A Semiótica da Imobilidade e a Democracia Palhaça

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Uma ciclovia em Amsterdam
 
Enviado por Reinaldo Melo
 
Do seu blog
 
Lúcia Santaella, em seu livro A Assinatura das Coisas, afirma que “o mundo não está dividido entre coisas, de um lado, e signos de um outro. Isto quer dizer: não há nada que não possa ser um signo, ou melhor, tudo é signo, ou melhor ainda, todas as coisas têm a sua própria assinatura.” 
 
Coerente com sua própria teoria, a professora, uma das maiores especialistas em semiótica do Brasil, posta em seu Facebook uma análise sobre as ciclofaixas na cidade de SP:
 
 
Coadunando a mensagem com a teoria, pode-se afirmar que vemos um signo cujo significado revela como são discutidas as questões coletivas em nossa sociedade: por meio do ponto de vista individualista, que produz um unilateralismo em que se fecha o olhar para a multiplicidade mais óbvia do mundo que o rodeia.
 
A mensagem poderia passar por imperceptível, como qualquer outro comentário de alguém que vê o mundo com o fígado, mas, por ser de uma professora PHD que já lecionou em Berlim, é de se espantar com o fato de que intelectualidade e sensatez não são irmãos siameses.
 
Primeiramente a falta de compostura para com o prefeito de uma cidade, chamando-o de pintor de ruas e dizendo que as ciclofaixas foram encomendadas do “diabo em pessoa”. Interessante, como a professora estabelece a política de criação de ciclofaixas como uma política demoníaca.
 
Um dado importante: em 2012, morreram na cidade de Sp 52 ciclistas, um por semana. Fora os casos de atropelamento. Em Março de 2013, a mídia deu destaque para o caso do ciclista David Santos Souza, que teve seu braço arrancado. O motorista não o socorreu e jogou o braço num córrego. 
 
O ciclista David Santos Souza
 
Certamente, a professora se utilizou apenas do seu olhar unilateral de motorista de uma sociedade em que as grandes cidades são estruturadas para comportar o símbolo mor do individualismo contemporâneo, o automóvel, oprimindo e excluindo qualquer cidadão que se locomova por outros meios: o pedestre, o ciclista, os passageiros de ônibus.
 
A professora recomenda ao prefeito o estudo (“só um pouquinho”) de semiótica para o conhecimento de efeitos das cores em nosso sistema nervoso central, dizendo que a cor vermelha da ciclo faixa se caracteriza como poluição visual. E destila o fel da incompreensão afirmando que é uma propaganda política de um partido político cuja cor característica é vermelha. E para completar tal azedume, a cereja do bolo é asseverar que São Paulo não é uma cidade como a capital holandesa Amsterdam para que haja ciclofaixas a torto e a direito.
 
Santaella deveria deixar de analisar o fato através de sua semiótica estática e estudar um pouquinho mais para constatar que a cor vermelha foi estabelecida pelas normas nacionais de  trânsito, no intuito de chamar a atenção do motorista mesmo, não se compondo como poluição visual. De onde se conclui também que não se caracteriza como propaganda política partidária.
 
Ao mesmo tempo, o sentimento de vira-lata também surpreende, vindo de uma estudiosa como Santaella. A elite paulistana sempre teve a Europa como modelo em educação, política, arte, etc. Afirmar que São Paulo não é Amsterdam é dizer que as políticas de lá nunca dariam certo aqui porque não temos a “evolução” do europeu.
 
 
A mensagem de Lúcia Santaella poderia passar como algo inocente, como apenas uma expressão natural de uma cultura mal humorada do paulistano que nunca está contente com nada do que é feito em sua cidade, mesmo que seja algo positivo. Mas revela-se como algo gravíssimo: ao se discutir política se enfoca mais no caráter privado do que no público.
 
