição, o que caracteriza o golpe, o país se encaminha para uma perigosa e irresponsável aventura política cuja desfecho é imprevisível. Mesmo que a democracia brasileira seja jovem, padecendo de enfermidades de nascença e muito imperfeita, não se pode brincar de democracia violentando a soberania popular e caçando 54 milhões de votos.

Nos Estados Unidos da América, país onde o instrumento do impeachment foi criado no sistema presidencialista, após de 230 anos, nenhum presidente foi afastado em definitivo por esse mecanismo, pois, para levar a democracia a sério é preciso um ato muito grave do mandatário supremo da nação para que se justifique tão drástica medida. A exigência da gravidade do ato de afastamento de um presidente está diretamente ligada ao fato de que seu mandato é expressão da vontade soberana do povo. Não é por acaso que, em editorial, o New York Times, a exemplo de outros jornais da grande imprensa dos EUA e da Europa, afirmou que os deputados e senadores não têm moral para afastar Dilma.

Nos Estados Unidos existiram presidentes com baixa popularidade, como aqui no Brasil e em outros países presidencialistas também. No seu segundo mandato, o presidente Fernando Henrique Cardoso, tinha uma popularidade semelhante à de Dilma e as condições econômicas e sociais eram piores do que as de 2015 e 2016. Nem por isso se abriu o processo de impeachment. O próprio PT, em decisão de Congresso Nacional, barrou o “Fora FHC”, desobstruindo um estorvo político que poderia inviabilizar aquele governo.

Fernando Henrique afirmou, em artigo publicano no domingo, que o melhor seria que Dilma tivesse chegado ao fim do seu mandato em 2018. Mas o que o ex-presidente tem a dizer acerca do fato de que, desde o término das eleições em 2014, o PSDB desestabilizou o governo Dilma e se aliou a toda sorte de conspiradores, incluindo Cunha e a extrema direita de Bolsonaro? A crise política foi fator fundamental de agravamento da crise econômica e de criação das condições de ingovernabilidade. Evidentemente, Dilma e o PT contribuíram para que esse curso dos acontecimentos se agravasse. Mas jogar a responsabilidade apenas sobre Dilma, escamoteando a conspiração do PSDB e de Cunha e as traições de Temer e de outros partidos que faziam parte do governo, é incorrer naquele crime político assinalado por Max Weber, que consiste em colocar sempre a culpa nos outros.

O golpe é inaceitável pela consciência democrática e progressista porque é uma violência contra a democracia e contra a soberania popular. Acresce-se a isso que o golpe é inaceitável pelos trabalhadores e pelos movimentos sociais porque o programa do governo ilegítimo consiste em jogar todo o peso da crise nos ombros dos assalariados, dos mais pobres e das políticas sociais.

Elites aventureiras e um governo sem futuro

Olhando mesmo do ponto de vista dos interesses das elites, o golpe foi uma aventura. Aventura que se explica pela endógena vocação golpista dassas elites, que nunca se preocuparam em construir um projeto de país, tomando dos outros o que está ao alcance de suas mãos e se servindo do Estado para subtrair riqueza. É aventura porque o capitalismo precisa de segurança jurídica e de ambiente de regulação do conflito social para prosperar. Mas como as elites estão menos preocupadas com um capitalismo competitivo e mais em subtrair sem esforço, o que elas querem é viabilizar um capitalismo aventureiro e predador.

A aventura consiste em que, se Dilma era impopular, Temer é tão ou mais impopular do que Dilma. Dilma, reconhecidamente honesta, foi derrubada com o pretexto de combater a corrupção. Temer, que tem várias citações na Lava Jato, integra um partido cujo comando central é um comitê de corruptos. Aqui há um curto circuito com a opinião pública: não se convocam milhões de pessoas às ruas para combater a corrupção entregando-lhes como recompensa um governo constituído por corruptos. É por isso que o governo Temer não terá o beneplácito da sociedade. Afinal de contas, a própria manipulação da opinião pública tem seus limites.

