Um especialista em especulação financeira a ser levado à Fazenda, por J. Carlos de Assis

Aécio Neves teve a audácia de pré-nomear Armínio Fraga como seu ministro da Fazenda caso vença o segundo turno das eleições. Audácia, porque só quem confia de forma absoluta na desinformação do público ou de sua pouca memória pode apresentar como guru da economia alguém cuja principal credencial para o cargo é ser um especialista em mercado financeiro globalizado, a saber, um craque na especulação, um especialista na jogatina com títulos, um perito em bolsa, uma autoridade em derivativos – tudo descolado da economia real.

Foi Armínio Fraga, quando guindado por Fernando Henrique à posição de presidente do Banco Central, quem inventou o swap cambial reverso. Não passa de uma pilantragem financeira, pela qual o Banco Central banca um jogo com índices de juros e de câmbio em favor de apaniguados do mercado. Ganha quem acerta melhor nas taxas de juros e de câmbio futuras. Como o Banco Central controla diretamente os juros básicos e indiretamente a taxa de câmbio ele põe o resultado onde quiser. Os amiguinhos do Banco, por certo, podem ser avisados previamente dele.

Henrique Meirelles continuou com essa prática, que cheguei a denunciar na época. Para defendê-la tanto Armínio quanto Meirelles alegavam que era para proteger as reservas cambiais. Meu argumento era que o que se queria proteger de fato era um grupo privilegiado de insiders, inclusive com risco para grupos empresariais que confiassem no swap cambial reverso como um jogo limpo. Não deu outra. Como consequência, virou o jogo e três dos maiores grupos empresariais brasileiros, Votorantim, Sadia e Aracruz, tiveram um rombo tão grande que quase quebraram em 2010.

Numa recente entrevista ao “Estadão” Armínio Fraga disse candidamente que vai acabar com o swap. Arrependimento? Ou medo de que apareça algum especialista em mercado financeiro que entenda o labirinto dos derivativos, indecifrável para os mortais comuns, que tenha apetite e meios de comunicação para voltar na história e mostrar as entranhas de sua criatura. Aviso que não é fácil. Dei notícia crime do swap cambial reverso, com assistência de dois funcionários do BC, indignados com sua criação, ao Ministério Público e à Polícia Federal. Ambos não se sentiram seguros para encaminhar a denúncia.

Falei com Senadores e com uma alta figura da República, hoje já falecido, e ele se desculpou por não poder fazer nada porque eu próprio não consegui explicar-lhe de uma forma simples como era o funcionamento do swap cambial reverso. Amigos meus, economistas de renome, moralmente insuspeitos, também ficaram inseguros. Um dos poucos que fizeram crítica pública ao instrumento foi Carlos Thadeu de Freitas Gomes, ex-presidente do Banco Central, desses poucos que tiveram amplo poder no setor público e que saíram de lá com o pequeno patrimônio com que entraram.

Pois bem, Armínio agora promete acabar com sua criatura. Claro, como o instrumento ainda existe, embora com pouco uso, para acabar com ele terá que conversar com o futuro presidente do BC independente. O que ele tem mais em mente? É preciso saber se ele se converteu à economia real, à economia dos bens de consumo, à economia dos serviços públicos e pessoais, à economia da nossa comida, à economia do comércio exterior. Aécio acha que não é preciso dar qualquer outra explicação sobre Armínio, exceto que foi presidente do BC. Ele chegou a essa posição sem história. Era um especulador na equipe do mega-especulador George Soros – a propósito, Soros é muito mais progressista do que ele -, considerado o sujeito certo para enfrentar a crise especulativa montada em nosso mercado financeiro por Gustavo Franco e Chico Lopes.

A propósito, Armínio é também franco defensor da independência do Banco Central. Acho curioso que alguém que participou do Governo Fernando Henrique seja favorável a isso. Vamos supor que, entre as medidas neoliberais que adotou, Fernando Henrique tivesse institucionalizado a independência do Banco Central. O que ele iria fazer quando descobrisse que Gustavo Franco, na presidência do BC, estava levando o país para o total descalabro financeiro? O que iria fazer quando visse que Chico Lopes, com sua matemática de fancaria, estava nos levando todos para o abismo? Iria respeitar a independência do Banco Central? Ou a independência do BC, para os neoliberais, é a independência dos amigos da família e dos promotores do swap cambial reverso?

 

*Economista, doutor pela Coppe-UFRJ, professor de Economia Internacional da UEPB.

Redação

46 Comentários

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  1. Mais historinha e papo furado

    Se o Armínio é essa tragédia terrível, por que a Presidente não anuncia logo a Equipe Econômica e resolve essa história de uma vez por todas…

    1. Caro LC, voce viu ontem a

      Caro LC, voce viu ontem a entrevista de Mantega e Fraga ?

      Eu vi e, sinceramente, fiquei decepcionado com o Fraga. Achei que a “montanha pariu um rato”. Acho até que o Aécio foi afoito em anunciar o seu ministro, devem haver pessoas mais qualificadas, talvez até o Marcos Lisboa.

      Aqui a minha análise, que fiz no fora de pauta:

       

       

      Impressões sobre a entrevista ontem, à Miriam Leitão, de Guido Mantega e Armínio Fraga.

       

      Sobre Guido Mantega: Foi bem na retórica, se mostrou um militante aguerrido e defendeu os seus anos no ministério e os Govrnos do PT. Comparou os dois Govrernos e demonstrou claramente a superioridade dos Governos do PT em relação aos do PSDB. Nâo reconheceu os erros do Governo em várias áreas, principalmente na fiscal. Não disse nada a respeito de já ter sido demitido antecipadamente pela Presidente Dilma ou sobre quem seria o futuro minitro. Disse poucas coisas a respeito de que ações um futuro Governo Dilma pretende tomar na economia brasileira. 

      Sobra Armínio Fraga: É fraco de retórica e parece ter ideia única, que é cortar gastos e levar a meta de inflação para o centro, e a partir daí,  o aumento de investimentos viria por si só. Acertou ao criticar a parte fiscal do atual Governo mas não respondeu a acusação que o Mantega fez de que eles também deram uma “pedalada” com relação ao caso engea/cef.  Disse que no Brasil faltam obras de infra-estrutura, no que está correto, porém, não dissem como irão fazer essas obras. Enfatizou obras de esgoto, mas quando que a iniciativa privada vai fazer obras de esgoto sanitário ? Quem tem que fazer e sempre faz, é o poder público. Ele não disse como irão fazer.

      No geral, fique preocupado com a entrevista, principalmente se Aécio vencer. Deveria escolher alguem mais preparado e com mais visão sistemica de economia que o Sr Fraga. Ele é ruim de retórica e parece ser também ruim de entendimento sobre economia e desenvolvimento. Aécio parece ja ter se comprometido com ele e pode se dar muito mal nisso. Em um começo de Governo com a economia ruim, Fraga pode ser bombardeado e não vai aguentar.

