Estado Islâmico assume autoria de atentado em boate em Istambul

 
Jornal GGN – Nesta segunda-feira (2), o Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelo atentado em uma boate em Istambul, na Turquia, que deixou 39 mortos e 69 feridos na virada do ano. 
 
De acordo com a agência Reuters, o grupo reivindicou a autoria do ataque através de um comunicado pelo aplicativo de mensagens Telegram, um método que já foi utilizado anteriormente. 
 
“Em continuação às operações abençoadas que o Estado Islâmico está conduzindo contra o protetor da cruz, a Turquia, um heróico soldado do califado atacou um dos clubes noturnos mais famosos onde os cristãos celebram seu feriado apóstata”, afirmou o comunicado. 

 
 
A polícia turca prendeu oito suspeitos de ter conexão com o atentado, cometido por um homem fantasiado de Papai Noel que abriu fogo contra pessoas que estavam na porta da casa noturna.
 
A Turquia faz parte de uma coalizão liderada pelos Estados Unidos contra o Estado Islâmico. Em agosto, o país lançou uma incursão na Síria para expulsar os radicais islâmicos. 
 
Entre as vítimas do ataque, estão cidadãos da Arábia Saudita, Marrocos, Líbano, Líbia, Israel, Índia, um cidadão turco-belga e uma mulher franco-tunisiana. 
 
Em 2016, a Turquia foi alvo de mais de dez atentados, alguns atribuídos ao Estado Islâmico e outros a militantes curdos, com centenas de mortos. Além disso, o país também passou por uma tentativa de golpe de Estado fracassada, em julho. 
Redação

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  1. Assim que a Alemanha assinar seu contrato de fornecimento de gás russo ou iraniano….Porque não há outros fornecedores MESMO….

    O ISIS vai para Berlin.

  2. Daesh e a guerra verbal

    Tenho visto em outras publicações o termo “Daesh” em referência a esse grupo terrorista deplorável. 

    Segue abaixo reprodução de reportagem publicada na Sputinik Brasil sobre as razões para o não uso da expressão “Estado

    Islâmico”. 

    Como diria Drummond, ouro de Minas, em “O lutador”, “lutar com palavras é a luta mais vã, entanto, lutamos mal rompe a

    manhã”. 

    “Luta linguística antiterrorista: por que usamos ‘Daesh’ em vez de ‘Estado Islâmico’?

    Mostrar mais: https://br.sputniknews.com/mundo/201512022949370-daesh-terrorismo/

    “5:06 02.12.2015(atualizado 05:53 15.12.2015) URL curta2212558522

    O Conselho Interreligioso russo exigiu a unificação de todos os nomes do grupo terrorista proibido na Rússia, que na mídia é conhecido como ISIL, ISIS ou Estado Islâmico (EI). Ao que se sabe, após este pedido muitas edições resolveram seguir a proposta. A Sputnik esclarece a razão por trás da exigência. De acordo com o Conselho, o nome que os militantes usam para se referir a si mesmos dá uma noção errada de Islã. O vice-chefe da Administração clero de muçulmanos da Rússia Damir-hazrat Mukhetdinov explicou o uso linguístico da palavra e a noção religiosa: “O mais correto é chamar a organização de acordo com a sigla árabe Daesh. É claro que a tradução em russo seria a mesma [Estado Islâmico do Iraque e Levante], mas não é óbvio, quando jornalistas escrevem Daesh. Por exemplo, o que é ‘Al-Qaeda’? Nós não traduzimos isso em russo e, por esta via, não demos o equivalente à palavra, que significa ‘regras’. Mas, no caso do uso do nome ‘Estado Islâmico’, a palavra Islã é usada no significado errado”. Daesh, ISIS, ISIL – o que tudo isto significa?  “Daesh” é a sigla em árabe para al-Daula al-Islamiya al-Iraq wa Sham (Estado Islâmico do Iraque e Sham [Levante]). O mais correto seria “Daish”, mas a variante “Daesh” é mais usada na mídia, o que é mais correto do ponto de vista de pronúncia.

     O acrônimo ISIS é usado amplamente na mídia em inglês e significa Estado Islâmico do Iraque e Síria, o que provoca muita controvérsia, já que o Iraque e a Síria são dois Estados soberanos que não têm nada a ver com os terroristas cujas ações sangrentas sacodem o mundo inteiro. Altos diplomatas e políticos em várias línguas, inclusive o inglês, usam o acrônimo “ISIL” no qual a única coisa que difere da sigla anterior é a letra “L” que significa Levante – uma região não determinada de forma precisa e que abrange Síria, Palestina, Jordânia e Líbano. Em árabe, a região do Levante chama-se al-Sham e é também conhecida como Síria. Resumindo, Levante e al-Sham são quase a mesma coisa.  “Daesh” porque os terroristas odeiam o nome. Como é geralmente sabido, a guerra deve ser travada em todas as frentes, inclusive na mídia e na opinião pública.  Em árabe, esta palavra é semelhante à “Daes”, que significa “aquele que esmaga algo” ou “Dahes” que pode ser traduzido como “aquele que semeia a desordem”.  Segundo divulgou o jornal britânico Mirror, citando o canal de TV norte-americano NBC, militantes do grupo terrorista ameaçaram “cortar as línguas de cada um que pronuncie a palavra ‘Daesh'”. Além disso, nos territórios controlados pelo grupo terrorista, o uso da palavra “Daesh” não só é proibido, mas o castigo são 70 chibatadas, informou o jornal britânico The Independent.

    Quer dizer, os próprios terroristas oferecem mais uma razão para usar ainda mais ativamente a palavra “Daesh” porque o que é mau para os terroristas é bom para o mundo. O Estado Islâmico não é um Estado! O nome “Estado Islâmico” implica uma certa noção de instituição, o que claramente não tem nada a ver com a realidade. Para evitar esta noção, é melhor referir-se aos terroristas usando o termo “Daesh” porque de fato os terroristas em questão representam um quase-Estado que nunca foi reconhecido formalmente nem internacionalmente.    Enfim, chamar “Estado” a um grupo de criminosos que cortam gargantas perante as câmeras é demasiada honra. 

    Não ao califado global! Os terroristas do Daesh desistiram da ligação regional (a autodesignação de Estado Islâmico do Iraque e do al-Sham) e adotaram “Estado Islâmico” porque não respeitam fronteiras estatais e pretendem construir um califado global. Posicionam-se como uma formação religiosa supranacional – retiraram todas as referências à Síria e ao Iraque dos livros de estudo nas escolas nos territórios controlados e eliminaram a fronteira entre a Síria e o Iraque nas áreas que controlam.  

    Por isso, não querem ver nenhuma referência aos nomes de Estados (neste caso, o Iraque) e territórios históricos (neste caso é o al-Sham). Seguindo o princípio “o que é mau para os terroristas, é bom para o mundo” não devemos dar aos terroristas “combustível” para a construção do califado global, ou seja, devemos guardar a referência regional no nome do grupo terrorista – o Daesh inclui esta referência; o Estado Islâmico, não. O Daesh deve ser localizado e destruído! Não devemos dar aos terroristas a possibilidade de expandir-se globalmente. ” (https://br.sputniknews.com/mundo/201512022949370-daesh-terrorismo/)

    SP, 02/01/2017 – 16:54

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