Dane-se o fato de morrer um ciclista atropelado por semana, que se exploda as mais de 4500 pessoas que morrem por causa da poluição de veículos em São Paulo, que se seja indiferente ao efeito estufa e com a desertificação da região metropolitana paulista. 
 
Este desprezo pelo bem comum é consequência da visão torpe e individualista de parte do eleitorado que discute a política partidária com as enzimas do fígado. 
 
Não é à toa que uma recente pesquisa demonstrou que os candidatos favoritos para ocuparem uma cadeira na Câmara dos Deputados sejam Tiririca, Marcos Feliciano e Paulo Maluf.
 
O eleitor de Tiririca mal sabe de sua trajetória nestes quatro anos em que exerceu o cargo de deputado, mas se seduz com a estratégia de riso que o candidato adota em sua campanha, ou seja vota-se no candidato por que ele causa o riso zombando da política, a única ciência capaz de engendrar caminhos para o bem estar coletivo. Troca-se o voto pelo riso individual, anulação da política ou de qualquer reflexão ou conhecimento sobre ela.
 
No caso de Marcos Feliciano, desemboca-se na mesma gravidade, sem a “inocência” humorística de Tiririca. 
 
Feliciano ficou famoso por conta de sua postura frente à presidência da Comissão dos Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, onde obstruiu projetos que favoreciam minorias, ao mesmo tempo dando declarações racistas, homofóbicas e machistas, contrastando com o cargo que ocupava. 
 
O eleitor de Feliciano combina sua visão fundamentalista com a visão sobre a política: para ele não há diferença entre o seu moralismo e o Estado. Um deputado tem de aliciar, subornar, chantagear o Estado para que este se torne imóvel em sua obrigação: formular políticas para uma sociedade heterogênea e multicultural. Com a eleição de Feliciano e, consequentemente, com o aumento da bancada evangélica, o que se estabelece é a crise do Estado, prestes a se transformar num templo em que uma parcela religiosa da sociedade impede que políticas públicas e laicas, que favorecem todo o coletivo, sejam barradas e até revogadas.
 
O eleitor de Paulo Maluf é o retrato perfeito que vemos por meio das afirmações da professora Santaella: o bordão “foi Maluf que fez” coaduna com a visão de progresso que o paulista possui. Concreto, asfalto e viadutos foram a herança que Maluf deixou através de suas gestões pautadas pela visão futurista utópica de uma São Paulo sempre em movimento. A cidade feita para o carro e para o cidadão de bem. Se há engarrafamento, Maluf projeta um viaduto ali, um minhocão aqui para resolver o fluxo. Há problemas de ordem social, salientando as contradições do projeto futurista com os anseios dos mais pobres? Não há o porquê de se preocupar, Maluf botará a Rota na rua. 
 
Além do fascismo claro, há ainda a indiferença para com o fato de Maluf ser réu em vários processos de corrupção e não poder sair do país por estar sendo caçado pela Interpol. A indignação seletiva é um dos traços de um povo que elege aqueles que fazem faltar água nas torneiras, mas que se ferramenta do ódio contra políticos preocupados com a diminuição da taxa de poluição e da imobilidade urbana.
 
Tal natureza do eleitor e das figuras centrais destas eleições é consequência de uma visão publicitária ideológica, que quer atingir o indivíduo eleitor como mero consumidor a escolher um candidato conforme seus desejos íntimos e sua visão unilateral do mundo. Mas isso fica para outro texto.
 
O que se pode concluir é que candidatos e eleitores são signos que fazem da política algo totalmente surreal. Há uma imobilidade do pensamento crítico e reflexivo que poderia contribuir com a construção de uma sociedade harmônica, mas o que se vê é uma indiferença para com os problemas sociais e com as decisões que possam solucionar alguns desses problemas. E quando não há a indiferença, depara-se, constantemente, com o fel destilado contra qualquer mecanismo que queira discutir ou resolver tais questões.
 