Os analistas mais sensatos já sabem que Temer não conseguirá fazer as reformas e que a presença do PSDB e do DEM no governo tem prazo de validade. Sabem também que o próprio PMDB está trincado e que o centrão se guia por interesses próprios. Assim, Temer não conseguirá governar no sentido dos compromissos que ele mesmo se propôs. E na medida em que as propostas de arrocho dos trabalhadores e das políticas sociais se explicitarem, crescerão as mobilizações e as manifestações contra o governo usurpador.

Um governo ilegítimo, fraco, impopular tenderá a perder base de apoio no próprio conglomerado golpista da Câmara e do Senado. Esse governo, para se manter, buscará implementar a repressão política e policial, como ficou evidente nos primeiros dias do pós impeachment. A radicalização política, de desfecho imprevisível, é o cenário da aventura em que os golpistas e as elites encaminharam o país. Trata-se de um governo sem futuro: ou se arrastará penosamente até 2018 ou será derrubado pela força da democracia.

Mas os movimentos democráticos e progressistas e as esquerdas também têm seus dilemas. Um dos principais consiste em conter os provocadores e controlar as próprias manifestações, impedido os quebra-quebras que favorecem a repressão. Convocar manifestações aos domingos, à luz do dia, sob o sol do final das manhãs, parece ser uma condição preliminar para impedir que as mesmas descambem para a violência e para o esvaziamento. Mas é preciso também se opor à violência desmedida das polícias politicamente orientada pelo ministro da Justiça. A grande imprensa está assumindo a lógica da radicalização do golpe estimulando a repressão fascista. A intervenção das Forçar Armadas nas ruas e para arbitram o conflito político é inaceitável e caso isto ocorra será preciso promover uma campanha internacional de denúncias.

Se “Fora Temer” e “Diretas Já” é o mote mobilizador, será preciso politizar este embate com uma plataforma que se oponha ao programa conservador e antipopular do governo. As duas frentes – Povo Sem Medo e Brasil Popular – devem comandar esse movimento. O PT não deve ser excluído, mas ao mesmo tempo não se deve aceitar que ele pretenda assumir uma condição de hegemonia desse novo processo que se abre. Uma plataforma de construção democrática do país também deve ser debatida ao mesmo tempo em que os movimentos sociais e populares se reorganizam com novos paradigmas e novos princípios. O ideal seria que se buscasse uma unidade com pluralidade, sob os auspícios de uma frente política nos moldes da Frente Ampla do Uruguai.

Nenhum reconhecimento ao governo Temer e oposição sistemática devem ser orientadores da conduta política da oposição. As elites econômicas e políticas devem aprender que os golpes e a ilegitimidade custam caro. Devem aprender que a democracia deve ser respeitada. O jogo da conciliação acabou. A natureza própria da democracia, desde os antigos, é o dissenso. É o dissenso dentro das regras do jogo. Mas, desta vez, como em outras, as regras do jogo foram violadas. A violação da soberania popular e da democracia não pode ser recompensada pela mansuetude da cidadania, pela paz dos cemitérios, pela desigualdade ignominiosa e pela injustiça que se pretende perpetuar.

Aldo Fornazieri – Professor da Escola de Sociologia e Política de São Paulo.

Aldo Fornazieri

Cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política.

36 Comentários

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  1. Atos nos fins de semana

    Prezado Aldo, no caso das manifestações populares, há vários motivos para que elas não aconteçam “… aos domingos, à luz do dia, sob o sol do final das manhã…”. O principal deles é que, para os que moram em subúrbios, seria necessário um esforço épico para se deslocar do local de residência para o local da manifestação, haja visto – entre outras coisas – a precariedade do transporte público que, como regra geral, praticametne não fubnciona nos finais de semana.