      No caso de Dilma vencer, é preciso o Governo definir um bom nome para o ministério. A minha sugestão seria trazer de volta Nelson Barbosa para ministro e Nelson Machado para algum posto chave do ministério.

      1. Quireza, não sou fã do Armínio,

        Mas ele pelo menos está indicando alguma direção. Acho inacreditável a Dilma não ter ainda indicado a Equipe Econômica. O discurso do Armínio basicamente é sobre credibilidade, que é zero na atual Equipe. Vi o pessoal dizendo que o Mantega venceu de lavada. Pelo amor de Deus, o Mantega parecia um militante veterano do PT comentando a história econômica de 20 anos atrás. Absolutamente nenhuma indicação do que possa ser a economia de um segundo mandato da Dilma.

        Nesse momento interpreto que a Dilma está sendo sincera, não pretende mudar o rumo da economia, e portanto não indica ninguém. Nesse caso, Quireza, vou de Aécio. Tenho uma opinião semelhante a sua (exceto quanto ao voto) sobre a condução apenas regular da economia pela DIlma, mas acho que o país não aguenta mais 4 anos da atual política econômica; no final, é isso que definirá meu voto.

        Se ela anunciar a Equipe, ainda posso rever minha posição, mas por enquanto não há indicação de que ela esqueça o FHC e faça uma campanha abordando o futuro.

        PS: O Armínio não foi bom presidente do Bacen, se lembra daquela confusão da marcação dos títulos nos fundos de renda fixa em 2002, que provocou uma mini corrida aos bancos? O Aécio deveria ter pego alguém de SP ou MG…

        1. Duas ou três coisas que eu sei dela, a inflação

           

          LC (sexta-feira, 10/10/2014 às 14:43),

          Já próximo dos meus 60 anos repasso para você o que eu aprendi, acompanhado nos últimos quarenta anos a economia mundial. Não o repasso com a pretensão de economista que não sou. Nem deixo o aprendizado desconhecendo que você é economista com mestrado. Repasso o que aprendi apenas com a sensação de que o que eu aprendi é quantitativamente mensurável e as pessoas com instrução superior ou sem poderiam apreender também, mas que, por motivo que desconheço, elas ou não recebem a informação ou quando recebem resistem em aceitar.

          A análise do governo da presidenta Dilma Rousseff precisa de três entendimentos prévios. Primeiro foi que para acabar com a inflação o governo de Fernando Henrique Cardoso nos levou a uma grande dívida pública e grande parte dela de curto prazo. Segundo é que para consertar o problema criado com a dívida pública elevada e de curto prazo, o governo de Fernando Henrique Cardoso amarrou o Brasil no Regime de Metas de Inflação, câmbio flutuante, livre fluxo de moedas, comércio exterior liberado e outros suportes semelhantes que nos recaem como uma herança maligna, mas também benigna, pois ruim com ela, pior sem a herança. Para um partido que não chegou a eleger 15% da Câmara dos Deputados, nessas últimas eleições, a herança que era maldita foi de certo modo a tábua de salvação. O presidente de um partido fraco em termos de quantidade de representantes na Câmara de Deputados podia sempre escusar na herança maldita para não ter que ceder.

          E a terceira condicionante foi a necessidade de o governo ter que embalar a economia brasileira para assegurar a eleição da então candidata Dilma Rousseff e formar uma boa base de apoio para alguém que não desenvolveu a habilidade política da negociação e era desprovida do carisma. O embalo podia ter sido feito pelo mercado externo, mas ele não estava muito estável para gerar confiança e produzia um resultado lento que poderia não eleger a candidata Dilma Rousseff. Ou então o embalo podia ser feito via investimento do governo e via aumento do crédito. Esta opção precisa que o Estado tenha as rédeas mais soltas para reduzir a dívida privada quando for preciso.

          Cientes dessas três condicionantes é possível mais bem entender como caminhou o governo da presidenta Dilma Rousseff. No primeiro momento, o governo teve que segurar a economia sem que isso levasse a quebras por endividamento. E então quando tudo pareceu assentado, o governo iniciou a retomada do crescimento econômico. Não há estudos, entretanto, que expliquem porque houve uma reversão da retomada do crescimento no terceiro trimestre de 2013.

          Deixo de lado, entretanto, o governo da presidenta Dilma Rousseff e passo a discutir o que eu aprendi nos últimos 40 anos acompanhando a economia mundial. No início da década de 70, uma vez por ano eu ia na biblioteca da FACE/UFMG ler o Relatório Anual do Banco Central. Os índices de inflação eu sabia de cor em cada ano. E observei que era marcante desde então a discussão do papel do Estado na economia e a avaliação dos efeitos da inflação na economia. Essa discussão sobre a inflação sempre aparecia nas páginas dos jornais. Na década de 80, houve um embate longo entre José Júlio Sena e Ignácio Rangel.

          Quanto ao papel do Estado, nunca se pode esquecer que a maior economia do planeta apresenta desde 1980, salvo em um breve período durante o governo de Bill Clinton o maior déficit em termos absoluto do mundo. Todos que são contra o intervencionismo do Estado aplaudem o governo de Ronald Reagan esquecendo que durante o governo dele, os Estados Unidos tiveram grandes déficits que só se repetiram em intensidade agora na primeira e no início da segunda década do século XXI.

          E ainda todos que são contra ao intervencionismo viram com satisfação, as vezes até fingindo torcer o nariz, quando o Estado estendeu o seu manto protetor para afastar os perigos da quebra total das finanças em 2008. Aliás, essa intervenção também ocorreu para salvar os fundos de pensão no final do governo de Ronald Reagan. No Brasil, o Proer foi também o manto salvador do Estado aparecendo. Há um grupo grande de economistas que consideram este tipo de manto salvador do Estado como mais adequando do que quando ele aparece no formato que se tem em um governo com viés Keynesiano que estabelece as regras desta intervenção via subsídio de juros para investimento, redução de alíquotas de determinados tributos. Para esses economistas é melhor o mercado seguir por conta própria e o Estado só aparecer quando perceber que ele, o mercado, caminha para o precipício.

          Bem, mas esta questão do papel do Estado não é o item mais importante do assunto que eu queria falar. O item mais importante que eu queria falar é sobre a inflação. Há a antiga discussão sobre a existência do trade off entre inflação e crescimento. Suponhamos que não exista. Se não existir, a pergunta que se impõe é a seguinte: o que é melhor termos uma inflação baixa com alto desemprego, ou uma inflação alta com baixo desemprego? O ano de 1998 comparado com o ano de 2014 ilustra bem a questão. Não serve para julgar Armínio Fraga porque ele não esteve à frente do Banco Central. Armínio Fraga teve dois momentos. Ele esteve presente em 1999 e também em 2002.