A professora Santaella, dentro de seu véu de cidadã crítica, não percebe que seu discurso favorece a armação de um circo no palco das discussões sobre políticas públicas e faz com que a democracia seja vista através da miopia que favorece os donos do picadeiros, fazendo de nós, PHD’s ou não, nos verdadeiros palhaços dessa ilusão de (semi)ótica chamada democracia. 
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

58 Comentários

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  1. Nem precisa tantos

    Nem precisa tantos argumentos: a educação formal, por si só, apenas acrescenta conhecimentos com mais e mais especificidade à medida em que avança através de pós-graduações, mestrados e doutorados. Alguém já escreveu que um doutor é alguém que sabe (quase) tudo de (quase) nada. Essa dita doutora, pois, não incorporou à sua – dela – formação acadêmica um mínimo de razoabilidade. Mas, por ser “doutora” se “acha” acima da realidade. Ou, pior, tenta conformar a realidade ao seu (des)conhecimento: pobre pequena burguesia de direita facilmente influenciável (méritos ao saudoso Argéu Santarém). Bela “bisca”, diriam alguns.

  2. Reparem que a política e o

    Reparem que a política e o partidarismo cegam tanto as pessoas que até uma “professora de semiótica” supera qualquer nível de ignorância extrema com sua postagem com um texto bizarro no facebook.

    Mais uma que jogou o currículo no lixo via redes sociais.

    Mas ela mereceu.

    Ah, o facebook é azul, viu professora? ….

  3. Percebo que muitas pessoas de

    Percebo que muitas pessoas de classe social um pouco mais alta, ou, um pouco menos baixa, não vota no PT porque acredita que quem vota no PT ou é miserável, sem instrução, ou recebe algum fgavor do governo.

    Ou seja, muitos, embora pobres, querem se diferenciar dos pobres, não querem ser identificados com pobres ou beneficiários do bolsa família.

    Mas, como podemos ver pelo comentário da professora, a burrice não tem esta preferência e habita em muitas cabeças ditas “cultas”.

    A faixa vermelha para ciclistas é padrão no mundo. Acho que a professora defveria saber deste fato antes de mover os dedos para escrever besteira.

  4. será??

    será que o sangue dela é azul? se for vermelho é uma inflitração comunista, petista e bolivarina..verdade verdadeira, a elite com sua ignorancia e ódio ao PT aposta na barbárie..

  5. É triste quando tratamos de

    É triste quando tratamos de politica como torcedores de um clube. Frequento este espaço por considera-lo o mais plural da internet.

    A renomada professora poderia ter ficado quieta. Não sou fã de Haddad, não consigo ver objetividade nas falas dele. Acho ele muito dissimulado. Mas não encontro motivos para criticar sua administração.

    O pior de tudo é a total desinformação em que vivemos. Eu não acredito que todas as politicas públicas sejam pensadas de afogadilho.

  6. ciclofaixas.

    Como diriam os conterraneos cablocos aqui do interior do Amazonas.  ” VICHE! e é professora? acho que os cupins corroeram a sua “conciência” que horror.

  7. Farei uma reclamação formal a

    Farei uma reclamação formal a São Pedro… o céu é de azul tucano irritante aqui em Mossoró, principalmente quando estamos a 38ºC (nossa temperatura mais branda ao meio-dia).

    Propaganda explícita do PSDB hipnotizando 160.000 eleitores.

     

  8. Cada vez fico mais convencido

    Cada vez fico mais convencido que os problemas graves

    da edução no Brasil começa pelos professores, há casos

    piores que esse  a questão salarial  certamente não

    resolve.

  9. Aprendeu semiótica com o Constantino

    Considerando a sequência temporal dos fatos e a coerência nos respectivos juízos emitidos, podemos concluir que a Lucia Santaela aprendeu um pouco de semiótica com o Constantino da Veja.