    1. Sei que é difícil o

      Sei que é difícil o deslocar-se no domingo, mas é um preço baixo pra evitar que os vermes do blackblocks usem a manifestação pacífica para destruirem com pedras o que não é deles. E, se fosse eu um dos líderes, colocaria uns manos pra ficarem de olho nesses blackblocks. E assim que um fosse atirar a primeira pedra, na hora os pegasse, desse umas pauladas e entregasse de presente pra PM  – que adoro os blackblogs, pois esses fds dão pretexto pra eles descerem ainda mais a borracha e também esses fds são adorados pela imprensa golpista, pois na hora da edição quase tudo é mostrado ao vandalismo dele e nada da manifestação pacífica. 

       

       

  2. Nos EUA  não houve

    Nos EUA  não houve impeachment do Presidente Richard Nixon apenas porque ele renunciou antes e Nixon era um Presidente popular, forte e eficiente. Em compensação quatro Presidentes americanos foram assassinados no exercicio do cargo.

    No Brasil  quatro  Presidentes foram depostos do cargo, Washington Luis, Café Filho, Carlos Luz e João Goulart, um suicidou-se para não ser deposto, Getulio Vargas. Não se conta a deposição de Getulio ditador em 29 de outubro de 1945.

    1. Olá André 🙂
      Sim, Nixon

      Olá André 🙂

      Sim, Nixon renunciou. E o processo parou. 

      O Instituto veio para a nossa constituição, por inspiração americana. O curioso é que o Collor também renúnciou, e  processo NÃO PAROU… portanto, não importa a inspiração..como dizia o Dr. Ulyssis, “não existe democracia à BRASILEIRA”, mas “PATO” existe. Por aquí, dá-se jeitinho até no que vem de fora…contanto que o resultado seja o DESEJADO. 

      Abs. 

    2. De qualquer forma, é a

      De qualquer forma, é a exceção que confirma a regra, afinal, não invalidaria a análise um impeachment em 250 anos em relação a 2 em 25.

    3. Nos EUA não houve

      Caro Andre

      Voce tem razão quanto ao Nixon/watergate, mas os crimes cometidos por Nixon estão bem documentados e não se tem duvidas quanto a isso.Quanto aos presidentes assasinados não entendo a relação com o impeachment, eu acho a comparação entre impeachment no Brasil e nos EUA totalmente logica e normal, tanto mais que o procedimento foi “inventado” pelos ingleses se não me engano mas para nos ele foi “importado” dos EUA.

      https://pt.wikipedia.org/wiki/Caso_Watergate

      http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/caso-watergate-ultimo-homem-presidente-434274.shtml

      1. Inventado pelos ingleses? 

        Inventado pelos ingleses?  Para que? O Rei não pode ser impichado e o Primeiro Ministro basta derrubar por um voto de desconfiança no Parlamento, leva meia hora.

        Não tem nada a ver com ingleses, é uma invenção especifica para o Presidencialismo e vem dos EUA.

  3. As manifestações não foram

    As manifestações não foram contra a corrupção. Foram contra o PT. Aécio fez 52 milhões de votos. Muitos não eram pró-Aécio, mas anti-PT. Nesse universo, com os meios de comunicação apoiando e com bastante financiamento por trás, não seria difícil convocar 1 milhão de pessoas, e foi o que aconteceu. A corrupção era apenas uma desculpa. O que eles queriam mesmo era o PT fora do governo.

  4. Do Tijolaço

     

    Jornal suíço compara Marcela Temer a Maria Antonieta.

     

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    Um dia após a consumação do golpe no Brasil, o jornal suíço “Tagesanzeiger”, ironiza o mais famoso ‘conto de fadas’ brasileiro:Die brasilianische Marie Antoinette.

    Marcela Temer é comparada à rainha francesa Maria Antonieta, cujos hábitos extravagantes, de luxo e riqueza, contrastavam com a miséria a que o povo fora submetido.

