Cafezá – Catarina e Jarirí, uma paixão sobre-humana

    U chão grudento tava  quérenu si carçá, puxanu prele os sapato dos pé deiles, qui atolavam as butina. Jarirí inté brincô:

– Dévórvi meo sapato, vai pégá di outra jienti, dacueles qui tem muitus, Grudão Chocolate!  

    Liso iguar um moi di quiabu cum cebola roxa, às veizi eile si tórnava rampa co capim, dislizanu eiles, qui nem pricisavam trócá pérna pá dá passo i planavam iguar uma foinha deitada na nata du rio. Ondinhas d’água. Músicas dáguaçar.

– Chuvilinda num qué pará di sigui nósi, mestre. Éila tá atráiz docê, grudô nu véi, sapaxonô i tá quérenu matrimonho cocê.

– Dexa éila, Jarirí. Éila tá moiadinha pur mia causa, qué élo cumigo, a cazazazazazazadoira. Qué mi lévá quéla, lá pu céu, pra os jardins déila, adondi éila curtiva suas arves transparentes. Miqué inbaxu déilas cum éila, pá mi deitá nu seos lensóls prateados.

    Entonces, Cafezá, Jarirí viu qui Sanfredo tava ezaurido co peso di Nicanor, i falô:
– Dexa co lévo Nicanor agóra, Sanfredo. Discansa um poco, ainda tamu na métade du camino. Adispois ucê carréga eile dinuóvo. Vamu révesá, adispois Clódiu ajuda tumém. Todo incharcado anssim, fica ãinda maisi dificurtoso cunduzi eile.

Redação

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