     

  10. ciclovias sem transtornos

    É nas cabeças ditas cultas que existe muito preconceito e também alienação. Vejam a USP: com tantas inteligências naquele espaço, a instituição acumulou equívocos  administrativos fáceis de serem percebidos. Qualquer empresa ou condomínio residencial percebe que está gastando de forma excessiva e predatória. Mas, independente do texto alienado e arrogante da citada professora de semiótica, as ciclovias de SP estão sendo implantadas de forma algo estabanada. Nada contra o empenho do prefeito Haddad, em que votei (não me arrependo), nos seus atos para melhorar a mobilidade urbana. Mas lamento que seus assessores não se deem ao trabalho de fazer mais pesquisas de demanda em relação as ciclovias e nas regras que devem acompanhar o uso das bikes. A CET tinha que estabelecer um licenciamento que permitisse placas , chapas, identificadoras de cada bike. A CET tinha qu reexaminar os tempos de semaforos e as demandas de pedestres; parece que não faz isso há anos. A CET tinha que disciplinar medidas e horários para comerciantes receberem seus produtos em propriedades rente a ciclovias. Isso foi feito? E como fica  o uso irrestrito de bicicleta em qualquer rua que não tenha ciclovia? A rua Augusta, por exemplo, com aqueles ônibus barulhentos que substituiram há anos os excelentes ônibus elétricos?.  Mais planejamento e debate nas ciclovias poderia evitar tranbstornos . 

  11. Tudo é ou pode ser signo,

    Tudo é ou pode ser signo, inclusive o corpo do nome Lúcia Santaella, por onde, dado o obscurantismo da professora, não percorrem os signos da luz e da santidade.

  12. A ELITE DO ATRASO, QUEM DIRIA, ACABOU NO FEICIBUQUI

    Se juntarmos o texto acima, obra prima dessa PHD paulista, com a obra prima de outra universitária professora carioca, que ao ver alguém de bermudas, chinelos e óculos escuros no Santos Dumont, tascou que “aeroportos estão virando rodoviárias, no Brasil”, podemos arriscar que realmente nosso hereditário atraso seja obra da elite, que agora, diferentemente das anteriores, toma chá, reforçando e uniformizando o preconceito, o rancor e a mesquinhez, no Feicibuqui.      

  13. A Santaella estava

    A Santaella estava tri-bebada. Esqueceu toda sabedoria semiótica e, caolhótica, julgou o que viu e o que não viu, com todo ódio e frustração de uma compreensão semi-intelectual-erudita. Mais para erudita (semi-anarfa), que para intelectual. Vixe, o  discurso da Marina pega! É possível falar merda com sabedoria.

     

  14. Gente! Não é nada…

    Não é nada, não é nada, gente!

    É que a criatura descende de “sangue azul”, lá das antigas Monarquias europeias.

    Só a gentalha tem sangue vermelho, em homenagem ao PT.

    Não é isso, dona “santa”?

  15. Eu fiz uma pequena enquete

    Eu fiz uma pequena enquete entre amigos e familiares e o resultado me impressionou. Como está impregnado nas pessoas a retórica da mídia anti-PT. A ponto de vermos claramente o ódio que as pessoas sentem pelo PT, um ódio de ressentimento pela possível enganaçao de terem votado em um governo trabalhista mas que “rouba e perpetra todo tipo de desmazelo com a administraçao pública”.

    Para mim, isso é o resultado da desconstrução que o governo Dilma fez da comunicacao pública. Abrindo espaço para que a mídia bombardeie continuamente as pessoas com as más informações e deixando de lado as boas informações de seu governo.

     

     

    1. E então?

      Já que as pessoas são tão próximas, o que você fez para mudar o quadro? Preciso da formula, para aplica-la nos meus parentes “Coxinhas” – porque amigo eu posso escolher.

      1. Caro Galvão
        Você não é o

        Caro Galvão

        Você não é o único ovelha Afrodescendente de família.