          Em 1999, vindo de uma inflação de quase zero, sem crescimento econômico, Armínio Fraga elevou o juro para 45%. Em 2002, ele não elevou muito o juro, mas deixou que o dólar chegasse a mais de 3 reais. Em 2002, a inflação também foi alta. É claro que ele não se culpa por isso, mas culpa ao Lula. A impressão que fica é que ele queria que as consequências ruins de um dólar a 3 reais sobrassem para o governo que viria a seguir. Nos dois anos, 1998 e 2002, a inflação foi alta. É de certo modo o que redime Armínio Fraga, isto é, ele não transforma a inflação no fim do mundo. Só que não se pode esquecer que com desemprego elevado, ele aumentou o juro para 45% em 1999. E em 2002, não se sabe se ele não aumentou o juro porque não pertence ao grupo que põe o combate à inflação acima de tudo ou porque ele queria que a alta da inflação caísse nas mãos do governo de Lula.

          O grande problema dos próceres do PSDB é que eles não contam a história como eles a conhecem. Armínio Fraga se passa como um grande inimigo da inflação. Pelo dados, eu vejo como uma qualidade de Armínio Fraga ele não ser assim tão inimigo da inflação. É claro que, para o meu gosto, em 1999, ele poderia ter subido o juro um pouco menos e deixado a inflação ser um pouco mais alta. Bem, mas aqui eu mostrei a minha face. Eu sou defensor de mais inflação. E então volto a discuti 1998 comparado com 2014.

          O ano de 1998 foi um ano sem inflação e com alto desemprego. E 2014 foi um ano com baixo desemprego e alta inflação. Aliás, a comparação entre 1998 e 2014 pode também ser vista no post “Manchetômetro comprova: Dilma apanha mais esse ano do que FHC em 1998” no blog Contexto Livre e que pode ser visto no seguinte endereço:

          http://www.contextolivre.com.br/2014/09/manchetometro-comprova-dilma-apanha.html

          No post “Manchetômetro comprova: Dilma apanha mais esse ano do que FHC em 1998” consta que a última atualização foi em 10/09/2014 às 23:00.

          Aqui no blog de Luis Nassif há também o post “A economia e o anti-petismo no centro das eleições de 1998 e 2014” de sexta-feira, 10/10/2014 às 18:04, e que pode ser visto no seguinte endereço:

          https://jornalggn.com.br/noticia/a-economia-e-o-anti-petismo-no-centro-das-eleicoes-de-1998-e-2014

          O post “A economia e o anti-petismo no centro das eleições de 1998 e 2014” traz o artigo “É a economia, estúpido, ou não? A cobertura do Estão nos pleitos de 1998 e 2014” de Luna de Oliveira Sassara e que também saiu no Manchetômetro em 08/10/2014.

          Fernando Henrique Cardoso foi eleito no primeiro turno em 1998. O juro chegou a 45%. Há outras razões importantes como a presença de uma mídia mais partidária ou talvez mais anti-petista, e também a existência de escândalos em demasia a influenciar no resultado da eleição, mas não vou entrar muito nesse mérito. O que se tem como quase certo é que agora em 2014, a presidenta Dilma Rousseff não se vai reeleger. A razão para esse resultado tão desencontrado é que a inflação baixa agrada a todo o mundo. O desemprego só desagrada ao desempregado.

          Tudo isso e mais alguma coisa é quantificado. Todos sabem disso. Como o ganho eleitoral da inflação baixa é maior do que o ganho eleitoral do desemprego baixo, os políticos preferem inflação baixa. Que a Marina Silva faça fileira na luta pela inflação baixa não tem importância porque é uma luta sincera. Ela me parece realmente acreditar que a inflação baixa é melhor para o país. A turma do PSDB sabe que não é bem assim. A turma do PSDB sabe que muitos filhos de país de família desempregados há vinte anos, hoje estão praticando crime. Eles sabem, deveriam sentir-se culpados mas não dão o braço a torcer.

          O ruim em ver o PSDB neste caminho de enganar o eleitor é que salvo uma certa simpatia pelo domínio exercido pelas elites, o PSDB não é um partido de direita tipo o Bolsonaro, o finado coronel Antonio Erasmo Dias, o Malafaia e outros semelhantes. Pela formação, os mais antigos próceres do partido são leitores de Marx e mesmo simpatizantes do marxismo. Então um partido que poderia muito bem estar a esquerda do espectro político adota uma política econômica não porque ela é melhor, mas porque ela dá melhores resultados eleitorais. E com todos os efeitos deletérios que uma política assim causa em um país continental e desigual espacial e socialmente.

          E o pior é que a direita, na pessoa de um servidor da ditadura, pode gabar de dizer aquilo que deveria estar escrito em todas as salas de aula, no rol de entrada de todo Banco Central e que é a frase transcrita a seguir:

          “A igualdade de oportunidade é objetivo fácil de ser enunciado, mas esconde enormes problemas conceituais e práticos. De qualquer forma, deve começar com a chance de todo cidadão ganhar a vida com o seu esforço. De todos os desperdícios de recursos naturais de uma sociedade, nenhum é mais injusto, mais prejudicial à integração social e à autoestima do cidadão, do que negar-lhe a oportunidade de viver honestamente e sustentar a família com o resultado de seu trabalho”.

          Este parágrafo aparece no artigo “Metas inflacionárias” publicado no Valor Econômico de terça-feira, 04/10/2011 às 11:38 e de autoria de Antonio Delfim Netto e pode ser visto no post “As metas inflacionárias, por Delfim Netto” de terça-feira, 04/10/2011 às 11:38, aqui no blog de Luis Nassif no seguinte endereço:

          https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/as-metas-inflacionarias-por-delfim-netto

          É triste saber que um prócer da ditadura tem mais a nos ensinar que um filho da nova República.

          E lembro aqui que eu disse que um político bem assessorado por economistas sabe que a opção pela inflação baixa e o alto desemprego é preferido pela população e sabe também mais alguma coisa. Alguma coisa é o seguinte. A inflação alta está associada com juro real pequeno ou negativo. É prejuízo para o rentista. A inflação baixa está associada com juro real elevado. É com o juro real elevado que o rentista fica mais rico. Ou pode também ser visto do lado do devedor. O juro real positivo aumenta a dívida do devedor. E o juro real negativo reduz a dívida do devedor. Vale tanto para dívida privada como para a dívida pública.

          Assim não é de se estranhar que a dívida pública americana que era de 120% do PIB no final da Segunda Grande Guerra foi vagarosamente sendo comida pela inflação até chegar em 1980 em 30% do PIB, com a queda mais forte ocorrendo com a inflação alta da década de 70 que chegou a 12% no final do governo de Jimmy Carter. De lá para cá, com índices mais baixos de inflação, a dívida pública americana aumentou, devendo está hoje próxima de 80% do PIB. Também não é de estranhar que Thomas Piketty tenha constatado aumento de concentração de renda no mundo exatamente no período em que a inflação ficou menor.

