Uma operação midiática, política e lucrativa, por Fábio de Oliveira Ribeiro

O poder da Lava Jato é uma construção simbólica privada, não pública. E ele foi concebido para para sabotar o Estado de Direito e o substituir pelo Estado da Direita

Uma operação midiática, política e lucrativa

por Fábio de Oliveira Ribeiro

Tenho visto na internet diversos juristas questionando a legitimidade do acordo entre a Lava Jato e a Petrobras, através do qual uma quantia bilionária será transferida para o MPF. Ao que parece os juristas se esqueceram do principal. A Lava Jato existe no abismo entre a legalidade e o espetáculo dramático-político.

Desde o golpe “com o Supremo com tudo”, que substituiu a CF/88 pelos 3 princípios do Direito Achado na Boca de Fumo (É nóis na fita, maluco. Tá tudo dominado, mano. Essa boca é nossa, porra.), a esquisitice jurídica se tornou regra, meu caro.

Assim como a Justiça Federal e o TRF condenaram Lula por ato inespecífico substituindo a ausência de prova do crime pela convicção da culpa, o MPF pode roubar a Petrobras fornecendo ao “respeitável público” prova inequívoca do roubo. Tá tudo dominado, mano.

Enquanto os juristas argumentarem como se a nossa legislação estivesse em vigor será impossível derrotar os traficantes de conceitos jurídicos. A Lava Jato de Deltan Dellagnol e Sérgio Moro não foi concebida no Brasil para operar segundo as regras brasileiras, mas para destruí-las.

Sob a superfície dos conceitos traficados dos EUA para o Brasil, porém, algo mais pode ser visto. Enquanto manifestação de um poder que se pretende ilimitado por qualquer Lei, a Lava Jato opera exatamente como uma Boca de Fumo carioca. Promotores e juízes são “manos”, entendem?

Há mais de dois anos a Lei não se constitui, nem pode se constituir, como uma norma objetiva, geral e abstrata. Vem daí a expressão “Direito Achado na Boa de Fumo”, cujos princípios indicam claramente que a Lei aplicada pela Lava Jato emana da subjetividade dos traficantes de conceitos.

Entre os lavajateiros e a sociedade não existe qualquer possibilidade de coexistência. Eles são foras-da-Lei e exercem um poder ilimitado porque a mídia (refiro-me obviamente à Rede Globo) utilizou-os como vetores dos interesses privados que se expandiram dentro do poder público.

O poder da Lava Jato é uma construção simbólica privada, não pública. E ele foi concebido para para sabotar o Estado de Direito e o substituir pelo Estado da Direita. A perpetuação da nova realidade alternativa, entretanto, depende de fundos. Vem daí o roubo legal da Petrobras.

Fábio de Oliveira Ribeiro

3 Comentários

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  1. A lava jato tinha que ter sido desfeita pelo stf ou pelos melicos. Não foi.
    Destruiu a engenharia pesada brasileira.
    Destruiu a indústria de construção naval.
    Desgraçou a Petrobrás.
    Ninguém deteve
    Prendeu o Lula.
    Transformou a Petrobrás numa escrava de wall Street, pois assinou o “acordo”.
    Agora é tarde.
    A lava jato ( a farsa) vai destruir esse país, ou encaminhá-lo pra lá.
    E quem vai mudar isso, meus caros?
    Acho que nem o camarada mais pessimista poderia imaginar tal “desintegração”.
    Falando em linguagem de malaca, quer dizer de procurador/delegado/juiz da lava-jato:
    – Agora “embaçou de vez, maluco”!

  2. Fábio parece ser o único que não doura a pílula. A lava jato é uma célula terrorista dos EUA plantada no Estado de Curitiba. A cúpula das forças armadas deve saber disso e, por evidente, concorda com a operação. Seria menos humilhante se fôssemos um Haiti, bem, estava esquecendo que nossos valorosos soldados não conseguiram cuidar do Haiti.

    1. Quando precisou financiar o terrorismo para-militar, a CIA apelou para o tráfico de heroína/cocaína. Os traficantes de conceitos formados nos EUA seguem o mesmo padrão. O terrorismo jurídico-político quer se perpetuar, mas precisa de dinheiro não sujeito ao controle orçamentário.

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