        Tem coisa que não vale a pena discutir, nem ficar bravo, nada nadinha. Simplesmente deixe de lado.E toque o barco.

         

        Continue nas suas leituras, que eles não leem, com seus filmes que a maioria não assiste, com suas músicas, que também não ouvem.

        Assuma, você é um eremita politica familiar.

        Saudações

         

  16. Ôxente!! Essa eu não sabia…

     

    Graças a professora Lucia Santaella, hoje descobri que o PT se internacionalizou, e está administrando a cidade de Amsterdam, na Holanda.

  17. POSTAR no  FACEBOOK,

    POSTAR no  FACEBOOK, criticando o prefeito da cidade, por si só mostra a falta de inteligência, falta de educação, e falta de bom senso. Prá quem ela escreveu? Quem é o seu “público”??? Uma pessoa que se qualifica como PHD, por si só é um  monte de bosta com um título antes do nome!!!! Quer provar o quê? (que sabe de tudo- é uma intelectual?) , prá quem (um monte de gente, amiguinho do face?)! Quer aparecer para quem? (sou PHD, falo o que quero, com fundamento de um PHD!!! querendo autenticar a estupidez do que “acha” que é o correto para todos à sua volta? como um rei! um dono da verdade?) . Isso é arrogância, para dizer o mínimo e manter a educação (a minha), pois eu acho, na verdade, que a postagem foi uma fantástica demonstração de burrice, de uma pessoa metida, que quer aparecer a qualquer preço, para qualquer tipo de gente!!! Não importa  se é professora, de semiótica, de receita de maionese, de curso de ping-pong! Dane-se. O que importa é dar um jeito de aparecer!!! Claro, com um título de PHD para todos verem!! que ela é “a cara”. Tá por cima de qualquer bosta que aparecer na frente! Pura carência e estupidez aglutinadas num único momento. O pior, a opinião desrespeita a todos os outros que não concordam com a própria. Comparar São Paulo com régua de uma m*  de uma cidade européia, que só cresceu graças ao terrorismo de Estado sobre outras nações! PelamordeDeus!!!! Dizer que faixas de ciclista vermelha é propaganda semiótica é levar o que acha que entende para o campo do exagero, absurdo, do surreal!!   Pois bem. Eu também sou professora PHD em Semiótica pela Universidade de Gottingham da Alemanha!!! Acho que o vermelho é o signo da fome! O prefeito está colocando a faixa vermelha para estimular a fome, porque está ganhando propina dos donos de restaurantes que ficam nas vias agraciadas com a faixa!!!

  18. Sempre respeitei a profa.

    Sempre respeitei a profa. Santaella como uma das autoridades no campo da semiótica, tendo inclusive lido alguns de seus livros. Quando tomei conhecimento desses  comentários, pensei tratar de algum engano, A Santaela autora das asneiras ditas sobre o vermelho das ciclofaixas de SP não poderia ser a mesma. Ledo engano. Era a própria. Pensei então a que ponto  o nível de preconceito e intelerância chegou levado pela ideologia construída não por argumentos racionais ou lógicos mas pelo fel biliar produzido pela vesícula e pelo fígado.Esta é a visão de certa elite paulista com relação ao Partido dos Trabalhadores. Recordo aqui um episódio ocorrido nas eleições presidenciais ocorrido em 1994. quando a atriz e empresária Ruth Escobar declarou que a eleição daquele ano estaria sendo disputada por Jean-Paul Sartre (Fernando Henrique Cardoso) e um encanador ( Lula), o que revoltou muitos intelectuais brasileiros.  Conforme dizia o saudoso Darcy Ribeiro, o Brasil tinha a pior elite do mundo. Santaela, assim como Escobar, é a prova factual disto.