          Enfim, no melhor dos mundos, Armínio Fraga não é tão ruim como parece. Ele apenas errou para mais na dose do juro em 1999 e parece que errou para menos na dose de juro em 2002. Só que o Armínio Fraga do melhor do mundo não é o Armínio Fraga tal qual os outros falam dele nem tal qual ele mesmo diz que é.

          E quanto a crítica ao ministro Guido Mantega, seria bom que antes de montar a crítica você com o seu conhecimento de economia explicasse para nós os leigos qual o fator que fez a reversão da economia no terceiro trimestre de 2013. No comentário meu enviado sexta-feira, 10/10/2014 às 14:22, aqui neste post “Um especialista em especulação financeira a ser levado à Fazenda, por J. Carlos de Assis” de sexta-feira, 10/10/2014 às 12:01, eu remeto para um comentário que eu havia enviado quarta-feira, 08/10/2014 às 21:21, para Motta Araujo junto ao post “O Ministério da Fazenda, Aécio e um psicólogo amador, por J. Carlos de Assis” de quarta-feira, 08/10/2014 às 07:33, aqui no blog de Luis Nassif e com texto de autoria de J. Carlos de Assis e do mesmo modo bastante crítico às idéias de Armínio Fraga. Não vou duplicar o endereço aqui pois ele já aparece no meu comentário anterior. Apenas lembro que lá no meu comentário no post “O Ministério da Fazenda, Aécio e um psicólogo amador, por J. Carlos de Assis”, eu mostro um quadro com dados de crescimento do PIB que sinalizavam uma retomada de crescimento que de repente desmoronou. Por que desmoronou é a pergunta que eu gostaria que economistas com bom nível de conhecimento viessem averiguar.

          Clever Mendes de Oliveira

          BH, 10/10/2014

          1. Mais concordamos do que discordamos

            Com você vou na manipulação da moeda a favor do Brasil e contra os rentistas, na lata. Aja com os outros como queres que ajam contigo mesmo, Jesus Cristo há mais de 2000 anos atrás rsrsrsrs…

            Como o Armínio é da classe plutonômica, fico com o Mantega e a Dilma, por coerência e interesse próprio, é claro!

            O Aécio entra de bobo da corte aqui.

            A nossa diferença é que, não desprezando a técnica e potência das políticas monetaristas, eu acredito que a saída para a vulnerabilidade das nossas políticas de crescimento que sustentam a elevação do PIB se encontram na economia real, que tem de ser estruturada a partir de um novo modelo de governabilidade do Estado.

            Só isto.

             

  2. No debate com Mantega. Perdeu por nocaute.

    Comentei ontem no Twitter o debate Armínio vs Mantega.

    http://g1.globo.com/globo-news/noticia/2014/10/guido-mantega-e-arminio-fraga-debatem-no-globonews-miriam-leitao.html

    Arminio e Miriam falaram pouco, pela avalanche de dados do Ministro que não tiveram como contestar, inclusive a Miriam ficava agoniada em certos momentos.

    Já Arminio tinha pouco para contestar e ate falar, até porque se expuse-se o que ele pensa ai mesmo que a candidatura Aécio vira sopa…

    Fiz uma cópia das frases mais importantes do Guido e transcrevo abaixo (estão em ordem cronológica inversa à entrevista). Leia de baixo para cima. Acompanhe:

    Fim da entrevista. Dados muito importantes que diferenciam as 2 propostas: entreguismo vs soberania.

    Considerações finais de Armínio: blablablá…

    Mantega:fechou a boca de Armínio, que não queria responder expondo suas ideias pro mercado, entreguista

    Mantega: “Renda per Capita, de 95 a 2002, cresceu somente 3%. De 2002 pra cá, cresceu 30%”

    Mantega: “Nosso programa decdesenvolvimento prioriza a geração de emprego e a melhoria de renda dos pobres”

    Mantega: “Em 2002, tesouro aplicava 35 bi atualizados hoje aplicamos 118 bi em Educação”

    Mantega: “Diminuimos o endividamento do Pais, reduzimos as taxas de juros”

    Mantega: “No caso deles FHC foi ao contrário elevaram a dívida que era de 22% em 95 para 60% no final do governo”

    Mantega: “taxas de juros para consumidores caiu pela metade, de 80 para 40 ao ano. Ainda é alto, vamos reduzir”

    Mantega: “Ele, Armínio não faria nós fizemos, política anticíclica, reduzir juros subsidiar crédito”

    Mantega: “Nosso juro REAL hoje é de 4%. No tempo do Armínio era de 13,5 na média”

    Mantega: “Nos recebemos uma divida de 60% do PIB hoje está em 35%”

    Mantega: “BNDS tem lucro hoje de 8 a 10 bilhões. Naquela época era de 500 milhões”

    Mantega: “Na compra dos títulos podres 27 bi não foram lançadas, foi uma engenharia financeira. Nós estamos pagando”

    Mantega: “Governo FHC comprou 27 bi de ativos podres que estavam na caixa” Miriam tragou saliva kkk

    Mantega: “No tempo do FHC a Caixa quebrou uma vez, o BB quase quebrou tiveram que botar dinheiro, sanear”

    Miriam: “bancos pubblicos deveriam emprestar dinheiro a grandes empresas como Friboi” Claro! no passado FHC emprestava pra Globo

    Mantega: “Bancos públicos tem niveis de inadimplência menores que do setor privado. São mais eficientes”

    Arminio relativiza o papel dos bancos públicos. Claro, é costela do mercado e da banca privada

    Miriam não consegue segurar a avalanche de dados positivos de Mantega, corta e pede replica do Armínio

    Mantega: “Programas sociais foram importantes para manter o consumo e gerar mais empregos”

    Mantega: “Num momento de crise bancos privados e mercado se encolhem. Ai que entram os bancos públicos

    Mantega: “Se não houvesse BNDS ninguém comprava equipamentos com juros de bancos privados”

    Mantega: “De 2003 a 2013 investimento cresceu 5,1 ao ano. Nos 8 anos de FHC somente 1% em média”

    Mantega: “Qual é o papel do Estado? Armínio, percebo quer tirar subsídios da economia”

    Mantega: “investimento do Estado em 2002 com Armínio 3,3 do PIB. Hoje 4,7”

    Mantega: “240 bi do BNDS para subsidiar maquinas, caminhões, equipamentos pra todos os setores produtivos”

    Mantega: “Incentivar o investimento dando juros subsidiado (BNDS), viu Arminio”

    Mantega: “Durante a crise devemos fazer política anticíclica, não perseguir o tripé c/juros altos”

    Miriam Leitão: “Voltamos daqui a pouco com Guido Mantega e Armínio FRACO”

    Mantega: “criamos 5,5 milhões de empregos mais do que todo os 2 governos FHC”

    Mantega: “Nós temos a economia saudável, c/economia interna forte e gerando empregos c/salarios altos”

    Mantega: “Arminio no 2º mandato FHC a media de crescimento foi de 1,6%”

    Mantega: “Governo FHC fragilizado com U$ 17 bi de reserva, Hoje temos U$ 380 bi”

    Mantega: “Arminio pegou a inflação de 7,7% no governo FHC e entregou em 2002 com 12”

    Inicio, pergunta sobre inflação. Mantega: “Há 11 anos a inflação está dentro da meta do governo”

    1. Debate

      Estou assustado com a possibilidade do que pode acontecer na eleição, talvez isso esteja afetando meu julgamento, mas não vi esse nocaute.

