Dinheiro do peixe morto ou o dinâmico folclore

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As manifestações folclóricas são muitas vezes tratadas como uma tradição estática, reproduzidas em datas específicas e que quase nunca sofrem alterações. Mas isso é só pra quem observa de longe. De perto, o folclore é dinâmico, mutante e capaz de se adaptar as transformações. 

É o que acontece, por exemplo, com o fandango paranaense. Estudiosos afirmam sempre que o fandango preserva oa refrões fixos em cada uma das suas chamadas marcas, que podem ser  bailadas(dançadas) e batidas (sapateadas, usando tamancos de madeira)  e algumas valsadas.

Há registro de muitas marcas de Fandango, próprias para cada região em que é dançado.  Anu, Xarazinho, Xará-grande, Queromana, Tonta, Chamarrita, Andorinha, Cana-Verde, Caranguejo, Vilão-de-Fita, Lageana, Sabiá, Tatu, Porca e muitas  outras variando conforme a região.

Na região de Guaraqueçaba, no Paraná, o fandango é dançado sempre depois de um mutirão de trabalho, quando o dono da casa serve bebida e comida aos convidados que trabalharam o dia todo ou na colheita ou na capina ou ainda na construção de uma casa. Esta é uma tradição fixa, a do mutirão nas comunidades, seguido de comilança e baile. Mas a música e a sua letra, muitas vezes são atuais e geralmente mostram uma crítica social, como é o caso deste vídeo “Dinheiro do peixe morto”, feito pela Casa Mandicuera, um Ponto de Cultura de Paranaguá. 

Redação

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