  19. Sempre respeitei a profa.

    Sempre respeitei a profa. Santaella como uma das autoridades no campo da semiótica, tendo inclusive lido alguns de seus livros. Quando tomei conhecimento desses  comentários, pensei tratar de algum engano, A Santaela autora das asneiras ditas sobre o vermelho das ciclofaixas de SP não poderia ser a mesma. Ledo engano. Era a própria. Pensei então a que ponto  o nível de preconceito e intelerância chegou levado pela ideologia construída não por argumentos racionais ou lógicos mas pelo fel biliar produzido pela vesícula e pelo fígado.Esta é a visão de certa elite paulista com relação ao Partido dos Trabalhadores. Recordo aqui um episódio ocorrido nas eleições presidenciais ocorrido em 1994. quando a atriz e empresária Ruth Escobar declarou que a eleição daquele ano estaria sendo disputada por Jean-Paul Sartre (Fernando Henrique Cardoso) e um encanador ( Lula), o que revoltou muitos intelectuais brasileiros.  Conforme dizia o saudoso Darcy Ribeiro, o Brasil tinha a pior elite do mundo. Santaela, assim como Escobar, é a prova factual disto.

  20. Amsterdan e as bicicletas

    A excelente matéria é sobre cidadãos brasileiros santistas vivendo em Amsterdan. Embora as bicicletas não sejam o motivo da reportagem da TV Tribuna (Santos), elas saltam aos olhos, estão por toda parte. Dá gosto de ver como estão integradas à cidade e a cidade a elas. Haddad está no caminho certíssimo. Alguém teria de ter a coragem de começar o processo. 

     

    http://redeglobo.globo.com/sp/tvtribuna/rotadosol/videos/t/edicoes/v/programa-rota-do-sol-20092014/3641845/http://redeglobo.globo.com/sp/tvtribuna/rotadosol/videos/t/edicoes/v/programa-rota-do-sol-20092014/3641845/

  21. Cara Lucia
    Você não é

    Cara Lucia

    Você não é ingênua, mas meio bobinha, ja que essa cor está presente, não é do PT, mas  quero crer, padrão internacional.

    Que você odeie o PT, tudo bem, faz parte, mas vincular todo o vermelho do mundo aos desejos do PT, aí é demais.

    Espero você na campanha “abaixo os vermelhos dos semaforos”. 

    Saudações

  22. Se ela é “especialista em

    Se ela é “especialista em semiótica” fico imaginando que raio de especialistas andamos formando. Esse comentário é pura idiotice. Pode ser fruto de cegueira ideológica  – não sei se “especialistas em semiótica” utilizam essa categoria ou conceito. Ou pode ser simplesmente resultado de uma bela dose de vodca mal digerida. Viajou na maionese e aterrisou na faixa vermelha.

  23. Ela é PHD???

    Uma coisa bem simples, se o asfalto é preto, as cores para separ essa pista preta em faixas é branca ( utilizada na regulação de fluxos de mesmo sentido) ou amarela (utilizada na regulamentação de fluxos de sentidos opostos), qual cor de contraste para para uma ciclovia??? 

    Além da norma de transito brasileira que é lógica a cor vermelha é a mais indicada, já que as demais cores são usadas para outras sinalizações.

    A nobre professora  PHD iria querer colocar qual cor?? não me supreenderia se fosse preta.

  24. Comentários infelizes da

    Comentários infelizes da professora Lúcia Santaella. Comentários que apenas comprovam o preconceito e o ódio ideológico de certa elite paulistana mantem contra partidos de matriz ideológica trabalhista, socialista, de esquerda…

    No íntimo, aliás, é o mesmo desprezo que mantem em relação ao povo mais pobre que em geral é beneficiário das políticas sociais desses partidos, que em geral são criticados como populistas, bolivarianos, comunistas e outras coisas do gênero… Como se a defesa de direitos sociais merecesse qualquer adjetivação pejorativa… Como se os pobres não tivessem direito de ter quem os defenda, quem os ouça ou desenvolva políticas sociais em seu favor…