      Armínio ficou bem tranquilo e Mantega exautado. 

      “Acho que tem um fetiche com o governo FHC” foi uma boa tirada do AF. A campanha do PT tem batido demais no FHC. Desde o debate acho que estão forçando a mão nisso, ao invés de valorizar o que o governo alcançou.

      Vi no Mantega o mesmo que não gostei na Dilma, em alguns momentos falta clareza no racioncínio. Dá a impressão que o outro lado tem um discurso mais pronto.

      No que se refere a economia, considerando o eleitorado médio, o mantra que pegou foi “Brasil cresce pouco, inflação está alta, Brasil cresce menos que a América Latina”. Acho que a função do Mantega ontem era quebrar isso, e não ficar comparando com o governo anterior: melhor explicar que comparar o Brasil com América Latina é comparar maçãs e laranjas, explicar com maior didática o que são e qual a expectativa com as consessões. Porque não abrir um pouco mais o jogo, jogar a armadilha dos juros e câmbio no ventilador? Explica, lança o contraponto. Arminio é o cara que tem que ter medo de abrir o jogo.

      Arminio fez o papel dele, nada a mais que o esperado. Criticou, batendo em pontos que estão na ordem do dia. Fez críticas ao papel do BNDES, que sabemos que pode ser melhorado, embora sem desenvolver nenhuma idéia ou proposta. Obviamente não falou tudo que pensa e nunca vai falar na Globo News, senão perde a eleição.

      Faltou o Mantega fazer o papel dele.

      De novo, não sei se sou eu, mas os tucanos, depois de perder três, estão ficando cada vez mais perigosos. PT tá dormindo no ponto, tem que reagir. Nada perdido. Empate técnico foi melhor pra Dilma na minha opinião, está mais próxima do seu piso, enquanto aécio está batendo no seu teto.

    2. Tony, muito boa síntese,

      Tony, muito boa síntese, obrigado.

      Eu fiquei mais uma vez com a sensação que a única defesa que o PSDB utiliza contra os dados reais, é a balela que o FHC fez o melhor possível pra controlar a inflação da época. Eu sinto que este é o maior entrave que o PT deve quebrar neste momento, uma vez que esta falácia quebra todo o argumento lógico de todos os debates sobre economia que eu vi até hoje. Na minha opinião o PT tem que descontruir este pseudo argumento o quanto antes. E não me parece ser difícil, a princípio.

  3. uns dos perigos
    Voltar se ainda nao cabou!
    Este eh um perigo se voltar a fazer parte do governo.
    Sinceramente nao sei como podemos ainda chamar Arminio de brasileiro.
    Nao gosto do cheiro de pobre e ainda por cima acham nordestino, pobre ignorante.
    So o voto nos torna livre desta turma!

  4. Pancadão seguro e bem dado

    JC de Assis,

    Vou me repetir, desde aquele jantar na casa de JDória Jr. que Armínio Fraga fala, não esconde o seu objetivo.

    Um tranco no S.M., alto demais ( dependendo do interesse e da ocasião, o S.M. é criticado por ser ainda baixo, quando comparado ao S.M de outros países) ;

    BC independente, elevação da taxa de juros ;

    Privatizações- em destaque, a Petrobras e seus 40 bilhões de barris já confirmados, mixaria de 3,5 trilhões de dólares brutos por enquanto;

    Bancos públicos bye bye, e sei lá o que mais. 

    Não se pode reclamar.

    1. Em um ponto discordamos: ele

      Em um ponto discordamos: ele não quer BC independente, isso ficou bem claro na entrevista de ontem quando ele afirmou que BC e Fazenda devem trabalhar em conjunto e não da forma como fizeram neste final de Governo Dilma, quando o BC subiu os juros e a fazenda fez expansões fiscais.

      Quanto ao resto, concordo. E achei que ele não tem estrutura para aguentar uma fase dificil da economia, que fatalmente haverá neste início de 2015.

      1. Devorando

        Daniel,

        Tudo bom com vosmecê ?

        Armínio Fraga já disse que desja BC independente.

        Depois que ele fala sobre uma determinada medida, mais à frente volta atrás, mas não muito – tem feito isto sistematicamente, pois reparo em tudo o que ele fala.

        Estaria na mão de AFraga o toque de degola, pois seria o czar da economia e do próprio governo, uma vez que o rapaz candidato não tem conhecimento teórico,  preparo intelectual e, muito menos, determinação para prevalecer numa discussão com o economista, FHC e muitos outros que o estão cercando.

        E ainda teria Zezinho da Mooca a sabotá-lo pelo máximo, a cobrar a promessa de campanha ,o fim da reeleição, além de outros no CN que estariam prontos para, literalmente, devorar o patropi.

        Ser reforma política, está visto que este país encontra sérios obstáculos.

        Um abraço 

        1. Sabe o Stiglitz, aquele Nobel

          Sabe o Stiglitz, aquele Nobel de economia que outro dia estava sendo citado aqui porque condenava a independência dos bancos centrais ?

          Pois é, ele além de achar que os BCs não devem ser independentes já declarou que considera o Fraga o melhor indicado para o BIRD, o FMI ou até mesmo o Federal Reserve.

           

          1. Stiglitz ainda Nobel

            Luis Sifer,

            Armínio Fraga foi sugerido para o Banco Mundial e para o FED, e como sugestão, não avançou. Estaria por lá hoje em dia. pilotando o avião do Bilderberger.

            Não soube de nenhuma indicação do Nobel para AFraga, que foi seu aluno.

            Quanto ao BC independente do Nobel, te enganaram.

             

            Nobel de Economia lança alerta sobre Banco Central independente

            Prêmio Nobel de Economia, Joseph Stiglitz diz que um Banco Central independente é “desnecessário”. O economista explicou ainda que países com BCs mais independentes tiveram muito mais dificuldades diante da crise financeira global

            Joseph Stiglitz banco central economiaO americano Joseph Stiglitz, prêmio Nobel de Economia (divulgação)

            O debate econômico do momento nas eleições presidenciais brasileiras ganhou nesta quinta-feira 11 uma opinião de peso. Em palestra na sede do Banco Central da Índia, o economista americano Joseph Stiglitz – agraciado com Prêmio Nobel de Economia, em 2001, e economista-chefe do Banco Mundial, entre 1997 e 2000, afirmou que a discussão sobre a independência dos bancos centrais é superestimada:

            “A crise mostrou que um dos princípios centrais defendidos pelos banqueiros do Centro-Oeste (Europa e Estados Unidos) é o desejo de independência do banco central”, disse ele, para em seguida se opor à iniciativa:

            “Mas na melhor das hipóteses, essa posição é questionável. Na crise, os países com bancos centrais menos independentes como China, Índia e Brasil fizeram muito, mas muito melhor mesmo do que os países com bancos centrais mais independentes, caso da Europa e dos Estados Unidos”, completou.