    Filha do imperador Francisco I, Maria Antonieta se casou com Luís XVI aos 14 anos. A ideia era fortalecer a aliança franco-austríaca.

    No dia 14 de julho de 1789, fartos por não conseguirem comer nem o pão que o diabo amassou e, após ouvirem a suposta resposta da rainha sobre sua condição de miséria extrema (Se não têm pão, que comam brioches), os camponeses resolveram por abaixo a Bastilha (para onde eram mandados os ‘inimigos do reino’).

    Luiz XVI que, segundo consta, não conseguia conter os gastos astronômicos da esposa, acabou guilhotinado. Nove meses depois foi a vez de Maria Antonieta perder, de vez, a cabeça.

    A comparação feita pelo jornalista suíço Beat Metzler, é curiosa e só reforça o que já sabemos:  viramos uma espécie de piada de mau gosto do mundo político contemporâneo.

    Leia, abaixo, o artigo do Tagesanzeiger, que não é nenhum jornalzinho: tem “só” 133 anos de circulação…

    A Maria Antonieta brasileira

    A nova primeira-dama Marcela Temer gasta com prazer o dinheiro dos outros. Ela ocupa em sua residência 50 empregados. Às custas do Estado.

    Marcela Temer, desde a última quarta-feira primeira-dama do Brasil, poderia ter saído de um catálogo de desejos cunhado por uma publicação voltada para o público masculino. Foi descrita por uma revista como “bela, recatada e do lar”. E isso foi entendido como elogio.

    O afastamento da presidente de esquerda Dilma Roussef por Michel Temer divide o país. A esposa de Temer, Marcela, aprofunda o abismo. Para seus críticos, ela incorpora o caráter reacionário do novo governo, ocupado apenas por homens brancos, grisalhos e ricos.

    Marcela escolheu o caminho mais rápido para subir: ela casou-se com um homem branco, grisalho e rico. E tinha apenas 19 anos, quando encontrou Michel Temer. Ele tinha 62. Marcela cresceu como filha de classe média em uma cidade do interior de São Paulo. Além de carregar o título de vice-rainha-da-beleza, trabalhava na recepção de um jornal local, quando, em 2002, acompanhou parentes a um evento do PMDB. Foi onde viu Michel Temer, milionário conhecido e há muitos anos deputado pelo PMDB. Ela pediu para tirar uma foto com ele, o que de fato ocorreu. E pediu também seu número de telefone. A mãe acompanhou-a no primeiro encontro e um ano depois eles já se casavam. Foi uma festa secreta, pois o abismo de 43 anos entre os dois não era exatamente apresentável.
    “bela, recatada e do lar”

    Os pais de Marcela não estão incomodados: “Isso é só o choro dos invejosos” disse a mãe.

    Marcela disse recentemente: “É como se Michel tivesse 30 anos. A idade não importa ” .

    Quando Michel Temer ainda era Vice- Presidente, em 2011, rapidamente sua esposa se tornou a queridinha dos tablóides.

    Louvavam seu bom estilo e ela chegou até a ser comparada com Carla Bruni e Jackie Kennedy. Temer publicou um livro de poemas sobre sua vida amorosa, fotos eróticas de Marcela foram divulgadas. Ela faz o papel de uma dona de casa fiel, que leva seu filho para a escola e tem « Michel » tatuado em seu pescoço.

    Marcela desfrutava da riqueza. Na residência oficial do vice-presidente, ela mandou executar reformas milionárias “para que seu filho se sentisse em casa”. A família de três membros ocupa 50 funcionários, entre eles quatro empregadas, que cuidam apenas de lavar e passar roupas. Tudo isso pago pelo Estado. Além disso, Marcela viajou ao lado da mãe e de uma irmã, em voo de primeira classe rumo a Nova York e Miami, para fazer compras durante um dia – o que ela própria documentou alegremente na internet. Durante um encontro de cúpula da ONU, cujo tema era a sustentabilidade, ela mandou organizar um desfile de moda de jóias.

