O governo Bolsonaro deixou a assistência social em situação de terra arrasada, segundo declarações do grupo de trabalho de Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
Entre os pontos que comprometem a política social para o próximo ano, está o corte de 96% no orçamento do Ministério da Cidadania. “Os recursos previstos para Assistência Social para todo o ano de 2023 seriam suficientes para 10 dias apenas”, resumiu a ex-ministra Tereza Campello, uma das coordenadoras do grupo de trabalho.
Ao lado da senadora Simone Tebet e da ex-ministra Márcia Lopes, Tereza apresentou um cenário de terra arrasada em 2023, a começar pela falta de dinheiro até mesmo para a atuação da Defesa Civil no período de chuvas.
A atual gestão federal chegou a comprometer até mesmo os contratos para a compra de cestas básicas a partir do dia 05 de janeiro.
Ao apontar o “desmonte de políticas públicas” para assistência e desenvolvimento social pelo atual Ministério da Cidadania, Simone Tebet ressalta que praticamente todo o orçamento do ministério está concentrado no Auxílio Brasil e no Auxílio Gás.
“Todas as políticas públicas relacionadas a emprego, renda, à emancipação, à qualificação, à inclusão produtiva, seja na zona rural, seja no urbano, cisternas, todas essas políticas públicas ficaram num segundo plano”, pontua.
De acordo com Simone Tebet, seriam necessários R$ 70 bilhões em recursos extras para garantir o pagamento do Auxílio Brasil de R$ 600 com o adicional de R$ 150 para cada criança de até seis anos de idade.
Além disso, serão necessários mais R$ 2 bilhões para manutenção do Auxílio Gás e mais R$ 2,6 bilhões para o funcionamento integral do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) em todos os estados.
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