            VEJA TAMBÉM: Por que Aécio e Marina defendem a independência do Banco Central?

            No Brasil, a candidata Marina Silva, do PSB, tem defendido com ênfase a necessidade de dar autonomia ao Banco Central. Essa posição também está sendo vocalizada pela coordenadora de seu programa de governo, Neca Setubal, herdeira do banco Itaú, a maior instituição privada do País.

            A presidente Dilma Rousseff fez da promessa de Marina um cavalo de batalha. Na propaganda eleitoral na televisão, o PT de Dilma comparou o BC independente à entrega de um poder semelhante ao de presidente do Congresso a alguém sem mandato e com grande risco de ligação com os interesses do mercado financeiro.

            Podendo decidir sobre as taxas de juros e câmbio, estabelecer e executar metas de inflação e baixar a mais variada legislação de regulação de mercado, um presidente de BC autônomo em relação ao Poder Executivo pode operar a macroeconomia na direção que julgar mais conveniente.

            Stiglitz manifestou uma opinião em linha com a de Dilma.

            “As instituições públicas são responsáveis, este não é o problema. A questão é quem vai estar lá e qual política ele vai praticar”, frisou Stiglitz.

            Modelo de BC independente, o Federal Reserv dos Estados Unidos foi criticado por Stiglitz, que se ateve ao papel desempenhado, antes da eclosão da crise financeira, pelo presidente do Fed de Nova York, William Dudley.

            “Dudley executou um modelo de má governança em razão de seu conflito de interesses: ele salvou os mesmos bancos que ele deveria regular – os mesmos bancos que lhe permitiram ganhar a sua posição de mando”, sentenciou.

            Ao seu feito sem meias palavras e polêmico, o prêmio Nobel passou a dizer que um presidente de BC escolhido pelo mercado, como anunciam Marina e Neca, tende a atender os interesses desse mesmo mercado, ainda que estes sejam contrários ao do grande público.

          2. Claro, nenhuma

            Claro, nenhuma incoerência.

            Para o propósito de criação dessas entidades, o Armínio Fraga é perfeito.

            Até já teve o seu nome cogitado para o FED.

          3. O melhor indicado

            Eles também acham o Aecim o mais indicado para governar Brasil.

            Esse é um grande motivo para, justamente, votar Dilma.

    2. Petrobras, 40 bilhões de

      Petrobras, 40 bilhões de barris confirmados? Onde vc viu isso? Nenhum banco de dados de energia, a Agencia Internacional de Energia oa ONU ou a Energy Information Agency do Departamento de Energia dos EUA registra para o Brasil todo 16 bilhões de barris incluindo pre-sal. O site da Petrobras tambem dá esse numero.

      E oleo embaixo da terra ou do mar não vale 100 dolares o barril, vale 5 dolares, valor com o qual a União capitalizou a Petrobras em 2009. 100 dolares vale o petroleo em Rotterdam, pronta para entrega, é como preço da laranja na feira e o preço da laranja no pé em Pirassununga.

      Cada papo de bar de batidas.

  5. Tenho sofrido pesadelos

    Tenho sofrido pesadelos assombrosos, caso a tragédia que se avizinha aconteça, me vem a mente a bandeira norte-americana tremulando na Base de Alcântara para a chegada de Joe Bidem .

    Aécio Neves, os irmãos marinho, Luciano Hulk, Civita, Armínio Fraga e Marina Silva enfileirados beijando as maõs do dirigente norte americano  e a 300 metros de distância, Lobão, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Roger, Paula Toller, Merval Pereira, Miriam Leitão, Faustão, Boris Casoy e Jô Soares com as mãos no peito e emocionados quase chorando, entoando o hino norte-americano .

    Todas as emissoras de rádio e TV’s sediadas no Brasil transmitirão ao vivo a chegada do chefe norte-americano para o início da cerimônia de beija mãos .

  6. O que é isto companheiros? O

    O que é isto companheiros? O futuro quase-Ministro de Aécio Neves é um cara ligadão no PIB: Pilhagem Integral do Brasil. Ha, ha, ha… 

  7. “TENTATIVA DE INTERFERÊNCIA

    “TENTATIVA DE INTERFERÊNCIA NA DISPUTA ELEITORAL”

    liuz moura1310 de outubro de 2014por Paulo Moreira Leite

    Para Conselheiro Nacional do Ministério Público, vazamento de informações obtidas pela delação premiada compromete imparcialidade da Justiça

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    Doutor em Direito, com curso de pós-graduação na Alemanha, o professor Luiz Moreira é um dos principais estudiosos da judicialização — aquele processo das sociedades contemporâneas pelo qual o poder judiciário busca interferir em decisões do poder político. Conselheiro Nacional do Ministério Público, Luiz Moreira condena com veemência o vazamento das informações de Paulo Roberto Costa e Alberto Yousseff a respeito do escândalo da Petrobras. Isso porque elas foram obtidas pelo regime de delação premiada — cujo pressuposto é o sigilo. “Cria-se a sensação de que estamos num vale tudo e que o sistema de justiça além de imiscuir-se na disputa eleitoral também não tem compromisso com a ordem jurídica,” diz Luiz Moreira. O professor deu a seguinte entrevista ao 247:

    PERGUNTA –Como explicar que informações obtidas a partir de um acordo de delação premiada tenham vazado para os jornais, para o rádio e a TV?

    Explica-se a partir de uma tentativa de interferência na disputa eleitoral. É lamentável que o sistema de justiça produza essa anomalia, ou seja, que um procedimento judicial cercado de técnicas sofisticadas de colhimento dos testemunhos simplesmente se volte contra a ordem judicial que determina seu sigilo. No fundo, esse vazamento deslegitima o sistema de justiça, porque ele perde sua imparcialidade, porque perde seu apego à legalidade.
    Cria-se a sensação de que estamos num vale tudo e que o sistema de justiça além de imiscuir-se na disputa eleitoral também não tem compromisso com a ordem jurídica.

    PERGUNTA Por que nenhuma autoridade assume suas responsabilidades nessa situação?

    Esta situação é fruto de uma covardia institucional que prospera em certos círculos, em que arestas são evitadas. Este é o ambiente propício para que interesses corporativos se sobreponham à República. Impressiona o silêncio das autoridades e a disseminação de uma cultura de desconfiança em que todos somos corruptos até que se prove o contrário. Este ambiente que produziu uma espécie de estado de exceção que ataca diretamente as liberdades e criminaliza a política. Claro que institucionalmente estas ações tem propósito eleitoral e político. Eleitoral porque é produzida para interferir no segunda turno das eleições presidenciais; política porque fabrica a submissão do Estado aos órgãos de controle e cristaliza o status quo.