     

    1. Absolutamente nada a ver, a

      Absolutamente nada a ver, a unica coincidencia é de  ambas serem mulheres bonitas. Maria Antonieta era filha de Imperador, nasceu e sempre viveu na Corte,  Marcela é uma moça de classe media, o que tem de semelhança?

      1. Fútil e Alienada

        A estupidez, a futilidade, a alienação, a indiferença para com os outros, a valorização de ser um objeto adornado para deleite dos homens…

        É impossível ver a “Michela” Temer fazendo coro com o seguinte; “Nem recatada, nem do lar… a mulherada está na rua pra lutar”. Impossível…

         

      2. Jornalista suíço muito desinformado

        Concordo. O jovem articulista Beat Metzler do Tages-Anzeiger (um jornal de leve tendência centro-esquerda, e que leio periodicamente em sua edição online) não foi feliz em sua comparação, absolutamente. Não apenas pelas razões já citadas por André Araujo, como também do fato que o governo interino (o impeachment é uma farsa e não deve durar muito tempo) ainda nem começou, Michel Temer não teve ainda (e provavelmente não terá) o tempo necessário para confrontar seus atos e a recepçnao da sociedade brasileira que os receberá.

        Logo, Frau Temer é uma desconhecida do povo brasileiro na medida em que ela nada fez até agora e, provavelmente, nada fará. Compará-la com uma princesa austríaca que foi rainha dos franceses durante 11 meses e 6 dias a uma jovem brasileira de classe média nascida em Paulínia, no interior de São Paulo, e casada com um político de origem libanesa que, graças a subterfúgios dos menos dignos e louváveis apossou-se do cargo de Presidente da República a uma Presidenta eleita com 54 milhões de votos, é dar provas não apenas de grande desconhecimento da história da Europa, como também da atualidade recente do Brasil.

        Mas, não devemos esquecer que, como para seus colegas franceses, a má-fé não é um atributo tão estranho assim aos jornalistas suíços, desde que o assunto seja Brasil.

      3. Andre

        Postei com o objetivo de mostrar como a imprensa de fora vê o nosso Brasil.

        Mas, aqui entre nós, na Suiça, uma senhora ter 50 empregados a sua disposição deve, de fato, precer coisa da nobreza do século 18.

          1. A primeira dama de Temer mora

            A primeira dama de Temer mora com o marido, portanto os 50 empregados não são dela, são do Palacio onde ela mora com o marido.

    2. Que coisa curiosa

      Parece que foi preciso uma primeira-dama com cara de patricinha aparecer em cena para o pessoal descobrir que o Estado brasileiro é perdulário. Quando era Dilma que viajava com comitivas imensas hospedando-se em hotéis de luxo todo o mundo achava aquilo normal.

      1. Ahã

        Curioso é dizer que Dilma e sua comitiva se hospedavam em hoteis de luxo. Que me lembre, Dilma sempre ficava em hoteis standards, de boa qualidade, mas nenhum “palace”. Alias, Dilma sempre foi uma pessoa modesta, nunca apareceu com joias sofisticadas nem roupas caras, uma presidente de um Pais, que até o cabeleireiro ela teve que provar que era ela quem pagava.

        1. Negativo. Ficou no EXCELSIOR

          Negativo. Ficou no EXCELSIOR de Roma, na Via Veneto, uma IMENSA comitiva, nem coube toda no Excelsior, parte foi para o Bernini, em Paris no BRISTOL, ultra chic , ap mais barato 1.000 Euros, imagine a Suite Presidencial, está tudo na imprensa da época, nunca ficou em hotel “standard”.

  5. Temer: ou não governa ou cai

    Ótimo texto, concordo QUASE integralmente. “Se “Fora Temer” e “Diretas Já:  As duas frentes – Povo Sem Medo e Brasil Popular – devem comandar esse movimento. O PT não deve ser excluído, mas ao mesmo tempo não se deve aceitar que ele pretenda assumir uma condição de hegemonia desse novo processo que se abre.” Aqui discordo!