  25. Comentários infelizes da

    Comentários infelizes da professora Lúcia Santaella. Comentários que apenas comprovam o preconceito e o ódio ideológico de certa elite paulistana mantem contra partidos de matriz ideológica trabalhista, socialista, de esquerda…

    No íntimo, aliás, é o mesmo desprezo que mantem em relação ao povo mais pobre que em geral é beneficiário das políticas sociais desses partidos, que em geral são criticados como populistas, bolivarianos, comunistas e outras coisas do gênero… Como se a defesa de direitos sociais merecesse qualquer adjetivação pejorativa… Como se os pobres não tivessem direito de ter quem os defenda, quem os ouça ou desenvolva políticas sociais em seu favor…

  26. O que falta é bom senso e responsabilidade
    Reinaldo, gostei muito do texto e tem sido fantástico o contato com análisede que nos permitam sair da zona de conforto da superficialidade que tem destruído a nossa capacidade de refletir de maneira mais coerente e responsável. Outra questão apesar de acreditar em um Deus e professar uma religião concordo com vc que nosso Estado deve continuar laico, principalmente com relações as políticas públicas. Acho péssimo tantos políticos religiosos dando mal exemplo de tolerância e respeito. Abraço.

  27. Aproveitam todos textos e dão

    Aproveitam todos textos e dão uma cutucadinha com seus ódios contra os Evangèlicos. Sou Evangélico Batista e não vejo nas figuras nominadas representação minha. Mais acho rídiculo encaixar em todos os textos do blog uma tancanha revolta contra os evangélicos.

     

    O que está acontecendo? Vamos transformar isso aqui em que Pais? Estado Islamico ou Al Caeda? Se os pseudos evangélicos estão de lado quem estão do outro?

     

    Juízo pessoal, não podemos fanáticamente chamar os outros de radicais. 

  28. A professora Lúcia Santaella é excelente filósofa

    O twitter nos causa estas peças às vêzes. Por uma bobeira ou distração acabamos divulgando algo que nunca faríamos se estivessemos fazendo uma comunicação mais séria. O pior é que justamente por ser uma galhofa ou algo menos sério e pensado, ganha um contorno pitoresco que cai no gosto do povo e consegue uma divulgação absurdamente maior do que seria o contexto original da mensagem.

    Não vejo como uma simples postagem sobre algo que provoca fortes reações emocionais em 99% da população paulista, que é o trânsito caótico da cidade,  possa comprometer a capacidade de estudo, pesquisa e produção intelectual dela.

    Em outras palavras, na minha opinião estão fazendo uma tempestade num copo d’água.

  29. PHD

    Eu não conseguia entender por que o Brasil governado dês de 1500, por vários intelectuais e nós sempre no submundo. Agora na era Lula que vim descobrir. Era a turma dessa gente como a senhora phd Lúcia Santaella  que governava esse país. Vergonhoso.

  30. O problema é que o vermelho

    O problema é que o vermelho de Haddad é o vermelho Ferrari do PT  e o vermelho das ciclovias europeias, como na foto que ilustra o post,  é o vermelho ferroso desbotado. Esta é a questão que está tomando conta das manchetes no mundo inteiro de São Paulo. hehe

     

     

  31. Wagner Gattaz é médico

    Wagner Gattaz é médico psiquiatra e professor de psiquiatria no Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo.

    Wagner Gattaz – Vou citar o exemplo de um caso de esquizofrenia do tipo paranoide que ocorreu ainda no tempo da Guerra Fria. O paciente tinha convicção absoluta de que a energia de seus pensamentos estava sendo roubada por um satélite russo e era transformada em energia bélica para destruir os satélites americanos.

     

    Não precisa dizer mais nada.

  32. A Cor da Roda da Professora

    Na minha querida Terrinha, Sapucaia- RJ…. Diriamos tranquilamente e sem ira ou rancor para essa Professora:
    A Senhora está e com a Roda Seca…. Só isso….!!!