    PERGUNTA -Qual a justificativa para se manter a delação premiada sob sigilo?

    Era de se esperar que o sigilo  durasse, no mínimo, até que o processo eleitoral fosse concluído. Fundamental para o sistema de justiça é a produção de segurança e que a sociedade lhe atribua respeitabilidade. Se o sistema de justiça passa a agir sem critérios mínimos e passar a se imiscuir na disputa eleitoral, deixa de ser visto como imparcial. O sigilo é inerente à delação premiada. Nesse sentido, os testemunhos só são verossímeis se acompanhados de provas. Sem provas, não têm qualquer valor jurídico.

    PERGUNTA — Por que acreditar que as informações estão sendo divulgadas de forma seletiva?

    A seletividade é óbvia. Explico: os depoimentos colhidos são tomados a partir de uma técnica sofisticada que garante o sigilo, protege os dados e impossibilita tanto a difusão do teor dos depoimentos quanto das informações colhidas. Nesse sentido, há uma engenharia responsável pelo vazamento que seleciona criteriosamente que partes devem ser divulgadas e o momento adequado para que o vazamento chame mais atenção e cause mais impacto nos eleitores. Estou afirmando claramente que há um projeto de poder nesses vazamentos, que tenta se sobrepor pelo medo, na medida em que produz uma chantagem institucional sem precedentes. Não por acaso as duas delações em que questão vazam, respectivamente, na reta final do primeiro turno e no início do segundo. Todo mundo sabe que seria possível aguardar o fim das eleições. Isso não iria interferir de forma nenhuma na produção de provas nem nos testemunhos.

      

  8. O Fraga é o melhor que temos

    O Fraga é o melhor que temos em termos de economistas. O mundo sabe disso.

    Deixa ele assumir e verão a credibilidade na nossa economia, o que mais precisamos hoje, disparar.

    Não foi a toa que Aécio o anunciou como possível Ministro, caso eleito.

    Aliás, em 99 não fomos à moratória, durante a crise asiática por causa dele a frente do BC.

    1. Eu gostaria que fosse

      Eu gostaria que fosse verdade, para o caso de o Aécio vencer, estivéssemos bem, mas não é.

      Voce viu a entrevista que ele deu ontem ?

      O cara é fraco demais.

      A proposta dele é cortar gastos, só isso. O restante do aumento de investimentos e desenvolvimento viria por si só.

      Ele falou também em reforma tributária (qual ?), que não depende só do Governo, mas do congresso, aonde é dificil negociar, e de obras de infra-estrutura que a iniciativa privada deveria fazer. Quando e como a iniciativa privada vai fazer obras de saneamento, por exemplo ? Nunca, a não ser com parcerias público privadas, por ex, e olhe lá. Isso o Governo atual já faz, além das concessões, que já estamos fazendo também.

      Ou seja, o que está no arbítrio dele mesmo, a única coisa que está em seu poder discricionário, ou seja, que ele fará, sem dúvida, são cortes de gastos. É isso que ele fará. Levando faltalmente a economia, ai sim, a recessão. 

       

      1. A entrevista precisa ser
        A entrevista precisa ser dissecada e desconstruída nas falsas afirmações , como p.ex. a crise na economia mundial acabou tem cinco anos. Se é verdade, a europa e os EUA estão brincando de desemprego, de fazer o PIB patinar etc. Nassif, desconstruir as falácias do Armindo Fraga é preciso e didático.

      1. Se vc acompanha a vida

        Se vc acompanha a vida politica dos EUA saberia que hoje George Soros e sua Open Society estão muito  à esqurda de Arminio Fraga. Soros está usando sua fortuna para bancar CAUSAS que aqui no Brasil seriam consideradas de esquerda, ele tem grande influencia no Partido Democrata, há um livro novo que comprei há alguns meses em NY onde o autor diz que Soros, junto com o casal Clinton, é o “”dono” do Partido Democrata e vai empurrar o partido para a esquerda..

        Quanto aos fundos abutres da Argentina, Soros já se declarou do lado da Argentina e para ajudar Cristina Kirchner na semana passada comprou grande numero de papeis na Bolsa de Buenos Aires.

        O mundo vira, e bom sempre acompanhar essas viradas.

        Muita gente não  sabe que a Fundação Ford é foi por duas vezes objeto de Comissão de Investigação do Senado dos EUA por patrocinar causas comunistas, terroriistas e anti-americanas, a Ford Foundation é a unica das grandes fundações americanas que apoia integralmente a causa palestina.

        Pouca gente sabe que o exilado Leonel Brizola foi perseguido pela ditadura uruguaia e sentindo-se ameaçado de prisão apelou para a Embaixada americana que lhe deu documentos para sair imediatamente do Uruguai, providenciou transporte e lhe deu asilo diplomatico para morar em Nova York, onde os americanos lhe deram cobertura completa, proteção e segurança, Brizola lá viveu por dois anos, este fato é publico mas muita gente ignora.

        Então esses “”clichês”” não servem para contar uma estória séria.

        1. Me poupe

          Motta,

          Me poupe do seu palavrorio intranscendente e da sua retórica empoeirada, recheados de dados enciclopédicos inúteis e pretensa erudição.

          Já falei isso uma vez a você. Não sou afeito a esse tipo de comportamento, próprio de convescotes dos pavões.

          Sei quem é Soros, as causas que defende e a da sua “filantropia” engana otários.

          Vivemos tempos de internet… Esquece o seu passado de caixeiro viajante.

    2. Se por credibilidade você entende exploração…

      Armínio Fraga = Porteiras abertas para o capital especulativo => arrocho salarial, desemprego, fim dos programas sociais, corte dos investimentos públicos e aumento de juros.

      Bom para os especuladores, rentistas, estelionatários e aproveirtadores.

      Péssimo para os trabalhadores e empresários produtivos.

      Desastroso para o País.

      Excelente para o grande capital erspeculativo internacional.

      Sim, tem aqueles para quem Armínio Fraga é ótimo.

      São poucos, mas são poderosos.

      A maioria que se dane!!!

    3. Crise asiática em 1999?

      Como não acredito que alguém possa se expor ao rídiculo de se manifestar hoje em dia por desinformação, pois está tudo ai à mão, somente digitar duas ou três palavras tropegas que se acha qualquer coisa, você deveria SABER que a crise asiática aconteceu em 1997. 

      Portanto,  posso crer que seu comentário é taxativamente FALSO!!!!!! Aliás quem lhe disse que não quebramos em 1999???

      Você não é nada inocente. Poranto, se informe, nem todos são imbecis!

    4. Não fomos

      Uma correção no seu comentário : Em 99 não fomos a moratória não graças ao Armínio, mas graças aos 12 milhões de desempregados, que o Armínio fraga simplismente ignorou como se não existissem.