    Devemos caminhar todos juntos, mas é impossível tirar o PROTAGONISMO de  partido que CHEGOU ao poder com VOTOS. Seria o mesmo que convalidar o  golpe… e o “FORA PT”. Seria o ABSURDO de aceitarmos que “acabaram com a raça” do partido, com maior número de filiados e mais votada do Brasil. 

    Nada terá LEGITIMIDADE sem ANULAÇÃO DO PROCESSO contra Dilma. (já se anulou a sessão que tirou Goulart). SOMENTE ela, ANTES DE 2018, teria que fazer a convocação de novas eleições. Sem a presidente RETORNANDO teremos, “OU NÃO” eleições.

    Se usaram leis de “até 1950” neste processo expúrio, está na hora de buscarmos lei “mais recente” como a LEI DE SEGURANÇA NACIONAL, para punir quem comete ALTA TRAIÇÃO, como o VICE-SEMVOTO. ISSO não pode SAIR BARATO. Chega de aceitarmos “anistias meias bombas”, onde os algozes se dão bem à revelia da população brasileira.

    Mas, o retorno aos trilhos depende de quem tem tanto “RESPEITO”, e “CONFIABILIDADE”, da população brasileira,  quanto o GOLPISTA TEMER: o STF ! Esse, já está mal na foto da história. 

    Dante de Oliveira está se revirando na sepultura.

    Desculpem o desabafo! É frustração mesmo. 

     

     

  6. O autor é um dos mais lucidos

    O autor é um dos mais lucidos comentaristas do blog, porisso atreveo-me a onservar:

    1.Temer assumiu o Governo  a partir de um aplo arco de apoio para um GOVERNO DE TRANSIÇÃO, ponto.

    2.As elites politicas, os interesses empresariais internos e externos, o mercado globoal chegaram a um consenso sobre a inviabilidade politica e operacional do Governo Dilma, Temer não era a solução, era a UNICA solução.

    3.As ideias contestatorias desse Governo, como Fora Temer ou Temer cai, como diz o articulista, são irreais.

    A pergunta é: qual a alternativa? A volta de Dilma? Impensavel.  Novo impeachment e assume Rodrigo Maia?

    Faz isso algum sentido?

    4.Então esse caminho não existe. Os que contestam Temer são movimentos sociais, parte do PT, intelectuais.

    Não são o nucleo do Poder e não criam Poder por si só.

    A maioria do Pais hoje quer algum horizonte de paz politica para poder trabalhar e sobreviver.

    As empresas não aguentam mais crise politica sem fim.

    Ou será que tem gente pensando em uma “solução argentina” quando Buenos Aires conheceu quatro Presidenrtes em uma semana?

    1. Fascismo ou Democracia

      ANDRÉ

      Se as empresas não aguentam mais crise política sem fim, então que se associem aos democratas e contribuam para formar um novo Estado Democrático de Direito.

      Estamos num dilema: ou continuamos essa caminhada comandada por políticos corruptos e empresários fascistas, ou aproveitamos a oportunidade para refundar uma República Moderna (semelhante aos Estados Escandinavos). Ou destruímos o Brasil como nação soberana, ou iniciamos a construção de uma nova nação com LIberdade e Justiça.

      Quem esteve na Paulista no domingo compreendeu: não vai ter arrego e há disposição para pagar o preço que for necessário.

      1. Meu caro como não fazer o

        Meu caro como não fazer o diagnostico da crise a partir da pergunta, como quem controla o Poder Executivo no Brasil pode cair ?  Com todo poder da Presidencia não dá para conseguir no minimo 40% do Congresso, o PT tinha só sete Ministerios, o resto foi distribuido e nem assim consegue se manter? Como é possivel?  Seis Ministros agraciados com Ministerios votaram pelo impeachment, quer dizer que se deram Ministerios para nada? Porque será?

