O fascismo ucraniano e o martírio do governador Aleksandr Bashkalenko.

São cenas omitidas pelos meios ocidentais, devido ao partidarismo óbvio que tomaram, sobre os acontecimento na Ucrânia. Elas apresentam um retrato fiel, revelam o caráter fascista inequívoco, das forças que realizaram o putsch da praça (Putsch Maidan), em Kiev. São essas forças que animam e impulsionam o novo regime implantado pelo golpe.

Manifestantes liderados por uma milícia fascista do Setor Direito (Pravy Sektor), comandadas por Pavlo Daniltchuk, após invadirem prédio da administração regional, sequestram o governador da Volínia com violência e o arrastam até um palco montado numa praça, na cidade de Lutsk.

O governador, que tinha no dia 19 de fevereiro somente duas semanas de posse no cargo, é acusado de corrupção – como se houvesse tempo para realizar falcatrua em tão curto prazo – e coagido diante da multidão para assinar sua renúncia. Sofre coação física e moral; é enxovalhado e chutado, torturado publicamente, em meio a ameaças de ataques contra sua residência e família. Num dia gélido de inverno, despejam sobre ele água fria; aos pontapés, seu algozes o acorrentam com algemas num canto do palco. Após o ato público, desaparece por alguns dias, levado pelos seus sequestradores. Há informações de que foi torturado nesse período; assina sua renúncia três dias depois desses acontecimentos.

Aleksandr Bashkalenko nasceu na república russa do Daguestão. Formou-se engenheiro eletricista na academia militar. Com o fim da União Soviética, deixou o exército e foi trabalhar numa pequena empresa. Fez carreira como dirigente de empresas, formou-se em direito, foi eleito deputado no Conselho da Volínia, pelo Partido das Regiões, antes de ser nomeado governador. 

Nesse episódio, ao recusar a assinar em público o que a turba exigia com coação, Aleksandr Bashkalenko mostra um comportamento bravo e bastante digno, diante dos ataques covardes que sofria.

O momento em que, aos chutes e torções no braço, é acorrentado no palco. Observem que o líder da manifestação, Pavlo Daniltchuk, deputado no conselho de Volínia, também executa a operação e aplica pontapés no governador:

http://www.youtube.com/watch?v=kKZ6PuLIMq0]

 

O acorrentamento visto de outro ângulo,  sob os gritos de “glória a Ucrânia” (slava Ukraine):

http://www.youtube.com/watch?v=zBTzK95rrMI]

O governador capturado em frente ao prédio da administração regional; mesmo coagido, ele se pronuncia para a população, pede calma e que se evite envolver em violência, para em seguida ser levado com brutalidade ao palco da praça:

http://www.youtube.com/watch?v=zo6O3e8G_kc

No vídeo a seguir, a partir de 1:20 minutos, mostra o momento em que despejam sobre ele água fria, em pleno dia de inverno ucraniano:

[video:http://www.youtube.com/watch?v=bPRkmdd7oI4

 

O vídeo abaixo apresenta um pouco da ideologia do Pravy Sektor, o movimento que organizou a manifestação “democrática” retratada acima, que pretende se tornar um partido e lançar seu líder, Dmytro Yarosh, candidato a presidência. Yarosh é o segundo nome à frente do Conselho de Segurança Ucraniano, nomeado pelo governo que emergiu do golpe; o primeiro é  Andriy Parubi, fundador de um partido que levava de início o sugestivo nome de Partido Nacional-Socialista da Ucrânia, hoje camuflado com o nome de Svoboda (liberdade), que detém cinco ministérios, no governo que tem apoio nas “democracias” ocidentais. O fascismo voltou a ser uma forma legítima de governar, para o capitalismo na crise atual.

Assistam e se assustem:

[video:http://www.youtube.com/watch?v=y5Ku6EXlceg

 

Leiam também o artigo:

Ucrânia: Anti-fascistas europeus, despertem! A peste castanha está de volta!

 

 

Redação

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