       

      E o quem nos deixou próximos da moratória foi o PSDB, com sua política de não guardar divisas, quem começou a guardar foi o Lula apos 2002.

  9. Tanto disseram que não resta dúvida: Inês jaz

     

    J. Carlos Assis,

    Luta inglória esta sua. Ali, no terceiro trimestre de 2013, algo de estranho aconteceu com a economia brasileira e todo um projeto racionalmente construído desmoronou-se. O que ocorreu até o segundo trimestre de 2013 foi uma recuperação econômica que se encaminhava de modo firme e gradual, de uma maneira que nunca havia ocorrido antes na economia brasileira que mais funcionava nos arranques e freadas, nos trancos e barrancos. Sem, os dados favoráveis da recuperação e com os dados sobre a corrupção a aparecer a todo momento na mídia, a corrente keynesiana vai ter que se recolher por um longo e longo período.

    A esperança é que Aécio Neves não deixe as coisas seguirem o curso que um Armínio Fraga gostaria de dar. Não se pode esquecer que um dos problemas que afetou a votação de Aécio Neves em Minas Gerais foi o aumento da carga de impostos que ele praticou como governante e que A. Augusto Junho A. também endossou. Ontem, um representante comercial que disse que iria votar no Aécio assustou-me quando disse que a baixa votação de Aécio em Minas Gerais era decorrente da taxa de incêndio introduzida no governo dele e da Substituição Tributária que ele espalhou no ICMS. Assustou-me porque não me parecia que havia essa percepção de Aécio como alguém que aumentasse a carga tributária e como consequência essa percepção tenha causado uma resistência do comércio para com ele.

    Bem, eu, ao contrário dos Keynesianos, sou sempre a favor do aumento dos tributos. E assim se não fosse o fato de que eu sempre vi o PSDB como um partido que sempre diz, não aquilo que o partido pensa, mas aquilo que o partido acha que tem melhor aceitação na população, eu teria mais razão de votar no Aécio do que na presidenta Dilma Rousseff. Para mim o governante que diz uma coisa, mas faz outra, seja porque ele não conseguiu fazer aquilo que prometeu, seja porque ele percebeu que o que ele prometeu não é correto, é aceitável. O que eu não aceito é o governante dizer uma coisa, sabendo que o que ele pensa é outra coisa. Nunca vi alguém do PSDB que não haja assim. E para agir assim é preciso não ter consideração pelo eleitor. E assim, seja em outro partido qualquer quando eu percebo esta característica seja no PSDB já de antemão, por mais ilustrado que seja o candidato, eu recuso a votar nele.

    E deixo aqui um link para o post “O Ministério da Fazenda, Aécio e um psicólogo amador, por J. Carlos de Assis” de quarta-feira, 08/10/2014 às 07:33, aqui no blog de Luis Nassif e com texto de sua autoria e do mesmo modo bastante crítico às idéias de Armínio Fraga. O endereço do post “O Ministério da Fazenda, Aécio e um psicólogo amador, por J. Carlos de Assis” é:

    https://jornalggn.com.br/noticia/o-ministerio-da-fazenda-aecio-e-um-psicologo-amador-por-j-carlos-de-assis

    O post “O Ministério da Fazenda, Aécio e um psicólogo amador, por J. Carlos de Assis” está atualmente com 53 comentários e lá no fim da primeira página há um comentário meu que ajuda a explicar porque eu considero inglória esta luta em defesa da muito boa política econômica de Guido Mantega. Inglória porque o resultado apresentado sob o aspecto de crescimento econômico é ruim. E os fatos mesmo que sejam só versões contra o governo pesam, principalmente quando os encarregados de apresentar os fatos não se preocupam em fazer a distinção entre fatos e versões.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 10/10/2014

    1. Terceiro trimestre de 2013 – pós manifestações

      O que lhe intriga é a manipulação das massas feita por gatilhos de engenharia psicossocial que usa uma matemática muito avançada.

      Coisa de ficção científica mesmo, habilitada hoje pela manipulação inteligente de grandes bancos de dados e uma computação de alta performance, aliada a uma tecnologia de massa individual instântanea.

      Ficaste velho antes do tempo, Clever.

  10. o armínio é o representante

    o armínio é o representante de um mal-ajambrado

    patriarcalismo/ coronelismo economico justificados pelo neonliberalimo tucano anterior a lula.

    bucaneiros, cuja pilhantragem foi evidente na era do nauFraga como diretor do bc.

    flibusteiros, cujos privatas quebraram o país tres vezes e entregaram as estatais a preço de banana.

    banana! criaramo império do tucabananalha.

    parece que querem evoluir para o tungatristão!

  11. Trabalhador que votar pela

    Trabalhador que votar pela volta dessa turma ao poder ,ou sofre de amnesia ou gosta de sofrer, dou um desconto para aqueles que não viveram os tempos tenebrosos desses “sabios” para ,que pelo visto, tem o conheciemtno embotado por que quando no poder o povo sofre horrores com a suas sapiencias; para amenizar o descalabro quando falou que o salario estava alto demais veio com o eufemismo do deixar o bolo crescer para dividir, é mais do mesmo, e piorado!! 

  12. Calcanhares de Aquiles

    Creio que no devido momento a indicação do nome de Armínio Fraga funcionará como mais um “calcanhar de Aquiles” da inconsistente campanha de Aécio Neves.

    1. Pow malandro..ataque grátis?

      Pow malandro..ataque grátis? O Luis Sifer é estranho, pois acha que o Fraga é mais preparado e bla blá, mas Lucifer? 

      1. Defendo a liberdade de expressão, sem limites, especialmente aqu

        Aqui no blog, com as excessões de praxe, identificáveis na primeira linha escrita, não tem inocente.

        Ninguém, eu disse ninguém precisa ser tutelado como um incapaz.

        Isto posto, é direito inalienável do Lussifer se defender, independente de isto ser possível ou não.

         

         

  13. Misericordia

    Se este sujeito ganhasse, a primeira coisa q prometeu fazer seria privatizar a caixa e o banco do Brasil.

    Mas lógico que a petrobras e os correios viriam depois. E tudo a troco de banana.

    Claro q cumpriria também com a promessa de abaixar o salario minimo ao máximo e aumentar o desemprego também para “combater a inflação”. Haveria muito mais, como sucatatear o programa ferroviário que o PT tá “ressucitando” após FHC ter privatizado.

    E pelo jeito com o Arminio na Fazenda teria mais poderes do que quando era só Presidente do Banco Central. e tudo isto com a blindagem da midia. Pior, tentaram silenciar os blogs de esquerda uma vez e não conseguiram, mas no poder isto seria um fato.

     

    Pelo menos nada disto acontecerá com o meu voto e a minha consciencia está tranquila.

  14. É de dar pena!

    Os quadros econômicos da esquerda não tem estofo intelectual para uma crítica como a deste post, não conhecem, não dominam e não acreditam no capitalismo. Mercadante, Mantega, Marcio “frango e ovo” Holland ? Pfui….

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