        Será que não houve um MINIMO de articulação com o Congresso? Dando tanto não teve nada em troca, nada?

        Pelo menos em outros tempos havia o lema “” É dando que se recebe”” de autoria do lider do Centrão que apoiava o Governo FHC, Roberto Cardoso Alves, quer dizer , o Presidente dava Ministerios para em troca ter os votos daquele Partido. Dilma deu muito mais da metade do Governo para NÃO TER NADA EM TROCA, a maioria dos Ministros Dilma nunca viu em quatro anos do primeiro mandato e um ano e meio do segundo, não recebia Ministro e não fazia reunião ministerial NUNCA, dá para alguem governar um grande Pais assim?

        Vou dizer porque: qualquer governo, até de Estado, precisa ter na articulação politica pessoa altamente capacidade para essa função, MESMO QUE O CHEFE DO EXECUTIVO NÃO GOSTE DESSE ARTICULADOR,   ate´os governos militares tinham bons articuladores com o Congresso mesmo com o poder militar na retaguarda.  É  possivel fazer articulação politica com o Congresso com figuras como Erenice Guerra, Gleisi Hoffman, Ideli Salvati, Luis Sergio, Aluisio Mercadante? E impossivel.  Eles não tinham a capacidade, as relações, o credito politico essencial para assumir acordos e cumprir. Dilma consolidou fama de NÃO CUMPRIR o prometido, o que é fatal em politica de coalização, acordos não tem documento assinado, vale a palavra. Politicos convencionais galgaram sólida carreira por que SUA PALAVRA ERA DOCUMENTO, como Orestes Quercia, Antonio Carlos Magalhães e hoje Gilberto Kassab, nomes cuja palavra é uma escritura registrada.  Em politica esse é o segredo, negociar exaustivamente, nunca dar tudo o que o outro lado pede, MAS depois de combinado precisa cumprir, se não cumprir, acabou o Governo.

        Em um dos governos Alckmin houve um Chefe da Casa Civil, excelente articulador, que o Governador DETESTAVA e ele detestava o Governador, mas a necessidade o mantinha no posto. No Governo militar figuraram como Chefes da Casa Civil elementos não digeriveis pelos militares, como Petronio Portela,  mas precisavam daquele nome e tinham que engolir porque eram eficientes, não adiante cortesão e puxa saco ineficiente que diz amem a tudo o que a chefe diz.

        Getulio conseguia trabalhar com articuladores que eram adversarios politicos mas a necessidade da função o fazia engolir antipatias, todo politico usa pessoas que não gosta quando necessario MENOS  Dilma, que só podia conviver com aulicos e ai que se perdeu completamente a capacidade de articulação politica e perdeu seu governo, ela não teve um articulador sequer  minimamente eficiente, alguns tinham apelidos jocosos como “”Garçon” porque só anotava pedidos, Erenice não dava para articular Camara de Vereadores de Magé, como é possivel dirigir um grande Pais nesses termos com gente tão fraca, sem estatura para função tão crucial?

        Quando apareceu a solução Temer como arituclador politico, desde o primeiro dia foi sabotado dentro do Planalto, até os copeiros sabiam disso. Como é que alguem pode achar isso viavel? Como se pode governar um Pais assim?

        1. Clap, clap, clap.
          Governo que

          Clap, clap, clap.

          Governo que tem nojinho de fazer política se arrebenta. Tem nojinho de fazer política, mas não tem nojinho de mandar um monte de moleque ir pro cacete contra PM. Parece que entendem a política apenas como guerra; quando a política veio justamente para superar a barbárie. Essa é a esquerda que temos; e, parece, isso é que são as esquerdas. PHD em manobrar massas. Mas não sai da aula de “massinha I” em termos de articulação.

    2. Paz para quem?

      “A maioria do Pais hoje quer algum horizonte de paz politica para poder trabalhar e sobreviver. As empresas não aguentam mais crise politica sem fim.”