  33. Há Semiótica Em Tudo?

    Boa noite.
    A professora Santaella carece de uma visão holística do que seja semiótica, no dia a dia. Podemos ver sentido enviesado em tudo, mas cumpre a cada um a parcimônia. Resguardo que lhe parece exíguo.
    Nem precisa digredir sobre o seu PHD. Seus comentários mostram que ela não consegue ver o científico, externo, objetivo, além da sua miopia (sem trocadilhos) política. Senão, ela veria outras mensagens subliminares, como GER4Ç4O BR4S1L, por exemplo. Ah, mas essa pode…
    Mas a comparação com Amsterdã lhe foi ainda mais custosa, intelectualmente falando, haja vista mostrar [mais ainda] o seu colonialismo.
     

  34. Então

    Nos estamos aqui baixando o pau numa professora PHD que viu numa faixa vermelha uma propaganda do PT. Então o que podemos dizer do Nassif que vui em uma chamada de novela propaganda de diversos partidos politicos, e depois varios comentaristas começaram a ver placas de rua, propaganda na tv coisas ate mais absurdas. Sera que todos estavam imaginando coisas ou eram serios em suas colocações.

     

  35. só para lembrar que em MG os

    só para lembrar que em MG os presidiários usam roupas vermelhas (o goleiro bruno, assasino de uma mulher, sempre aparecia de vermelho). alguém sabe dizer por quê e quando começou?  mas eu na minha semiótica incipiente imaginei que fosse uma ideia de alguém que queria passar para as pessoas justamente a relação, semioticamente, de tal vestimenta vermellha com o PT. E no meu caso conseguiu rsrsrsrs … Mas parece que ninguém se apercebeu ou então deixou para lá.

     

  36. um  especialista estuda sua

    um  especialista estuda sua ciencia de forma universal.

    a função do vermelho é variada e múltplice.

    a semiótica tb.

    ela restringiu a função e o uso do vermelho ao pt.

    portanto,

    simplificou, restringiu.

    tornou a cor opaca, obtusa, obscurantista.

    ideologizou,

    usou de sua

    ciencia para fazer política.

    emburreceu a ciencia e

    tornou a política odienta.

    será que ela precisa disso pra manter seu emprego,

    talvez privilégios? 

     

  37. Em Vancouver e Toronto as

    Em Vancouver e Toronto as faixas para ciclistas são verdes. 

    Se essa professora estiver certa, as faixas no Canadá estão fazendo propaganda do partido verde. 

    Só cabe esta frase: melhor ler isso do que ser cega.

  38. Varias foram as criticas à

    Varias foram as criticas à Santaella que, na semana posterior mandou uma mensagem ao que chamou de “inimigo”, mostrando, mais uma vez onde esta sua ética: ao discutir poitica, coloca tudo na dimensao “amigoxinimigo”. Acho que estao dando voz demais à um comentario reacionario. Na minha opiniao, o mundo ta mudando e uma pessoa como a Santaella ta triste, cheia de ranço, de magoa e de frustraçoes que a deixao na curva do rio. O rio dela ja passou. Ela nao é mais elie paulistana, porque nos novos e atuais valores da cidade, pra ser elite precisa ter o minimo de elegancia. E chamar o prefeito eleito pelo povo de idiota é bem o contrario disso. Basicamente ela se autodepreciou.

  39. Apoiar a pensar

    Que texto bacana. O cuidado na exposição dos contrapontos mostra de forma evidente o quanto estamos estagnados culturalmente e alienados politicamente, nos deixando envolver por discursos e pessoas bizarras, sem visão para o coletivo. Apesar das riquezas acumuludas e da era da globalização, vivemos uma era de crise de valores éticos, onde falta respeito ao planeta que nos carrega e todos os seus seres vivos, nos incluindo nesse pacote. E só com educação podemos mudar o curso dessa história.

    Vou botar para girar no meu blog!

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