O indigenista Bruno Pereira, desaparecido há uma semana no Vale do Javari, no Amazonas, com o jornalista britânico Dom Phillips, já havia denunciado o principal suspeito envolvido no caso, Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como Pelado, que teve a prisão temporária decretada na última quinta-feira (9).
Em abril, Oliveira foi denunciado por invasão de terra indígena e pesca ilegal pela União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja). Araújo teria sido um dos autores da denúncia, informou o O GLobo.
O indigenista atuava na Univaja desde que havia sido exonerado do cargo de Coordenador de Povos Isolados da Fundação Nacional do Índio (Funai) e pediu licença não remunerada por perseguição do governo Bolsonaro.
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As denúncias contra Oliveira foram entregues ao Ministério Público Federal de Tabatinga, à Força de Segurança Nacional, sediada na região, e à própria Funai. Segundo os documentos, Oliveira é “um dos autores dos diversos atentados com arma de fogo contra a Base de Proteção da Funai entre 2018 e 2019”, onde Bruno ministrava cursos aos indígenas.
Oliveira também é investigado por suposta atuação em conjunto com narcotraficantes da região em um esquema de lavagem de dinheiro por meio da venda de peixes e animais.
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