       

      Que paz política pode haver com a classe trabalhadora sofrendo um brutal corte de seus direitos trabalhistas e previdenciários, além do corte das políticas públicas e programas de transferência de renda.

      Com a entrega de nossas riquezas (entre elas o pré-sal), com queda de investimento em educação e saúde. Com o fim do SUS. Já se fala em privatização da água.

      Paz para quem?

       

      1. Paz para a economia voltar a

        Paz para a economia voltar a funcionar, sem isso nada do que vc pretende vai acontecer. 

        Com a economia paralisada só resta o caminho venezuelano:  inclusão social sem comida, sem papel, sem pasta de dente. sem verduras, só discurso do Maduro.

        Reforma da previdencia e reforma trabalhista são essenciais mas acho dificil um governo de transição realizar,

        qualquer governo que assumir em 2019 VAI TER QUE FAZER, não há opção se o  Brasil quiser continuar a existir.

        E esquece essa estoria de pre-sal,  está sobrando petroleo no mundo, as majors estão preocupadas é com a securo do mercado e não com nova produção, todas estão diversificando para outros ramos de energiar, carro eletrico, etc.

      2. É sem paz mesmo nāo podemos

        É sem paz mesmo nāo podemos dar um minuto de paz a esses golpistas paulistas. De onde veio o Golpe?  Sāo Paulo! Temer de que estado é? São Paulo! E por aí vai.

  7. “A maioria do Pais hoje quer

    “A maioria do Pais hoje quer algum horizonte de paz politica para poder trabalhar e sobreviver.”

    E a solução é este governo com Temer no comando.

    Talvez não consiga entender a lógica desse raciocínio porque a minha erudição é zero

    Então tá !

     

        1. Qual a viabilidade juridica,

          Qual a viabilidade juridica, constitucional, institucional, operacional, economica?

          Quem pede?  Toda a população, metade, dez por cento?

          Quem e como se aprova isso no Congresso?  Uma eleição fora do prazo não tem previsão constitucional, precisaria fazr NOVA CONSTITUIÇÃO, abolindo a atual, todas as constituições do Brasil que foram abolidas o foram pela FORÇA,

          a de 1891 pela Revolução de 30, a de 1934 pelo golpe do Estado Novo, a de 1946 foi abolida pelo governo militar de 1964.

          Então é preciso enterrar a Constituição de 1988, mas por qual meio?  e fazer uma nova Constituinte tudo isso antes das eleições regulares de 2018.

          Facinho e realista não é mesmo?

        2. Diretas Já?

          Tudo leva a crer que podemos ter Bolsonaro na jugular, isso sim!

          Os movimentos retilineos uniformes, ou disformes, tem como vetor principal algo assim!

          Não bastou o tiro no pé que deram em 2013, quando colocaram um rastilho de polvora que atingiu em cheio nossa honesta, ‘pero’ incauta e ingenua presidenta! Em junho daquele ano ficamos com a triste sensação de que o palacio do planalto não comandava!

          Vimos o começo dos ‘protestos’ que rapidamente chegaram ao descontrole até a direita, sem muito esforço, se adonar e dirigir de forma magistral. Só Carolina não viu!

          No desespero tentaram confundir! Hoje finalmente sabemos de onde chegam os marionetes anarquistas horizontais chamados ‘black blocs’!

          Vão repetir a dose?

          ‘Amalocaram-se’ no estado e, competentemente, destruiram a economia!

          O que é que querem afinal? Repetir a história no seu pior lado?

          Como diz o amigo acima ‘a sorte está lançada’, mas, cuidado… ‘Aquila non captat muscas’!

          Então olho aberto! Não temos mais uma senhora educada e compreensiva na presidencia!

          E não adianta colocar as ‘minorias’ na linha de frente! Não enganam mais ninguém!

          Desculpe a intromissão André Araújo!

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