Foi como ver as portas do inferno se abrirem!, por Eduardo Ramos

A fala mansa de Tarcísio, as lágrimas de Michelle, a indignação de Dallagnol, o "apelo à pacificação" do sr. "Arminha", o genocida

Reprodução Youtube via CNN

A manifestação pró-Bolsonaro: foi como ver as portas do inferno se abrirem!

por Eduardo Ramos

Teve Deltan Dallagnol sorridente, o hipócrita-mor, clamando contra “abusos do STF que violam nossas liberdades constitucionais” (sic…) e os “abusos do Governo Lula”.

Teve Michelle Bolsonaro em oração lacrimejante com direito à voz entrecortada pelo choro ao final, defendendo Israel e uma mistura maior e definitiva entre política e religião.

Teve Tarcísio, o “Fala Mansa”, como bem o descreveu o Nassif em artigo histórico, prevendo ser ele – concordo totalmente! – a maior ameaça à nossa democracia e estabilidade política. Comovido, agradeceu o governador o fato de “não ser ninguém”, até ser reconhecido por Bolsonaro. Astuto como uma raposa, coloca-se como o herdeiro do espólio do futuro condenado à prisão.

Teve Zema, teve Jorginho, teve Caiado. E teve um “pastor”, o Malafaia, que afirmou: “Eu não vim aqui atacar o Supremo. (…) Mas eu vim fazer, eu vim mostrar para vocês a engenharia do mal para prender Jair Messias Bolsonaro. A engenharia do mal para tirar o estado democrático de direito”, disparou Malafaia.

“Se eles te prenderem, não vai ser para tua destruição, mas para a destruição deles. Você vai sair de lá exaltado”, disse. (fonte, GGN).

Essa fala do Malafaia foi a tônica, a essência, o MOTIVO na verdade, da manifestação, seu maior objetivo: criar um discurso, uma RETÓRICA do “mártir perseguido”, do “injustiçado” pelas “forças do MAL”. Para uma plateia de fanáticos imbecilizados, quase que na totalidade religiosos, nada pode ser mais eficaz e provocador de uma manipulação máxima. Os zumbis do bolsonarismo criam em si mesmos mais adoração pelo mito, mais sensações psíquicas de que se trata de “um homem de bem perseguido pelos comunistas”, e sandices, aberrações cognitivas semelhantes.

A PM (de Tarcísio, lembremo-nos…) fala em 600.000 pessoas. Bolsonaristas vão falar em dois milhões, a USP, por métodos científicos fala em 185.000. Não importa muito, para o que Bolsonaro queria, foi um sucesso o público presente e seu entusiasmo fanático. Mas equivocam-se todos os bolsonaristas, se acham que é ou foi o suficiente como “demonstração de força” para impedir a continuidade das investigações e julgamentos que virão, sobre armação e tentativa de golpe, genocídio, falsificação de carteira de vacina, roubo de joias, etc. etc. – algumas condenações, PARA QUE A JUSTIÇA SE CUMPRA, terão que alcançar Bolsonaro nos próximos m

Sobre o título desse artigo, uso eu, mas com honestidade máxima, algumas das palavras de Jesus: “O diabo é o pai da mentira!”

Farsas, mentiras, distorções da verdade, criação de mundos-matrix horrendos, tudo isso fez e faz parte dessa seita maligna, o bolsonarismo.

A fala mansa de Tarcísio, as lágrimas de Michelle, a indignação de Dallagnol, o “apelo à pacificação” do sr. “Arminha”, o genocida, tudo isso se encerra, exemplifica absolutamente a frase citada dos Evangelhos.

A manifestação de ontem foi como assistir as portas do inferno se abrindo. Mais uma vez.

(eduardo ramos)

Redação

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