Debate: Aborto e Outras Constatações

Enviado por Antonio Ateu

Astrid comoveu as colegas no estúdio ao revelar que ela própria fez um aborto quando tinha 18 anos. “Tive muito medo de contar para a minha mãe. Não tinha dinheiro, tive que vender uma joia da minha mãe”, disse, emocionada. “Não é fácil”, concluiu. 

http://gnt.globo.com/programas/saia-justa/videos/4007437.htm

Redação

8 Comentários

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  1. Eu assisto

    Eu assisto ao programa Saia Justa e aocontrário da idéia incial que tinha por conta das participantes, Astrid Fontenelle, Maria Ribeiro, Mônica Martelli e Barbara Gancia, achando as altas burguesas, a cada programa vejo posições bastante inovadoras e avançadas com respeito a todos os temas apresentados. Uma grata surpresa é ver a Barbara Gancia que, opinião minha, está ótima depois de sair da FSP, crítica e ponderada, abandonou o estilo de ouvidora-mór da burguesia paulista que tinha na FSP.

  2. Rosalvo, o eletricista

     

    Estávamos em 1963 e Rosalvo era o seu nome de batismo. Trabalhava como eletricista de uma empresa que permitia que ele guardasse à noite, na garagem de sua casa, uma espécie de cabine dupla que durante o dia transportava equipamentos e fios especiais para fazer reparos na rede elétrica, onde se fizesse necessário.

    Rosalvo era uma pessoa alegre e querida pela pequena comunidade, quase rural, onde morávamos. Nos finais de semana e nos feriados prolongados ele aparecia na bodega do meu pai para tomar gim com água tônica e para sustentar, com pulso forte, um manipulador, instrumento com o qual eu praticava o alfabeto Morse e que vazava corrente por todos os poros, pois o manipulador era de fabricação artesanal e funcionava diretamente ligado à rede. Ele ria quando eu dizia que a letra L no alfabeto Morse tinha o som de “vem-cá-li-li” (ponto, linha, dois pontos). Isto porque Lili era o nome de sua mulher, algum tempo depois eu descobriria.

    Rosalvo prestava um serviço excepcional à comunidade e por isso ele era chamado de “o anjo da guarda das mulheres grávidas”. A cabine dupla que o Rosalvo guardava em sua garagem era o único veículo que a comunidade contava num raio de 3 km, para qualquer emergência, à noite. É preciso dizer que naquela época não existia as motos incrementadas de hoje, telefonia celular ainda era uma peça de ficção e a telefonia fixa era um luxo. Táxi , então, nem pensar.

    E no dia em que minha mãe teve o terceiro filho, ela começou a sentir as dores do parto por volta de um hora da manhã. Então, meu pai saiu de casa de pijama e foi correndo bater à porta do  Rosalvo,  que ficou a postos em menos de cinco minutos. Claro que nas semanas anteriores meu pai tinha alertado o eletricista para esta provável situação de emergência.

    Rosalvo prestava esse tipo de serviço à comunidade sem cobrar absolutamente nada, e dizia que assim agia “por obrigação”. E ai das mulheres grávidas da comunidade se não fosse o Rosalvo!

    Mas a empresa onde o eletricista trabalhava não sabia que ele era o anjo da guarda das “barrigudinhas”. E um espírito de porco (era assim que a gente chamava as pessoas nefastas da época) resolveu denunciar o Rosalvo. E disse ao chefe do eletricista que o benfeitor da nossa comunidade ganhava rios de dinheiro com o transporte de mulheres grávidas e gente enferma para os hospitais da região. E o chefe do Rosalvo, com inveja do enorme “lucro” auferidos pelo eletricista, resolveu cassar-lhe o direito de guardar a cabine dupla na garagem de sua casa.

    Quando soube disso, meu pai ficou indignado e se prontificou a testemunhar a favor do eletricista em qualquer instância que fosse necessária. Mas o Rosalvo, que precisava do emprego, não quis comprar briga com o chefe.

    E as “barrigudinhas” tiveram que apelar para as mulheres da comunidade que tinham alguma experiência como parteiras. E o primeiro parto residencial foi um desastre: morreram mãe e filha.

     

  3. }Seriedade

    Que emocionante!

    Agora vamos ouvir o depoimento de outros transgressores.

    Eu ja estruprei!

    Eu ja fui viciado em cocaina!

    Eu fui pedofilo!

    Eu ja puxei o tapete do colega, que apesar de estar mais bem preparado do que eu, fui eu que fui promovido!

    Qta vulgaridade. Mas é assim que o ser humano prefere encarar os problemas da existencia. Sempre pelo caminho mais facil.

    Em vez de cobrar mais atitude das autoridades, para que se promova um verdadeiro roteiro de auxilio e ensinamento no intuito da nortear a sociedade, mormente os mais jovens, do caminho da racionalidade e do bom senso, preferimos adotar as soluções, baseadas nos velhos cliches e nas providencias imediatas.

    Em vez de patrocinar o assassinato de bebes que não podem se defender, nem cogitamos das providencias que realmente atenuariam com a dramatica situação, de jovens inconsequentes, mal orientadas e disponibilizar um roteiro de ensinamento que verdadeiramente possibilitaria que estas jovens adotassem atitudes que as afastariam da situação dramatica que procuram resolver atraves do crime.

    Mas a situação social esta tão nivelada por baixo que diante de tão herculea tarefa de torna-la novamente mais civilizada, deixa as pessoas propensas ao canto da sereia, que insistentemente sugere o caminho da omissão e da conveniencia.

     

    1. Concordo com o Sr. Conde.

      Concordo com o Sr. Conde. Infelizmente, as bandeiras defendidas pelas mulheres hoje são direito ao aborto, direito de ficar nua, direito de ser pior que  homens maus.. Uma pena. Apesar disso, há muitas mulheres conscientes da sua importância e essas nunca se sentiram ameaçadas. Um feliz Dia da Mulher a todas mulheres femininas que sabem que o seu lugar é ao lado do homem: nem acima, nem abaixo.

  4. Ao invés de estimularem tanto

    Ao invés de estimularem tanto o massacre de fetos sem chance de defesa, hoje com tanta tecnologia, informação etc por que não popularizarem mais diversos métodos contraceptivos para não remediarem um “erro” com outro “aborto”, neste dia da mulher ao invés de tratarmos deste método bárbaro de assassinato, poderíamos lembrar que metade dos fetos assassinados são meninas, ou seja mulheres que não tiveram o direito de nascer.

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